Fanfic: A escolhida | Tema: Romance,Hot, Sobrenatural

Capitulo 14

Glon

Prestava atenção em tudo com interesse e ansiedade, ao olhar Soraya senti que tinha voltado ao passado, como se conseguisse ver com seus próprios olhos o que tinha ocorrido naquela época.

            Soraya ainda falando, disse que tudo isso ocorreu a milhares de anos atrás, o planeta Glon existe muitos milhares de milênios.

            Ainda segundo ela, tudo que ocorre no planeta Glon que afete a população, fica registrada na vibração do planeta e qualquer um que procure por respostas a obtém, é um universo transparente e nada tem a mentir, mas nem por isso pode se falar que é um planeta perfeito, havia como aqui na Terra pessoas boas e ruins.

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No passado Glon vivia em perfeita harmonia, era um planeta de paz onde as maiores dificuldades estavam em descobrir, novas tecnologias e como aprender a trabalhar com as energias “dons que cada ser vivo de Glon possuía”. Se ocorresse alguma desarmonia sempre estava relacionado as leis da natureza e nunca entre os habitantes, apesar disso havia as vezes alguns desentendimento entre glons, mas nada forte ao ponto de existir ódio, a maioria dos casos eram resolvidos pois havia o respeito e desejo de união entre todos.

            Não havia até então a divisão entre os Laicas, Maicas e Taitas.

Todos viviam juntos e aceitavam com sabedoria os Mestres que comandava naquela era de paz, seus nomes eram Govid e Sindy, foram os melhores anos da vida dos Glons.

            Quando todos estavam juntos e unidos no mesmo laço de sangue, com os mesmo objetivos.

            Naquela época o planeta abençoava a população com seus escolhidos, era normal encontrar seu escolhido e até então os escolhidos “todos” eram do planeta Glon.

            Aqueles que não tinham ainda achado seus escolhidos, estavam confiante que um dia encontrariam, o planeta era gentil e abençoava a todos com muitas graças.

            As crianças cresciam fortes, espertas e em cada geração mais habilidosas, fortes e desenvolvidas ficavam.

            Todos sentiam que o planeta estava evoluindo a cada século que se passava.

Mas para isso a população mais antiga precisava também evoluir, e não foi o que ocorreu, ainda eram fechados em suas formas de pensar e na conduta.

Tinham evoluímos no sentido de Tecnologia, descobertas fascinantes, magias, energias, mas as mentes dos Glons ainda estavam muito fechadas e não aceitavam com facilidade que mudanças faziam parte da vida.

            Umas das ultimas descobertas de Glon com o decorrer dos séculos, foi poder visitar, conhecer outros planetas.

Era a oportunidade ideal de amadurecer, entender como o universo funcionava e com isso trazer novas formas de ver e viver para dentro de Glon.

            Nosso mestre tinha recebido em umas das suas visões, que isso seria importante a todos, mas também seria a separação dos nossos sangue.

            Devido a isso, proibiu por séculos que isso fosse para frente, mesmo com o poder na nossa mão, fomos proibidos de utilizar essa ferramenta, muitos não aceitaram sua decisão e dai começou uma das nossas primeiras revoluções.

            Nosso mestre e sua companheira que era companheira de alma, tinham dois irmãos de sangue no qual muito confiavam, tendo eles poder sobre Glon nas tomadas de decisões, seus irmão se chamava Fabrity e sua irmã Sophia.

Esses ainda não tinham encontrado suas almas gêmeas e em sonhos a sua imã Sophia viu que encontraria sua alma gêmea num planeta chamado Vika, Sophia desesperada por achar aquele que completaria sua alma, implorou ao seu mestre que liberasse e permitisse aos Glons conhecer novos horizontes, mesmo com sua irmã pedindo, recusou-se, tinha medo do que poderia ocorrer, se fechou nesse medo e recusou-se a ouvir sua companheira que tentava avisa-lo das conseqüências.

Sophia achava que seu mestre estava sendo injusto para com ela, que tanto tinha servido seu povo e seu planeta.

Pela necessidade de encontrar seu escolhido, desobedeceu  as ordens de seu Mestre.

            Utilizando-se  da energia descoberta contra as normas de seu Mestre foi a procura de seu escolhido e o encontrou, e era tudo aquilo que mais desejava em sua vida.

Nosso mestre ao descobrir isso, muito raivoso ficou, e a baniu de Glon.

Para ele Sophia deveria ficar a partir daquele momento em Vika, mesmo cegado pela raiva sua companheira de alma, o aconselhou a olhar para dentro de sua alma e para não banir sua irmã do seu planeta, pois Sophia não era ruim, tudo que fez foi por amor.

