Fanfic: Miss Atomic Bomb
Bran estava impaciente, estava estressado na verdade, seu curso de jornalismo havia acabado de começar, ele não estava gostando da correria de Nova York. Definitivamente não, ela o ensinou a gostar do silêncio dos pensamentos, dos sussurros tenebrosos de sua própria mente. Ah, e de pão de canela. Ele tinha essência de canela pelo apartamento, fazia o lembrar da sensualidade dos seus inocentes movimentos, dos pervertidos sorrisos dela e com certeza do modo em que ela o olhava.
Ele andava de um lado para o outro na frente sua cama que estava bagunçada, a insônia estava sendo seu melhor amigo nas últimas semanas.
Ele sentou na beirada da cama e encarou o porta retrato que estava ali, estrategicamente colocado. Ali estava a foto de uma garota, ou como ele mesmo a chamava de "demônio celestial de sua vida". E encarando a foto ele lembrou de uma coisa que seu pai havia dito a ele muito tempo atrás "filho, quando estiver frustrado, cheio de arrependimento, ilusões, raiva ou alegria, ponha isso no papel, os resultados são surpreendentes e você
vai se surpreender com o alívio que isso proporciona". Seguindo o conselho de seu pai, Bran foi até sua pacata escrevanhia e abriu seu notebook e ali começou a sua sessão de descarrego.
"Caros leitores (se é que algum dia haja algum),
Contarei para vocês o mais importante pedaço da minha vida, o período que fiquei perto com a pessoa mais maravilhosa e enigmática que já conheci, minha ex-namorada. Devo afirmar que com toda a certeza essa
história é baseada em fatos, mas tenho que confessar que talvez possa haver fatos que não ocorreram realmente, ser apenas fruto da minha imaginação fértil que quando se trata de Lola (minha ex-namorada), minha imaginação
viaja quilômetros criando momentos os quais gostaria de ter passado com ela. Também tenho que dizer que essas confissões são sobre amor, tristeza, sorrisos, lágrimas, conflitos irrelevantes, pensamentos ilógicos e de uma aleatoriedade infinita. Como um Loop. Essas confissões
são sobre uma garota, e tudo isso esta englobado nela.
Ela era livre e aprisionada; feliz mas mergulhada em um lago de decepções, ilusões, realidade e desesperança. Ela era única, melhor, singular.
Ela era um vicioso e incoerente pleonasmo paradoxal e não pertencia a ninguém.
Eu não sei muito bem o que falar sobre ela, o celestial demônio que me tomou para si de uma forma incoerente, inteligível, mas principalmente inexplicável. Sugou minha alma por canudinho, que me levou para o paraíso que tinha as cores do inferno, mas ainda sim um paraíso, e que me fez refletir melhor sobre os lunáticos.
Ela era o brinquedo defeituoso em uma ilha de Barbies e Kens.
Ela era ela.
Sem adjetivos.
Sem pensamentos coerentes.
Apenas ela e seu obscuro paraíso.
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Capítulo 1 – Bunda suando demais
Tudo começou quando meus pais se separaram e eu resolvi me mudar para o interior do país para morar com meu irmão Robin e sua recém-esposa. Minha intenção era apenas terminar o colegial longe da melancolia de um casal
recém-separado, não de me apaixonar terminantemente por uma garota. Mas aconteceu. Amor é filho da puta mesmo.
_Bran! Caramba você cresceu muito! - comentou o meu irmão sobre minha altura, o que de fato ele tinha razão.
_Uma hora tinha que crescer né babaca?!
_Oh Bran estamos tão contentes que decidiu vir morar conosco! - disse Lia a mulher do meu irmão. Ela e ele formavam uma casal bonito e que provavelmente teriam lindas crianças. Ela batia no meu peito, diferente do meu irmão que era
no máximo três dedos mais alto que eu, ela tinha lindos olhos azuis, e já meu irmão herdou os olhos escuros da minha família assim como eu.
- Venha, vamos mostrar seu novo quarto!
A casa deles era grande considerando que era somente eles dois morando ali. Com dois andares e uma pintura com tons pasteis a casa com certeza era uma das mais bonitas da vizinhança.
O meu quarto ficava no segundo andar, o último no corredor ao lado esquerdo. Era bege, discreto, tinha uma cama, prateleiras, uma escrevaninha com um MacBook em cima. Olhei para o meu irmão com surpresa e ele respondeu:
_Presente de boas-vindas cara!
Abracei os dois e agradeci e fui arrumar minha coisas enquanto Lia foi preparar o almoço. Meu irmão sentou na beirada da cama, já até sabia o que ele queria falar.
_Bran, olha, sobre nossos pais, não se preocupa, eles vão superar.
