Fanfic: Entregue seu coração - AyA - Adaptada FINALIZADA. | Tema: AyA - Adaptada
Anahi deitou-se sobre Alfonso, deixando os longos cabelos sedosos deslizarem sobre o rosto dele, para em seguida descerem pelo peito másculo. Ela o estava provocando, tentando, e ele ia perder o controle. Alfonso tinha vontade de beijá-la, de sentir o calor do corpo sensual nu, contra o seu. Desejava-a de-sesperadamente. Puxou-a para si, e então...
O choro de Jenny penetrou no sonho de Alfonso. Ele abriu os olhos, sentou-se na cama e olhou para o relógio digital sobre o criado-mudo: quatro e cinqüenta e três da madrugada.
Caramba, o que Jenny quer a esta hora?, pensou.
Ouviu passos no corredor, então uma porta abrir-se e fechar-se. Anahi. Ele recordou os detalhes do sonho. Levantou-se depressa. Não era de admirar que estivesse tendo sonhos eróticos com Anahi, pois só vinha pensando nela, desde que quase a beijara na hora do almoço. Se não tivessem sido interrompidos por Jenny, talvez tivessem terminado na cama.
Alfonso suspirou e ajeitou a calça do pijama, não se incomodando em vestir a camisa. Saiu do aposento e foi para o quarto ao lado, onde encontrou Anahi trocando a fralda o bebê.
— Está tudo bem? — indagou.
— Ela estava muito molhada, mas como essa fralda é superabsorvente, acho que nem sentiu.
— Então, por que estava chorando?
— Porque deve achar que está na hora de acordar. Os cabelos de Anahi estavam soltos, e fizeram Alfonso lembrar-se de como eles deslizaram por seu corpo, no sonho. Ela usava um penhoar de cetim cor-de-rosa e, o jeito firme como o amarrara deixou Alfonso curioso para saber se havia algo por baixo. Sua curiosidade deixou-o irritado.
— Essa menina está muito enganada — ele comentou. — Todas as pessoas com respeito próprio ficam na cama até pelo menos às seis horas da manhã, especialmente num domingo.
Anahi sorriu, enquanto vestia a calça do pijama em Jenny.
— De acordo com Jenny, isso não é verdade — observou. — Será que você pode cuidar dela um pouquinho, enquanto vou lavar as mãos?
— Claro.
Alfonso aproximou-se do trocador e olhou para a sobrinha.
— Bom dia, neném — murmurou. — Lembra-se de mim? Jenny franziu a testa, cerrou os punhos e colocou a mão na boca, mostrando-se nem um pouco feliz.
— Vejo que sim — Alfonso sussurrou e, magoado com a atitude dela, afastou-se.
Jenny continuou a olhá-lo com a testa franzida, mas pelo menos não começara a chorar.
— Você está fazendo progressos — Anahi falou ao entrar no aposento. — Ela permitiu que você chegasse mais perto.
— Mas não se mostrou feliz com minha presença.
— Mas só o fato de você ter conseguido chegar mais perto já é um progresso.
"Infelizmente, não estou fazendo nenhum progresso com você", Alfonso pensou. "Não do jeito que quero."
Tinha voltado para o Arizona determinado a manter um relacionamento estritamente profissional com Anahi, mas o que havia feito, desde que chegara? Aceitara que ela se mudasse temporariamente para sua casa, tornara-se dependente dela e começara a ter sonhos eróticos com ela.
Conforme Anahi inclinou-se para pegar Jenny, Alfonso viu o contorno dos seios firmes pressionados contra o penhoar e sentiu o calor do desejo percorrer-lhe o corpo.
"Droga, teremos problemas se ficarmos um perto do outro vestidos assim", comentou consigo mesmo.
— Por que não trocamos de roupa, descemos e preparamos o café da manhã? — sugeriu.
— Acho que teremos de cuidar do café da manhã de Jenny primeiro — Anahi falou, sorrindo para o bebê. — Julgando pelo modo como ela está querendo "comer" a mão, temos uns cinco minutos para alimentá-la, ou sofreremos as conseqüências.
— Mais choro? Nem me fale nisso!
— É o que vai acontecer. Mas, se você estiver com fome, pode descer e preparar alguma coisa — Anahi sugeriu.
