Fanfic: Te voy amar - Laliter | Tema: Laliter

PDV Peter:

No dia seguinte, enquanto passeava com Lali, via ela remexendo uma pilha de brinquedos no balcão da loja de brinquedos. Ela queria fazer uma surpresa aos vários sobrinhos que tenho, levando-lhes presentes querendo causar uma boa impressão, tive a certeza de que nunca mudaria a decisão que tinha tomado. Sorri, imaginando a vida perfeita que teria ao lado dela. Sei que haveriam brigas e discussões, mas sei que atravessaríamos essas aguas turbulentas com facilidade.

Lali: hey, veja esse casal. – apontou pra um casal na faixa de uns 30 anos de idade, com dois filhos. Um no carrinho e outro no chão fazendo pirraça.

Típicos pais ricos que tem babás e não tem noção de como pegar uma criança no colo. No carrinho o bebe gritava sem parar, aquele tipo de choro agudo e penetrante chamando atenção de todos na loja. Exatamente ao mesmo tempo, o irmão mais velho gritava ainda mais alto que a menininha. A mae finalmente tirou o bebe do carrinho e o segurou no colo. O pai se inclinou na direção da esposa para dar palmadinhas nas costas do bebe.

Mae: não está vendo que estou tentando acalmá-la? Entenda-se com o Elliot.

Constrangido o homem se abaixou na altura do garoto que não parava de esmurrar e chutar o chão, tirando a mae do serio com aquela birra.

Pai: pare de gritar agora mesmo! – ordenou o pai com firmeza, balançando o dedo indicador como ameaça.

Lali: ah sei, como se isso fosse resolver a situação. – sussurrou aterrorizada.

Nesse ponto Lali parou de olhar os brinquedos e se virou para ver a cena, o bebe gritando, o homem gritando, a mae gritando, o filho gritando. Uma pequena multidão se juntou ao redor da “familia feliz”. Elliot bateu com a cabeça no chão e chorou mais ainda.

Mae: vamos logo embora daqui.

Pai: voce ainda não percebeu que é isso que estou tentando fazer? – retrucou enfurecido.

Mae: pegue-o no colo.

Pai: estou tentando!

A criança não ajudava o pai, quando o pai finalmente tomou o controle, a criança começou a se agitar como se fosse uma cobra raivosa. Eles desajeitadamente saíram da loja e os gritos foram ficando cada vez mais longe e baixos.

Peter: coitados!

Lali: nem me fale!

Peter: nossos filhos nunca farão uma birra dessas.

Lali: nunca. – ela colocou a mao sobre a barriga – aquilo não foi nem um pouco normal.

Peter: e parecia que os pais não tinham nenhuma ideia do que estavam fazendo. Voce viu quando ele tentou conversar com o garoto? Foi como se tivesse uma reunião de negócios, falando com diretores de uma empresa.

Lali: ridículo mesmo. E a maneira agressiva como falavam um com o outro? As crianças percebem quando há tensão entre os pais. Não me admira que não tenham conseguido controla-las.

Peter: eles estavam atordoados, como se não soubessem o que fazer.

Lali: acho que não sabiam mesmo.

Peter: mas como poderiam não saber?

Lali: talvez estejam ocupados demais com a própria vida e não dediquem tempo aos filhos.

Peter: definitivamente aquilo não foi normal.

Lali: era exatamente isso que eu estava pensando.

***

No taxi pensei bem em o que Pablo disse, ele tinha razão, eu não sabia muita coisa ao respeito de Lali. Mas sei que a amo desde o primeiro momento que a vi. Não houve tempo para isso, e, quanto mais eu refletia sob a questão, mais acreditava que teria sido bom para ambos se tivéssemos tido a chance de ser um casal comum. Eu já fui casado uma vez com Paula e eu sabia que tinha um período de adaptação até que nós dois aprendessem a conviver sob o mesmo teto. Todo mundo tem suas manias e as minhas são muitas. Como será que eram as de Lali?

Lali: em que voce está pensando?

