Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 8 Entregue seu coração - AyA - Adaptada FINALIZADA.

Fanfic: Entregue seu coração - AyA - Adaptada FINALIZADA. | Tema: AyA - Adaptada


Capítulo: CAPÍTULO - 8

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Anahi carregava Jenny, caminhando na direção da porta automática do supermercado, na tarde de quarta-feira. Alfonso seguiu-as, parando para pegar um carrinho na entrada. Anahi podia sentir o peso do olhar dele, enquanto ajeitava Jenny na cadeirinha presa ao carrinho e fechava o cinto de segurança.
— Ela já senta direitinho — ele comentou.
— Senta, sim.
— Não vai demorar muito para começar a engatinhar, pois já senta sozinha, fica de pé com ajuda ou segurando num móvel — ele comentou.
Anahi olhou-o, surpresa.
— Como é que você sabe disso? — perguntou. Alfonso sorriu.
— Nas coisas de Jenny havia um livro sobre o desenvolvimento dos bebês — contou. — Andei lendo.
O coração de Anahi encheu-se de alegria, pois era óbvio que Alfonso estava cada dia mais envolvido com Jenny. Ela tivera receio de que ele fosse um tutor descuidado e pouco preocupado com a menina, já dissera que não queria ser chamado de "papai".
Nos últimos dias, ele e Anahi tinham entrevistado diversas babás, e as exigências de Alfonso surpreenderam-na, assim como a atenção que ele dava à menina. Ele adorava fazer Jenny rir.
E estava claro que Jenny estava se apegando a ele. A menina sorria, quando ele entrava no quarto, procurava-o, quando ouvia-lhe a voz, balançava as mãos e os pés quando ele brincava com ela, deixava que ele a alimentasse e trocasse sua fralda. Mas ainda não permitia que ele a pegasse no colo, ou melhor, Alfonso não mais tentara pegá-la.
—-- Vou esperar que ela faça o primeiro movimento — ele dissera quando Anahi lhe perguntara a respeito, — Foi a mesma técnica que usei com você.
Anahi rira, mas no íntimo ficara furiosa.
Enquanto Alfonso se aproximava de Jenny, afastava-se cada vez mais de Anahi. Toda noite, após colocarem a menina na cama, ele entrava em seu escritório dizendo que precisava trabalhar nos tópicos para a realização da auditoria, mas Anahi suspeitava que ele a estava evitando.
A tensão sexual continuava a persegui-los, enchendo o ar com uma carga de eletricidade que fazia Anahi ter dificuldade para desviar os olhos do rosto de Alfonso. E ela já o flagrara diversas vezes fitando-a com um brilho intenso no olhar.
Na verdade, naquele exato momento ele a estava observando assim.
— Eu empurro o carrinho — Alfonso prontificou-se, olhando para Jenny. — Assim posso ter certeza de que passaremos pelos corredores de bolachas e derivados de leite.
Sua piscadela fez Jenny rir.
Eles estão criando um forte vínculo afetivo, Anahi comentou consigo mesma, andando ao lado do carrinho.
Pararam junto a uma banca de frutas, onde uma senhora idosa, de vestido vermelho, escolhia um mamão. A mulher sorriu alegremente ao ver Jenny.
— Oh, que gracinha! — exclamou, estendendo a mão para tocar na cabecinha dela.
Jenny imediatamente virou-se e agarrou a camisa de Alfonso, tentando esconder o rosto.
— Ela é um pouco tímida — ele disse.
— Oh, minha bisneta também é assim. É anti-social com estranhos, mas muito apegada à família. — A velha senhora sorriu. — Essa coisinha parece muito carinhosa. Olhe, acho que ela quer que você a pegue no colo.
Alfonso olhou para Jenny, surpreso.
— Ela quer que eu a pegue no colo? — repetiu, então viu que a garotinha estendia os braços em sua direção.
— Você acha que ela quer que eu a pegue, Anahi? Seus olhos mostravam o quanto ele estava esperançoso de que aquilo fosse verdade.
— Acho que sim — Anahi respondeu.
Alfonso rapidamente abriu o cinto de segurança vermelho e ergueu Jenny da cadeirinha.
A senhora idosa pegou um melão, colocou-o em sua cesta e sorriu para Jenny.
— Assim está melhor? — perguntou. — Não há lugar melhor do que o colo do papai. — Olhou para Anahi. — A não ser o colinho da mamãe.
Alfonso não se deu ao trabalho de corrigir a mulher. Estava muito entretido, olhando para Jenny, aninhada em seus braços, com o rosto enterrado em seu peito. Anahi observou a velhinha afastar-se com um aceno gentil, então fitou Alfonso, que observava a sobrinha com ar cauteloso. Ele ficou batendo levemente nas costas de Jenny, até que ela ergueu a cabeça e olhou para os lados.