Alfonso não estava com fome. Estava precisando era de um banho frio para acalmar o desejo.
— Não, não — respondeu. — O médico disse que quanto mais eu ficar perto de Jenny, mais rápido ela começará a me tolerar.
"E mais rápido Anahi irá embora, o que será bom, porque não sei quanto tempo vou suportar ficar perto dela sem fazer uma besteira", pensou.
Refletiu sobre a situação, enquanto seguia Anahi escada abaixo. Por cima do ombro dela, Jenny olhava-o com desconfiança. Ele precisava encontrar um meio de conquistar a confiança da sobrinha.
— O que os bebês fazem para se divertir? — perguntou. Anahi ergueu as sobrancelhas, surpresa.
— Qualquer coisa é engraçada para um bebê — respondeu.
— Do que eles gostam mais? — ele persistiu, entrando atrás dela na cozinha.
— Eles gostam de brincar com qualquer tipo de brinquedo. E adoram brincar com água.
— Tive uma idéia — Alfonso anunciou, encostando-se na pia. — Jenny parecia estar gostando de brincar na banheira, ontem à noite. Depois do café da manhã, vamos comprar uma dessas piscinas infláveis para colocar no quintal.
Horas depois, Alfonso estava no quintal, enchendo a piscina infiável, enquanto Anahi estava no quarto, vestindo um maio. Seguindo a sugestão dela, ele pegara o bebê-conforto de Jenny, levara-a para o gramado, colocando-o sob um guarda-sol, junto das espreguiçadeiras. Também levara o berço portátil, caso Jenny adormecesse.
Fora uma manhã ocupada. Os três haviam ido ao supermercado, a uma loja de brinquedos e, no caminho de volta para casa, passaram no apartamento de Anahi para ela pegar um maio.
Alfonso ouviu a porta da cozinha abrir-se e virou-se, ansioso para ver Anahi em traje de banho, mas ficou desapontado ao notar que ela usava uma camiseta comprida sobre o maio. Ela segurava Jenny no colo, e a menininha usava um biquíni cor-de-rosa, e chapéu da mesma cor. Ele sorriu.
— Ela parece uma salsicha, nesse biquíni — comentou. Anahi riu.
— Está uma gracinha — disse,
— Vocês duas estão umas gracinhas, mas você se parece menos com uma salsicha,
Alfonso gostava, quando Anahi corava. Tinha esquecido como era fácil deixá-la embaraçada.
Fechou a torneira, enrolou a mangueira e foi guardá-la na garagem. Na volta, encontrou Anahi sentada na sombra do guarda-sol passando protetor solar em Jenny.
— Você pensa em tudo — comentou, sentando-se numa cadeira perto delas.
— Bebês têm pele muito sensível. Toda vez que Jenny for sair, e houver sol, você precisa passar protetor solar.
— São muitos detalhes. Não sei se vou conseguir me lembrar de tudo.
— Claro que vai. Tenho confiança em você. Aquelas palavras aqueceram perigosamente o coração de Alfonso. Ele olhou para Anahi, e o tempo pareceu parar. Jenny estendeu o braço na direção do frasco de protetor solar. Anahi tirou-o do alcance dela, mas como estava nervosa com a proximidade de Alfonso, deixou-o cair no chão.
— E melhor eu preparar o almoço dessa mocinha, antes que ela queira beber o protetor solar — observou, levantando-se e colocando Jenny no bebê-conforto, prendendo-a com o cinto.— Cuide dela enquanto vou buscar a comida.
— O que ela vai comer?
— Cenoura amassada — Anahi respondeu, caminhando de volta para a porta da cozinha.
Alfonso fez uma careta e olhou para a garotinha.
— Você precisa crescer logo, para poder comer boa comida — disse.
Jenny fitou-o por um longo momento, então sorriu. Foi um sorriso muito breve, mas o coração de Alfonso encheu-se de alegria.
— Ei, neném, você sorriu para mim?
Jenny colocou a mão na boca e ficou observando-o. Não sorria mais, mas pelo menosnão começara a chorar.
— Ela sorriu para mim! — ele exclamou com orgulho, quando Anahi retornou.
