Fanfic: A escolhida | Tema: Romance,Hot, Sobrenatural

Um sonho ou uma realidade? Estou ficando louca? São tantas as perguntas, mas o que desejo mesmo é a resposta. Não sei se já sentiu isso em algum momento de sua vida... Talvez eu esteja mesmo enlouquecendo... Só sei que meu peito está apertado, tenho vontade de chorar, chorar muito... Sinto que falta algo, sempre falta algo que complete minha alma, anseio com ânsia por esse algo. Mas isso já faz tanto tempo, estou tão cansada... Talvez seja hora de dar um fim em tudo isso. Mas até para isso me falta coragem, Por favor, Por favor, Por favor... Ao menos uma vez eu quero sair do sonho, quero viver além dos sonhos.

Essa é a minha historia, minha vida e o inicio de uma nova vida.

Capitulo 1

Tua dor é tão forte que está preparada para lutar pelo que quer minha menina?

Quem é você? Gritei forte, mas não tive respostas.

Ainda não me respondeste menina. Tua dor é tão forte ao ponto de enfrentar o que está predestinado a ti?

Estou ficando louca, louca, louca, agora dei para ouvir vozes do nada... Tentei me beliscar para ver se estava acordada ou sonhando.

Menina, Menina, Menina quando responderas a mim? Quando ira parar de negar sua necessidade? Eu a sinto, eu sei o que você necessita, porque calas tua alma? Não vez que está te machucando?Nos machucando? Estas apenas negando uma parte de ti? De Nós, não vês isso?

Cala-te, meu Deus to ficando louca! Cala-te e me deixe em paz, você é uma ilusão, eu não quero isso, não é normal!

Acordei assustada ouvindo meu nome ser pronunciado com uma voz baixa,

Natalia você não dormiu? Está acabada. Olhei para minha melhor amiga Ana e dei um sorrisinho como dizendo não se preocupe eu estou bem.

Estou bem, só ando muito sobrecarregada esses dias Ana.

Como sobrecarregada? Você só tem 17 anos, pelo amor de Deus!

Naty Tem que viver a vida!!! .

Droga o professor ta olhando para nós, saco, ele deu para pegar em nosso pé!

Olhei e realmente nosso professor de Geografia, estava vindo em nossa direção, e estava realmente zangado.

Natália?

Sim professor?

Se quiser dormir, retire-se da sala, aqui não é dormitório. Estamos claros?

Sim, desculpe isso não ocorrerá de novo falei olhando para minhas mãos tentando não ver, não estar ali.

Espero que seja assim mesmo, estou cansado de ver você sempre causando problemas por aqui, já está avisada.

A quem estava enganando?

Já há um tempo que venho tendo esses tipos de sonhos, sempre a mesma voz, mas nunca consigo saber de onde vem, ou quem é, e por mais que tente esquecer sobre esses sonhos, eles me atormentam dia após dia.

Notei que o intervalo tinha chegado, todo mundo saiu correndo inclusive Ana, e eu sabía bem o porquê, estava interessada novamente em uma nova conquista, Ana vivia, ou melhor, vive em um mundo de diversão e flertes sem fim, respirei fundo de alivio por estar sozinha. Odiava tudo isso, estava cansada da escola, das pessoas e da minha vida.

Peguei tudo que estava em minha mesa e ia saindo quando fui agarrada pelo braço, olhei e vi meu melhor amigo Daniel que esta no ultimo ano.

Hei Naty, de novo em problemas?

Está precisando de mim? Sabe que se precisar pode contar comigo, disse rindo e mexendo em meus cabelos, dei um tapa em sua mão e disse: To bem, e lembra? Eu não estou falando com você!

Poxa Naty faz isso não, sabe bem o que eu sinto por você, que não fiz por mal. Eu só queria te ajudar cuidar de você.

E acha que me ajudou? Falei alterada lembrando da noite onde Daniel, após me ver falando com dois rapazes, simplesmente achou-se no direito de intimidá-los e mostrar a quem pertencia... Ou ao que ele assim o acha!

Olhei em seus olhos e vi o que sempre via nele, um rapaz bonito, alto e divertido, onde muitas garotas se interessavam, mas que eu apenas via como um irmão.

