Fanfic: * Céu azul * - fic abandonada | Tema: Romance

Ele estava andando sem rumo, o céu estava enegrecido, a lua iluminava a rua e as estrelas brilhavam. A mente dele estava ao encontro de Shofie. Como ela pode ser tão bonita atraente e sumir dessa forma. Nem um telefonema, carta, nada. Apenas a saudade e o amor por ela tomavam seu coração entristecido. Por estar cansado senta-se na calçada e para um pouco com seus pensamentos. Olha para o céu e para, a rua estava deserta quando de repente escuta um som ao longe, uma linda voz feminina invadir o seu corpo e lhe fazer ir atrás da melodia dançante. Ele se levanta e caminha em direção a um prédio com uma arquitetura antiga, mas bela, mesmo meio gasto pelo tempo. O interior do local parece estar iluminado, ele percebe que a porta está aberta. Entra e encontra belas mulheres e bem vestidas. O garoto observa tudo com bastante atenção.

Alguns casais estão dançando e outro se beija loucamente, porem o que lhe chama atenção está mais a frente, uma mulher de longos cabelos negros e um belo vestido azul canta uma bela melodia ao som de um piano e um violino. O menino resolve se aproximar e admirar a bela mulher. Distraído e encantado ele deixa fugir um pequeno sorriso, mas logo sente algo bater nele. É uma bela ruiva que passa ao seu lado e olha para ele como se o degustasse. Ele deixa à morena e com os olhos observa cada passo da linda e jovem ruiva que caminha para uma escada também o observando com desejo no olhar. Ela some, mas o menino não quer perde-la e resolve segui-la. Ao chegar mais peto ele vislumbra uma escada muito bonita, porem mal iluminada. O garoto resolve subir e para o seu espanto percebe que aquele lugar é um prostíbulo.

Encima encontra várias portas e um casal passa correndo e se esconde no escuro. O garoto procura a moça, mas não encontra e resolve descer as escadas, mas é puxando por uma bela mão macia e quente. Quando se vira pode ver o belo rosto apesar da pouca luminosidade. A moça interrompe a sua visão e lhe coloca uma mascara. Ele é levado para um dos quartos e escuta a porta se fechar e ser trancada. Ele coloca a mão no rosto querendo retirar a mascara, mas a moça não o deixa fazer isso. A mão habilidosa da moça o prende na cama. Ele falou:

- Quero sair daqui, socorro – seu coração estava acelerado.

A moça nem deu ouvidos a ele e logo lhe tasco um beijo que deixou o pobre menino sem fôlego. Depois começou a despir-lhe lentamente abrindo a blusa azul ao qual vestia. O menino implorou para que ela parasse porem sua suplica foi em vão. A moça estava tomada por uma vontade sem controle, beijando o corpo do garoto. Começou pelo pescoço, cheirando e beijando. Assim o menino pode sentir o cheiro delicioso de rosas. A moça continuou e foi descendo lentamente até o peitoral do belo e musculoso garoto de pele branca, sem pelos e macia. O garoto não conseguia pedir para a moça para, pois estava achando isso muito bom, mas seu coração dispara ainda mais quando lhe é retirado às calças. Ele suplica:

- Por favor, não faça isso eu não conheço você – a garota o olha com um sorriso malicioso no rosto e chega ate o seu ouvido e sussurra:

- Você pode não me conhecer, mas aposto que está com muita vontade de mim, mesmo sem me ver. Você não pode esconder sua ereção.

O garoto fica vermelho e nervoso. Então a moça resolve amordaçá-lo para que tenha mais controle do garoto. A pele branca do menino começa a se arrepiar quando a moça retira a cueca box dele e beija lentamente suas coxas e chega a virilha. Ele se mexe na cama tentando soltar seus pulsos, mas está muito bem preso. A moça segura as pernas dele. O garoto delira quando ela começa a chupar o pênis dele lentamente. Sem poder se conter ele meche as pernas em um movimento involuntário e a ágil e habilidosa garota pega duas cordas e amarra os pés dele na cama. A moça não sabe que está fazendo com que o garoto deixe a adolescência para descobrir um mundo mágico e novo, inimaginável. Ela volta para o pênis dele e o chupa novamente fazendo o garoto gemer. Ela pega um preservativo e começa a vestir o pênis do garoto que está totalmente duro e quente, quando de repente escuta-se um barulho na porta e alguém chamar a moça:

- Teresa você está ai, o que está fazendo. O show vai começar sem você.

