Fanfic: Entre Acasos -Portiñón- (Finalizada) | Tema: portinõn
Anahí
Não sabia para onde ir, então fui para o primeiro lugar que pensei. Maite. As
lágrimas caiam e eu nem pensava em tentar segurá-las. Toquei o interfone e
Maite apareceu na porta. A única coisa que fiz foi abraçá-la. Tudo bem que ela
era amiga da Dulce, mas me passava segurança e era a única pessoa que eu tinha
intimidade para isso.
Contei tudo o que havia acontecido, desde a viagem, até o abraço na porta do
prédio. Maite me ouvia sem interromper. Afagava meus cabelos carinhosamente e
me fazia entender cada vez mais o porquê de Dul ouvir tanto e gostar tanto
dela. Ela realmente inspirava um cuidado maternal.
Ouvi o interfone tocar e Angel dizer o nome de Dulce.
- Não deixa ela saber que estou aqui, por favor...
- Mas provavelmente ela já sabe, meu bem. Seu carro está lá embaixo.
- Então diz que eu não quero falar com ela.
- Vocês precisam conversar, Any... Não podem continuar assim – falou Angel.
Mas eu estava irredutível. Não queria vê-la porque sabia que se a visse eu
cederia, sentiria todo o amor tomar conta de mim e ignoraria o fato dela ter
alguém, dela estar com alguém que não fosse eu.
- Ela está muito triste, Any – Angel falou num tom sério, quase raro de se
ouvir dela. – Vocês deveriam conversar, pelo menos ouvir ela.
- Não precisa. Eu já vi tudo – falei rancorosa enquanto Maite se levantou e
saiu do quarto.
- Toma, ela me pediu para te entregar isso – me estendeu um papel dobrado e
saiu do quarto.
Fiquei algum tempo pensando se deveria abrir o papel ou se seria melhor jogar
ele fora de uma vez sem me dar ao trabalho... Mas a curiosidade e alguma coisa
que eu não sabia explicar me impulsionaram a abrir.
O simples fato de ver a letra dela fez com que meu coração batesse mais
acelerado, antes mesmo de começar a ler.
“Acho que sou pega todos os dias
A tentar manter tudo junto
Enquanto o tempo foge.
Veja, eu sei que nada dura para sempre!
Mas, imagina que não vai existir amanhã,
Imagina que não poderia ver seu rosto...
Não haveria limite para a minha dor
Então, tudo o que posso dizer é:
Quero te dizer algo,
Te dar algo,
Te mostrar de tantas maneiras
Porque tudo significaria nada
Se eu não disser algo
Antes que tudo desapareça.
Não quero esperar até te trazer flores,
Desperdiçar outra hora,
Não falar outro dia!
Vou te dizer algo,
Te mostrar algo,
Não vou esperar até ser tarde de mais!
Apenas uma simples conversa,
Apenas um momento, é tudo o que é necessário!
Quero estar aí apenas para ouvir...
E não quero hesitar!
Não quero adiar isto por mais tempo,
Não disse tudo o que tinha para dizer...
Quero aproveitar o tempo para corrigir os erros
Antes de chegarmos ao final desse jogo.
Não posso esperar, não consigo esperar, não vou esperar, não quero esperar...
Não vou esperar até ser tarde de mais!
Encontro você no meu apartamento.”
Ao terminar de ler aquelas palavras meu coração já não batia mais. Estava
desesperado dentro peito. Eu não conseguia acreditar que estava lendo aquilo,
que era exatamente o que eu entendi... A primeira coisa que fiz foi enxugar o
rosto na manga da blusa de frio e pegar minha bolsa.
Encontrei Maite e Angel abraçadas na sala.
- Obrigada!!! – disse abrindo a porta e saindo correndo.
Dirigi com o pensamento a mil! Pensava em tudo e em nada ao mesmo tempo!
Estacionei o carro na frente do prédio. Apertei o volante com força, tentando
estabilizar minha pulsação e minha respiração. Inútil!
Entrei no prédio e pedi para que interfonasse, mas ele disse que eu poderia
subir. Entrei no elevador com as pernas bambas. Olhei para o botão doze e
hesitei por alguns segundos.
“E se não fosse o que eu estava imaginando? E se ela não estivesse querendo
dizer que me amava? Ela estava com a Lorena hoje de manhã... Affe, Anahí! A
garota te escreve algo lindo e você ainda fica pensando em Lorena! Tenha dó!”
Apertei o botão ainda insegura. Foram longos segundos até a porta se abrir. Sai
do elevador e caminhei até a porta, respirei mais algumas vezes antes de tocar
a campainha. Mal encostei e a porta já se abriu.