_Relaxa Robin, eu sei. - e com aquilo acabei com a discussão sobre meus pais. Robin nunca foi de ser meloso e essas coisas, ou seja, assuntos como esse realmente deixavam ele nervoso. Ou como li em algum lugar, as formas orgânicas de vida deixava meu irmão nervoso.
Em menos de 1 hora eu já estava instalado, eu não tinha trazido muito coisa, o resto iria apenas chegar uns 3 dias depois. Naquele momento só estava equipado com roupas, alguns livros para a escola e coisas de higiene.
_Meninos! O almoço tá pronto! - gritou Lia lá debaixo.
Descemos as escadas dando socos um no outro o que nos resultou em um olhar de reprovação de Lia e explicações do quanto aquilo era perigoso.
_Robin, poderia ir na mercearia comprar refrigerante? - pediu Lia.
_Deixa que eu vou Robin, é bom que eu me acostumo com a vizinhança. Só me explicar aonde é.
O mercado nem era longe, mas deu para ver bastante da vizinhança que era composta por casas simples mas bem bonitas. Chegando lá fui para a parte das bebidas, peguei o refrigerante e fui para o caixa e ali tinha uma garota
conversando com a caixa.
_Moça, eu tenho certeza que deu 16,95, poderia fazer a conta novamente?
_Moça aqui na calculadora diz que deu 15, e aqui esta seu troco, boa viagem! - disse a caixa impaciente e sua cara dizia exatamente "esses aborrecentes de hoje!"
A menina parecia que não ia desistir.
_Moça tenho certeza que não errei na minha conta, acho que a senhora esqueceu de algum produto. - argumentou a menina.
_Então quer dizer que sou desatenta no meu trabalho?!
A menina pareceu assustada com a conclusão da caixa, bom até eu, mas na verdade com a situação toda em si, a menina estava brigando para pagar a mais!
_Não moça, nunca disse isso...
_O que aconteceu? - chegou um homem careca, barrigudo que parecia ser o dono dali.
_Essa menina malcriada que está dizendo que sou desatenta!
_Nada disso, só estou dizendo que minha conta deu 16,95 e ela só me cobrou 15 dólares e eu tenho certeza que minha conta deu certo, ou seja, quero pagar a quantia certa, fui criada assim, e também vai que seu mercado
vá a falência, eu vou me sentir culpada pelo resto da minha vida!
O dono com a cara que dizia "Meu Deus, é cada uma que me aparece!" pegou os produtos da menina que já estavam na sacola de plástico e começou a conta de novo.
_O seu total foi de 16.95. - anunciou o dono.
Ela pagou como se tivesse dando algo para a caridade e então uma outra garota surge na loja.
_Lola sua vaca, estávamos te procurando! - disse uma menina que claramente não tinha muito moral para chamar a Lola de vaca. Ela vestia um shortinho jeans com um top preto com botas.
_Eu disse para você que vinha no mercado.
_Não, não disse.
Lola fez uma cara de confusa e disse:
_Não é? Foi mal então, mas agora você sabe.
_Moça a senhorita está atrapalhando o caixa. - disse o dono do caixa para Lola.
Parece que ele tinha finalmente tinha notado que eu estava ali do lado dela, ela me deu sorriso meio sem graça e pediu desculpas. Por algum motivo queria ter abraçado aquela garota. COMO ASSIM?!
_Não tudo bem, demoro o tempo que for preciso. - eu disse.
_Vamos Lola! - disse a menina puxando o braço dela.
_Calma ai Maya. Oi, sou Lola. Nunca te vi por aqui quem é você? - disse ela apertando minha mãe.
_Oi, sou Bran, sou irmão do Robin McGraver, vim morar com ele por um tempo.
Ela deu um grande sorriso quando mencionei o Robin.
_Sim, o Robin, ele é bem legal e alto. Prazer em conhecer você Bran. Tchau.
Ela saiu com a menina chamada Maya.
Levei o refrigerante, almoçamos e passei a tarde na internet conversando com os meus amigos por Skype, não mencionei a menina que conheci no supermercado. Quando estava perto do horário da janta Lia apareceu na minha porta.
_Bran, você gosta de comida mexicana?
_Bom, pelo menos algumas coisas que já comi eu gostei.
_Ótimo, se arrume, daqui 30 minutos vamos te levar para um ótimo restaurante mexicano daqui.
Levantei-me, tomei banho e me arrumei, com umas roupas bem casuais. Peguei meu celular e deci.
Robin já estava pronta, só faltava Lia, que também não demorou.
O restaurante ficava no centro da cidade, parecia bem cheio para uma quinta a noite. Ficamos com uma mesa perto da mesa de bebida o que foi bom pois eu estava com uma sede incontrolável naquele dia.
_Vocês querem beber alguma coisa? Pois eu vou buscar algo pra mim. - todos acenaram em negativa então fui pegar bebida somente para mim.