A moça se levanta e abre um pouco a porta para ver que é. Shofie está coberta por um belo vestido vermelho e bem maquiada. Ela ficou curiosa e resolve ver quem era aquele rapaz acorrentado na cama.

- Pelo que eu percebo você está um pouco ocupada – Shofie franze a testa, mas tenta ver quem é o rapaz.

Teresa não queria que ela entrasse, mas Shofie forçou a porta e conseguiu ver que era o menino do ônibus ao qual ela trabalhava. Ela então rosnou dizendo:

- O que ele está fazendo aqui, este lugar não é para ele. Teresa como você teve a ousadia de trazê-lo até aqui? – seu rosto possuía uma expressão não muito bela.

- Ele subiu as escadas e eu não resisti e estamos aqui. Não sei como ele chegou aqui, mas se entrou neste prostíbulo à senhora sabe bem o que ele veio fazer.

O garoto pode apenas ouvir a conversa e o estalo de um tapa no rosto de Teresa.

- Teresa sai imediatamente daqui e diga as outras que façam o show sem mim.

- Eu não vou sair daqui, você não vai roubá-lo de mim. Ele é meu.

- Ele não pertence a ninguém e não deve ter nem um centavo para lhe dar. Deixe-o comigo eu resolvo o caso dele e bem sei que não está merecendo sexo. – sua voz era forte.

- Você sempre se intromete onde não é chamada e eu não ligo se ele tem ou não dinheiro para pagar. Ele me paga com o prazer que vejo em seu corpo. – Teresa recebe outra tapa na cara e fica ainda mias irritada.

- Não me faça retira-la daqui pelos cabelos – a foz de Shofie fica mais forte uma voz forte e brava.

Teresa é empurrada para fora do quarto e sai irritada, com o rosto entristecido. Shofie fecha a porta do quarto e começa a brigar com o garoto acorrentado na cama.

- O que você veio fazer aqui seu maluco e como você deixou Teresa fazer isso com você?

O menino quis responder, porem sua boca ainda estava tampada. Shofie tira o pano da boca do garoto e ele logo responde:

- Eu fui seduzido pela musica desse local e resolvi entrar, vi essas escadas e a moça logo me trouxe para cá. Ela me prendeu aqui e tampou meus olhos... – ele falou rapidamente e nervoso, mas foi interrompido.

- Pare, eu já ouvi o bastante.

Com raiva tomando seu corpo ela começa a bater no garoto e depois o desata, libertando-o e entrega as roupas dele. Ele veste a cueca e a calça, mas antes que vista a blusa ele chega perto de Shofie e beija o rosto dela e diz:

- Eu não quero ir embora, quero ficar aqui com você – ele fala com uma expressão de tristeza nos olhos.

- Menino você não deveria ter vindo aqui, esse lugar não é para você.

- Eu estou com saudade de você, nem uma ligação não tem noticias de você por muito tempo – ele para por um instante e observa Shofie – porque você está vestida assim e neste lugar?

- A gora não é hora para perguntas, aqui já aconteceu coisas demais com você é melhor que vá embora. 

O rosto do garoto fica triste e resolve beijá-la de novo, mas ela não deixa.

- Você não vai responder a minha pergunta não é? Tudo bem pelo que vejo me esqueceu era melhor ter me deixado com Teresa – uma tapa chega ate seu rosto fazendo-o ficar vermelho de raiva.

- Não queira que eu o arraste para fora deste lugar, você deveria se envergonhar pelo que aconteceu esta noite.

- Me deixe ao menos beijá-la e então poderei ir embora – a expressão do roso dele muda de raiva para um pequeno choramingo.

Ela não resistiu ao olhá-lo só de camisa e beija seus lábios com amor. Ele então depois beija e lambe lentamente o pescoço de Shofie, mas logo é empurrado.

- Vá, eu lhe darei noticias minhas. Eu preciso conversar com você, mas não aqui nem agora.

- Será que eu posso confiar em você? – o garoto fala com vontade de agarra Shofie e não parar de beijá-la, mas não realiza seu desejo.

- Confie em mim, eu precisava ficar um tempo sozinha. Sei que ver você hoje foi inesperado, mas eu não quero deixar de vê-lo novamente.

