Fanfic: Férias em Salvador... AyA | Tema: AyA - Ponny - Anahí - Alfonso
O avião pousou, ela sentiu o impacto das rodas contra o chão, poderia ser até assustador se não fosse a milésima vez que Annie pegava um avião e enfrentava os mesmo problemas. Annie se levantou e pegou a pequena mala de rodas que ela havia trazido da Inglaterra, estava vindo para ficar, mais já havia roupas dela aqui na casa de seus...pais. O pensamento de Annie parou ao pensar na palavra, era estranho se sentir tão mal em pensar em tal palavra.
Com passos curtos e leves, como de uma verdadeira bailarina, Annie se dirigiu para fora do avião descendo as escadas do jatinho da sua família e se encaminhou para o portão de desembarque. Ali viu milhares de jovens ou até adultos que estavam se reencontrando com seus famíliares, casais ou até mesmo amigos, nada daquilo se tratava do caso dela, ela mais uma vez estava sozinha em um mundo enorme, mas agora era diferente, da primeira vez ela sabia que podia voltar para perto dos seus pais e que ali encontraria um conforto, mas agora não, eles não estavam mais com ela. Se lembrava muito bem da ligação de seu tio a dois dias atrás, as palavras foram impactantes e a dor e o sofrimento logo aparesceram.
- Annie eu nem sei como te dizer isso, quero que saiba que também dói muito em mim. - Ele deu uma pausa tentando encontrar as palavras certas. - Seus pais.. eles sofreram um acidente de carro. - Annie engoliu seco, não sabia o que aquilo significava, a garganta arranhou.
- Eles estão bem né Tio Pedro? Em que hospital eles estão? Estou indo para casa agora... - Pedro a interrompeu sério.
- Não Annie, você vai mesmo vir, mais é para...se despedir deles Annie, eles não sobreviveram aos ferimentos. Annie seus pais morreram. - As lagrimas escorreram inevitávelmente, não conseguia acreditar que agora realmente estava sozinha no mundo. Depois de respirar fundo e contar até dez, Annie abriu os olhos e viu que estava de volta ao aeroporto. Mesmo depois desses dias pensando e refletindo, ainda era dificil de acreditar que não ia poder ve-los nunca mais.
Annie saiu da porta do desembarque e andou pelo aeroporto até encontrar um homem alto e negro, ele tinha a cabeça raspada e usava óculos escuros, um aparelho de rádio no ouvido e terno preto e muito bem passado. Mesmo com o óculos escondendo parte do rosto, Annie sabia muito bem quem era que estava ali, seu fiel escudeiro Antony. Ela andou até ele e ainda distante viu a boca dele mexer e pronunciar algo para o aparelho, ela olhou envolta e viu mais alguns homens usando a mesma roupa e com a mesma estrutura de Antony. Ela sorriu e se aproximou dele lhe entregando a mala.
- É bom te ver menina. - Ele lhe disse passando o braço pelas costas da menina e lhe encaminhando para a saída, ela olhou por cima do ombro de Antony e viu que os homens vinham atrás deles devagar e despercebido.
- Também é bom te ver. - Annie foçou um sorriso. - Precisava mesmo de todos esses caras Antony? Você está transportando uma garota de 18 anos ou o presidente dos EUA?
- Estamos apenas tomando conta da senhorita Annie. - Ele disse abrindo a porta do carro para ela, Annie se sentou e colocou o cinto, Antony foi para o banco da frente onde se sentou e deu partida no carro. Agora sim Annie podia dizer que estava de volta ao Canadá.
Annie abaixou a janela do carro e olhou pela mesma vendo a neve que caía, era tão bom estar de volta, queria pelo menos que não fosse por esses motivos. A lágrima teimou em rolar, Antony viu pelo espelho retrovisor do carro.
- Não fique assim minha criança, foi uma coisa fatal não tinha como reverter. - Ele tentou consola-la, mais Annie simplesmente limpou as lágrimas e sorriu sem jeito.
- Obrigado Antony. - Desde que soubera do acidente nunca conversou nada com ninguem, era dificil pra ela falar de algo que a deixava tão fraca e tão vunerável. O pai de Annie sempre à ensinou ser forte e não temer pelo que possa acontecer, ela tinha que estar de cabeça erguida mesmo com um fracasso, era assim que ele queria que ela estivesse sempre e era isso que ela iria fazer.
Não demorou muito e Annie pode ver a enorme mansão de seus pais, fora ali que passara a infância, rodeada de empregados e mimos para onde olha-se. Ia ser díficil ficar ali sem eles, tudo de agora em diante ia ser díficil pelo simples fato de eles não estarem mais aqui.
O carro parou na garagem subterrânia e Annie abriu a porta descendo do carro, olhou um pouco tudo a sua volta e se virou para Antony.
