Fanfic: Te voy amar - Laliter | Tema: Laliter

PDV Peter

A noite estava escura e silenciosa e nada da Lali chegar, eu já estava preocupado. Liguei para seu celular diversas vezes, mas ela não atendia. Então resolvi pegar o carro e ir à casa de Julia. O centro da cidade estava deserto e naquela penumbra, o Herbs parecia estranhamente ameaçador. Passei sem desacelerar e fui direto pra casa de Julia, sabendo que eu encontraria Lali lá.

Quando vi o carro de Julia estacionado na garagem, suspirei. Senti uma mistura de alivio e remorso, eu havia me esquecido que não deixei o carro com Lali pra ela voltar pra casa e quase ri de mim mesmo. Tudo bem, isso já está resolvido, comecei a fazer o caminho de volta pra casa de Lali para esperá-la lá.

Entretanto, quando virei à esquina e vi a casa dela com as luzes apagadas e o carro não estacionado lá, eu meti o pé no freio e fiz a curva de novo. Onde ela estaria? Não estava no Herbs, nem na casa de Julia, não estava na biblioteca e nem na hospedaria. Só havia um lugar onde ela podia estar e eu estava certo, pois, quando cheguei à rua na qual Vico morava, lá estava o carro de Lali, estacionado na entrada da garagem.

*********

Esperei na varanda da casa dela. Eu tinha a chave, poderia ter entrado, mas minha raiva era tanta que eu não podia entrar na casa de uma mulher que se comprometido com ele e mentido esse tempo. Não queria saber da desculpa que ela daria, não importava se ela estava preocupada com ele ou não, não precisava ter mentido.

Uma hora se passou e ela chegou em casa.

***********

PDV Lali

Desci do carro e estranhei o porque Peter estava ali, caminhei até ele, como se nada tivesse acontecido.

Lali: oi. – colocou a bolsa sobre os ombros – o que você está fazendo aqui?

Ele se levantou.

Peter: só estou esperando...

Embora Peter não fez nenhum movimento para me cumprimentar, levantei meus pés para alcançar seus lábios e beijá-lo. Ele não retribuiu e eu senti que algo estava errado.

Lali: que bom ver você. – ele me olhou mas não fez nada, só ficou paralisado. Puxei a manga de sua blusa – você está bem?

Peter: bem.

Lali: mas parece chateado.

Peter: só estou cansado. Como está Julia? – coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha.

Lali: preocupada. Cande ainda não deu noticias.

Peter: e ela ainda acha que alguma coisa ruim aconteceu com a Cande?

Lali: não tenho certeza. Você sabe como é a Julia, quando ela enfia uma coisa na cabeça não tira mais e nunca existe uma explicação lógica. Tenho a impressão de que ela acha que Cande está... bem, digamos assim por falta de uma palavra melhor, mas que o motivo que fez ela ir... – balancei a cabeça em sinal de desaprovação – eu não sei o que Julia está pensando. Ela apenas tem a sensação de que Cande não deveria ter ido embora e está muito preocupada.

Peter meneou a cabeça, mas acho que ele não entendeu muito bem.

Peter: se ela está bem, tudo vai acabar bem, certo? – dei de ombros.

Lali: não sei, já desisti de tentar entender como funciona a cabeça de Julia. Tudo o que sei, é que em geral, ela acerta. Já vi isso acontecer muitas e muitas vezes. – ele se sentou de novo.

Peter: pelo que eu entendi você passou a noite toda com Julia, não é?

Lali: praticamente.

Peter: praticamente? –eu não respondi – eu passei essa noite lá na casa de Julia, mas você não estava lá.

Lali: você foi à casa de Julia?

Peter: e vim aqui também. – dei um pequeno passo pra trás e cruzei os braços.

Lali: você estava me seguindo?

Peter: chame como quiser. De qualquer maneira, você não me disse a verdade.

Lali: do que você está falando?

Peter: onde você esteve essa noite? Depois que passou na casa de Julia?

Lali: vim pra cá.

Peter: e antes disso?

Lali: você estava me seguindo, não estava?

Peter: o assunto aqui não sou eu, responda a pergunta!

Lali: porque você está bravo? Eu disse onde estava!

Peter: não você não disse! – gritou, me assustei, nunca vi ele assim – você me contou onde estava antes de ter ido a algum outro lugar. Você esteve em algum lugar depois que saiu da casa de Julia, não esteve?