O menino sorriu e beijou os lábios de Shofie novamente e sussurrou no ouvido dela:

- É muito bom ouvir isso, eu te amo. Eu vou, mas deixo meu coração contigo.

O garoto sai do quarto, desce as escadas deixa o prostíbulo, já está todo vestido. Ele deixa uma Shofie que está sentada na cama com duas lágrimas caídas do rosto.   

Assim que sai do prédio Will se vira com um olhar entristecido, mas não quer dar um adeus e nem poderia. Ele começa a andar sem rumo pela rua, sem ligar para nada. Ao chegar a esquina se senta ao chão se encostando na parede de uma casa, a sua frente observa um cachorro revirar um lixo, mas a rua estava deserta. O garoto olha para o relógio e se surpreende com o horário, já passava da uma da manhã. Como faria para ir para casa, ônibus não passa tão tarde. Coloca a mão no bolso a fim de encontrar uma solução, mas foi em vão, possuía pouco dinheiro nem daria para pagar um moto taxi. Preocupado, sem saber o que fazer, à hora estava se passando e a única solução que vinha em sua mente era voltar ao prostibulo. Mas será que Shofie o receberia e o ajudaria? Ele iria dormir lá? Ele só saberia se voltasse até lá.

Will se levanta e recomeça toda a trajetória que havia feito há alguns minutos atrás, faz isso a passos curtos, anda como se não quisesse ir a lugar algum. O garoto enfim retorna ao prostibulo, o local ainda possui pessoas. Ele procura por Shfie, mas percebe que ela não está no andar de baixo. Logo sobe as escadas mau iluminadas e procura pela amada, o coração estava doendo por ter brigado com ela, mas não era hora para pensar em nada, só em encontra – lá. Mais a frente ele escuta um barulho e resolve ver o que era. A porta do quarto está entre aberta, com apenas uma fresta que fez com que o garoto pudesse ver o que se passava lá dentro. A primeira coisa que viu foi uma mulher de costas, com longos cabelos ruivos, ela estava semi nua. Ele observou também que um homem estava com ela xingando-a, parecia que eles estavam brigando. Will achou que não deveria interromper, até a moça receber um grande tapa. O garoto adentrou no recinto tomado por uma raiva e foi logo encima do homem, Will estava querendo defender a mulher que ali estava mesmo sem conhece – lá.

- Deixe-a em paz, você não tem vergonha do que está fazendo, batendo em uma mulher. Que tipo de homem você é – o rosto dele logo mudou de tristeza para raiva.

- Isso não é da sua conta, você não deveria estar aqui.

- Não importa quem eu seja, mas não vou deixar você fazer nada com essa moça – Will partiu para cima sem pena.

- Parem vocês dois – disse a mulher de cabelos ruivos.

Will parou antes de bater no homem, quando percebeu que a ruiva era Teresa, mas recebeu um soco na cara e acabou caindo no chão. Ele se levanta e derruba o homem no chão e tenta dar um soco, mas logo recebe uma bofetada na cabeça e acaba desmaiando. O dia já havia surgido quando Will acordou, não sabia onde estava, mas sua cabeça doía um pouco. Ele se sentou na cama, colocou as mãos sobre a cabeça, o sol iluminava o quarto, os raios vinham de uma bela janela de maneira. Não demorou muito para uma bela mulher de longas madeixas pretas entrar no quarto. Era Shofia, não estava com uma boa expressão no rosto, mas chegou perto do garoto e colocou as mãos sobre o rosto dele.

- Por que você não foi embora? – a voz dela era firme.

- Eu não tinha como voltar para casa então resolvi pedir sua ajuda, mas eu não esperava que acontecesse tudo isso – ele parecia muito triste.

- Eu sei menino, você não deveria entrar em encrencas. Você nem conhece aquela garota, porque fez aquilo?

- Eu não podia deixar aquele homem machucá-la – agora era a voz do menino que estava forte.

- Mas vamos deixar de bronca e deixe eu cuidar você está horrível, dói algo – Shofie passou um pouco de remédio no ferimento do rosto de Will.

- Ai, minha cabeça dói um pouco, poderia me dar um remédio e traga um espelho, eu preciso ver o estrago que aquele cara fez no meu roto.