— A vovó foi embora -— Alfonso falou.
Jenny fitou-o, tocou o queixo dele, então puxou a mão abruptamente com uma expressão de surpresa. Alfonso sorriu.
— Áspero? — indagou. — Fiz a barba às cinco da manhã. Jenny tocou-o de novo no queixo e sorriu. Os olhos dele encheram-se de orgulho e prazer.
— Ela está em meu colo, sorrindo! — ele exclamou.
— Jenny está gostando de estar em seus braços — Anahi comentou.
— Quer que eu a carregue no colo, enquanto fazemos as compras? — ele perguntou, olhando para a sobrinha.
Jenny sorriu e balbuciou alguma coisa.
— Parece que é você quem vai empurrar o carrinho pelo supermercado — Alfonso disse a Anahi. — Tenho um novo trabalho: carregar o bebê.
Os olhos deles encontraram-se, e Anahi sentiu o coração encher-se de alegria. Um supermercado com luzes fluorescentes e dúzias de fregueses empurrando carrinhos ou carregando cestas não parecia ser um local apropriado para um milagre, mas um milagre acontecera. Jenny abrira os braços, e Alfonso abrira o coração. Uma nova família estava nascendo.
Uma nova família que não incluía Anahi. Ela pestanejou para segurar as lágrimas que inexplicavelmente formaram-se em seus olhos e, para disfarçar, fingiu interessar-se pelos melões. Estava sendo ridícula. Sabia, desde o início, que seu papel era ajudar Alfonso a criar um vínculo com Jenny, Então, sairia da vida deles. Mas, mesmo assim, adorara "brincar de casinha" com os dois. Era uma maravilhosa fantasia, fingir que a casa de Alfonso era seu lar, que ela era mãe de Jenny e esposa de Alfonso.
A verdade era que não eram uma família e nunca se tornariam uma, não enquanto Alfonso achasse que o casamento era uma tortura chinesa.
Anahi sentiu um vazio no peito. Tinha de encarar a realidade. Não importava quanto Alfonso fosse carinhoso e engraçado, não importava o modo como ele a olhava ou como estava se dedicando a Jenny, ele não tinha a menor intenção de se casar.
— Obrigado por vir, sra. Evans — disse Alfonso, olhando para a mulher para quem abrira a porta. — Por favor, entre.
Segurando Jenny no colo, Anahi viu entrar na sala mais uma candidata a babá, mandada pela agência de empregos. A sra. Evans era baixinha, gordinha, tinha cabelos castanhos e grandes olhos, também castanhos, que brilharam, quando pousaram em Jenny.
— Oh, que bonitinha! — ela exclamou.
Parou a uns três passos de Anahi, bateu palmas e acabou marcando pontos com Jenny. As outras babás haviam aproximado-se demais, assustando a menina, que nem quisera olhá-las novamente.
— Esta é minha amiga Anahi, que tem sido muito gentil, me ajudando com Jenny — Alfonso apresentou. — Anahi, Jenny, esta é a sra. Evans.
A sra. Evans sorriu para Anahi.
— E um prazer conhecê-la — falou. — Jenny não gosta de estranhos?
— Não — Alfonso respondeu. — Foi só ontem que ela me deixou pegá-la. Mas ainda prefere Anahi.
— Na agência, me informaram que essa pobre criança perdeu os pais recentemente.
— É verdade.
— Bem, é importante ser paciente e dar-lhe muito carinho, mas sem mimá-la. Ela precisa de tempo e espaço para se adaptar.
Alfonso olhou para Anahi.
— Foi exatamente o que o pediatra disse — comentou. A sra. Evans sorriu.
— Há trinta anos, meu marido e eu adotamos nosso filho, depois que os pais deles morreram num acidente de barco. Cada bebê é diferente, claro, mas tenho uma boa idéia do que você e Jenny estão passando. A adaptação deve ter sido difícil para vocês dois.
Alfonso e Anahi entreolharam-se. Todas as outras nove candidatas que haviam entrevistado podiam ser até mais qualificadas que a sra. Evans, porém ela era especial. Até Jenny parecia concordar. Em vez de esconder o rosto, olhava para a mulher com ar de curiosidade.
Anahi sentou-se numa poltrona, enquanto Alfonso fazia perguntas à sra. Evans. Algumas perguntas eram meio idiotas, mas a agradável senhora respondeu a todas com evidente prazer.
Ela era, com certeza, a pessoa de quem Alfonso e Jenny precisavam. Anahi, porém, refletiu que isso não a deixava feliz e, olhando para o rostinho de Jenny, aconchegou-a contra si. Amava aquela criança e só de pensar que não mais a seguraria nos braços, sentiu um aperto no peito.
E amava Alfonso.



