Fanfic: Entregue seu coração - AyA - Adaptada FINALIZADA. | Tema: AyA - Adaptada
Orgulhosa, ela abriu a bolsa que pusera no chão e retirou os pés de pato, a máscara de mergulho e um pequeno cartão de plástico, que entregou a Alfonso.
Ele leu o cartão, então fitou-a, abismado.
— Mas, como? — perguntou. — Quando?
— As aulas foram dadas em Phoenix, e recebi meu certificado depois de fazer o teste duas semanas atrás, em Cancún.
— Você é principiante. Não sei se é uma boa idéia participar desta sessão de mergulho.
— Ela vai conseguir — Harry falou. — É fácil mergulhar em Garden Cay.
— Mergulhei aqui no ano passado — um dos funcionários comentou. — Havia um rapaz que também tinha aprendido a mergulhar fazia pouco tempo e não houve nenhum problema.
— Já que está preocupado com a moça, sr. Herrera, pode acompanhá-la. — Harry sugeriu, — Assim, poderá cuidar dela.
"Que inferno!", Alfonso pensou. "A primeira regra do mergulho é sempre ter alguém por perto. Não há como eu rejeitar a sugestão de Harry."
— Muito bem, pessoal, mostrem seus certificados para podermos embarcar — Harry pediu.
Um por um, os mergulhadores mostraram seus cartões, para então entrarem no barco chamado Bruxa do Mar. Alfonso e Anahi sentaram-se lado a lado.
— Então, tornou-se mergulhadora — ele comentou. Harry ligou o motor do barco.
— Já que eu vinha nesta viagem, e você tinha agendado um mergulho em Garden Cay, achei que seria divertido participar — ela respondeu.
— Mas, e quanto ao seu medo de água? Anahi deu de ombros.
— Quando tomei consciência de que meu medo estava me impedindo de fazer coisas que eu queria fazer, decidi superá-lo — declarou.
— E como fez isso?
— Foi tão simples, que me pergunto por que não tentei antes. Entrei na piscina do meu prédio e, aos poucos, durante vários fins de semana, fui andando até a parte mais funda. Patrícia e Sofia ficavam comigo para me dar apoio. Comecei a nadar naturalmente, seguindo as instruções das duas.
— E onde achou tempo para aprender a mergulhar?
— A noite.
"A noite? Eu pensava que ela estava saindo com alguém, quando, na verdade, estava aprendendo a mergulhar?", Alfonso refletiu, sentindo o coração encher-se de alegria.
— Por que não me contou? — indagou.
— Queria fazer uma surpresa. Consegui?
— Consegui? — Anahi repetiu.
— Conseguiu, o quê?
— Fazer uma surpresa para você.
— Claro que conseguiu! — ele afirmou.
— Espero que minha presença não esteja incomodando você. Prometo que não terá de se preocupar comigo. Eu tinha mais oxigênio sobrando no tanque do que qualquer outra pessoa de minha classe, depois do teste. Meu instrutor disse que isso era um sinal de que eu relaxava na água.
— Você disse que fez o teste com sua classe?
— É, em Cancún — Anahi esclareceu.
— Quer dizer que você foi a Cancún com um grupo de pessoas? Não foi acompanhada por uma pessoa apenas?
— Fomos em cinco.
Harry desligou o motor do barco.
— Chegamos — anunciou. — É hora de nos prepararmos. Baixou a âncora.
— Verifiquei os equipamentos de todos, menos o seu, sr. Herrera, pois o senhor disse que traria seu próprio equipamento — falou.
— E trouxe. Só preciso de um tanque de oxigênio — Alfonso declarou.
— É só pegar.
Alfonso levantou-se, pegou um tanque e voltou para o lado de Anahi. Pegou a sacola que trouxera, abriu-a, retirou regulador e prendeu-o no tanque, deixando que um pouco de ar vazasse, enquanto girava a rosca. Pegou o bocal e testou-o. Com tudo certo, tirou a camiseta, então virou-se para Anahi.
— Precisa de ajuda? — perguntou.
— Não — ela negou, desviando o olhar.
Esperou até que ele ficasse ocupado, ajustando o cinto, para então tirar a camiseta e o short. Quando Alfonso fitou-a, alargou os olhos examinando o maio preto, colante e cavado. Ela colocou os pés de pato, então Harry ajudou-a a prender o tanque nas costas, enquanto Alfonso se arrumava sozinho. Com todos prontos, Harry foi até o centro do barco e disse:
— Muito bem, pessoal. Vamos repassar os sinais com as mãos.
Fechou a mão e levantou o dedo polegar.
— O que isso significa? — indagou.
Anahi sorriu.
— É fácil — declarou. — "Vamos subir". E se fizer ao contrário, "vamos descer".
— E isso aí — Harry falou. — E este aqui? — Levou a mão até o pescoço com os dedos na horizontal.
— Significa "sem ar" — o diretor da Barrington em Miami respondeu.
— Muito bem — Harry aprovou, curvando os dedos e levando-os à boca;
— "Dividir o oxigênio" — o diretor da filial em Houston falou.
— Certo — Harry confirmou, erguendo a mão e cerrando o punho.
— "Perigo" — um dos outros diretores declarou.
— Mais um. O que significa este?
Harry fez um círculo com o polegar e o indicador e levantou os outros três dedos.
— É fácil — Anahi disse. — "Tudo bem". O caribenho exibiu um amplo sorriso.
— Vocês sabem o que fazer — falou. — Mais uma coisa, antes de entrarem na água: espero que todos sigam as três regrinhas do Harry. Regra número um: nunca entrar em pânico. É possível sair de qualquer situação, se ficarmos tranqüilos. Número dois: nunca prender a respiração, quando se estiver emergindo. Os pulmões podem explodir, quando o ar se expande. E regra número três: sempre fique perto de seu parceiro. Alguma pergunta? Não? Então está tudo certo.