Peter: ah?

Lali: perguntei em que voce está pensado, voce esta com uma expressão engraçada no rosto. – riu.

Peter: ah! Não é nada.

Lali: um nada importante ou um nada nada? – me encarou, como se soubesse que tinha algo que eu tinha que contar para ela.

Me virei para ela arqueando minhas sobrancelhas.

Peter: qual é seu primeiro sobrenome?

Lali: porque isso agora? – sorriu bobo.

Peter: pensei que não sabemos muita coisa sobre o outro.

Lali: isso não é verdade.

Peter: é sim, não sei sua cor favorita, nem filmes...

Lali: ok, o que quer saber?

Peter: começando, seu primeiro sobrenome.

Lali: Accardi assim como Júlia.

Peter: oh, não tinha pensado nisso.

Lali: quando falo que voce é distraído eu que sou a errada.

Peter: ok, voce está certa. Em que voce se formou na faculdade?

Lali: em inglês.

Peter: melhor amiga na época?

Lali: Agustina.

Peter: e cor favorita?

Lali: roxo.

Peter: pao integral ou branco?

Lali: integral.

Peter: programa que gosta de assistir.

Lali: Solamente Vos.

Peter: escritor favorito?

Lali: Nicholas Sparks com certeza.

Peter: e sua idade?

Lali: não acredito que me perguntou isso! – eu abaixei a cabeça com vergonha. – faço 32 dia 10 de outubro.

Satisfeito me recostei no banco enquanto ela continuava a folhear o livro “o que esperar quando voce está esperando” na esperança de que encontrasse algo interessante. Como Pablo havia dito, havia bastante coisas que eu não sabia, mas também havia muitas coisas que eu sabia sobre ela.

Filha única, foi criada em Aurora, na Carolina do Norte. Os pais Gimena e Nicolas morreram em um acidente de carro quando ela era criança e foram os avós maternos que a criaram, Julia e... ok eu não sabia o nome do avô. Ela foi para a Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, que se apaixonou por um sujeito chamado Pedro e que morou em Nova York durante um ano, quando fez estagio na biblioteca da Universidade de Nova York. Pedro a traiu e ela voltou para casa e se tornou bibliotecária- chefe em Aurora, como a mae tinha sido antes de morrer. Algum tempo depois ela se apaixonou por um sujeito chamado Benjamin, mas ele deixou a cidade sem nem olhar para trás. Desde entao, Lali tinha levado uma vida tranquila, saindo de vez em quando com o policial da cidade Victorio até que eu apareci. Ah e claro! Julia era dona de um restaurante em Aurora chamado Herbs, ela dizia que tinha poderes mediúnicos, inclusive a capacidade de prever o sexo dos bebes, o que explicava porque Lali tinha certeza de estar esperando uma menina.

Esses detalhes eu tinha certeza que todos de Aurora sabiam, mas eles sabiam que ela colocava os cabelos atrás da orelhas quando estava nervosa? Que era uma excelente cozinheira? Que quando precisava de descansar, gostava de ir a um pequeno chalé afastado da cidade onde seus pais tinham se casado? Que além de ser inteligente e linda, com seus olhos castanhos, seu rosto ligeiramente oval e os cabelos castanhos escuros tinha resistido as minhas primeiras e desajeitadas tentativas de leva-la pra cama? Ela nunca saia impune de uma situação, sempre diz o que pensa e nunca dava o braço a torcer quando eu estava errado. Lali conseguia fazer tudo isso com encanto e feminilidade, ainda mais destacados por seu sotaque do Sul. e além disso tudo, ela ficava deslumbrante de calça jeans que foi o fato que eu me apaixonei por ela.

ooi minha gente linda! dedico a:

vii: sim voce é especial posso fazer o que ne? hahaha obrigada linda postaado!

drica: gracias postaado fofa!

comentem comentem comentem

OBS.: essa semana eu nao posto mais, vou viajar e só volto domingo a noite entao segunda creio que tem outro capitulo. beijos e boa semana para voces!