- Antony, depois você põe minha mala lá no meu quarto por favor. - Antony concordou e Annie subiu as escadas que levava direto para a cozinha, deu a volta na casa e foi para a sala. Olhar todos aqueles comôdos vazios, lembrou de quando ia para a escola e voltava, encontrava sempre sua mãe na cozinha dando ordens para o almoço ou na sala folheando alguma revista de moda. Sempre que chegava recebia um abraço da mãe que acabava sempre perguntando com havia sido seu dia e o que fizera na escola.
Andava até o escritório e encontrava o pai sentado na cadeira atrás da grande mesa onde tinha um computador e várias fotos dela, alguns papéis e ele normalmente estava no telefone com alguns empressário.
Ainda era díficil acreditar que tudo acabara de uma hora para outra, pessoas más deveriam morrer não pessoas boas como seus pais, eles sempre ajudavam ao próximo, não eram de jogar o dinheiro que tinham na cara de ninguem e muito menos eram esnobes. Era pessoas boas, sua mãe tinha uma ONG onde sempre visitava e se sentia bem com todas aquelas pessoas. Seu pai não era diferente, adorava o trabalho da mulher e ajudava em tudo o que podia. Eles não eram hipócritas, eram descentes. Isso era tão errado que fazia com que Annie se sentisse ainda pior.
Annie foi para a sala e se sentou no sofá, aquilo era tão silêncioso e tão queto sem eles, que nem parecia que era a mesma casa onde crescera. Algo tocou o braço de Annie fazendo a mesma se virar com o susto, ela viu uma senhora, de cabelos brancos, corpo miudo, rosto fino e com algumas rugas reação da idade avanzada, os olhos eram claros e a pele era branca. Marina.
- Menina quanto tempo? - A senhora olhou para Annie com um fraco sorriso no rosto e os olhos brilhando.
- Quanto tempo Mari. - Annie se levantou e abraçou a senhora. - Eu tive que voltar para resolver tudo sobre o enterro e as empresas. - Marina se semparou de Annie e a olhou de cima a baixo.
- Você não está nada bem né? - Annie negou com a cabeça. - Suba e tome um banho, daqui a pouco levarei algo para você comer. - Annie concordou mesmo sabendo que não conseguiria comer nada, ela deu as costas para Marina e subiu as longas escadas, pegou o corredor principal que levava até seu quarto. Antes de entrar no quarto, Annie tentou conter a vontade de entrar no quarto de seus pais, mais não adiantou muito, ela entrou no comôdo e viu todas as mobílias cobertas com lençóis de seda branco. Ela olhou tudo e a emoção apareceu, com calma ela andou até a estante e puxou o lençol e encontrou vários porta-retratos com fotos suas, de seus pais, da família inteira.
As lágrimas desceram com força total, era difícil de imaginar como a vida seria daqui pra frente. Imaginar que não passara os ultimos momentos de seus pais junto com eles. Era impossível de imaginar como doía dentro dela esse sentimento tão difícil e doloroso.
Não aguentando mais ficar ali, Annie saiu do quarto e correu para o seu. Chegando lá foi direto para o banheiro, onde tirou as roupas e entrou no choveiro. A água quente era perfeita para amenizar todo aquele sofrimento. Junto com a água, as lágrimas escorirram descompasadamente, já estava difícil demais controlar tudo dentro de si não conseguia engolir mais nada não conseguia mais ser a mesma, a dor e a angústia tomavam conta de si.
Depois de meia hora debaixo do choveiro, Annie saiu e vestiu um roupão, penteou os cabelos e saiu do banheiro indo para o quarto. Marina estava colocando a mala da menina no quarto quando Annie chegou.
- Seu lanche está aqui. - Ela disse apontando para a escrivaninhas onde tinha uma bandeja com um sanduíche e um suco que parecia ser de maracujá. - Vou descer para ageitar umas ultimas coisas, qualquer coisa me chame. - Annie acentiu e se sentou na cama.
- Mari senta aqui um pouco? - Annie bateu na cama indicando o lugar, a senhora deu meia volta e se sentou ao lado dela. - Você passou aquele ultimo dia com eles, como eles estavam? Estavam felizes? O dia tinha sido normal? Eles falaram de mim?
- Eles estavam radiantes com a idéia de você voltar para casa, felizes mais do que nunca e não paravam de falar de você, sua mãe mandou eu arrumar seu quarto queria tudo perfeito para quando você voltasse. - Annie abraçou a senhora que retribuíu. - Eles queriam te ver Annie, queriam muito.
- Eu queria ter ve-lôs, a ultima coisa que falei com meu pai e minha mãe foi um "eu te amo", não rolou mais nada eu não os vi, não os abracei e nem nada, eu sinto falta disso. - Ela chorou.
- Agora nada mais importa Annie, coma alguma coisa e vamos para o enterro, eles sabem o quanto você queria te-lôs Annie e ninguem nunca vai mudar esse sentimento dentro de você, não se importe com nada apenas tente ser feliz daqui pra frente, eles iam querer isso. - Ela se levantou, deu um beijo na testa de Annie e saiu.
