Fanfics Brasil - 133º Capitulo Como eu era antes de você - Laliter

Fanfic: Como eu era antes de você - Laliter | Tema: Laliter


Capítulo: 133º Capitulo

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Lali.


 


Em outra ocasião, acho que seria estranho que eu, Lali Esposito, que em vinte anos não deu mais que uma volta de ônibus na cidade natal, estivesse voando para o terceiro país em menos de uma semana. Preparei, com a rapidez eficiente de uma comissária de bordo, uma maleta com o essencial. Euge ficou por perto em silêncio, trazendo coisas que achava que eu poderia precisar, e descemos a escada. Paramos no meio. Mamãe e papai já estavam no hall com aquele jeito sério de quando chegávamos tarde da noite.


 


Gime: O que está havendo? — Mamãe encarava minha maleta. Euge parou na minha frente.


Euge: Lali está indo para a Suíça. — disse ela. — E precisa ir logo. É o último voo. — Íamos em frente, mas mamãe se adiantou.


Gime: Não. — Sua boca era um estranho risco, os braços estavam cruzados de maneira esquisita na frente dela. — Sério. Não quero que você se envolva nisso. Se é o que estou pensando, não.


Euge: Mas… — começou Euge, olhando para trás, na minha direção.


Gime: Não — repetiu mamãe, em um tom firme pouco usual. — Sem mais. Estive pensando nisso, em tudo o que você nos contou. É errado. É moralmente errado. E se você se envolver e for vista como alguém que está ajudando um homem a se matar, vai se meter em muita confusão.


Nicolas: Sua mãe está certa — disse papai.


Gime: Temos visto no noticiário. Lali, isso pode afetar toda a sua vida. A entrevista na faculdade, tudo. Se for fichada na polícia, nunca vai conseguir um diploma universitário ou um bom emprego, nem nada…


Euge: Ele pediu para Lali ir. Ela não pode ignorá-lo — interrompeu Euge.


Gime: Sim, ela pode, sim. Dedicou seis meses a essa família. E muitíssimas coisas boas aconteceram por causa de Lali. Muitíssimas coisas boas são devidas a essa família aqui, incluindo gente batendo na porta e todos os vizinhos pensando que nos beneficiamos com alguma fraude ou algo assim. Não, ela enfim tem a chance de fazer algo por si própria e eles querem que ela vá para esse lugar horroroso na Suíça e se meta em Deus sabe o quê. Bom, minha resposta é não. Não, Mariana.


Euge: Mas ela tem de ir — insistiu Euge.


Gime: Não, ela não tem. Já fez muito. Ela mesma disse isso na noite passada, fez tudo o que pôde. — Mamãe balançou a cabeça. — Qualquer que seja a confusão em que os Lanzani vão se meter com isso… isso… seja lá o que eles vão fazer com o filho, não quero que Mariana se envolva. Não quero que ela acabe arruinando toda a sua vida.


Lali: Acho que eu mesma posso decidir — falei.


Gime: Não tenho certeza. Ele é seu amigo, Mariana. É um jovem com a vida toda pela frente. Você não pode participar disso. Fico… fico chocada só de você considerar a possibilidade. — A voz de mamãe ganhou um novo tom, ríspido. — Não criei você para ajudar alguém a acabar com a própria vida! Você acabaria com a vida do vovô? Acha que deveríamos levá-lo para a Dignitas também?


Lali: Vovô é diferente.


Gime: Não é, não. Ele não consegue mais fazer o que fazia. Mas a vida dele é valiosa. Da mesma forma que a de Peter.


Lali: Essa decisão não é minha, mamãe. É de Peter. Tudo isso é para dar apoio a ele.


Gime: Apoio? Nunca ouvi tamanha bobagem. Você é uma criança, Mariana. Não viu nada, não fez nada. E não tem ideia do que isso vai lhe causar. Pelo amor de Deus, como vai conseguir dormir depois de ajudá-lo a fazer isso? Você terá ajudado um homem a morrer. Você realmente entende isso? Você terá ajudado Peter, aquele jovem inteligente e simpático, a morrer.


Lali: Eu conseguiria dormir porque acredito que Peter saiba o que é melhor para ele e o pior é perder a capacidade de tomar suas próprias decisões, de não ser capaz de fazer qualquer coisa sem precisar de ajuda… — Olhei para meus pais, tentando fazê-los entender. — Não sou criança. Eu o amo. Eu o amo, e não deveria tê-lo deixado sozinho e é insuportável estar longe e não saber… o que ele… — Engoli em seco. — Portanto, eu vou. Não preciso que vocês cuidem de mim ou me entendam. Sei lidar com isso. Mas vou à Suíça, não importa o que vocês digam.