Pela bondade de sua companheira, resolveu permitir que Sophia pudesse voltar ao planeta, mas  a partir daquele momento não poderia mais viver no seu reinado.

Criando-se a partir de então Glons do povo Maica e Laica.

O que o mestre de Glon Laicano não poderia imaginar era que a cada ano que se passava mais avançada as tecnologias se tornariam, sendo capaz de qualquer Glon em qualquer local e em pensamento se transportar para outros planetas e com isso, a disseminação foi grande, todos aqueles que encontravam seus parceiros em outros planetas deixaram seu reinado em Laica e iam viver com os Maicanos.

Milênios se passaram até que nosso Mestre entendesse que isso não era algo ruim, mas natural, ainda no final de seu reinado, sabia que tinha que unir novamente os laços com sua irmã, que tinha se tornado uma grande Mestra, a única Mestra que tinha um escolhido humano, por algum motivo depois disso nunca mais se soube de outro Mestre que pudesse se unir a outro ser sem que esse seja Glon, ainda não se tem resposta do porque com ela o foi permitido, acredita-se que foi pela sua coragem em mudar a historia do nosso planeta, talvez um presente pela sua coragem, pois todos sabemos que se a mudança foi algo difícil inicialmente com o tempo se tornou algo belo, e maravilhoso.

Sophia ao saber que estava no fim dos dias de seu irmão, aceitou encontra-lo e nos últimos dias passados juntos, ambos perdoaram e aceitaram que a vida tinha seus porquês.

Com isso os povos novamente se uniram havendo paz entre Laicas e Maicas.

Apesar disso, ainda surgiram ao decorrer dos anos outro povo que era contra escolhidos não Glons, apesar de seu Mestres aceitarem tal situação, não conseguiam aceitar a mistura com raças tão inferiores, revoltados formaram o terceiro povo os Taitas.

Taitas ao contrario de Maicas se tornaram seres cruéis, gostavam de ser superiores e seguiam a liderança do mestre Fabrity.

  Fabrity, nunca conseguiu perdoar sua irmã e seu irmão, e jurou para aqueles que o seguiam que um dia eliminaria de seu planeta as raças que não eram puras.

            Os milênios passaram, novos mestres tomaram liderança, mas por mais que os povos Maica e Laica tentassem unir-se aos Taitas era impossível, havia ali muito ódio e raiva.

            A união entre os povos  é necessária pois sem essa união o planeta Glon está em desequilibro e estando  em desequilibro se torna muito perigoso, não haverá paz até que todos se unam  novamente.

(Podia sentir a dor que era para Soraya contar a historia para mim)

Ainda pensando nisso, vi que ela continuou contando.

            Taitas se tornaram povos muito frios , sendo também os que não encontravam seus escolhidos, e não entendiam o que significa ter  um escolhido, aceitavam seu ódio e negavam-se a ouvir o chamado de suas almas.

Casavam-se entre si, independente se eram ou não alma gêmeas, mas não encontravam paz ou alegria e se separavam com muita facilidade.

Mesmo nós Laicanos também nos unimos as vezes com outros Laicanos independentemente de ser nossos escolhidos, mas isso só em caso de nos tornar-mos mestres, é um bem que estamos fazendo ao nossos povos, para manter o equilíbrio.

            Atualmente Nosso Mestre esta em seus últimos anos de poder, sua energia esta mais limitada e ele sente que não poderá mais manter sua liderança, não por muito tempo.

            Sua vontade era que eu e Kzar nos uníssemos e comandássemos, porém já há um tempo, eu  sei que não poderia ser escolhida para essa função.

Por que, perguntei agora curiosa?

Soraya olhou para mim agora e perguntou-me

- O que você lembra da sua infância?

Estranhei essa pergunta, mas de fato nunca recordava, nem do rosto de minha mãe, de ninguém, não era tão nova quando fui adotada, mas por mais que tentasse, meu passado parecia algo que não existia. Nada.

Ainda olhando para Soraya falei que não me recordava de nada, meu passado para mim era algo que não existia.

Falei o quanto isso me incomodava, e que queria saber quem era minha mãe, pai se tinha irmão.

            Sim era grata a minha mãe que me adotou, mas para mim sempre foi importante saber, quem eu era antes de a conhecer.

Soraya, deu um respiro fundo e falou que poderia me mostrar, bastava eu fechar os olhos.

Mas que eu não ia gostar do que ia ver.

            Estava em minhas mãos decidir o que queria.

Por algum motivo tive medo, mas precisava saber.

Ainda pensando nisso, abri minha mente a ela e em pensamento falei.

Eu quero, me mostre o que sabe Soraya.

 Continua...