Fanfic: Entre Acasos -Portiñón- (Finalizada) | Tema: portinõn

Dulce

Já estava irritada com o fato de  Anahí duvidar de tudo o que eu dizia. E foi a gota d`água aquela observação.

Levantei bruscamente, o que fez com que ela se assustasse. Segurei seu rosto firmemente entre minhas mãos e falei:

- Não precisava estar aqui te explicando nada disso...

Não consegui terminar a frase. Seus olhos estavam fixos nos meus e a proximidade fazia com que nosso  hálitos se misturassem. Minha mão foi cada vez mais se afrouxando. Não consegui e não quis mais me segurar. Puxei-a para um beijo que foi prontamente correspondido. Olhei para seus  rosto, estava arfante, passeei os dedos pelos seus lábios, desenhando o contorno deles enquanto seus olhos estavam fechados e suas mãos pressionavam levemente minha cintura, por baixo da blusa.

- Te quero... - minha voz saiu sussurrada.

Seus lábios se transformaram em um sorriso. Pegou minha mão e me puxou até seu quarto. Entrei e ela fechou a porta, se aproximou e me beijou. Senti o contato de cada pedacinho de sua língua na minha. Suas mãos percorriam minhas costas por baixo da blusa, deslizando as unhas levemente, arrancando suspiros abafados pelos nossos beijos, que a cada segundo se tornavam mais urgentes.

Minha pele desejava a dela. Deslizei meus lábios até seu pescoço, que ela tombou um pouco para esquerda, facilitando o caminho. À medida que ia me aproximando da orelha, suas unhas iam pressionando cada vez mais em minhas costas e sua respiração ficava mais descompassada. Mordi o lóbulo de sua orelha e ouvi um gemido abafado, que fez com que o desejo que já havia me dominado, tomasse ainda mais meu corpo. Passei para trás de Anahí e, enquanto desabotoava os botões de seu blusão, ela acariciava minha nuca e andava lentamente em direção a cama. Numa frase entrecortada pela respiração ofegante, pediu:

- Não peça desculpas por isso depois.

Deitamos e Any tirou minha blusa. Meus lábios ansiavam pelo contato com aqueles seios lindos, aquela pele quente... Percorri lentamente cada pedacinho do corpo de Anahí, arrancando cada vez mais gemidos. Desabotoei seu short e tirei-o fazendo a mesma coisa com sua calcinha, enquanto nos olhávamos profundamente.

Em seus olhos, eu podia ver o desejo estampado em forma de um brilho intenso. Mordeu os lábios e, num movimento hábil, ela estava deitada em cima de mim, com mãos e boca percorrendo todo meu corpo e fazendo com que ele implorasse por aquele contato. Livrou-se do restante de roupa que sobrara em mim e, como se estivesse descobrindo um lugar totalmente desconhecido, deslizou a mão entre minhas pernas, fazendo com que meu corpo retorcesse e meus lábios produzissem um gemido rouco. Tinha um sorriso indecifrável nos lábios que logo tomaram o lugar das mãos. Era incrível! Ela parecia saber exatamente onde tocar, como tocar! Sua língua parecia querer descobrir todos os pontos, os lugares do prazer, ora com movimentos intensos, ora leves, que me faziam enlouquecer. Rendi-me àquela sensação maravilhosa que se seguiu.

Mas ainda não me dava por satisfeita. Queria ver em seus olhos não só o brilho do desejo, queria conhecer o olhar de prazer satisfeito. Passeei levemente meu indicador pelos seios, barriga, cintura, até que minha mão encontrou um gemido alto ao explorar entre suas pernas. Suas unhas agora se apertavam contra minhas costas. Fiz com os lábios o mesmo caminho que havia feito com o indicador e em um ritmo quase sincronizado de dedos e língua provocavam gemidos e arranhões. Anahí segurava minha nuca, uma mão presa em meus cabelos e a outra em minhas costas, quando ouvi um gemido abafado e seus músculos contraídos denunciarem o que aqueles olhos cor de avelã revelavam olhando para mim.

Puxou-me para um beijo longo, aconchegou-me em seu ombro e ficamos em silêncio. Ela fazia carinho em meus cabelos e eu brincava com sua mão.

- Não imaginei que isso fosse acontecer...

- O quê? Fazer amor com uma mulher? - brinquei.

- Também... Acho que essa cena... Você, deitada aqui comigo, depois de fazermos amor...

- E isso é ruim? - levantei meu corpo para poder observar sua resposta.

- Não mesmo. É perfeito.

Sorri insegura e me aconcheguei ainda mais em seu ombro.