Chegando na fila encontro Lola, e naquele momento eu realmente reparo nela, como sua pele um pouco bronzeada combinava com seus cabelos castanhos, tinha uma altura mediada devia bater no máximo no meu ombro ela.
Ela se virou para mim e espremeu os olhos como um míope tentando ver, e disse:
_Você tem nome de cachorro.
_Como?
_Seu nome, Bran, me lembra cachorros, principalmente Labradores. Eu tenho um, o Chewbaca.
_Isso era para ser um elogio?
_Na minha cabeça soou como um elogio, mas agora em voz alta, não tenho a certeza se você recebeu a mensagem que eu queria transmitir. - Suspiro – Os canais de comunicações sempre nos metendo em enrascadas.
Okey, o que ela estava falando?
Então chegou a vez dela, e ela simplesmente se virou para mim e disse:
_Pode ir.
_Não, não, é a sua vez.
_Eu não vou comprar nada, só fico na fila por hobby, é um dos únicos lugares que consigo pensar coerentemente. Devia experimentar algum dia, é bem relaxante.
_Quem sabe um dia eu experimente.
Peguei meu refrigerante enquanto Lola ficou la me encarando, de um modo escancaradamente obsceno. E eu gostei.
_Posso te apresentar aos meu amigos? - perguntou ela quando peguei meu refrigerante.
_Anh claro. - pode não parecer, mas sou extremamente timido.
Ela me pegou pelo braço e me levou ate uma mesa com adolescentes.
Queria correr dali.
Mas levando ela.
Com certeza.
_Galera esse é o Bran, ele é novo por aqui, sejam simpáticos!
_Heyyy Bran.
E ela me apresentou aos amigos. Tinha o Akash, claramente ele era indiano , pele escura, olhos escuros, enfim, indiano, mas de um modo atraente. Tinha a Maya, com os cabelos loiros ate a cintura olhos verdes e alta, era bem gostosa. Tinha o Roni, com os cabelos escuros e olhos azuis, e provavelmente praticava algum esporte, pois tinha o corpo bem desenvolvido. E Lola, apesar de já ter descrito ela, preciso fazê-lo novamente, pois os olhos atrevidos, o sorriso obsceno era o meu paraíso nessa porra de mundo. O modo como seus cabelos caiam sobre os ombros, apenas um paraíso.
_Bran, você tem namorada? - perguntou Maya.
Eu me engasguei. E Lola riu. E eu ri engasgado porque a garota que estranhamente me interessei estava rindo de mim porque eu engasguei e ela riu ainda mais porque eu estava rindo dela rir de mim por eu estar engasgado.
Depois de um tempo eu me recompus.
_Não Maya, não tenho namorada.
Então Robin apareceu e disse que tinha que ir pois trabalhava pela manha.
Eu não queria ir, mas meu carro só chegaria semana que vem.
_Se quiser ficar com a gente, eu te levo Bran. - ofereceu Akash.
_Eu quero ficar, posso Robin?
_Claro, aqui a chave de casa, mas deixe no porta-chaves pois pela manha preciso delas.
Robin saiu e me deixou com eles.
_Então Bran, você pratica algum esporte? - perguntou Roni.
_Sim, eu jogo futebol, mas eu sou melhor em natação. E você?
_Sou o capitão do time de futebol.
_O sonho de toda pirralha vadia da nossa escola. - murmurou Lola.
_O bom que ele é meu, SÓ MEU VADIAS! - gritou Maya para todo o restaurante.
E então que percebi que os dois era um casal, mãos dadas e até anel de compromisso.
_E você Akash? Algum esporte? - perguntei afim de tirar a atenção de mim e não perceberem que eu estava vermelho.
Sabe, gritar em restaurantes mexicanos não era algo que eu e meus antigos amigos faziam diariamente na minha antiga cidade.
_Não, não, só faço parte do clube de xadrez. - respondeu ele.
_Então você é o crânio do grupo? - perguntei.
Ele deu uma risadinha e negou.
_Definitivamente não, Lola é o crânio.
_E a lunática. - disse Maya rindo.
_Eu posso contar os azulejos do restaurante mas ainda posso ouvir vocês me chamando de lunática. - disse Lola levantado os olhos do chão e olhando diretamente para mim.
DIRETAMENTE.
Até os pelos do meu dedão se eriçaram.
_Eu quero ir para casa, tenho trocentos livros para ler. - ela anunciou levantando da mesa.
_Hey Ho Let`s Go. - disse Akash.
E sairam do restaurante, e eu fiquei lá parado.
Ate que Maya percebeu e perguntou o que aconteceu.
_Vocês não vão pagar a contar?
E eles riram da minha cara. Bem simpático da parte deles, na boa.