- Eu deveria era dar umas palmadas em você e deixá-lo de castigo – Will deu uma risada.

- Espere um pouco, eu já trago o remédio. Tem um espelho no banheiro a esquerda no final do corredor, mas cuidado vê se não arruma mais nem uma encrenca ouviu – Will não agüentou e riu.

- Tudo bem mamãezinha, eu vou me cuidar muito bem. Por favor não corte a mina mesada, como eu vou poder sair com meus amigos. Eu vou ser um bom menino de agora em diante – Will conseguiu fazer Shofie sorrir um pouco junto com ele.

- Menino você não tem jeito mesmo.

Shofie para pegar o remédio e um pouco de comida para Will, ele se levantou e foi ao banheiro. Não só porque queria ver como estava o seu rosto, mas também por que estava com a bexiga que não agüentava mais. Assim que foi lavar as mãos ele se olhou no espelho, possui um dos olhos roxo, sua testa estava com um belo machucado, alem de um queixo bem vermelho. Ele pensou em se irritar mas resolveu ri de si mesmo. Não demorou muito para ele voltar ao quarto e ver Shofie lhe entregar uma bandeja com um copo de suco e um sanduíche para o garoto que se levanta e tenta beijar-la. Shofie coloca a bandeja em uma mesinha ao lado da cama e foge da ação do garoto.

- Shofie você não gosta mais de mim é?

- Você não está merecendo receber beijo nenhum pelo que ocorreu ontem – ela estava mais irritada que antes.

- Tudo bem, eu sei que você está chateada comigo, mas me responde. Eu só quero que você responda a pergunta que eu lhe fiz.

- É melhor você comer tudo e depois tomar o seu remédio, se demorar muito vai esfriar o seu sanduíche.

- Não fuja do assunto. Você ainda gosta de mim? Eu sinto que gosta eu vejo no seu rosto – o garoto se aproximou novamente de Shofie com o intuito de beiza-la, só que dessa vez ele segurou bem forte na cintura dela, para que não fugisse do seus braços. Chegou bem perto quase a beijou, mas recebeu um tapa no rosto bem na testa onde estava machucado. – Ai Shofie, não faça isso eu te amo, está bem, eu vou deixar você em paz, eu só quero que você responda a minha pergunta. Quer que eu repita para você.

- Não precisa repetir. Você não merece a minha resposta – o rosto dela passa de irritada a triste.

- Tudo bem eu já entendi a sua resposta, mas eu amo você de qualquer forma. Eu não vou deixar você de nenhum jeito, quero viver a minha vida com você. Sei que pode não entender... – antes que Will pudesse terminar de falar Shofie não agüentou e correu para os braços dele o beijou como se fosse o ultimo beijo de suas vidas. Deixou o garoto muito feliz e nem precisou responder a pergunta, pois ela estava mais do que respondida.

- Por que você faz isso em garoto?

- Isso o que?

- Você possui um poder de me deixar irritada, triste e louca.

- Só se for louca por mim – ele sorriu e a beijou de novo.

- É bom você comer tudo e tomar o seu remédio. Eu vou estar lá em baixo no salão, qualquer coisa é só ir para lá, mas não dessa logo não, espere o remédio fazer efeito. Eu vou pegar as suas roupas, você não pode sair só de cueca. – ela riu.

Will não tinha percebido que estava só de cueca, e riu também. O suco de laranja estava delicioso, mas o sanduíche nem tanto. Ele não ligou para a sua comida, o que importava no momento era que Shofie ainda o amava e que queria o seu bem. Ele não quis terminar de comer, ele não comia muito de manhã. Tomou o comprimido com o resto do suco e se deitou, sua cabeça estava doendo muito. De pois de alguns minutos ele adormeceu, e não demorou a ter um sonho. Ele estava em um lindo jardim, em um belo dia de sol, andava bem devagar contemplando a beleza do lugar. De repente Shofie apareceu com um belo vestido azul, com os cabelos soltos que voava. Ela estava muito bonita, ele andou ao encontro dela, mas ela correu. Ele foi atrás dela, e consegue alcançá-la. Quando ele ia beijá-la, acorda de repente.

Logo se levanta, pega a sua roupa que está encima de ma cadeira e a veste. Ele percebe que a sua blusa está um pouco manchada de sangue, mas não ligou. Desce as escadas rapidamente a procura da amada. Para sua alegria ela estava lá em baixo conversando com uma mulher magra e loira.