Com o sorriso mais lindo, iluminado e o olhar cintilante de sempre, ela estava
lá... Parada na minha frente. Eu não conseguia dizer nada, nem sequer me mover.
Pensei milhões de vezes nesse momento mas em nenhuma das vezes eu ficava
estática e sem palavras! Imaginei centenas de vezes o que eu iria dizer, mas as
palavras agora haviam saído da minha mente. Eu só conseguia sentir todo o meu
corpo mole e o coração disparado.
- A Agela me deu seu bilhete... E eu... – tentei sibilar algo, mas antes que eu
pudesse, o dedo de Dul me calou.
- Não fala nada...
Suas mãos seguraram meu rosto e me puxaram em direção ao dela. Seus olhos
presos nos meus, e os meus completamente entregues. Não tinha mais dúvidas, não
tinha mais medo, não tinha mais ninguém. E´ramos somente eu e ela. Seus lábios
roçaram levemente sobre os meus. Seus olhos agora estavam fechados. Sem pressa
e com muito carinho, foi assim o beijo que se seguiu. Os lábios de Dulce
tocavam os meus com uma sutileza e carinho que me fizeram pensar se haveria
alguma forma de eu me apaixonar mais do que já estava por aquela mulher.
Dul encostou a testa na minha, meu rosto entre suas mãos, os olhos ainda
fechados. Percebi que seus olhos estavam molhados. Segurei seu rosto entre
minhas mãos e enxuguei seus olhos com a ponta dos dedos.
Ficamos assim por algum tempo. Nossas respirações se confundindo com nossos
hálitos. Não ordenava mais nenhum pensamento, somente entendia o desejo de que
o tempo parasse ali! Que ela ficasse entregue daquela forma para sempre!
Se afastou lentamente e olhou para meus olhos. Vi seus lábios se curvarem
levemente e os meus acompanhá-lo por instinto. Segurou meus pulsos e me puxou
gentilmente para dentro do apartamento. Fechou a porta e me puxou
instantaneamente para um abraço. Urgente, caloroso, apertado, que eu
correspondi da mesma forma.
Afastou-se e prendeu seus olhos em mim, meus braços ainda entrelaçados em seu
pescoço e os seus segurando minha cintura, estreitando nossos corpos.
- Any, tem tanta coisa que eu queria te dizer, te explicar...
- Não precisa, Dul... Eu quero só que você me diga o que realmente quer de mim.
- Quero você! Eu te amo... – eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo!
Era maravilhoso demais para ser verdade! - Amo mais do que qualquer um que já
amei nessa vida... Amo de uma forma que eu sequer sei com explicar. Quando
estou contigo eu não sei como me comportar, não sei como dizer as coisas, não
sei nem onde colocar as mãos porque tenho medo de que você perceba que eu só
sou completa quando estou contigo! Tinha medo... Tinha medo de que você
descobrisse que amava o Poncho e que não quisesse meu amor...
Não conseguia conter a felicidade que estava sentindo! Meus lábios não
conseguiam mais conter o sorriso enorme que nasceu neles! A mulher mais
perfeita, que eu amava mais que qualquer coisa estava ali na minha frente,
dizendo que me amava...
- E... Eu quero saber se você me aceita, mesmo eu tendo demorado muito para me
permitir te amar, mesmo eu tendo te feito sofrer algumas vezes... Eu quero te
fazer feliz... – disse olhando para o chão.
Ergui seu rosto e olhei no fundo dos seus olhos... Estavam marejados,
brilhantes pelas lágrimas.
- Eu te amo – foi a única coisa que consegui dizer antes de colar meus lábios
nos dela.
Estava completamente entregue a ela. Minha alma, meu corpo, meu coração...
Tudo!
O beijo tinha um gosto de saudade, de amor a ser explorado, de carinho e de
desejo. Era como se estivéssemos fazendo tudo pela primeira vez! Como se fosse
nosso primeiro beijo, o primeiro toque das nossas peles... Meu corpo inteiro
estava arrepiado! Cada parte dele, com apenas um beijo... Com apenas o beijo dela.
Nossas respirações se tornavam cada vez mais intensas, mais descompassadas, o
beijo mais urgente... E eu conhecia perfeitamente aquele efeito que somente ela
conseguia causar em mim. Não era o puro e simples desejo. Era muito mais. Era
amor. Era meu corpo pedindo a mulher que eu amava e que agora eu sabia que
também me amava!
Nossas mãos ganhavam vida própria a cada beijo. Nossas línguas se tocavam,
ávidas, sedenta uma pela outra! Sequer notei nossos corpos se movendo. Quando
notei, já estávamos no quarto de Dulce. Dul interrompeu o beijo e ficou me
olhando por alguns minutos, ainda abraçadas.