— Que maravilha — ela respondeu, sorrindo. Sentou-se, colocou a bandeja no colo e virou-se para o bebê. — Está fazendo amizade com seu papai?
Papai. A palavra acertou Alfonso como se fosse uma bomba. Ele se sentiu amedrontado. Ser pai era um compromisso muito sério.
— Ben é o pai dela — Alfonso disse. — Não posso tomar o lugar dele, e nem quero.
Anahi olhou, surpresa.
— Então, como quer que Jenny chame você? — indagou. Alfonso não havia pensado nisso. Moveu a cabeça de um lado para o outro e coçou o peito nu.
— Sou o tio, então ela vai me chamar de "tio Alfonso" — decidiu.
Anahi pareceu ficar preocupada. Entreabriu os lábios para dizer algo, mas obviamente mudou de idéia, porque não disse nada. Alfonso não a pressionou a falar, pois tinha a sensação de que não concordaria com a opinião dela. Observou-a amarrar um babador amarelo ao redor do pescoço de Jenny e sentar-se de frente para ela.
— Pronta para experimentar cenoura amassada? — Anahi perguntou à menina.
Jenny balbuciou algo e mexeu os bracinhos e as perninhas alegremente, então Anahi deu-lhe um pouco da comida. Jenny arregalou os olhos, torceu o nariz e franziu a testa ao sentir o gosto da cenoura.
— Olhe só! — Alfonso exclamou. — O que achou, Jenny? Não gostou de cenoura?
Como resposta, o bebê cuspiu uma mistura alaranjada. Ele recuou na cadeira, como se pudesse ser atingido, erguendo os braços exageradamente. Jenny riu.
— Viu isso? — indagou. — Ela riu da minha pantomima. Anahi moveu a cabeça afirmativamente, com um brilho emocionado no olhar.
Era uma sensação inexplicavelmente gostosa fazer um bebê rir. Alfonso queria fazer Jenny rir de novo. Olhou para ela, com os olhos arregalados.
— Não gostou da comida, senhorita? — perguntou, mudando o tom de voz, tentando falar com um pato de desenho animado.
Jenny gargalhou.
— Aqui, no Castelo do Bebê, mantemos um alto padrão — ele prosseguiu. — Se a senhorita não gosta de nossas cenouras, as cenouras vão desaparecer. Voilà.
Pegou um guardanapo e cobriu o prato. Com um sorriso aberto, Jenny tirou o guardanapo de cima do prato.
— Oh, não, não, não — Alfonso falou. — As cenouras precisam sumir.
Mais uma vez cobriu o prato com o guardanapo, e mais uma vez Jenny descobriu-o, adorando a brincadeira. Depois de algumas vezes, Alfonso deu-se por vencido.
— Talvez eu tenha cometido um engano — declarou. — Parece que a senhorita quer que as cenouras fiquem. Vou deixá-las aí, então. Pode ser que a senhorita resolva comê-las.
— Você a fez rir — comentou Anahi. — Vão ser grandes amigos, acredite.
— Pelo menos já sei como agir para ganhar a confiança dela — ele comentou.
— Vai continuar a esconder cenouras amassadas? — Anahi indagou.
Alfonso sorriu.
— Não foi o que eu quis dizer, engraçadinha — respondeu.
— Vai se tornar dublador de desenho animado? Ele riu.
— Não era o que eu tinha em mente, mas é uma idéia original — falou,
— Talvez você esteja pensando em abrir um restaurante especializado em. guloseimas para bebês — Anahi sugeriu, dando mais uma colherada da papa de cenoura a Jenny.
Começou a cantar uma música engraçada, cujo estribilho falava das vozes dos animais, e a menina, interessada na ingênua canção, comeu quase tudo.
Alfonso quase esquecera de como Anahi era criativa e bem-humorada.
— Sabe, Jenny adora você, mas parece gostar de mim só quando faço papel de bobo — disse, rindo.
— Claro — Anahi afirmou, zombeteira. — Que mulher resiste a um homem que faz papel de bobo para diverti-la?
— Isso é um segredo feminino? — ele perguntou. — Se for...
Entortou os olhos, ficando vesgo, e caiu comicamente da cadeira Anahi e Jenny riram. Algo especial aconteceu naquele momento. Alfonso não sabia o que era, mas seu coração aqueceu-se, envolvido por uma agradável sensação.