 


O pequeno corredor ficou em silêncio. Mamãe olhou bem para mim, como se não tivesse ideia de quem eu era. Aproximei-me, tentando fazer com que ela entendesse. Mas ela recuou.


 


Lali: Mamãe? Eu tenho essa dívida com Peter. Tenho que ir. Quem você acha que me sugeriu fazer uma faculdade? Quem você acha que me incentivou a fazer alguma coisa da vida, a viajar, a ter ambições? Quem mudou minha maneira de pensar sobre todos os assuntos? Até sobre mim mesma? Foi Peter. Fiz mais coisas e vivi mais nos últimos seis meses do que nos últimos vinte e sete anos da minha vida. Portanto, se ele quer que eu vá para a Suíça, eu vou. Aconteça o que acontecer. — Fez-se um curto silêncio.


Nicolas: Ela é igual à tia Anne — disse papai, baixinho. Ficamos nos encarando. Papai e Euge se entreolhavam, como se um esperasse o outro dizer alguma coisa. Mas mamãe quebrou o silêncio.


Gime: Se você for, Mariana, não precisa voltar. — As palavras saíram de sua boca como pedras. Olhei para minha mãe, que estava chocada. O olhar dela era obstinado. E ficou tenso conforme ela aguardava a minha reação. Era como se um muro que eu não sabia que existia tivesse se erguido entre nós.


Euge: Mãe?


Gime: Estou falando sério. Isso não é melhor que assassinato.


Nicolas: Gimena…


Gime: É verdade, Nicolas. Não posso participar disso.


 


Lembro de pensar, como se estivesse distante, que nunca vira Eugenia tão insegura antes. Papai segurou o braço de mamãe, não sei se em reprovação ou se para confortá-la. Minha cabeça esvaziou. E, sem saber direito o que fazia, desci a escada devagar, passei por meus pais e fui para a porta da frente. Um segundo depois, minha irmã veio atrás.


Os cantos da boca de papai se voltaram para baixo, como se ele lutasse para conter todos os tipos de coisas. Ele se virou para mamãe e pôs a mão no ombro dela. Ela procurou os olhos dele como se já soubesse o que ele iria dizer. Ele então jogou as chaves do carro para Euge, que agarrou-as com uma das mãos.


 


Nicolas: Pronto — disse ele. — Saiam pelos fundos, pelo jardim da Sra. Doherty, e peguem o carro. Eles não vão ver vocês dentro do carro. Se saírem agora e o trânsito não estiver muito ruim, talvez consigam chegar a tempo.


Euge: Tem alguma ideia de onde tudo isso vai dar? — perguntou Eugenia. Ela me olhou de soslaio quando pegamos a estrada.


Lali: Não.


 


Eu não pude olhá-la por muito tempo — mexi na bolsa, tentando descobrir se tinha esquecido algo. Ainda ouvia a voz da Sra. Lanzani ao telefone. Mariana? Por favor, você vai? Sei que tivemos nossas diferenças, mas, por favor… é fundamental que você venha agora.


 


Euge:— Merda. Nunca vi mamãe daquele jeito — prosseguiu Euge. Passaporte, carteira, chaves. Chaves? Para quê? Eu não tinha mais casa. Eugenia me olhou pelo canto do olho. — Quer dizer, ela está furiosa agora porque está em choque. Você sabe que ela vai ficar bem no final, certo? Quando contei para ela que estava grávida, pensei que nunca mais fosse falar comigo. Mas levou, o quê?, dois dias para se reaproximar.


 


Eu podia ouvir minha irmã falando sem parar, mas não estava realmente prestando atenção. Mal conseguia me concentrar em alguma coisa. Minhas terminações nervosas pareciam ter despertado, quase gritavam de ansiedade. Eu ia ver Peter. Não importava mais nada, pelo menos eu teria isso. Quase conseguia sentir a distância entre nós diminuir, como se fôssemos duas pontas de um fio elástico invisível.


 


Lali: Euge?


Euge: Sim?


Engoli em seco.


Lali: Não permita que eu perca esse voo. — Minha irmã é muito determinada. Fizemos ultrapassagens arriscadas, corremos pelo corredor entre as flas de carro, desrespeitamos o limite de velocidade, procuramos no rádio informações sobre o trânsito e, finalmente, avistamos o aeroporto. Ela parou o carro guinchando os pneus e eu já estava a meio caminho do lado de fora quando a ouvi.


Euge: Ei, Lali! — Virei-me e corri alguns passos na direção dela, que me abraçou bem apertado. — Você está fazendo a coisa certa — disse ela. Parecia quase às lágrimas. — Agora, dane-se. Depois de me fazer perder seis pontos na carteira de motorista, se não pegar esse voo, nunca mais falo com você.