_O restaurante é do pai do Roni, comemos de graça todas as quintas. - disse Lola rindo. - Você é tão fofo!
Claro, porque fofo é como todo garoto quer ser chamado, tão másculo.
Despedimos de Maya e Roni e seguimos em direção oposta.
Deixamos Lola no carro dela, o que ela afirmou ser desnecessário, e fomos para o carro de Akash.
Foi bem tranquilo a viagem, Akash se mostrou ser bem silencioso.
Quando paramos em frente a minha casa ele perguntou se minhas aulas começariam amanha.
_Sim, na verdade.
_Nervoso?
_Nem tanto, só ansioso.
Akash disse para eu não me preocupar (claro, por que não?) e ir na vibe.
Todos já estavam dormindo então eu segui a vibe e desabei na cama.
_Você parece nervoso Bran.- disse Lia.
Eu ESTAVA muito nervoso.
_Enquanto seu carro não chega Bran, eu te levo. - disse Robin.
Eu queria me enterrar no quintal, não, me jogar do Gran Canyon, é seria uma boa.
Eu estava suando em lugares que nem sabia que dava, BUNDA PARA DE SUAR!
Robin me deixou no estacionamento da escola e seguiu para o trabalho me deixando lá a deriva.
Segui pelo estacionamento e avistei Lola sentada no gramado e fui até ela.
_Oi.
_Suas glândulas sudoríparas estão trabalhando duro hoje.
Naquele momento quis pegá-la pelos ombros, jogá-la no gramado e gritar: FALE COMO UM ADOLESCENTE NORMAL!
Mas não o fiz, pois talvez era isso que me atraia nela, o nada comum.
E eu só disse:
_Anh?
_Eu gosto de surpreender as pessoas com frases aleatórias ao invés dessas saudações terráqueas.
_Nada normal da sua parte.
_O que é ser normal? - indagou.
Verdade, o que é ser normal? Ser um babaca que nem eu, que não consegue pensar coerentemente perto dessa incomum garota?
E ela ficou ali me encarando com aquela intensidade que só ela sabia, e aquilo obscenamente me agradou.
Não tinha percebido que ela estava com um copo térmico até que me ofereceu.
_O que é?
_Chocolate quente com canela.
Nunca fui fã de canela, então recusei e ela disse:
_Desculpa, mas você ouviu eu dizendo “você quer?”, não estou te oferecendo, estou te dando para você beber.
Sem delongas peguei o copo e bebi.
Não poderia ter bebida menos ela, o modo como o chocolate era doce e a canela dava um sabor especial.
_Você é muito atracado sabia?
_Você é sempre assim sincera?
Ela deu uma risada e me olhou com aqueles olhos obscenos e disse:
_A sinceridade me atrai. - dando ênfase no atrai.
Quero beijar ela e lavar as suas roupas quem sabe talvez ela fique comigo.
Eu queria ser enigmático como ela, ser inexplicável, mas ser obvio tem sido uma característica marcante em mim esses dias.
_Por que te atrai?
_Caminhos sem volta me atrai, diga algo sincero em voz alta e não terá como voltar atras.
E ela ficou em posição de lótus e começou a recitar:
_Hare Krshna, Hare Krshna, Krshna, Krshna, Hare Krshna...
Olhei incrédulo para aquilo.
_O que O que você está fazendo?
Ela abriu o olho direito e disse:
_Meditando! O que achou que eu estava fazendo? Invocando Belzebu?
Quem diabos era Belzebu?
E ela voltou a sua meditação.
Depois de uns cinco minutos, Maya, Roni e Akash chegaram e começaram a conversar normalmente como se não tivesse uma garota na frente deles meditando.
Então o sino tocou e tivemos que entrar,
E nunca me sentir tão “olhado” na vida, todos me encaravam.
Lola deve ter percebido meu nervosismo pois segurou minha mão e sussurrou para mim:
_Imagine que eles são pandas, fica mais fácil.
Eu tentei, mas foi algo complexo demais para minha pobre mente.
Mas eu relaxei pois ela estava segurando minha mão, e rindo de uma piada tosca de Akash sobre indianos e ela exalava um belo odor de canela, e Roni estava me prometendo vaga no time de futebol, mas eu não ligava, pois ela estava segurando minha mão e me furando com a sua unha, mas de um modo estranho eu não ligava, pois era ela que estava me furando.
Autor(a): artemis_wy
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
_Então Bran, Alabama? _Sim, sabe daquela música, OH Susana - respondi ao diretor, que alias não se parecia com um diretor, estava mais para um cara que tinha acabado de jogar golfe, com sueter nos ombros e tudo mais. _Aqui está seu horário, e o resto da documentação. - e ele me deu um sorriso branco, bem branco mesmo. Acho ...
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