Como sou filha única, sempre desejei um irmão e assim que conheci Daniel, o associei a um irmão querido, divertido e protetor, por não vê-lo alem disso sempre tive muito intimidade nas brincadeiras e em nossas conversas, mas no fundo eu sabia que para ele não era bem assim, ele me desejava como mulher.

Não queria magoá-lo, mas a situação já estava em um ponto onde não havia mais saída.

Daniel, você sabe bem sobre o que eu acho disso, eu o amo.

Eu também Naty, disse se achegando mais perto de mim.

Eu te quero, falei passando a mão em seu rosto.

Daniel sorriu e pegou minhas mãos e disse: Então me dê uma chance?

Doeu, como doeu não poder dar a ele o que necessitava, até meus 17 anos não me interessei por nenhum rapaz ao ponto de querer algo além de beijos. Dos quais eu achava sem vida, sem cor...

O que havia de errado comigo? Porque sempre voltada ao mesmo ponto de partida? O que falta para me completar? E se eu não souber? Viverei sempre assim incompleta?

Voltei minha atenção a Daniel, e falei.

Não me peça isso, sabe a resposta.

Preciso saber Naty, por mais difícil que seja já são três anos gostando de você e sempre na esperança de um dia você gostar de mim, seja sincera por mais que seja duro.

Respirei fundo e falei olhando em seus olhos

Eu o amo e sempre amarei como um amigo, um irmão, nada mais.

Vi seus olhos de feliz a triste, isso foi como uma facada em meu coração. Odiei-me por isso, o abracei e disse, Desculpe lindo, estou cansada de ser um problema a você, não vou mais te incomodar, e sai correndo.

E pela primeira vez em três anos ele não me parou, não disse nada. Apenas aceitou, e isso doeu, pois ambos sabíamos que estava correto, eu era um incomodo, sempre fui.

Fui ao banheiro e chorei, chorei em silencio, queria gritar, mas não podia me dar a esse luxo.

Após chorar fui à diretoria e falei que não estava me sentindo bem, a coordenadora olhou meus olhos e falou o que se passa?

Eu apenas olhei para ela e disse muita dor de cabeça, por favor, me libere mais cedo.

Sabe que não posso, a não ser que um responsável venha te buscar.

Alguém pode te buscar? Olhei para ela e disse não. Ninguém!

Então vá até a enfermaria e se piorar nos avise.

Não era remédio que eu procurava, resolvi ir atrás da escola, um local onde muitos alunos matavam aula, sentei e fiquei lá não sei por quanto tempo, mas devo ter caído no sono.

.

Pois novamente a voz me procurou.

Interessante não?

Estava tão cansada de lutar, que apenas falei: O que? O que é interessante?

A vida.

A vida é interessante.

Notei que pela primeira vez, estava dando atenção à voz, que necessitava de sua presença e isso me incomodava.

Seja quem fosse que estava ali comigo, estava sorrindo ao dizer isso.

Falei cansada e chateada

- Não acho a vida interessante, mas maçante demais.

Hum a vida é um reflexo minha queria menina, um reflexo.

Eu acho ela interessante e fascinante.

E o que eu tenho com isso? Problema seu, falei irritada.

Podia sentir que sua risada ficava mais forte e gritei: pare de rir! E me deixe sozinha.

Minha menina sabe por que estou aqui com você? Porque não posso te deixar sozinha?

Porque não posso te ver? Perguntei.

Porque sempre me chama de sua menina?

A qual me falou: Porque assim o quis, quando quiser me ver verá!

E tu és a minha menina, sempre será, com o tempo entenderás melhor.

Não precisa de resposta não é? Já sabes o porquê de estar sempre contigo? Sei que sabes só não quer admitir, pois bem falarei mesmo assim.

Cala-te. Gritei.

Sua risada ficou ainda mais forte, mas do nada senti que a vibração do ar mudou e ela falou-me, tenho que ir, mas preste atenção no que vou te falar.

Sou mais real do que possa imaginar, somos predestinadas eu e você.

Podes negar tudo, mas nunca poderá me negar, nos negar, esperei muito por esse momento.

