Fanfics Brasil - FINAL - CAPÍTULO - 22 Entregue seu coração - AyA - Adaptada FINALIZADA.

Fanfic: Entregue seu coração - AyA - Adaptada FINALIZADA. | Tema: AyA - Adaptada


Capítulo: FINAL - CAPÍTULO - 22

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Ela exibiu abriu um sorriso triste. Sentindo que os olhos enchiam-se de lágrimas, saiu sem dizer uma palavra.
Como um escritório todo mobiliado pode parecer tão vazio?, Alfonso pensou ao passar pela sala de Anahi no dia seguinte, na hora do almoço.
Não havia nada sobre a mesa, as plantas de que Anahi cuidava tão bem não estavam mais lá, assim como as fotos e outros objetos que ela gostava de expor nas prateleiras. Sem Anahi, a sala era fria e sem vida.
Exatamente como Alfonso estava se sentindo por dentro. Não posso mais passar por aqui, comentou consigo mesmo. Habituara-se a seguir aquele caminho porque era o mais rápido para chegar ao seu escritório, mas também porque lhe permitia ver Anahi.
Criei vários hábitos só por causa dela, refletiu, apertando o botão para chamar o elevador.
Passara a entrar na sala onde os funcionários costumavam fazer breves intervalos durante o dia, às dez e meia da manhã e às três horas da tarde, porque era o horário em que Anahi se encontrava ali com as amigas. Naquela manhã, quando entrara lá, Patrícia, Sofia, Molly, Olívia e Cindy fitaram-no com tamanha reprovação, que ele decidira voltar para sua sala, dizendo-se que teria de mudar aquela rotina.
E também evitaria aquelas mulheres na hora do almoço.
Pelo menos não terei de me preocupar com isso hoje, pensou ao entrar no elevador.
Em vez de ir a um dos restaurantes que elas sempre freqüentavam, planejara comer alguma coisa numa lanchonete e levar seu equipamento de mergulho para consertar. E aproveitaria para informar-se sobre as próximas expedições de mergulho. Planejar uma nova aventura sempre fora a cura para o vazio que às vezes o invadia.
Podia explorar uma caverna submarina ou um navio naufragado, ou praticar um pouco de pára-quedismo, ou participar de uma corrida de lanchas. Quanto mais deprimido se sentia, mais arriscada precisava ser sua aventura.
Era estranho, mas nada parecia atraente daquela vez. A porta do elevador abriu-se, ele saiu e atravessou o saguão de entrada do edifício.
Talvez seja por causa de Jenny, pensou. A responsabilidade de criar uma criança diminuiu meu entusiasmo pelo perigo.
Saiu do prédio, dirigindo-se ao estacionamento.
"Em parte, Jenny é a responsável, mas há mais alguma coisa me perturbando", reconheceu. "A partida de Anahi acabou com meu entusiasmo por qualquer coisa. Nada parece excitante ou divertido. Sem Anahi, minha vida tornou-se vazia e sem sentido."
Dez minutos depois, ainda perdido em pensamentos deprimentes, estacionou o Acura diante da loja especializada em equipamentos de mergulho.
Pegou o aparelho de metal e borracha, ao qual confiava sua vida quando estava embaixo da água, e observou-o, pensativo. Aquilo falhara uma vez, algo que não podia acontecer novamente.
"Anahi nunca falhou comigo", comentou mentalmente. "Sempre esteve ao meu lado, quando precisei. Até salvou minha vida, e não lhe dei nenhuma chance."
Quando estava a muitos metros de profundidade, dependia daquele aparelhinho para permanecer vivo. Ficava preso a um objeto, mas isso não limitava sua liberdade, ao contrário, aumentava-a, pois permitia-lhe explorar um mundo que, de outro modo, ele nem saberia que existia.
"Talvez o casamento seja assim", comentou consigo mesmo. "Pode existir uma outra dimensão na vida de casado, que eu desconheço. Acho que formei uma opinião errada sobre esse tipo de compromisso. Em vez de ver o que podia me oferecer, só vi o que podia tirar de mim."
Achava que casamento significava a perda de sua liberdade, mas, o que era liberdade? Era só poder fazer o que quisesse.
E o que mais queria era estar com Anahi, passar a vida ao lado dela, de Jenny e de mais um ou dois filhos. Amava Anahi. Quisera negar, mas seu amor era um fato inegável. Amava-a e desejava casar com ela.
Precisava dizer-lhe isso, porém podia ser difícil fazê-la escutá-lo, pois ele a magoara duas vezes, e talvez ela não estivesse disposta a lhe dar uma outra chance. Ficou sentado no carro, pensando, então, de repente, estalou os dedos e exclamou: .
— É isso!
Abrindo um sorriso, pegou o telefone celular e digitou um número.
— Não sei por que tenho de voltar ao escritório para uma última entrevista — Anahi reclamou com Patrícia no elevador da empresa, no dia seguinte. — Estou sendo transferida, não abandonando a Barrington.
— É a nova política da empresa. Toda vez que um empregado é transferido, Rex conversa com ele para ter certeza de que tudo está bem. Funcionários insatisfeitos não fazem um bom trabalho.
Anahi suspirou.
— Não sei por que isso não podia ser feito por telefone — argumentou.
— Só sei o que me falaram. A ordem veio diretamente do escritório de Rex.
Anahi surpreendeu-se, quando o elevador passou do andar do departamento de pessoal.
— Ei, passamos do seu andar! — exclamou. Patrícia sorriu.
— Minha sala está sendo usada como... como sala de aula para os novos estagiários — explicou. — Já que a sua está vaga, pensei em irmos para lá.
—- Não quero ver Alfonso de novo. Não suportaria.
— Calma. Não precisa se preocupar.
— Ele está em reunião?
— Isso mesmo.
Patrícia estava agindo estranhamente naquele dia. Anahi fitou-a desconfiada, enquanto a porta do elevador se abria.