Alfonso olhou para Anahi esperando ver medo, ou ao menos um sinal de nervosismo, mas os olhos azuis brilhavam de excitação, enquanto ela ajeitava a máscara. Tinha de admitir que ela parecia saber o que estava fazendo. Anahi experimentou um pouco do ar do bocal, checou a pressão pela última vez e, então, fechou a mão e ergueu o polegar antes de cair na água.
Ao vê-la na água, Alfonso também mergulhou e, com duas batidas de pernas posicionou-se a seu lado. Ambos fizeram sinal de "tudo bem", deram as mãos e submergiram.
A água era límpida. Anahi apertou a mão de Alfonso e apontou para os de corais que formavam um recife abaixo deles. Segundos depois, mostrou um bando de peixes listrados de azul e amarelo. Alfonso ainda observava o cardume, quando Anahi apertou-lhe a mão e apontou para outros peixes.
Quando ela lhe mostrou um grupo de cavalos-marinhos, Alfonso sorriu. Ele já mergulhara muitas vezes, e quase sempre em lugares tecnicamente mais difíceis e desafiadores. Estivera em águas profundas, cavernas, em águas tão escuras que ele mal podia enxergar a própria mão, mas nunca sentira tanto prazer quanto estava sentindo naquele mergulho com Anahi.
Os dois pareciam estar em outro mundo, só deles, onde apenas havia o aqui e o agora.
"Pensando bem, é o mesmo mundo que dividimos quando nos beijamos", ele reconheceu.
Tentando mudar o rumo de seus pensamentos para algo menos perigoso, olhou para baixo. Estavam bem perto dos corais. Exploraram o lugar, apontando descobertas um para o outro. Alfonso sentiu o coração encher-se de paz e de um sentimento estranho, que ele descreveu como felicidade.
Mas, de repente, algo pareceu errado. Ele sugou o bocal, mas ar não saiu. Ajustou-o e tentou mais uma vez. Nada.
Meu Deus!, pensou.
Encontrava-se a vinte metros de profundidade, junto com uma mergulhadora novata, e estava sem ar. Ia gesticular para Anahi, mas hesitou. Não queria deixá-la em pânico.
Anahi fitou-o e franziu a testa. Desesperado, Alfonso procurou os outros mergulhadores. A dupla mais próxima estava a uns cem metros de distância, e nadando na direção oposta.
Eu desmaiaria antes de alcançá-los, ele pensou.
Seu peito já estava doendo, pedindo oxigênio. Ele olhou para Anahi. Algo em sua expressão demonstrou seu desconforto, pois ela tirou seu bocal e colocou-o na boca dele.
Obrigada pelos comentários meninas <3
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Autor(a): ayaremember
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Alfonso fitou-a nos olhos. O olhar dela transmitia confiança e tranqüilidade. Alfonso inalou uma boa quantidade de ar, então passou o bocal para Anahi. Ela sugou o ar e devolveu o bocal.De braços dados, os dois lentamente começaram a subir, dividindo o oxigênio. Alfonso estava atônito. Sua vida tomara um aspecto surrealista, com ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 43
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millaponny2014 Postado em 18/09/2014 - 11:40:00
to morrida com essa fanfics perfect <3 lindop final
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traumadarbd Postado em 23/09/2013 - 15:08:33
que historia linda, conseguiu mexer com minhas estruturas sem nem ao menos os Los As terem se pegado de verdade, foi lindo demais
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lyu Postado em 11/08/2013 - 20:17:15
foi lindo o final
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isajuje Postado em 10/08/2013 - 20:30:17
Ai, que final mais bonito e romântico e 'oh oh' KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK eu não gostei nada nada da demora dele pra entregar seu coração U_U mas no fim, ele entregou. Minha campanha deu certo! HAHHA' A reconstituição da cena foi demais, imaginem vocês no lugar da Anahí? MA-RA-VI-LHO-SO! Alfonso sempre foi um cavalheiro só era um cabeça-dura de ter medo de entrar em um relacionamento sério. Mas até que enfim um final lindo, e feliz [: obrigada por compartilhar a história e já vou lá ler a outra! Abçs
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ponnyaya Postado em 10/08/2013 - 19:59:40
amei o final, o poncho foi perfeito!
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lyu Postado em 10/08/2013 - 01:05:57
AAAAAAAAAAAAAAAAAAA PONCHO VAI ATRAS DELA POE O LINK DA PROXIMA FIC PQ VOU LER
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ponnyaya Postado em 09/08/2013 - 21:44:33
aaaaaaa, você quer me fazer chorar?! Eu vou matar o Alfonso! posta mais!
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anapaulamaito2gmail.com Postado em 09/08/2013 - 21:42:28
o poncho deve ir atras da any e se declarar
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isajuje Postado em 09/08/2013 - 20:53:04
[AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA] esqueci de dizer uma coisinha, sobre:''Não havia motivo para ela ficar mais um dia no hotel, ou participar do próximo mergulho. Ela pegaria seu coração partido, seu orgulho ferido, seus sonhos desfeitos, e embarcaria no próximo avião para Phoenix.'' U-A-U! que poético, nada mais a dizer. [;
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isajuje Postado em 09/08/2013 - 20:50:26
obrigada por ser tão meiga ayaremember *u* KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK essa próxima que você vai postar 'Uma Vez Mais Com Ternura' eu fiquei supermegacuriosa pra saber como é a história. Mal vejo a hora de começá-la. Já que você tem outra pra postar, eu apoio você terminar essa aqui já KK ><