Fanfic: Segredos do Passado Adaptada Vondy | Tema: Rbd Vondy

alwaysvondy:kkk` ate eu fiquei com muita pena dela.. KKK` mas o resto da historia é bem mais compensadora. =D KKK

Ela não podia tocar nos papéis na mão dele. Não tocaria neles. Com um suspiro, ele os colocou na sacola de compras dela. O coração da moça batia forte e a dor por trás dos olhos estava insuportável. Tinha de sair dali. Agora. Ela se virou e correu... sem olhar para trás.

— Dulce, querida, por favor, abra a porta. Por favor, querida.

Dul estava trancada em seu quarto, ignorava as persistentes batidas da mãe na porta. Ela estava há quinze minutos de pé no corredor, suplicando, ameaçando, e até chorando, mas Dulce se recusava a responder.

— Sei que você está aí, querida. Fale comigo. Diga-me o que está errado. Papai e eu consertaremos tudo.

Segurando os papéis que Christopher Uckermann lhe deixara, Dulce olhava fixamente para o teto. Os documentos eram de um advogado chamado Henry Barnes: uma cópia da certidão de nascimento, um artigo de jornal descrevendo o acidente de carro, uma fotografia — ampliada e digitalizada — de Alma Herreira num leito de hospital segurando uma recém-nascida, cercada da família sorridente: um marido charmoso e dois menininhos.

Dulce passara a última hora olhando para a fotografia. Alma Herreira se parecia muito com ela. O mesmo cabelo, o mesmo rosto, os mesmos olhos azuis.

E a prova contundente, a cópia de um contrato entre um advogado chamado Leon Waters, em Granite Springs, e Fernando e Blanca Saviñón, um acordo vago para a transferência de uma quantia inespecífica caso aprovassem um certo "pacote".

Dulce foi para casa depois do encontro com Christopher. Não acreditava no que o homem lhe dissera. Ainda não acreditava.

Como era possível? Como é que tudo isso poderia ter acontecido? E por que seus pais teriam feito algo assim?

— Oh, Fernando, graças a Deus você chegou — escutou a mãe dizer do outro lado da porta. — Ela almoçaria comigo e com Marina, mas não apareceu, liguei para casa e Catarina me disse que ela chegou há cerca de uma hora, e que parecia transtornada. Não quis falar com Catarina nem com Ricardo, apenas veio direto para o quarto e, agora, não quer abrir a porta.

— Dulce, aqui é o seu pai. Abra a porta imediatamente! Não tenho tempo para bobagens.

Com um suspiro, Dul sentou-se. Já que teria de encarar os pais, por que não agora?

Sentiu um nó no estômago ao olhar para os papéis.

Reverte e Alma Herreira são os seus pais verdadeiros... mortos num acidente de carro... Alfonso e Cristian...

Poncho e Pollito. Estes nomes significavam algo para ela. Algo importante.

Engoliu em seco. Qualquer que fosse a verdade, o que quer que tivesse acontecido vinte e três anos atrás, ela precisava saber.

—Dulce Maria! Abra imediatamen...

A mão do pai estava erguida, pronta para bater de novo na porta, quando Dulce a abriu. 

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