Fanfic: Como eu era antes de você - Laliter | Tema: Laliter
Prólogo
2011
Quando ele sai do banheiro, ela está acordada, encostada nos travesseiros e folheando os folhetos de viagem que estavam ao lado da cama. Usa uma camiseta dele e seu cabelo comprido está despenteado de uma maneira que o faz lembrar da noite anterior.
Ele fica parado, desfrutando da breve recordação enquanto enxuga seu próprio cabelo com uma toalha. Ela levanta os olhos do prospecto e faz um beicinho. É um pouco velha para isso, mas eles estão juntos há pouco tempo e ainda é bonitinho.
Maria: A gente precisa mesmo fazer algo que envolva escalar montanhas ou se pendurar em ribanceiras? É a primeira vez que vamos tirar férias juntos para valer e não há uma única viagem nesses folhetos que não envolva se atirar de algum lugar ou — ela finge ficar com frio — usar casacos de fleece.
Ela joga os folhetos na cama e estica os braços bronzeados acima da cabeça. A voz está rouca, prova de que dormiram pouco.
Maria: Que tal um spa de luxo em Bali? Poderíamos ficar deitados na areia… passar horas sendo paparicados… ter longas noites relaxantes…
Peter: Não posso ter esse tipo de férias. Preciso de atividade…
Maria: Como se jogar de aviões.
Peter: Não critique até que tenha experimentado.
Ela fica amuada.
Maria: Se você não se importar, acho que vou continuar criticando.
A camiseta dele está ligeiramente úmida em sua pele. Ele passa um pente pelo cabelo, liga o celular e dá uma olhada na lista de recados que surge mediatamente na telinha.
Peter: Muito bem, preciso ir — diz ele. — Tome seu café da manhã. — Inclina-se sobre a cama para beijá-la. Ela tem um cheiro morno, perfumado e muito sensual. Ele inala o aroma de sua nuca e, por um instante, perde o rumo dos pensamentos quando ela o envolve pelo pescoço com os braços, puxando-o para a cama.
Maria: Ainda vamos viajar no fim de semana?
Ele se desvencilha, relutante.
Peter: Depende do que acontecer nessa reunião. Por enquanto, tudo está meio no ar. Pode ser que eu ainda tenha de ir a Nova York. Que tal jantar num lugar bacana na quinta-feira, para compensar? Você escolhe o restaurante. — Sua jaqueta de motoqueiro está pendurada atrás da porta, ele a pega.
Ela estreita os olhos, pensativa.
Maria: Jantar com ou sem o Sr. BlackBerry?
Peter: Com quem?
Maria: O Sr. BlackBerry, seu celular faz com que eu me sinta uma intrusa. — Ela faz beicinho de novo. — Parece que sempre tem uma terceira pessoa disputando sua atenção.
Peter: Vou colocá-lo no silencioso.
Maria: Peter Lanzani! — ela o repreende. — Você precisa desligar esse aparelho em algum momento.
Peter: Na noite passada eu desliguei, não foi?
Maria: Só sob enorme coação — Ele sorri.
Peter: É assim que chamamos isso agora? — Ele calça os sapatos.
E o efeito que Mery mantinha sobre sua mente se rompe. Ele joga a jaqueta de motoqueiro no braço e lança um beijo para ela ao sair. O BlackBerry tem vinte e duas mensagens, a primeira delas enviada de Nova York às três e quarenta e dois da manhã. Algum problema legal.
Peter desce de elevador até o estacionamento no subsolo, tentando rememorar os acontecimentos da noite.
Carlos: Bom dia, Sr. Lanzani
O segurança sai de seu cubículo. O lugar é à prova de intempéries, embora ali não haja intempéries das quais se proteger. Às vezes, Peter imagina o que o segurança faz lá embaixo, de madrugada, olhando fixamente para a televisão do circuito interno e para os faróis reluzentes de carros. Ele enfia os ombros na jaqueta de couro.
Peter: Como está o tempo lá fora, Carlos?