— Não é uma festa surpresa, é? — perguntou. — Se for, vou embora agora mesmo. Eu lhe disse que não queria nenhuma festa de despedida. Não poderia agüentar, nessas circunstâncias.
— Quer relaxar?! Juro que não é uma festa.
Elas caminharam pelo corredor do andar reservado ao departamento de contabilidade e, ao passarem pela porta de vidro que dava acesso as salas, Anahi estacou. Várias pessoas aglomeravam-se do lado de fora de sua antiga sala: seus colegas de departamento, mais Sofia, Olívia, Cindy, Molly, Rex, Milena e Mike. E olhavam para ela, sorridentes. Anahi corou.
— Você jurou que não era uma festa — murmurou para Patrícia.
— E não é.
— Então, o que está acontecendo? Por que todos estão aqui?
— Entre e veja você mesma.
As pessoas abriram passagem, e Anahi caminhou até a porta, com medo de ver a sala decorada com balões e uma enorme faixa com votos de boa sorte.
"As cinco traidoras vão ter uma conversinha comigo, quando estivermos a sós", ela decidiu.
Parou diante da porta fechada.
— Entre — Patrícia falou.
Anahi respirou fundo, abriu a porta, deu um passo a frente e parou, atônita.
— O que é isso? — indagou.
Viu uma enorme quantidade de aquários, com diferentes peixes tropicais. Mas, mais interessante do que os aquários, era o bote inflável no meio da sala. Dentro do bote, usando um maio preto e brincando com um respirador de escafândro, estava Jenny.
Sem entender nada, Anahi virou-se para seus colegas de trabalho e perguntou:
— O que está acontecendo?
— Eu explico — Alfonso disse, entrando na sala e deixando Anahi ainda mais confusa.
Usava uma máscara de mergulho e grandes pés de pato verdes. Estava ridículo, mas Anahi nem conseguiu rir, de tão surpresa.
— Você e eu temos uma conversa para terminar — ele anunciou. — Tentei recriar o cenário..
— Do que está falando? — Anahi perguntou.
Alfonso virou-se para o pessoal no corredor fora e disse:
— Desculpe, gente, mas isto é particular.
Fechou a porta, ficando a sós com Jenny e Anahi, então cruzou a sala. Jenny gargalhou. Em outras circunstâncias, Anahi teria rido também, mas estava muito confusa.
— Nós dois estávamos num barco, no Caribe— ele falou. — Você tinha acabado de salvar minha vida, então disse que me amava.
Anahi enrubesceu.
"Ah, meu Deus", pensou. "Ele não me trouxe aqui para me humilhar, não é?"
— Tenho de admitir que sua declaração de amor me deixou com medo — Alfonso confessou. — Ficar sem ar a vinte metros de profundidade não foi nada, comparado ao que senti quando você disse aquelas palavras. E sabe por que fiquei com tanto medo?
Fez uma pausa, tomando as mãos dela entre as suas. Sem palavras, Anahi apenas moveu a cabeça negativamente.
— Porque também te amo — ele declarou. — Eu te amava há dois anos e ainda te amo.
Anahi teve vontade de se beliscar para ver se não estava sonhando.
— Não queria amar você — Alfonso continuou. — Não queria amar ninguém. Sempre tive certeza de que amar levava ao desapontamento e à mágoa, com duas pessoas se sufocando e matando os sonhos uma da outra. Daí pensei em meus objetivos e sonhos e percebi que tinha realizado todos, exceto um, que era aquele que eu mais desejava realizar, mas que eu achava que me levaria a um abismo profundo.
— Qual é?
— Ter uma família. Uma família cujos membros ficam unidos e brincam juntos, que se dão apoio, que desejam o melhor para todos. Então, pensei que, se você teve coragem para entrar na água e enfrentar seu maior medo, talvez eu devesse tentar fazer o mesmo.
Fazendo nova pausa, Alfonso sorriu com melancolia.
— Procurei encher minha vida vazia com esportes — prosseguiu. — Escalei montanhas, corri de caiaque em rios de águas turbulentas, saltei de pára-quedas, mas, diferente de você, nunca encarei meu maior medo. Nunca arrisquei meu coração.
Afagou as mãos dela carinhosamente.
— Achei que, se não admitisse como me sinto em relação a você, conseguiria seguir em frente — continuou. — Mas não consegui. Meus sentimentos tornaram-se cada vez mais fortes. Então, pensei que, se esses sentimentos não desapareceram, por mais que eu tivesse tentado me livrar deles, o mais certo era aceitá-los para ver o que aconteceria.
— O que está querendo dizer, Alfonso?
— Estou querendo dizer que finalmente percebi que á vida é como mergulhar. Você tem que ter alguém por perto. — Ele soltou as mãos dela e tirou do bolso uma caixinha de veludo. — É para você.
Com dedos trêmulos, Anahi abriu a caixa e viu um anel com um diamante solitário, que brilhava tanto quanto o sol do Caribe.
— Oh, Alfonso...
Ele sorriu, pegou o anel e colocou-o no dedo anular da mão esquerda de Anahi.
— Eu te amo, querida. Quero que seja minha amiga e companheira, agora e para sempre, quer estejamos secos ou molhados, na terra ou no mar. Anahi, quer se casar comigo?
— Alfonso... Oh, Alfonso, é o que mais quero no mundo! Ele abraçou-a e beijou-a apaixonadamente. Um longo momento depois, um som balbuciado interrompeu o beijo.
— Ma-ma. Pa-pa.
— Ela chamou você de papai! — Anahi exclamou. Alfonso sorriu.
— Até Jenny concorda que devemos ficar juntos — comentou.
Soltou Anahi, entrou no bote e pegou Jenny, dando-lhe um abraço, mas, de repente, parou com uma expressão alarmada.
— Oh oh — murmurou.
— "Oh-oh", o quê?
— Jenny fez xixi.
— Para variar — Anahi comentou com uma risadinha. Alfonso colocou a criança de volta no chão do bote e apontou para a calça molhada.
— Ainda vou descobrir o que essa menina tem contra mim, para viver me sujando ou molhando;— declarou, rindo.
Anahi também riu, e os dois trocaram um olhar que prometia uma vida repleta de amor e alegria.
— Eu te amo.
- Eu também te amo, querida!