- Você está bem? Passou a dor de cabeça? – Shofie parecia bem preocupada com o garoto.

- Estou bem sim, obrigado. Shofie eu preciso ir, meus pais não vão gostar de saber que eu não dormi em casa ontem à noite.

- Quem mandou você se meter em encrencas, eu já disse que não era para você ter vindo aqui.

- Eu sei que você gostou não é de eu ter vindo te ver? – ele deu um risinho que deixou Shofie um pouco encabulada.

- Isso não vem ao caso, tenha um bom dia e tome vá para casa. – ela entregou duas notas ao garoto para que ele pudesse ir para casa.

- Eu não posso aceitar, eu me viro.

- Não discuta, aceite e vá – ela empurrou o dinheiro para a mão do garoto.

- Tudo bem, mas você não vai se despedir de mim? – ele fez uma cara de cachorro abandonado.

- Está bem, eu levo você até a saida dos fundos. – saíram um ao lado do outro, mas sem pegarem na mão ou entrelaçarem seus braços.

Ao chegarem à porta de saida o garoto esperou um beijo dela, mas ela parecia que não ia fazer o ato. Então ele deu um selinho no amor e se despediu:

- Até mais meu amor, espero que eu possa vê-la em breve. Se cuida – e beijou a mão dela.

- Se cuida você e vê se não... – antes que ela terminasse ela foi interrompida por Will.

- Apronta mais nada, pode deixar eu vou me comportar.

Will saiu dando um aceno com uma das mãos e foi descendo a rua até chegar ao ponto de ônibus. Não demorou muito para o seu ônibus chegar, ele subiu e se sentou perto na janela deixando o vento bater no seu rosto. Apesar de estar machucado, Will estava muito feliz, pois pode rever a sua amada, beijá-la e saber que ela o ama. Ele adorava aquele cabelo ondulado de Shofie, mas o que gostava mais era dos lábios bem desenhados e rosados como um morango bem maduro. Ela sempre cheirava a rosas e possuía um sorriso deslumbrante. Will ficou viajando com as lembranças boas do encontro com a amada que se esqueceu que o ônibus estava chegando ao ponto em que ele deve descer. Pediu parada e saiu em direção a sua casa, por um momento pensou em ir à casa de um amigo, mas pensou melhor e foi para casa. Ele sabia que não haveria ninguém em casa, pois sua mãe tinha um compromisso com a irmã e o pai estava viajando a trabalho.

Ele se esqueceu que não tinha a chave para entrar em casa, procurou se a mãe tinha deixado alguma janela aberta, mas não. O que ele ia fazer para entrar em casa, mas se lembrou que tinha uma chave escondida embaixo da cadeira que ficava do lado de fora, ele a pegou e abriu a porta. A casa estava muito quieta e bem arrumada, sua mãe era muito prendada, gostava de manter tudo bem limpo. Will passou pela cozinha, bebeu um pouco de água e logo subiu as escadas para o seu quarto, estava precisando de um bom banho.

Passou pelo quarto, pegou uma toalha e se dirigiu para o banheiro. Retirou a blusa azul, que estava machada, mas deu uma cheirada nela e percebeu que possuía o perfume de Shofie. Ele adorou e se lembrou da linda pele branquinha que ela possui. Retirou as calças e a cueca, ligou o chuveiro. Sua pele é branca, ele deixou a água morna cair sobre o seu corpo, não é atlético, nem possui músculos avantajados, mas é muito bonito. Ele não percebeu quando a hora passou rápido, já era duas da tarde quando escutou um barulho que vinha lá de baixo da casa. Will já finalizou o banho e estava no quarto assistindo televisão quando escutou uns passos. Logo uma mulher de uns quarenta e poucos anos abriu a porta.

- Onde você passou a noite, eu posso saber? – expressão do rosto da mãe de Will não era muito boa não, mas ele não queria mais um sermão, já bastava o que ele havia recebido de Shofie.

- Desculpa mãe, eu esqueci de ligar para a senhora, eu dormi na casa de um amigo meu. Eu fui para a casa dele e quando olhei a hora já era muito tarde eu resolvi dormi lá.

- Por que não ligou?

- Era muito tarde eu não queria acordar a senhora mãe – Will era muito bom em enganar a mãe.