Carlos: Horrível. Está chovendo canivetes — Peter para.
Peter: É mesmo? Não dá para ir de moto? — Carlos balança a cabeça.
Carlos: Não, senhor. A menos que tenha um bote inflável. Ou esteja querendo morrer.
Peter olha para a moto e tira a jaqueta. Não importa o que Mery pense, ele não é o tipo de homem que corre riscos desnecessários. Abre o porta-capacete da moto e guarda a jaqueta lá dentro, tranca o compartimento e joga as chaves para Carlos, que pega-as precisamente com uma das mãos.
Peter: Passe por debaixo da porta do meu apartamento, pode ser?
Carlos: Sem problemas. Quer que eu chame um táxi?
Peter: Não. Não faz sentido nós dois nos molharmos.
Carlos aperta o botão do portão automático e Peter sai, acenando em agradecimento.
A manhã está escura e trovejante a seu redor, o tráfego no centro de Londres já está intenso e lento apesar de ainda ser sete e meia. Ele levanta o colarinho em volta do pescoço e segue a passos largos pela rua até o cruzamento, onde é mais provável que consiga um táxi. As ruas estão escorregadias por causa da água, a luz cinzenta se reflete nas poças da calçada.
Peter amaldiçoa intimamente outros engravatados ao enxergá-los na beira do meio-fio.
Enquanto pensa no melhor lugar para se posicionar, o celular toca. É Pablo.
Peter: Estou chegando. Estou tentando pegar um táxi.
Ele vislumbra um táxi livre se aproximando pelo outro lado da rua e começa a ir em sua direção, desejando que ninguém mais o tenha visto. Um ônibus passa roncando, seguido de um caminhão que freia de maneira estridente, impedindo-o de ouvir o que Pablo diz.
Peter: Não estou ouvindo, Pablo— grita, por sobre o barulho do trânsito. — Você vai precisar repetir. — Meio isolado em uma ilha de trânsito, com o tráfego fluindo por ele como uma correnteza, vê a luz alaranjada sobre o capô do táxi, indicando que o veículo está desocupado, e estica a mão livre, na esperança de que o motorista consiga vê-lo através da chuva forte.
Pablo: Você precisa ligar para Jeff em Nova York. Ele ainda está acordado, à sua espera. Tentamos falar com você na noite passada.
Peter: Qual é o problema?
Pablo: Alguma coisa sobre as clausulas... alíneas… assinatura… papéis. — A voz é abafada por um carro que passa.
Peter: Não entendi.
O táxi o viu. Está reduzindo a marcha, esguichando um fino borrifo de água à medida que anda mais devagar do outro lado da rua. Peter percebe que o homem mais adiante diminui o passo, desapontado, ao perceber que não alcançará o táxi a tempo.
— Escute, peça a Julia para colocar a papelada na minha mesa — grita. — Chego em dez minutos.
Olha para os dois lados, então baixa a cabeça ao dar os últimos passos para atravessar a rua em direção ao táxi, já com o destino na ponta da língua.
— E temos de resolver essa questão importante antes que Martin chegue…
Ele olha em direção ao chiado, o som rude e estridente de uma buzina. Vê a lustrosa lateral do táxi negro diante de si, o motorista já abaixando o vidro, e pelo canto do olho nota algo que não distingue direito, que está vindo para cima dele numa velocidade incrível.
Ele se vira e, nesse milésimo de segundo, percebe que a coisa vem em sua direção, que não há como sair da frente. Surpreso, abre a mão e o BlackBerry cai no chão. Ouve um grito que talvez seja seu. A última coisa que vê é uma luva de couro, um rosto dentro de um capacete, o choque nos olhos do homem refletindo o dele próprio. Há uma explosão quando tudo se parte em pedaços.
E então não há nada.