Com certeza Anahi tinha muito a ver com aquilo. Ele sentira muita saudade dela, de seu riso, de seu olhar divertido. Até então, não se permitira admitir, porém sentira falta de Anahi, e reconhecer isso não o deixava nem um pouco à vontade. Olhou para ela enquanto se levantava do chão e acomodava-se na cadeira.
— Sabe, sou capaz de me fazer de bobo só para agradar você — confessou sem pensar.
Anahi alargou muito os olhos e ficou sem reação por alguns segundos, então pegou uma pistola de água de cima da mesa.
— Quer se fazer de bobo? — indagou. — Deixe-me ajudá-lo.
Com um sorriso zombeteiro nos lábios, apertou o gatilho da pistola e espirrou água na cabeça dele.
— Ei, este é um jogo para ser jogado a dois — Alfonso falou, pegando a outra pistola e atirando em Anahi.
Para o deleite de Jenny, a guerra de água só terminou quando os dois adultos estavam inteiramente molhados. Foi feita uma pequena trégua para que pudessem almoçar, então a batalha foi transferida para dentro da piscina. As pistolas de água foram substituídas por bolas, barcos e peixinhos infláveis, mas a atividade favorita de Jenny era jogar água em Alfonso.
— E melhor secarmos Jenny e tentar fazê-la dormir um pouco — Anahi sugeriu.
— Tudo bem — Alfonso concordou. — Estou mesmo muito cansado e meu estoque de palhaçadas quase terminou.
Anahi riu.
— Não acho — disse. — Você parece conhecer muito bem os filmes com os Três Patetas.
Ficou de pé no meio da piscina, com a camiseta colada no corpo. O tecido ficara transparente, mostrando as belas curvas do corpo sensual. Quando ela se abaixou para pegar Jenny, exibindo o traseiro redondo é firme, Alfonso ficou excitado.
Ele desviou o olhar e ocupou-se em tirar os brinquedos de dentro da piscina, mas não pôde conter alguns olhares de soslaio para Anahi, enquanto ela secava Jenny com uma toalha felpuda e a carregava até o bercinho portátil armado à sombra de uma árvore.
— O que posso fazer para ajudar? — indagou, depois de guardar os brinquedos numa sacola plástica.
— Por que não vai buscar um livro no quarto de Jenny, enquanto eu troco a fralda dela? Pode ler uma historinha para ela dormir.
Alfonso foi buscar, o livro e, ao voltar, sentou-se na grama ao lado de Anahi, perto do berço. Podia sentir a fragrância floral dos cabelos dela, assim como o cheiro da pele lisa, levemente bronzeada pelo sol. A menina olhou-o com desconfiança.
— Não se preocupe — ele falou. — Não vou pegar você no colo. Pode ficar aí, enquanto leio a história. — Abriu o livro. — Era uma vez três ursos...
Viu Jenny relaxar e, quando terminou a história, os olhinhos dela estavam fechados. Anahi levantou-se e, inclinando-se, cobriu a garotinha com um lençol. Então, endireitou-se e cruzou os braços na frente do peito, esfregando os braços.
— Está com frio? — Alfonso perguntou.
— Um pouco.
Não era isso, porém, que estava deixando Anahi arrepiada, mas o modo como Alfonso a olhava, como se ela fosse uma barra de chocolate pronta para ser mordida.
— Volte para o sol — ele aconselhou. — Também vou. Pretendo me bronzear um pouco.
Os dois sentaram-se numa enorme toalha estendida no gramado. Agora estavam sem a companhia de Jenny, o que fazia uma grande diferença. Alfonso começou a passar protetor solar no peito. Os movimentos dos braços musculosos mexeram com Anahi, que se sentiu inquieta. O abdomen dele era bem definido, o peito largo, sombreado por pêlos pretos.
O cheiro do protetor solar fez com que ela se lembrasse de ter sentido aquele cheiro em Alfonso, quando escalaram a montanha. Sentira aquela fragrância, quando ele a beijara no meio da trilha.
— Quer passar um pouco também? — Alfonso perguntou. Foi então que Anahi percebeu que o estava encarando.
