Fanfic: A escolhida | Tema: Romance,Hot, Sobrenatural

Capitulo 9

Naty

Assim que Soraya saiu, fui correndo ajudar Ana a voltar a si, os alunos, estavam muito agitados assim como os professores, a sala estava agora vazia , mas ninguém conseguia entender o que tinha ocorrido.

Logo ficamos sabendo que estávamos liberados e poderíamos ir para casa.

Quando falei com Ana, ela não se recordava de nada, quando contei o que fez, riu dizendo.

- Imagina eu chorar por aquele babaca?

- Nada contra ele, mas não morria de amores, disse ainda rindo.

Levantou-se e como se nada tivesse acontecido, começou a dar em cima do enfermeiro que se aproximava para saber se tudo estava bem.

Assim que fomos liberadas, resolvi ir direta para casa, estava muito agitada, preocupada e com medo, ainda tentava assimilar que a mulher que amo matou um cara na minha frente, literalmente. Ok ele não era um humano e sim um Taita mas mesmo assim... Matar e morrer no final das contas é o mesmo para todos.

Tinha medo do futuro, não sabia o que fazer, pela primeira vez, sentia que deveria se afastar de Soraya.

Talvez essa fosse a melhor maneira, o melhor para ambas pensou.

Soraya era muito diferente, era totalmente o oposto de mim, sabia que nada faria para a machucar mas não podia garantir que não machucaria aqueles que estavam ao seu redor.

E que Deus me ajude, mas acho que essa é a melhor solução.

Kzar

Kzar por outro lado estava feliz, finalmente uma oportunidade pensou animado.

Sim, tinha feito tudo de forma que ninguém percebesse.

Agora era contar com a sorte e sem que ninguém imaginasse ou suspeitasse a idiota iria morrer, não a conhecia mas só o fato de saber que alguém, estava roubando o que era seu, já a odiava.

Não sabia muito sobre a humana, apenas que Soraya desde que a encontrou não tinha olhos para mais nada.

O que não se conformava é somente saber da sua existencia a poucos dias, por que Soraya não contou a ninguém?

Todos sabiam que quando um escolhido nasce sente-se sua presença.

Mas Soraya nunca nada comentou sobre isso, a ninguém.

Caso tivesse comentado, há muito tempo a menina estaria morta, pensou sorrindo para si mesmo.

Mas isso não importa, a menina morreria.

Esse era seu desejo e assim o seria.

Ainda com esses pensamentos sentiu a presença de sua irmã.

Que já estava começando a irritá-lo.

Lais era uma ótima mulher,vidente e guerreira não tão boa, mas dedicada, era muito desejada e querida em Laica.

Mas até o momento recusou-se a unir-se a alguém.

Por mais que tentasse afastá-la, sempre estava em seu caminho.

Sempre para ele, por ele.

Não gostava de admitir, mas gostava de saber que ela sempre estava ali por ele.

Mas nunca foi o suficiente, ele queria Soraya, deseja Soraya e morreria por ela.

Muito devia a Soraya, juntos aprenderam a lutar e em muitas vezes um salvou a vida do outro, mesmo ele sendo da realeza, filho de Gabriom e por isso quase certo de ser seu sucessor, se apegou em Soraya, já não se recordava de quantos pretendentes afastou de seu caminho, por isso sabia que a menina seria apenas mais um que eliminava de novo.

Por outro lado, Lais sempre estava por perto.

As vezes em alguns momentos sentia que sua irmã, o amava como homem e não apenas como irmão, mas isso passava por sua mente muito rápido, claro que estava enganado, Lais era apenas uma boa irmã.

Kzar chamou Lais em voz baixa.

- Sim, o que você deseja?

Se não se importa posso ficar um pouco aqui com você? Perguntou roucamente.

- O que passa? Olhando em seus olhos pude ver que estava assustada e preocupada.

Não gostava de ve-lâ assim, fui em sua direção e a abracei, senti seu corpo se entregar e Lais começou a chorar.

Baixinho com lagrimas no rosto começou a dizer.

- Kzar por todos os Santos, desista dessa loucura, meu coração dói.

- Eu tenho medo, não poderei viver sem você.

Vi ali tanta intensidade, tanta dor que a empurrei para longe de mim, nunca senti isso antes.

- Pare! Deixe de ser criança!

- Já falei que nada acontecerá.

- Eu estou aqui!

Ainda falando, senti que ela veio em minha direção e sem que eu esperasse me beijou.

Fiquei horrorizado, isso não podia estar ocorrendo.

Não tive reação, jamais esperei isso de minha pequena e guerreira irmã.

Essa se afastou e falou.

- Agoras sabes meu irmão.

 - Te quero, te necessito.

- Tentei me afastar, tentei não sentir nada mas a ti eu quero.

- Me aceite como sua, me aceite, juntos podemos mudar nosso mundo.

Em nosso planeta os sangues não são impedimentos para a união. É raro ocorrer muito raro, mas não proibido.

Mesmo assim, não a amo a esse ponto.

Olhei em seus olhos e falei

- Se afaste de mim Lais.

- Não é a ti que quero.

- Aceite isso, ou morra com isso.

Ainda em lagrimas Lais respondeu

- Eu já aceitei meu irmão, aceitei que seja o que quiser estarei por ti.

Saiu como se nunca estive ali.

Poderia tudo ter sido um sonho certo?

Pela primeira vez, algo em seu coração ficou confuso.

Não a amava, mas não queria seu mal, de certa forma era importante, tinha carinho por ela, sempre teve, só não do modo que desejava.

Soraya e Silvios

Já tinham batido, feito de tudo mas por mais que procurassem não tinham respostas do Taita agora amarrado, tudo que conseguiam ver em sua mente foi curiosidade, ao perceberem que um Taita estava morto, vieram confirmar quem o era, e o que tinha ocorrido, nada além disso, porém também perceberam que na escola tinha escolhidos, com suas curiosidades aguçados resolveram fazer uma festinha e eliminar alguns. Além disso nada.

Pensou revoltada, Nada!

Por mais que não encontrasse resposta sentia que isso não foi coincidência, alguém o fez, assim o sentia, mas quem?

Tinha suas duvidas, mas não tinha certeza, sem certeza nada poderia fazer, nada!

Era dar uma passo em falso.

Seu sangue fervia, tinha medo, raiva e tantos sentimentos juntos, sentia que era um perigo a qualquer pessoa.

Sentiu Silvios colocar sua mão em seu ombro tentando dar apoio.

Olhei para ele e disse

- Nada, mas não explica o porque de um corpo que estava para execução surgir no planeta Terra, alguém o permitiu, mas quem?

 - Apesar das possibilidades serem minimas, pois poucos tinham tanto acesso a sala de julgamentos, ainda assim era difícil dizer com precisão o culpado.

- Havia também o fato de Janota viver a muitos anos na Terra, podendo em seu ultimo momento de vida, ser transportado a seu desejo interno, mas isso era algo muito raro.

Por mais que odiasse tudo isso, não conseguiria provar nada, ainda poderia tentar repostas com seu mestre, mas seja quem arquitetou isso, foi perfeito em suas ações.