 


                                                                        FIM.


Obrigada a cada uma de vocês que me acompanharam nessa web, obrigada a cada uma pelo carinho. Espero que gostem da próxima. COMENTEM O FINAL E ME DIGAM O QUE ACHARAM. 

PRÓXIMA: 

  •  Uma vez mais com ternura - AyA - Adaptada  


http://fanfics.com.br/fanfic/26435/uma-vez-mais-com-ternura-aya-adaptada-aya

 



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • millaponny2014 Postado em 18/09/2014 - 11:40:00

    to morrida com essa fanfics perfect <3 lindop final

  • traumadarbd Postado em 23/09/2013 - 15:08:33

    que historia linda, conseguiu mexer com minhas estruturas sem nem ao menos os Los As terem se pegado de verdade, foi lindo demais

  • lyu Postado em 11/08/2013 - 20:17:15

    foi lindo o final

  • isajuje Postado em 10/08/2013 - 20:30:17

    Ai, que final mais bonito e romântico e 'oh oh' KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK eu não gostei nada nada da demora dele pra entregar seu coração U_U mas no fim, ele entregou. Minha campanha deu certo! HAHHA' A reconstituição da cena foi demais, imaginem vocês no lugar da Anahí? MA-RA-VI-LHO-SO! Alfonso sempre foi um cavalheiro só era um cabeça-dura de ter medo de entrar em um relacionamento sério. Mas até que enfim um final lindo, e feliz [: obrigada por compartilhar a história e já vou lá ler a outra! Abçs

  • ponnyaya Postado em 10/08/2013 - 19:59:40

    amei o final, o poncho foi perfeito!

  • lyu Postado em 10/08/2013 - 01:05:57

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAA PONCHO VAI ATRAS DELA POE O LINK DA PROXIMA FIC PQ VOU LER

  • ponnyaya Postado em 09/08/2013 - 21:44:33

    aaaaaaa, você quer me fazer chorar?! Eu vou matar o Alfonso! posta mais!

  • anapaulamaito2gmail.com Postado em 09/08/2013 - 21:42:28

    o poncho deve ir atras da any e se declarar

  • isajuje Postado em 09/08/2013 - 20:53:04

    [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA] esqueci de dizer uma coisinha, sobre:''Não havia motivo para ela ficar mais um dia no hotel, ou participar do próximo mergulho. Ela pegaria seu coração partido, seu orgulho ferido, seus sonhos desfeitos, e embarcaria no próximo avião para Phoenix.'' U-A-U! que poético, nada mais a dizer. [;

  • isajuje Postado em 09/08/2013 - 20:50:26

    obrigada por ser tão meiga ayaremember *u* KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK essa próxima que você vai postar 'Uma Vez Mais Com Ternura' eu fiquei supermegacuriosa pra saber como é a história. Mal vejo a hora de começá-la. Já que você tem outra pra postar, eu apoio você terminar essa aqui já KK ><


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