Autor(a): Lee CasiAngeles
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 178
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imdreamer Postado em 02/10/2013 - 17:53:04
Você é malvada! Chorei horrores por sua culpa! Mas, mesmo assim, foi perfeito! A história foi perfeita! E até mesmo o modo como o Peter morreu... Eu não queria que ele tivesse morrido. Não queria mesmo! Mas, tudo isso, de alguma forma, fez com que eu me apaixonasse por ele... Imagine se todos tivessem um amor como esse, se pudessem sentir um sentimento com tamanha intensidade e ternura... Ir a Paris e tomar um bom café lá, com certeza, vai entrar na minha lista de ambições u-u Ok! Talvez eu seja melancólica demais :P Enfim, obrigado por nós apresentar e adaptar essa história! Tenho muito o que agradecer! Te espero pra próxima, e espero que escreva uma sua u-u (já fico imaginando as barbaridades que você pode escrever, opaksop). Se escrever tão bem quanto escolhe livros, haha, estaremos bem u-u Até a próxima, se cuide, e bem, besos!
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dricaesposito Postado em 02/10/2013 - 09:07:25
Vou chorar;(;(, sua ruim. Amei a webb, bjs até a proxima.
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aniinhaesposito Postado em 01/10/2013 - 13:43:08
chorei ate. nunca pensei que o peter ia morrer achei que no ultimo momento a lali fosse conseguir mudar ele mas foi lindo a web. to chorando ate agora. que nos volvamos a ver hija
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maresposito Postado em 30/09/2013 - 22:42:34
FALA SÉRIO TÔ CHORANDO AQUI GATITA:( VOU SENTIR SAUDADES MUITAS SAUDADES.BOM EU QUERO TE DIZER QUE ESSA WEB É UMA DAS MELHORES QUE EU JÁ LI.E TIPO ASSIM EU TÔ CHORANDO AQUI E DAQUI A POUCO VOU FICAR COM OLHEIRAS POR CAUSA DISSO MAS VALEU A PENA TER LIDO CADA CAPÍTULO.SÉRIO EU É QUE AGRADEÇO POR VOCÊ TER ADAPTADO ESSA HISTÓRIA TÃO LINDA.
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viilaliter Postado em 30/09/2013 - 22:27:22
nem vou comentar nada pq vc sabe o quanto to chorando aqui
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aniinhaesposito Postado em 30/09/2013 - 13:26:07
obrigada eu vou sim hahaha ai Deus o peter ta vivo?? posta mais sabe como sou curiosa hahaha
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dricaesposito Postado em 30/09/2013 - 10:57:06
ahhhhhhhh eu vou chorar, n pode acabar assim tão rápido. tadinha da Lali estou com pena dela. tomara q ela consiga impedir o Peter de se matar. posta mais
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imdreamer Postado em 30/09/2013 - 10:11:54
ooh meu Deus! Não me diga que ele ainda está vivo?! Ele quer se despedir dela?! Ele é um príncipe! Cara, no começo Euge parecia tão egoísta... E agora ela está tão mais.. ah, não sei! Ela está sendo um anjo! Um anjo ainda um pouco egoísta u.u exijo os capítulos ainda hoje u-u estou meeeeeeega ansiosa pelos últimos capítulos! Sua fã sim u-u
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viilaliter Postado em 30/09/2013 - 07:31:18
pode ate parecer que sou chorona, mas nem sou. posso ate ter cara de chorona, mas nao sou. so choro em ultimo recurso, em emoções mt fortes e as vezes ainda me seguro ok? ha diversas possibilidades e eu so quero pensar na melhor e mais linda: Lali vai pra Suíça e impede ele de fazer essa besteira.então o Peter só quer morrer se ela estiver la junto? gENTE! Scrr! deixa eu dar um beijo nesse gostoso antes do final! eugenia tem sido uma diva com a Lali, serio. ain cara, ja ta no final? agora sim vou chorar. posta hoje plmdds! quero começar outubro chorando u-u
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maresposito Postado em 30/09/2013 - 01:21:19
POIS É,É BOM A LALI PEGAR AQUELE VOO PRA SUÍÇA ANTES QUE O PIOR ACONTEÇA.DE NADA,ESSE SITE É UMA LOUCURA ISSO SEMPRE ACONTECE