 


Não olhei para trás. Corri para o balcão da Swissair e precisei repetir meu nome três vezes até pronunciá-lo com clareza suficiente para conseguir pedir as passagens.


***



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Autor(a): Lee CasiAngeles

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 178



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  • imdreamer Postado em 02/10/2013 - 17:53:04

    Você é malvada! Chorei horrores por sua culpa! Mas, mesmo assim, foi perfeito! A história foi perfeita! E até mesmo o modo como o Peter morreu... Eu não queria que ele tivesse morrido. Não queria mesmo! Mas, tudo isso, de alguma forma, fez com que eu me apaixonasse por ele... Imagine se todos tivessem um amor como esse, se pudessem sentir um sentimento com tamanha intensidade e ternura... Ir a Paris e tomar um bom café lá, com certeza, vai entrar na minha lista de ambições u-u Ok! Talvez eu seja melancólica demais :P Enfim, obrigado por nós apresentar e adaptar essa história! Tenho muito o que agradecer! Te espero pra próxima, e espero que escreva uma sua u-u (já fico imaginando as barbaridades que você pode escrever, opaksop). Se escrever tão bem quanto escolhe livros, haha, estaremos bem u-u Até a próxima, se cuide, e bem, besos!

  • dricaesposito Postado em 02/10/2013 - 09:07:25

    Vou chorar;(;(, sua ruim. Amei a webb, bjs até a proxima.

  • aniinhaesposito Postado em 01/10/2013 - 13:43:08

    chorei ate. nunca pensei que o peter ia morrer achei que no ultimo momento a lali fosse conseguir mudar ele mas foi lindo a web. to chorando ate agora. que nos volvamos a ver hija

  • maresposito Postado em 30/09/2013 - 22:42:34

    FALA SÉRIO TÔ CHORANDO AQUI GATITA:( VOU SENTIR SAUDADES MUITAS SAUDADES.BOM EU QUERO TE DIZER QUE ESSA WEB É UMA DAS MELHORES QUE EU JÁ LI.E TIPO ASSIM EU TÔ CHORANDO AQUI E DAQUI A POUCO VOU FICAR COM OLHEIRAS POR CAUSA DISSO MAS VALEU A PENA TER LIDO CADA CAPÍTULO.SÉRIO EU É QUE AGRADEÇO POR VOCÊ TER ADAPTADO ESSA HISTÓRIA TÃO LINDA.

  • viilaliter Postado em 30/09/2013 - 22:27:22

    nem vou comentar nada pq vc sabe o quanto to chorando aqui

  • aniinhaesposito Postado em 30/09/2013 - 13:26:07

    obrigada eu vou sim hahaha ai Deus o peter ta vivo?? posta mais sabe como sou curiosa hahaha

  • dricaesposito Postado em 30/09/2013 - 10:57:06

    ahhhhhhhh eu vou chorar, n pode acabar assim tão rápido. tadinha da Lali estou com pena dela. tomara q ela consiga impedir o Peter de se matar. posta mais

  • imdreamer Postado em 30/09/2013 - 10:11:54

    ooh meu Deus! Não me diga que ele ainda está vivo?! Ele quer se despedir dela?! Ele é um príncipe! Cara, no começo Euge parecia tão egoísta... E agora ela está tão mais.. ah, não sei! Ela está sendo um anjo! Um anjo ainda um pouco egoísta u.u exijo os capítulos ainda hoje u-u estou meeeeeeega ansiosa pelos últimos capítulos! Sua fã sim u-u

  • viilaliter Postado em 30/09/2013 - 07:31:18

    pode ate parecer que sou chorona, mas nem sou. posso ate ter cara de chorona, mas nao sou. so choro em ultimo recurso, em emoções mt fortes e as vezes ainda me seguro ok? ha diversas possibilidades e eu so quero pensar na melhor e mais linda: Lali vai pra Suíça e impede ele de fazer essa besteira.então o Peter só quer morrer se ela estiver la junto? gENTE! Scrr! deixa eu dar um beijo nesse gostoso antes do final! eugenia tem sido uma diva com a Lali, serio. ain cara, ja ta no final? agora sim vou chorar. posta hoje plmdds! quero começar outubro chorando u-u

  • maresposito Postado em 30/09/2013 - 01:21:19

    POIS É,É BOM A LALI PEGAR AQUELE VOO PRA SUÍÇA ANTES QUE O PIOR ACONTEÇA.DE NADA,ESSE SITE É UMA LOUCURA ISSO SEMPRE ACONTECE


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