Depois de alguns minutos sentada, Annie se levantou e foi até o armario onde pegou um vestido simples preto e o vestiu. Calçou um salto alto preto e deixou os cabelos caídos nas costas ainda molhados. Pegou um longo casaco preto e se olhou no espelho. O rosto era palído e sem vida, o corpo que já fora magro agora estava seco, a dias não comia nada direito e isso fazia falta.
Sentindo-se um pouco fraca, Annie andou até a escrivaninha e tomou o corpo de suco que Marina havia deixado, tentu comer o sanduíche mais não tinha fome. Depois de mais uma longa olhada no espelho a menina pegou um grande óculos também preto e saiu do quarto descendo as escadas e se sentando no sofá.
- Annie, seu tio Pedro está aí. - Mari disse surgindo na sala.
- Mande-o entrar Mari. - A senhora concordou e saiu, dez minutos depois Pedro apareceu na sala. O homem era alto e magro, tinha um corpo forte e a pele clara, os cabelos eram devidamente cortados e usava um terno todo preto com um enorme casaco por cima.
- Quanto tempo Annie. - Ele disse indo até a jovem e abraçando-a. - Como está minha querida?
- Mal, mais vou melhorar. - Ela disse séria e se controlando para não chorar, daqui pra frente até o final do enterro não iria chorar, era um apromessa que havia feito para si mesma. - Depois do enterro quero conversar com você sobre as empresas do meu pai pretendo assumir tudo. - Pedro a olhou confuso e Annie estranhou aquele olhar, tudo bem que nunca quisera nada daquilo, mais ele achava o que? Que ela fosse vender todo o patrimônio que seu pai batalhara para ter?
- Tudo bem então, Maite está no carro, podemos ir já?
- Tudo bem, mais eu vou com o Antony, ele também quer ir no enterro e eu não me impus. - Annie disse sendo ainda mais fria e seca do que fora esses dois dias.
- Senhorita Annie, o carro já está pronto. - Antony apareceu na sala lhe avisando.
- Então vamos Antony, nos vemos no enterro tio Pedro. -Ele saiu da sala e logo depois Annie sendo acompanhada de Antony. Assim que desceu as escadas principais da casa e deu de carro com o carro de seu tio, no banco de trás viu a linda morena sentada, era Maite sua única prima. Sempre foram muito amigas mais desde que se mudara para a Inglaterra tudo mudou, se afastaram um pouco. A morena sorriu fraco para Annie de dentro do carro, Annie não deixou passar em branco e forçou um sorriso nada confincente para a prima. Logo Antony encaminhou a menina para o carro, Annie se sentou no banco de trás e colocou os óculos escuros, Antony se sentou no banco do motorista e deu partida no carro indo direto para o cemitério.
Casa Annie:
Roupa Annie:
Autor(a): bianca_less
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Mais um dia, mais um maldito dia naquele maldito hospital. Os pensamentos de Alfonso bombavam com tal idéia, era irritante pensar em estar naquele hospital sem ter Robert ali, era estranho demais ver tudo acontecer e não ter feito nada. Alfonso passou como fantasma por todos os corredores querendo passar despercebido, pelo menos foi o que ele tentou, era imposs ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 15
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
belle_doll Postado em 22/08/2013 - 18:19:45
Espero que essa tal de Jack não seja um problema. AyA já estão tão lindinhos juntos! =D
-
lisaponny123 Postado em 20/08/2013 - 20:57:52
Posta mais nova leitora aqui já favoritei em quero mais!!! Amei e quero um beijinho Ponny pra ficar lindo de morrer!!!
-
belle_doll Postado em 20/08/2013 - 18:50:53
UP UP UP UP UP UP UP UP UP UP UPUP UP UP UP UP UP UP UP UP UP UP
-
belle_doll Postado em 09/08/2013 - 20:50:46
Poncho ficou estiloso! Será que a Anahí vai gostar? rsrs...
-
belle_doll Postado em 09/08/2013 - 20:16:02
OBA! Post, post! :D
-
belle_doll Postado em 08/08/2013 - 23:01:38
Cadê? Posta mais, por favor! Estou curiosa para saber o que vai acontecer nessa festa. =D
-
belle_doll Postado em 06/08/2013 - 23:27:31
Estou apaixonada pela história! Lindíssima a casa dela. Os dois juntos são tão fofos! Espero que esse Luau traga muitas surpresas! Estou adorando.
-
belle_doll Postado em 06/08/2013 - 18:53:06
Já estou achando emocionante! ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
-
belle_doll Postado em 05/08/2013 - 19:44:19
Estou louca para ler o resto. Tenho certeza que ambos vão se ajudar e superar as angústias juntos.
-
belle_doll Postado em 05/08/2013 - 19:31:52
QUE LINDO o primeiro encontro de AyA no aeroporto. Ai, O destino. =)