Fanfics Brasil - Escape My Only Safe Haven

Fanfic: My Only Safe Haven | Tema: Resident Evil


Capítulo: Escape

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“Que droga!”, pensei comigo mesma enquanto observava aquela criatura horrível caindo aos meus pés.


Ele estava partido ao meio, e pelos meus cálculos, não voltaria a me incomodar. Ao menos por enquanto.


Fitei-o por alguns segundos, e o alarme continuava a soar insistentemente.


— Dois minutos para a detonação — a voz computadorizada continuava a me lembrar disso a cada maldito minuto.


— Pro inferno com isso! Preciso achar aquele trem se quiser salvar Sherry...


Sem pensar em mais nada eu corri, ignorando a dor na minha perna que sangrava cada vez mais, graças ao arranhão que aquela criatura havia me dado.


Eu rezava para que Leon também encontrasse o caminho, do contrário, me sentiria culpada por não tê-lo arrastado comigo.


Ele estava ferido, e mesmo assim aquele cabeça dura insistiu em nos separarmos, alegando que assim teríamos melhores chances.


Avistei o trem ao longe e praticamente lancei-me dentro dele, sabendo que o tempo estava se esgotando.


Vi Sherry por minha visão periférica, entretanto, não tinha tempo de falar nada. Corri em direção à cabine, apertando todos os botões. Eu não entendia nada de trens, mas esperava que algum deles ligasse aquela porcaria. Não suportaria fracassar agora... Não agora que estávamos tão perto de fugir dali...


Graças a Deus, o motor do trem ligou, fazendo com que o compartimento inteiro tremesse. Não pude deixar de sorrir, afinal, estávamos salvos!


— Um minuto para a detonação — a caixa de som da cabine salientava novamente, todavia, não dei importância. O trem estava em movimento e nada poderia nos impedir agora.


Virei-me para a pequena garota que estava atrás de mim, e abracei-a. Acariciei suas costas, tentando confortá-la.


Uma dor atingiu-me de repente, porém, não era algo físico. Um rosto surgiu em minha mente e um sussurro escapou por meus lábios: “Leon...”.


Céus, ele não havia conseguido...


Levantei-me e caminhei até a janela, observando o laboratório da Umbrella que se afastava gradativamente. Surpreendi-me ao ver uma figura correndo, cambaleante, tentando alcançar o trem.


— Claire! — Leon gritou desesperado, enquanto o trem passava em alta velocidade.


— Pule! — bradei sem pensar, apertando o botão que abria as portas.


Subitamente, aproximamo-nos de uma parede, rápido demais... Joguei-me para dentro do trem, a fim de não ser atingida. Perdi contato visual com ele e temi que não houvesse conseguido.


Ouvi passos e levantei o olhar, encontrando Leon ofegante. Logo, apertou o botão para que as portas se fechassem novamente.


Corri para ele e não resisti ao ímpeto de abraçá-lo. Leon havia conseguido.


Afastei-me um pouco quando senti os braços de Sherry envolverem minha cintura, contudo, continuei encarando-o.


— E Ada? — questionei em um sussurro.


— Não... — respondeu cabisbaixo, engolindo em seco.


Abaixei a cabeça em sinal de pesar. Apesar de não conhecê-la o suficiente, ninguém merecia morrer trancado naquele laboratório.


— Trinta segundos para a detonação. Vinte e nove, vinte e oito... — a voz continuou a contagem regressiva. Os números pareciam passar mais rápido do que deveriam.


Abaixei-me e abracei Sherry com força, fechando os olhos. Senti que Leon fazia o mesmo.


“Ai meu Deus, não nos deixe morrer aqui, tão perto da saída, por favor...”, rezei internamente.


— Cinco, quatro, três, dois, um. Sequência de detonação concluída.


Por um segundo todo e qualquer som cessou, inclusive o alarme. No momento seguinte houve uma explosão distante, um som abafado que foi se aproximando cada vez mais e por fim fomos atingidos em cheio.


O compartimento chacoalhou terrivelmente, e todos nós fomos arremessados ao chão. Não bastasse a dor que estava sentindo na perna, no momento da queda a bati novamente em uma parte do trem.


Pedaços de concreto atingiram o teto do vagão, porém, em nenhum momento ele parou.