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Autor(a): ayaremember

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Ficou alarmada. Determinada a livrar-se aquele pensamento, forçou-se a se concentrar na entrevista.— Preciso de alguém que fique com Jenny das sete da manhã às seis da tarde ou mais — Alfonso disse. — Isso seria um problema para a senhora?— Não, meu horário é muito flexível.Alfonso olhou para An ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • millaponny2014 Postado em 18/09/2014 - 11:40:00

    to morrida com essa fanfics perfect <3 lindop final

  • traumadarbd Postado em 23/09/2013 - 15:08:33

    que historia linda, conseguiu mexer com minhas estruturas sem nem ao menos os Los As terem se pegado de verdade, foi lindo demais

  • lyu Postado em 11/08/2013 - 20:17:15

    foi lindo o final

  • isajuje Postado em 10/08/2013 - 20:30:17

    Ai, que final mais bonito e romântico e 'oh oh' KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK eu não gostei nada nada da demora dele pra entregar seu coração U_U mas no fim, ele entregou. Minha campanha deu certo! HAHHA' A reconstituição da cena foi demais, imaginem vocês no lugar da Anahí? MA-RA-VI-LHO-SO! Alfonso sempre foi um cavalheiro só era um cabeça-dura de ter medo de entrar em um relacionamento sério. Mas até que enfim um final lindo, e feliz [: obrigada por compartilhar a história e já vou lá ler a outra! Abçs

  • ponnyaya Postado em 10/08/2013 - 19:59:40

    amei o final, o poncho foi perfeito!

  • lyu Postado em 10/08/2013 - 01:05:57

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAA PONCHO VAI ATRAS DELA POE O LINK DA PROXIMA FIC PQ VOU LER

  • ponnyaya Postado em 09/08/2013 - 21:44:33

    aaaaaaa, você quer me fazer chorar?! Eu vou matar o Alfonso! posta mais!

  • anapaulamaito2gmail.com Postado em 09/08/2013 - 21:42:28

    o poncho deve ir atras da any e se declarar

  • isajuje Postado em 09/08/2013 - 20:53:04

    [AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA] esqueci de dizer uma coisinha, sobre:''Não havia motivo para ela ficar mais um dia no hotel, ou participar do próximo mergulho. Ela pegaria seu coração partido, seu orgulho ferido, seus sonhos desfeitos, e embarcaria no próximo avião para Phoenix.'' U-A-U! que poético, nada mais a dizer. [;

  • isajuje Postado em 09/08/2013 - 20:50:26

    obrigada por ser tão meiga ayaremember *u* KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK essa próxima que você vai postar 'Uma Vez Mais Com Ternura' eu fiquei supermegacuriosa pra saber como é a história. Mal vejo a hora de começá-la. Já que você tem outra pra postar, eu apoio você terminar essa aqui já KK ><


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