Fanfic: A escolhida | Tema: Romance,Hot, Sobrenatural

Minha Primeira Prova

( Natália)

Quando acordei por um momento não sabia onde estava, até perceber que uma mulher tentava falar comigo, agora mais desperta olhei e vi que estava em uma gruta, era muito bonito e tudo muito brilhante, havia também um lago onde fazia reflexo de tudo que ali se encontrava, nunca tinha visto algo com tanto brilho e cores, as mesmas cores de Glon pensei, distraída somente agora percebi que a mulher estava ao meu lado.

A reconheci era a mesma mulher, a radiante.

Ela como lendo o que eu pensei, falou que seu nome não era mulher radiante e sim Luana e que era uma sacerdotisa de Glon, tinha destinado sua vida a servir em prol de todos.

– Sua hora chegou Natália, sua primeira prova, tudo que tem que fazer é entrar nesse lago e se lavar.

– Só isso perguntei estranhando, que tipo de prova é essa?

– Eu não terei que lutar não? Perguntei com medo.

Luana ainda me olhando fixamente disse

– Está tão preocupada em ter que lutar, não sabe você humana, que as piores lutas são aquelas internas? Onde os homens guardam seus maiores segredos com medo que possam ser descobertos?

– Não precisará lutar com armas, mas acredite descobrirá que muitas lutas, as piores que existem são aquelas internas onde temos que tomar decisões dificieis e das quais não tem mais volta, uma vez escolhido é por toda vida.

Ainda tentando entendê-la ouvir falar para entrar, que meu tempo era curto.

– Terá humana que tomar uma decisão, não há necessidade que seja no momento, mas até a próxima prova terá que saber, não poderá fugir disso.

– Que os Deuses te protejam e te guiem ao seu destino.

Ainda ouvindo isso, fui até o lago e com minhas mãos comecei a pegar o que conseguia para me molhar, sentia que estava a cada momento ficando mais fria, muito frio, tanto frio.

Ainda era observada por Luana, e aos poucos ela não estava mais ali e nem eu.

Estava no mesmo local, na gruta, agora estava sozinha, sentia que tinha um grande percurso pela frente, vi ao longe uma abertura muito pequena que só caberia uma pessoa, era totalmente escuro, por algum motivo eu sabia que deveria entrar ali, senti medo mas sabia que era ali.

Respirando fundo entrei, a entrar em cada passo que dava uma luz muito pequena me guiava, não saberia por quanto tempo andei, estava cansada e ficando desesperada, por mais que andasse parecia nunca ter fim.

Sentia fome, cansaço e medo, estava no caminho correto?

Não saberia falar por quanto tempo andei, minhas pernas já não estavam mais conseguindo ficar em pé.

Quando cheguei a uma nova gruta, essa era como um espelho, era totalmente feita de espelhos que cobriam o teto, parede e chão, tive medo de entrar por isso testei para saber se aguentaria meu peso, após sentir que sim, entrei. Dali não havia mais para onde sair, era o fim da viagem. Fiquei me olhando mas nada via além de mim. Foi quando comecei a notar que ao mesmo tempo em varias repartições apareciam vários rostos, quando me concentrava conseguia ver o que se passava com a pessoa, havia ali pessoas que nem ao menos conhecia, era tudo muito estranho, quanto mais me concentrava mais barulhento tudo ficava ao ponto de me deixar louca.

O que era esses espelhos? Por que conseguia ver acontecimentos neles? O que isso tinha haver comigo?

Cansada de ver coisas que não tinham nada relacionado a mim, pensei

– Me mostre o que tem que ser visto!

Foi então que eu vi, lá estava agora em todos os espelhos havia apenas uma imagem e Soraya estava ali, não estava sozinha.

Quando toquei no espelho por um momento estava presente e não apenas olhando.

Soraya estava agora com Bianca, ambas estavam juntas e alteradas.

– Você tem que contar a ela Soraya! Disse Bianca.

– Ela tem o direito de saber, é a vida dela!

Quanto mais Bianca falava mais Soraya ficava estressada.

– Eu te considero muito Bianca mas não se meta nesse assunto, acha que não quero falar a ela?

– Eu não sei como contar isso a ela!

– Ela nunca me perdoara, eu tinha que ter contado antes de me unir a ela!

Agora Bianca a estava abraçando, mas Soraya a empurrou para longe.

– Quando ela descobrir que eu ocultei isso, nunca me perdoara.

– Eu sei que ela não vai me perdoar.

– Ela vai se afastar de mim.

Então conte, falou Bianca.

– Conte enquanto é tempo, ela precisa decidir, você esta tirando das mãos dela o direito de decidir, se não contar e ela ver com seus próprios olhos ai sim nunca te perdoara.

Soraya alterada gritou.

– Como vou contar a ela que nunca mais poderá voltar a Terra quando se tornar uma Glon?

– Que por ser humana, ela não conseguirá voltar, para os seus ela terá morrido?

– Que terá que deixar aqueles que ela ama e nunca mais poderia ver sua mãe?

Bianca olhava para Soraya com pena.

– Amiga seu único erro, foi não ter falado a ela isso antes de unir-se, esse foi seu único erro

Soraya agora chorava, eu nunca a vi chorar assim.

– Eu sei Bianca, eu sei, mas eu tive medo, medo que ela não aceitasse, eu procurei tanto por ela, quando a tive em meus braços não consegui contar, eu queria que ela me amasse mais para depois contar.

– Eu sei que errei, mas agora eu não sei como contar a verdade sem que ela ache que a trai.

Por um momento senti-me triste, magoada, revoltada.

Ela mentiu, ocultou de mim, nunca Soraya falou que precisava morrer!

Sempre deu entender que poderia viver nos dois planetas, ela estava se decidindo por mim!

Como poderia deixar minha mãe? Por mais que amasse Glon eu tinha meu lar, minha vida na Terra.

Como ela fez isso comigo? Como?

Foi quando eu já não estava mais ali, havia lagrimas em meu rosto, agora via Luana.

Ela nada fez, em nenhum momento me consolou, apenas me olhando disse que para ser uma Mestra eu deveria aceitar que pertencia a Glon, que minha vida era aqui, e nunca mais poderia voltar a Terra, eu tinha que viver por Glon e nada mais.

Sai sem responder, mesmo não tendo uma família como desejava ou uma vida como desejava eu ainda tinha minha mãe, meus amigos, minha casa, eu tinha o direito de saber isso antes de começar tudo isso, e a culpada era Soraya, eu me senti traída, como isso doía, por que tudo não pode ser mais facil?

Minha vontade era de gritar com Soraya, dizer que nunca mais confiaria nela.

Por que tinha que saber algo assim, por outras pessoas? Como poderia confiar nela de novo?