Faço parte de ti, e tu de mim.

Amo-te menina, preciso que você se lembre de mim, de nós.

É chegada a hora.

Por um momento senti que não estava mais sozinha, alguém me abraçava, tocava meus cabelos, havia muita luz, e um cheiro maravilhoso, um perfume único estava no ar, sentia como flutuando, tentava olhar quem me segurava mas não conseguia ver, só sentia, as sensações eram tãos boas que parecia que estava sendo curada de toda a dor, e por um segundo a vida me pareceu interessante, magnífica, sem que pudesse explicar acordei com lagrimas nos olhos, sentindo pela primeira vez paz e um sentimento de estar em casa.

Naty, droga Naty desça daí agora!

Olhei assustada e vi Daniel acenando.

Fique sem reação, mas fui em sua direção.

Olhei em seus olhos e perguntei por quê? Queria gritar porque apesar de tudo ainda me procuras?

Mas não precisava perguntar, ele sabia o que eu necessitava, sempre sabia.

- Eu a amo Naty, e por te amar respeitarei que me quer apenas como amigo.

Estou triste e chateado, mas no fundo eu sei que você quer meu bem assim como eu quero seu bem, por isso pode contar sempre comigo, jamais foi ou será um incomodo.

Abracei Daniel e chorei, e pela primeira vez em lagrimas eu vi, senti que alguém estava me observando, olhei a procura e vi apenas seus olhos me olhando, grandes e lindos e eu sabia que esses olhos sorria e estava feliz por mim, não conseguia ver nada, nem Daniel, nem onde estava, nada apenas seus olhos, eram lindos, enormes, não saberia entender porque apenas de olha-los eu tinha necessidade de me achegar mais.

Sabia que esses olhos me conheciam como ninguém, que sabia de todos meus segredos, medos, duvidas, sonhos calados e dor.

Uma lagrima correu desses olhos e quando tentei lhe falar já não estava mais ali.

Pela primeira vez sem estar sonhando senti tua presença.

O que ia acontecer? Nada seria igual novamente.

Daniel deu um beijo em meu rosto e falou vamos, o pessoal vai agora jogar boliche, você vem com a gente, não tive escolha fui empurrada e tava feliz por isso.

Vi Ana me esperando, abracei-a e saímos todos juntos, eu, Daniel, Ana e mais quatro amigos.

Fazia muito tempo que não me divertia tanto, é como se tivesse tomado um banho, e de repente tudo tivesse ido embora, os medos, as duvidas, como se tivesse drogada...
Nunca fui boa em boliche mas gostava de estar com meus amigos e ver eles se gabando que eram os melhores, Ana mal sabia segurar a bola, Daniel esse sim jogava bem, porem todo o tempo ele olhava mais para mim do que para seus pontos... Não entendia o porquê, mas não precisei perguntar ele mesmo depois me falou, não sei o que você fez, mas se antes era bonita agora esta linda, eu ri e bati em seu ombro dizendo, para de ficar fazendo brincadeiras idiotas, ele riu e falou serio Naty, você está diferente.
Por algum motivo eu me achava diferente, e estava começando a notar que muitos homens estavam me olhando também, estranhei não sou linda, me acho comum, pintei meus cabelos recentemente de ruivo, pois sempre gostei de mulheres com esse tom de cabelo, sempre pensei se um dia nascer de novo que seja ruiva pura.
Logo peso 66 quilos, tenho 1.65 de altura, morena clara, olhos castanhos bem escuto,cabelos até os ombros, cortei recentemente, são meio caracolados, seios pequenos meu ponto fraco em minha opinião, mas que posso fazer? Nada é perfeito ou era? Pois bem sempre me achei mais que comum, mas hoje necessariamente hoje, senti que os olhos estavam em mim, e por algum motivo isso passou a me incomodar.
Voltei-me inconsciente para a voz, eu sabia que ela estava perto de mim, e falei sem imaginar que obteria resposta.
O que você fez a mim? Porque todos me olham assim?

E para minha surpresa ela responder: Porque, não gostas?
Eu te acho linda de qualquer forma.

Eu sorri como uma boba e falei isso não vem ao caso, porque agora eu consigo me comunicar com você e antes não?