- Não acredito que tudo isso está acontecendo! – falei acariciando seu rosto.
- Mas está, meu amor... – Ao ouvir as duas ultimas palavras meu corpo
estremeceu.
- Meu amor?! Ai, é tão bom ouvir isso! Tão lindo você falando assim!
- Meu amor! Meu amor! Amor só meu! – disse dando beijinhos pelo meu rosto.
- Adorei!
Seu rosto tomou um ar serio, levando o meu a mesma seriedade.
- O que foi?
- Quero saber uma coisa... – “Ah não, não é possível que o sonho vai acabar
agora!”
- O quê? – olhei com ar desconfiado.
- Quer namorar comigo?
A pergunta me deixou em choque! Novamente minhas pernas estavam bambas e acabei
apoiando o corpo ainda mais em Dul. Era mais que maravilhoso!!!
- Se você achar que ainda está cedo eu vou entender, mas...
- Eu quero! Quero muito!
Um sorriso enorme me fez ficar ainda mais radiante! Puxei seu rosto para um
beijo longo, demorado, cheio de desejo e de carinho. Nossos corpos se pediam cada
vez mais, e nossas respirações acompanhavam o ritmo. Era como se o mundo
inteiro tivesse parado naquela hora e só tivesse eu e ela no mundo.
As mãos de Dul percorriam minhas costas, seus lábios beijavam meu pescoço e
arrancavam gemidos abafados. Nossas mãos exploravam nossos corpos com urgência,
mas com carinho e delicadeza.
Nossos corpos queriam cada vez mais contato, cada vez mais eu desejava a pele
dela sobre a minha. Dulce tirou minha blusa de frio sem tirar os lábios dos
meus. O restante das roupas fomos perdendo pelo caminho até a cama.
O olhar de Dul era devorador, mas doce... cheio de sentimentos. Agora eu
reconhecia que todos os olhares que eu não entendia simplesmente significava o
corpo dela dizendo que me amava.
Suas mãos deslizavam sobre meu corpo, sua boca traçava um caminho
incandescente, que fazia meu corpo inteiro estremecer e arquear por mais
contato.
- Te amo...
Ouvi a voz de Dul, sussurrada em meu ouvido ao mesmo tempo que senti seus dedos
entrarem em mim.
Não estávamos simplesmente fazendo amor... a partir daquela noite não seria
somente eu e Dulce. Seriamos nós... Seria nossa vida e nosso amor.
Autor(a): portinons2vondy
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Dulce Dois anos depois.Não conseguia entender como Anahí conseguia ficar assistindo TV quando as meninas estavam prestes a chegar e nada estava pronto ainda! Tudo bem que ela não era a melhor cozinheira do mundo e eu ter que acabar me virando com a comida – modéstia a parte eu me virei muito bem! – mas podia dar uma mão ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 19
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tryciarg89 Postado em 22/01/2023 - 14:29:14
Uaaaauuuu estou em 2023 lendo essa história fantástica, não sei se vc ainda entra por aqui,mas quero deixar registrado que amei essa fica do início ao fim,li ela em questão de horas hahaha... Parabéns viu,se um dia decidir passar por aqui,seria ótimo se vc continuasse as outras histórias que não tiveram um fim,vc é uma excelente escritora, parabéns
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vverg Postado em 11/01/2014 - 16:03:49
Comecei a ler hj, estou gostando, quero parabenizar quem escreveu, com uma riqueza de detalhes que me surpreende..a cada capítulo... =)
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delmyra Postado em 07/11/2013 - 00:21:55
sua web é perfeita. li tudo em um dia. parabens.
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brunamachado Postado em 21/10/2013 - 15:40:49
Adorei o fim,parabéns
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angelr Postado em 21/10/2013 - 14:37:54
a Fic foi Otimaaa ta de parabéns adorei o Final como toda a historia
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brunamachado Postado em 21/10/2013 - 09:45:35
Sua fic é muuuuuuuuuuuuuuuuuuito boa,posta mais
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lunaticas Postado em 07/10/2013 - 00:26:07
Nossa pensei q tinha nos abandonado shaushuhaus Q bom q voltou a postar :)
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fabicubells Postado em 25/09/2013 - 13:54:30
meu to adorando essa web...muito boa msm..posta mais
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ka_oliveira Postado em 17/08/2013 - 00:32:02
Não gosto da Lorena ! 'kkkk
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Vondyreis Postado em 16/08/2013 - 07:25:16
Tó odiando a Lorena! eu quero portinon e essa aí ta confundido a cabeça da minha Dul