— Vai acabar ganhando uma queimadura, se não passar protetor — ele avisou.
— Obrigada — ela agradeceu, pegando o frasco que ele lhe oferecia.
Alfonso exibiu um sorriso, enquanto espalhava a loção pelos ombros.
— Vai ficar com marcas se não tirar a camiseta — disse.
— Oh, claro.
Nervosa, Anahi tirou a camiseta. Alfonso olhou-a.
— Uau! — exclamou. — Você está linda com esse maio. Ela corou.
— Muito mais linda do que imaginei — ele continuou, implacável.
Anahi ficou alarmada e ao mesmo tempo excitada, ao saber que Alfonso a imaginara de maio. Mantendo a cabeça baixa, pingou um pouco de protetor na palma da mão e começou a passá-lo num ombro.
— Sabe, é estranho nunca termos ido nadar juntos, quando namorávamos — ele comentou.
— Não é tão estranho assim, considerando que não sei nadar.
Alfonso olhou-a com ar de surpresa.
— Não sabe? — indagou.
"Ah, que coisa! Por que eu tinha de tocar nesse assunto?", Anahi pensou. "Quando namorávamos, sempre consegui atraí-lo para outra atividade, toda vez que ele sugeria que fôssemos nadar. Por que fui confessar isso agora?"
— Sei, sim — mentiu. — Só não estou com vontade.
— Não me convenceu.
Era constrangedor para ela, admitir uma falha como aquela, especialmente na frente de um homem como Alfonso, que aparentemente não tinha medo de nada.
— Quando eu era criança, tive um ataque de asma dentro da água — contou. Quase me afoguei. Desde então, não suporto ficar com água acima da cabeça.
— Nunca me contou isso. Anahi deu de ombros.
— Não havia por que contar — respondeu. Passou protetor solar nas pernas, consciente do olhar intenso de Alfonso, mais intenso do que o sol do Arizona.
— Como é ter um ataque de asma? — ele indagou.
— Assustador. Num momento você está bem, no seguinte você descobre que é impossível respirar. A pior parte é não saber quando vai acontecer. —Deve ter sido muito difícil viver assim.
— Foi — ela respondeu. — Mas faz muito tempo que não tenho um ataque.
— Quando foi o último?
— Eu tinha doze anos, mas ainda sinto medo de ser atacada de novo.
— Preocupa-se muito com isso? — Alfonso perguntou.
— Não. Estou sempre muito ocupada com outras coisas para me lembrar da asma.
— Ocupada com quê?
"Com o jeito que você me deixa nervosa", Anahi disse a si mesma. Com o modo como sinto calor e fico arrepiada toda vez que você me olha desse jeito. Com o fato de achar maravilhoso estar aqui com você, vendo-o seminu. — Com... com...Procurou algo neutro para dizer, algo que não o fizesse desconfiar de seus pensamentos. Olhou para o frasco de protetor solar em sua mão.
— Por exemplo, como vou passar protetor solar em minhas costas — falou.
Alfonso sorriu.
— Essa é uma preocupação de que posso livrá-la — disse. — Deite-se de bruços.
Ai, por que fui dizer aquilo?, ela se perguntou. Agora não tenho escolha.
Deitou-se com as costas para cima O lençol em baixo dela era de textura suave e estava quente por causa do sol. Por cima do ombro, viu Alfonso pôr um pouco de protetor nas mãos e esfregá-las. Estremeceu dos pés à cabeça, e Alfonso percebeu.
— Você está tensa — ele comentou.
Deslizou suas mãos grandes e fortes nos ombros dela. Ergueu uma alça do sutiã de cada vez e passou a loção por baixo. Anahi adorou e instintivamente fechou os olhos. Alfonso espalhava o protetor devagar, acariciando-lhe a pele morna de sol.
— Anahi....
Ele deitou-se ao lado dela. Anahi abriu os olhos e viu que seus rostos estavam a poucos centímetros de distância. Os olhos verdes de Alfonso ardiam de indisfarçável desejo. Ele a beijou carinhosamente, como se fizessem parte de uma cena de filme antigo e romântico, passado em slow-mótion. Mas a suavidade durou apenas alguns segundos, pois de repente estavam um nos braços do outro, trocando um beijo voraz. Anahi virou-se, e Alfonso deitou-se sobre ela, cobrindo-lhe o corpo com o peso do seu, pressionando sua masculinidade contra as coxas macias.