Oras antes você nem tentou, apenas ficava se achando doida, maluca e que eu era uma ilusão.
Eu te falei quando você estivesse preparada você e eu nos tornaríamos uma.

Me assustei e falei somos uma?

Ela riu, senti tocar meu ombro, me arrepiei mas para minha surpresa seu toque não me dava medo mas sentimento de paz, alegria e felicidade.

Ainda não somos 100% mas o laço esta ficando cada vez mais forte, por isso você notara muitas mudanças. Sua beleza aumentara, sensação de felicidade, paz, e muitas outras coisas, isso faz parte da troca, eu e você estaremos constantemente em uma transição de conhecimento, troca e aprendizagem.

O que você é? Perguntei agora com medo.

Bem minha menina, por enquanto a única coisa que precisa mesmo saber é que sou tudo aquilo que você precisa, e que ambas nos completamos. Assim sempre foi.
Não pude me concentrar, pois logo decidimos parar de jogar e comer algo, entre bebidas e petisco, formos abordados por outros conhecidos, juntando uma turma de amigos.
Por algum motivo eu estava e não estava presente, minha mente estava ainda na presença silenciosa, era como se só ela importasse, queria fazer tantas perguntas, mas não sabia nem ao menos por onde começar.
Resolvi ir para casa, precisava descansar pensar em tudo que tinha ocorrido.
Ana, Daniel, vou indo.
Fica linda. Disse Daniel pegando minha mão.
Sorri para ele, mas mantive minha decisão, vou sim, outro dia a gente vêem de novo.
Ana você fica ou vem comigo? Duvidava que ela viesse pois estava nesse mesmo momento, comendo vivo um rapaz forte e com algumas tatuagens a vista, o ponto fraco de Ana. Tatuagens.
Ahn? Falou ela meia perdida. Ah, vou ficar um pouco mais aqui, a não ser que precise de mim? Precisa?
Ri e falei não se preocupe estou bem.
Daniel levantou-se e falou eu te levo em casa.
Não Daniel eu estou bem, não se preocupe.

Sai as pressas antes que ele mudasse de idéia, achei melhor andar ao invés de pegar ônibus.
Por algum motivo, tudo parecia novo para mim, como se andasse em câmera lenta e pudesse olhar o que antes não enxergada.
As pessoas andavam as pressas, quase atropelando umas as outras, não percebiam que o sol estava nesse momento dizendo adeus, um alaranjado perfeito que dava ao céu um espetáculo a ser assistido de camarote.
Parei assustada e pensei a quanto tempo não olhava para o céu? Não o admirava?
Quando fiz isso pela ultima vez? Porque agora, hoje isso me parece tão essencial?
Fiquei parada olhando, refletindo sobre a vida. Olhando os pássaros que estavam também se retirando ao descanso, não havia por um momento, barulho algum, nada e lá estava ela de novo, o mesmo cheiro, a mesma energia, os mesmos brilhos e sensações.
Só achei palavras para perguntar, como devo te chamar? Quem é você? O que fez a mim? Porque sinto como se te conhecesse a minha vida toda?

Ao que me respondeu, não é momento para falar. Terei que me afastar por algumas horas, mas logo estarei com você.

Entrei em pânico, não queria que ela se afastasse, e pedi.
Por favor não me deixe.

Jamais te deixaria menina.
Tu és o sol para mim, és o ar, as estrelas, foste destinada a mim. Meu povo quando nasce ao chegar a uma certa idade recebe um presente , esse presente é considerado a nós como uma dádiva divina, nossa maior riqueza, pois através desse presente podemos nos sentir completos e realizados.
Nossa outra metade, és minha outra metade. Mesmo que eu tentasse não conseguiria me afastar de você. Seria minha morte.

Senti que já não estava mais ali, o brilho que antes via não tinha mais, ainda sentia os efeitos mas é como seu estivesse olhando através dos seus olhos.
Isso me assustava mas ao mesmo tempo me deixava fascinada. Sabia que não tinha mais volta uma vida sem ela, me parecia vazia, o mais engraçado é que eu sabia que não era um homem mas uma mulher!