- Eu fiquei muito preocupada, mas foi à casa de que amigo? – Will tomou um susto, que amigo diria para a mãe, mas logo se lembrou de Diego. O amigo afirma qualquer coisa, mesmo que a mãe dele ligue para o amigo, ele vai confirmar que Will realmente dormiu lá.

- Foi à casa do Diego mãe.

- De novo folho, não acha que está abusando da casa dele de mais não?

- Não mãe, relaxa ele está acostumado.

- Ta bom, eu vou ligar para ele para confirmar. – Will logo repreendeu a mãe.

- Não precisa mãe e ele nem está em casa agora. Ele tinha um compromisso, acho que vai chegar tarde em casa.

- Você não está me enrolando não William Bodegar Santini – ele odiava quando a mãe dizia o nome dele completo – se eu souber de algo seu.

- Fica tranqüila mãe, eu peço mais tarde para o Diego ligar mais tarde para falar com a senhora e esclarecemos tudo.

- Vê se não esquece e a propósito que horas você chegou aqui? – Will não sabia a hora exata mais inventou uma.

- Chegue às dez horas mãe e a propósito eu estou morrendo de fome o que tem para comer? – ele mal terminou de falar e logo correu para a cozinha.

- Eu comi na casa da minha irmã, eu não fiz almoço não. Eu ia levar você para comer conosco, mas você sumiu.

- Não faz mal, acho que tem um resto de pizza na geladeira.

Para a alegria de Will ainda tinha sim um pedaço, a mãe dele não gosta que o filho coma porcarias na hora do almoço, mas ela nem ligou. Ele pegou um refrigerante bem gelado saiu para o quarto, ele não queria perder o jogo que logo vai começar. A sua maior paixão era o futebol, adora o Barcelona e ver a torcida cantando. Ele se levantou, vestiu a camisa do time e ficou de olhos bem atentos a televisão. A Eurocopa é o campeonato mais importante da Europa e Will faia de tudo para não perder nem um só jogo.

A tarde já estava avançada quando se pode ouvir o grito de Will ecoar por uma casa silenciosa. A mãe dele correu para ver o que havia ocorrido.

- O que foi, porque você gritou desse jeito? – os olhos do garoto estavam brilhando de tanta alegria, o jogo estava quase acabando e o Barcelona ganhava de um a zero contra o Baia de Monique.

- O Barcelona vai para a final, vai para a final mãe uhhhhhhh!!!! – ele pulava na cama de tanta alegria que acabou desaforando e bagunçando tudo.

- Menino olha o que você fez.

Ele não quis saber, o jogo acabou e o Barcelona foi para a final. Seria um jogo muito difícil contra o Milam, mas ele acreditava no time do coração. Ele estava muito alegre, seu time na final e o encontro com Shofie, um dia inimaginável. A mãe dele saiu e deixou o filho pulando de alegria e cantando com muita força o hino do time. Quando parou Will estava cansado de tanto pular de alegria, parecia uma criança que acabava de ganhar o presente tão querido. Ele resolvei ir até a casa do amigo Daniel para comemorarem.

Will e Daniel ou Dani como era sempre chamado, são amigos desde bem pequenos. Se conheceram na segunda série do ensino fundamental e não se desgrudaram nunca mais. Saiam juntos para todos os lugares, ajudavam uns aos outros nas mancadas e encrencas que se metiam. Eram como dois irmãos separados por duas mães, como a mãe de Will costumava dizer. Ele causou o sapato, arrumou rapidamente o cabelo que vivia desgrenhado e desceu as escadas.

- Aonde você vai com tanta pressa? – Will pode ouvir a mãe falando com ele.

- Vou à casa do Daniel mãe.

- Mas você passou a noite toda ontem com ele meu filho.

- Eu sei, mas é que eu quero comemorar a vitoria do Barcelona – o garoto sorriu ao falar do time.

- Você não acha que já é um pouco tarde não para sair de casa? – a mãe de Will se preocupava de mais com o filho.

- É não mãe, eu não vou voltar muito tarde não. Eu prometo ligar se eu for dormi lá ok?

- Certo, mas não se esqueça de pedir para que ele ligue para cá. Eu preciso falar sobre ontem, você sabe – a voz dela ficou firme.

- Certo mãe eu peço a ele, agora posso ir.