Era como se ele nunca tivesse ido embora.
Anahi abraçou-o com firmeza, e seus pensamentos voltaram no tempo, para pouco antes de Alfonso partir. Mais uma vez ela estava prestes a se entregar, a dizer que o amava, a prometer que seria dele para sempre.
Mas Alfonso não queria o "para sempre", não queria amor, nem compromisso.
— Alfonso...
Ele a beijou na face, então na ponta da orelha, fazendo-a arrepiar-se.
— Alfonso, eu... não posso — ela murmuro, empurrando-o. Alfonso rolou para o lado. A súbita falta do calor do corpo másculo fez com que ela sentisse vontade de chorar. Anahi fitou-o com o coração partido, como o fitara dois anos atrás. Levantou-se, e Alfonso segurou a pela mão, tentando puxá-la de volta.
— É melhor eu entrar e me trocar — ela disse baixinho, livrando a mão.
A distância parecia ser sua única defesa contra Alfonso. O tempo não a imunizara ao encanto daquele homem. Ela precisava ficar longe dele. Mas como? Seu trabalho a forçaria a estar em contato com ele.
Seu trabalho e Jenny, que começava a ser uma ameaça ao seu coração.
Autor(a): ayaremember
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Alfonso olhou para Anahi, quando estacionou seu Acura no pátio da empresa, logo cedo, na segunda-feira. Ela estava rígida ao seu lado, com as mãos cruzadas no colo e os olhos fixos no painel do carro. Não haviam conversado durante o breve trajeto da casa dele até o escritório.Anahi era a perfeita imagem do profissionalismo. Prendera ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 43
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millaponny2014 Postado em 18/09/2014 - 11:40:00
to morrida com essa fanfics perfect <3 lindop final
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traumadarbd Postado em 23/09/2013 - 15:08:33
que historia linda, conseguiu mexer com minhas estruturas sem nem ao menos os Los As terem se pegado de verdade, foi lindo demais
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lyu Postado em 11/08/2013 - 20:17:15
foi lindo o final
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isajuje Postado em 10/08/2013 - 20:30:17
Ai, que final mais bonito e romântico e 'oh oh' KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK eu não gostei nada nada da demora dele pra entregar seu coração U_U mas no fim, ele entregou. Minha campanha deu certo! HAHHA' A reconstituição da cena foi demais, imaginem vocês no lugar da Anahí? MA-RA-VI-LHO-SO! Alfonso sempre foi um cavalheiro só era um cabeça-dura de ter medo de entrar em um relacionamento sério. Mas até que enfim um final lindo, e feliz [: obrigada por compartilhar a história e já vou lá ler a outra! Abçs
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ponnyaya Postado em 10/08/2013 - 19:59:40
amei o final, o poncho foi perfeito!
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lyu Postado em 10/08/2013 - 01:05:57
AAAAAAAAAAAAAAAAAAA PONCHO VAI ATRAS DELA POE O LINK DA PROXIMA FIC PQ VOU LER
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ponnyaya Postado em 09/08/2013 - 21:44:33
aaaaaaa, você quer me fazer chorar?! Eu vou matar o Alfonso! posta mais!
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anapaulamaito2gmail.com Postado em 09/08/2013 - 21:42:28
o poncho deve ir atras da any e se declarar
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isajuje Postado em 09/08/2013 - 20:53:04
[AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA] esqueci de dizer uma coisinha, sobre:''Não havia motivo para ela ficar mais um dia no hotel, ou participar do próximo mergulho. Ela pegaria seu coração partido, seu orgulho ferido, seus sonhos desfeitos, e embarcaria no próximo avião para Phoenix.'' U-A-U! que poético, nada mais a dizer. [;
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isajuje Postado em 09/08/2013 - 20:50:26
obrigada por ser tão meiga ayaremember *u* KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK essa próxima que você vai postar 'Uma Vez Mais Com Ternura' eu fiquei supermegacuriosa pra saber como é a história. Mal vejo a hora de começá-la. Já que você tem outra pra postar, eu apoio você terminar essa aqui já KK ><