Lali: porque você está gritando comigo?! – exigi que ele respondesse, levantando o meu tom de voz – o que deu em você?!

Peter: você foi à casa do Vico! - gritou.

Lali: o que?

Peter: você me ouviu bem, você foi a casa do Vico! Eu vi você lá! – dei um passo pra trás.

Lali: você me seguiu?

Peter: não, eu não segui. Eu fui até a casa de Julia e depois vim aqui procurando você. E adivinhe o que descobri?

Lali: não é o que você está pensando. – protestei com a voz calma.

Peter: e o que eu estou pensando? Que a minha noiva não deveria estar na casa de outro homem? Que talvez ela devesse ter dito onde estava indo? Que, se ela confiasse em mim, teria dito alguma coisa? Que, se gostasse de mim, não desmarcaria nosso jantar para fazer companhia a outro homem?

Lali: isso não tem nada a ver com você! E eu não desmarquei nosso encontro. Eu perguntei se poderia ser amanhã e você disse que não tinha problema!

Peter: eu não estou falando sobre o jantar, Lali. Eu estou falando sobre você ter ido à casa de outro homem nesta noite. – ele se aproximou e eu não me intimidei.

Lali: e o que mais? Você acha que eu fui pra cama com Vico? Acha que passamos essas ultimas horas namorando no sofá? Nós conversamos Peter! Conversamos só isso! Julia estava cansada e antes de vir embora, eu queria saber se Vico poderia me explicar o que estava acontecendo. Então parei na casa dele e tudo o que fizemos foi conversar sobre Cande.

Peter: você devia ter me contado.

Lali: eu teria contado! E você nem teria de me perguntar! Não tenho segredos para você. – as sobrancelhas dele se levantaram.

Peter: ah não? E quanto aquele dia no calçadão, as margens do rio?

Lali: que dia?

Peter: no mês passado quando vi vocês dois de mãos dadas.

Lali: há quanto tempo você vem me espionando?

Peter: eu não estou espionando! Mas vi você de mãos dadas com ele.

Lali: quem é você?

Peter: o seu noivo. E acho que mereço uma explicação. Primeiro, vejo vocês de mãos dadas, depois descubro que você está desmarcando nossos encontros pra ficar com ele...

Lali: cale essa boca! Fique quieto e me escute!

Peter: estou tentando escutar! – gritou – mas você não está me dizendo à verdade, você tem mentido pra mim!

Lali: não tenho não!

Peter: não? Então me conte sobre sua aventura de mãozinhas dadas.

Lali: estou tentando lhe dizer que você está tirando conclusões precipitadas.

Peter: é mesmo? E se você tivesse me visto de mãos dadas com uma ex- namorada e descobrisse que eu estava saindo às escondidas pra me encontrar com ela?

Lali: eu não estava saindo às escondidas! – joguei as mãos pro alto – eu já falei... Estive com a Julia quase a noite inteira e não estava entendendo o que estava acontecendo com Cande, por isso parei na casa de Vico: para saber se ele tinha descoberto alguma coisa.

Peter: depois de ficar de mãos dadas com ele, é claro. – pisquei, mas quando comecei a falar ouvi minha própria voz falhar.

Lali: não, não fiquei. Nós nos sentamos na varanda dos fundos, quantas vezes preciso repetir isso?

Peter: quem sabe até você admitir que estava mentindo?

Lali: eu não estou mentindo! – ele me olhou fixamente e sua voz saiu num tom ríspido.

Peter: você mentiu e sabe disso – ele apontou um dedo acusador pra mim – isso já é ruim o bastante, mas não é a única coisa que machuca. O que dói mais é ver que você continua a negar.

Dito isso ele foi embora, caminhando pesadamente para o carro sem nem olhar pra trás.

ooi gente sorry pela demora, estou passando por uns... probleminhas mas o que resume tudo se chama: preguiça! hahaha foi mal mesmo, dedico a:

drica: Valentina é fofo mesmo, vou pensar u.u tomou cria tu vai entender depois. postaado!

jucinaira: que bom amore, postaado!

vii: é nesse livro ela tá estranha, mas sempre achei ela estranha. Valentina ok, eu gosto de Aurora, me lembra da princesa u.u postaado. sumiu! hahaha

comentem comentem comentem