Ele saiu em direção ao ponto de ônibus, a casa do amigo não era muito longe não. É no bairro visinho a alguns minutos da dele, mas não dava para ir a pé, se ao menos tivesse uma bicicleta. Will já tivera duas bicicletas, uma foi roubada quando ele ia para a escola e a outra quebrou quando ele resolveu descer uma ladeira enorme e se esborrachar todo no chão, ele ainda possuía uma cicatriz no joelho esquerdo. O ônibus chegou e o garoto pode ver que estava meio vazio a não ser por dois homens mais a frente e uma mulher mais a traz. Logo chegou a casa do amigo e foi logo apertando na campainha.

- Oi Sr. Yarvil o Diego está – por um momento ele parou e se lembrou que não havia ligado antes para saber se o amigo estava em casa, tolice pura, mas deixou isso para lá não adiantava mais.

- Está sim, lá no quarto dele, pode entrar. Como vai a sua mãe? – a mãe do Diego é uma mulher muito gentil, bem educada e amiga da mãe do Will. Possuía quase a mesma idade que a mãe de Will, mas era mais magra e um pouco mais alta, com o cabelo curto na altura dos ombros castanhos claro.

Will entrou e foi logo ao quarto do amigo que o recebeu com um grande abraço e juntos começaram a cantar o hino do time.

- Como você está amigo, eu ia ligar para você para marcarmos de sairmos – Diego não possuía muito tempo para passar com o amigo como antigamente depois que entrou para a faculdade.

- Eu estou muito bem e tenho muitas coisas para contar a você.

- Me conte tudo, quero saber os detalhes. – Will parou e olhou pela breca da porta do quarto do amigo para ver se não tinha ninguém por perto. Se levantou e fechou a porta.

- Eu não passei a noite ontem em casa – Will falou baixinho para que apenas os dois pudessem ouvir a conversa.

- Onde você passou? – Diego franziu a testa, se Will não passou na casa do amigo nem em casa, onde ele dormiu?

- Você não vai acreditar no que eu vou lhe contar, mas eu quero que prometa que não vai contar nada a ninguém ok?

- Pode ficar tranqüilo, eu não vou contar a ninguém. Você me conhece.

- Ok, mas antes eu quero que você ligue para a minha mãe e confirme que eu dormi aqui, peça para o seu irmão dizer também que eu dormi aqui.

- Mais por quê?

- A minha mãe quer ter certeza que eu passei a note aqui, ela não pode saber onde eu estava ontem.

- Ok, mas me conte onde estava ontem à noite, eu estou ficando curioso – dava para ver no rosto de Diego.

- Eu estava na casa do meu primo sentado na calçada, sabe eu já havia me despedido do povo e estava lá esperando um pouco para ir para casa. Mas, os meus planos mudaram quando eu escutei um som que vinha na da rua de cima. Uma musica bem dançante, eu resolvi ver o que era.

- Curioso você, foi para uma boate?

- Não que boate, eu cheguei a um prédio meio antigo e não sabia o que era. Porém me surpreendi quando entrei, o lugar estava cheio de mulheres. – os olhos de Daniel se arregalarão de surpresa.

- Mulheres gostosas, eu imagino – Daniel sorriu.

- Sim, uma mais bonita que a outra. Você nem imagina aonde eu estava.

- Eu não faço a menor ideia mais deve ser um lugar muito bom, por que você não me chamo para ficar com você nessa maravilha? – Daniel adorava tirar graça de tudo.

- Me deixaeu continuar. Bom, o lugar era muito bonito, tinha até uma mulher bem bonita cantando em um palco bem iluminado... – Will estava contando tudo nos mínimus detalhes e prosseguiu ate chegar a melhor parte, a do sexo.

- Que ruiva astuciosa em – Daniel não se conteve e riu de novo.

- Deixa eu continuar, assim eu não conto a melhor parte. Ela tirou as minhas calças e... – logo quando Will ia contar uma parte bem picante do ocorrido, os garotos ouvirão um barulho na porta do quarto. Era o irmão de Daniel.

- Oi Will, como você está? Quanto tempo.

- Oi cara, eu vou bem e você ainda correndo muito de moto.

- Ha! Sim muito, eu vou entrar para o campeonato de MotoCross da cidade, vai ser em outubro. – Will pode ver como o irmão de Daniel estava muito feliz.