Levantei-me cambaleante e busquei os demais com o olhar. Sherry correu para meus braços e Leon sentou-se em um dos bancos do trem, com a expressão exausta.


Sorri aliviada, estávamos vivos. Sãos e salvos, ou... quase isso.


— Leon Scott Kennedy, esta é Sherry Birkin — apontei encarando-o, esperando que ele compreendesse a relação com o sobrenome.


Ele sorriu gentilmente para a garota, o que queria dizer que ele havia entendido o recado.


— Sherry, este é o Leon — baguncei levemente seus cabelos curtos e loiros. — O conheci quando cheguei aqui em Raccoon para encontrar meu irmão... — sorri fracamente, lembrando-me do único motivo que tive para vir até aqui, e mesmo assim não havia o encontrado.


De repente ouvimos um alto estrondo vindo da parte de trás do vagão. Um estridente rangido no metal, como se grandes garras o estivessem arranhando.


Engoli em seco. Quando isso iria acabar?


Leon olhou-me de forma preocupada, mas notei que ele se esforçava para que Sherry não percebesse a real gravidade do problema. Bem, nem eu sabia dizer quão grave poderia ser...


— Zumbi? — comentou Sherry indiferente, como se fosse algo extremamente comum.


Eu sentia um ódio tremendo daqueles desgraçados da Umbrella por terem tirado a inocência desse pequeno anjo.


— Que tal eu dar uma olhada? — disse Leon por fim. — Fique aqui com a Sherry, Claire. Não deve ser nada de mais. Sherry cuide da perna dela, tá bem?


Ele acenou discretamente para minha perna ferida e entendi o recado. Leon estava preocupado comigo e isso me causou uma sensação estranha.


Acabei concordando por fim, realmente não podia deixar Sherry sozinha. Leon levantou-se e partiu para o fundo do trem, deixando-me extremamente angustiada.


Concentrei-me ao máximo para ter pensamentos positivos, todavia, sabia que nada era bom quando se tratava de um laboratório da Umbrella, principalmente após ruir.


— O que eu faço agora, Claire? Pressionar né? — Sherry indagou com sua voz doce, tentando ajudar.


— Sim querida, mas estamos bem sujinhas e isso pode infeccionar se ficarmos mexendo muito. Vamos esperar pra ver se Leon volta com alguma coisa limpa, está bem? — ela acena positivamente, e permanecemos alguns minutos em silêncio.


Um pensamento nada bom me ocorreu, e levantei-me em um pulo, ignorando a dor e a tontura: E se Mr. X estivesse no vagão? E se houvesse alguma amostra do G-vírus no trem e ele tivesse vindo busca-la?


— Claire, você tem que ficar parada pra ficar bem. Foi o que o Leon disse... — fitou-me preocupada. Eu não podia deixa-la sozinha aqui, e se Leon não voltasse? Meu Deus! Eu não queria pensar nisso...


— Sim, senhorita. Eu só queria ver se ele havia entrado no vagão — forcei um sorriso e sentei-me ao seu lado, fazendo a única coisa que podia fazer no momento: Rezar.


Seja lá o que estivesse naquele vagão, não poderia ser pior do que aquele monstro, o tal do Dr. Birkin.


Esse pensamento me magoava. A pobre garotinha sentada ali ao meu lado, era filha de um mostro e uma maluca... Que futuro ela teria se não tivesse a encontrado?


Bloqueei esse pensamento e torci para que Leon estivesse bem. Por Deus, eu me preocupava tanto com ele... Leon ajudou-me tanto nesse momento difícil e eu havia estabelecido uma relação com ele que era complicada de se explicar.


Ouvi alguns tiros e abracei Sherry com força. Minutos depois os disparos cessaram e eu realmente não sabia o que pensar...


Minhas preocupações se esvaíram quando vi Leon entrar novamente no vagão, trazendo consigo alguns trapos — limpos ao menos —, e se aproximou de mim.


Ele enfaixou minha perna precariamente e sentou-se ao meu lado, passando o braço sobre meus ombros. Encostou a cabeça na parede do trem, exausto, assim como todos nós.


Sherry se aconchegou melhor em meus braços, pegando no sono logo em seguida, sendo acompanhada por Leon. Mantive-me acordada. Minha cabeça maquinava sobre o que aconteceria conosco agora que conhecíamos o segredo da Umbrella.



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Autor(a): La Bella

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