- está tudo muito bom, tudo muito bem, mas eu e o Will precisamos conversar a sós. – Daniel empurrou o irmão para fora do quarto com raiva, para evitar que o Will deixasse de contar a história.

- Ok eu não quero atrapalhar a conversa das mocinhas – ele riu e recebeu uns travesseiros no rosto e saiu.

- Se deixar você e o meu irmão iam ficar conversando o resto do dia todo.

- Ta certo eu vou continuar – Will contou tudo com muito cuidado e detalhando. Quando acabou Daniel franziu a testa.

- Essa história está muito estranha, eu acho que não aconteceu nada disso, você deve ter pegado um ônibus para ir atrás de Shofie e acabou se perdendo. Mas, resolveu vir aqui e inventar essa história.

- É verdade sim, aconteceu tudo isso que eu estou lhe contando meu amigo. Não acredita mais no seu velho amigo não é?

- Acredito sim, mas como você via fazer para vê-la de novo? – Daniel voltou a franzir a testa de novo.

- Eu não sei como, mas eu vou dar um jeito de vê-la o mais rápido possível.

- Eu não estou falando de Shofie não, eu to falando da ruiva – Daniel riu de novo, ele adorava deixar o amigo encabulado e com raiva.

- Você sabe que eu gosto é da Shofie, eu não conheço aquela ruiva não.

- Mas, você deve ter gostado dela ter chupado o seu pênis, não é? – Daniel não pode se conter, já estava quase chorando de tanto ri.

- Isso não vem ao caso Dani. – Will colocou as mãos sobre os rosto por um tempo.

- Mas, você não pode negar cara. Pelo visto ela deve ser muito gostosa. Como é a bocetinha dela, é ruiva também. – Daniel sempre foi um cara muito curioso.

- E eu lá sei cara, eu estava vendado e mesmo que eu tivesse visto eu não contaria isso para você.

- Ora porque não cara, ia me deixar curioso é?

- Ia sim. Bom mas vamos deixar isso para lá, não conte isso para ninguém em. Há! E antes que eu me esqueça o povo ta querendo marcar uma partida de futebol no sábado, você topa ir? – Will adorava jogar com o amigo.

- Claro você acha que eu ia perder de ganhar do Miguel, aquele pé de pau que não serve nem para ser bandeirinha – os dois amigos não se contiveram e riram juntos.

- É mesmo, então está marcado. Vai ser às nove horas da manhã. Há! – Will foi interrompido pelo amigo.

- Há! O que cara.

- Fala com o seu irmão para ligar para a minha mãe.

- Ok, Andréééééeéé!!!! – Will tapou os ouvidos, ele odiava quando Daniel fazia isso.

- Se fosse para gritar eu mesmo tinha ido chamá-lo.

Não demorou muito para André entrar no quarto do irmão e ver o que estava  acontecendo.

- O que ouve cara, assim a mãe vai brigar com você.

- Olha eu quero um favorzinho seu – Daniel deu um sorriso amarelo que fez os garotos sorrirem.

- Que é Daniel, deixa de brincadeira.

- Eu quero um favor seu.

- Lá vem você, diz logo o que você aprontou.

- Eu não aprontei nada não, é para você fazer a Will.

- O que aconteceu. – Will contou o que havia aconteceu, mas sem mencionar o prostibulo.

- Claro eu ligo para a sua mãe sim, mas por que dormiu fora de casa. Você não estava se drogando não né?

- Não você acha que eu estava maluco? – Daniel não se segurou e resolveu soltar uma das suas gracinhas.

- Maluco eu não sei, mas danado e safado estava sim – Daniel soltou uma bela gargalhada.

- Daniel cala essa sua boca de formiga azeda – Will correu para pegar o amigo a tampar a boca dele com as mãos.

- Parem vocês dois, eu faço sim, eu ligo para a mãe do Will. Mas, porque safado.

- Isso é uma longa história.

Saíram do quarto do quarto em direção a sala da casa de Daniel. André fez como o combinado, ligou para a mãe de Will e confirmou que o garoto havia dormido lá. A mãe de Will agradeceu a ligação. Will se despediu dos amigos e voltou para casa em uma noite bem tranqüila e iluminada pela lua, e as estrelas. Chegou a casa, comeu e foi logo descansar. O final de semana havia sido muito cheio.