Fanfic: Entre Acasos -Portiñón- (Finalizada) | Tema: portinõn

Acho que vocês não vão gostar muito  dos  proximos capitulos não. mais relaxem meninas não odeiem tanto a lorena ela ainda vai ajudar muito a Dul. 

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Dulce

Suspirei aliviada ao pensar que nunca mais minha
sogra conseguiria atrapalhar nada. “Minha sogra? Não... Minha EX-sogra!”



Estacionei em frente ao seu apartamento e pedi ao porteiro que informasse que
eu a estava esperando.

- Senhora, ela disse que pode subir.

- Qual andar?

- Segundo. Número 13.

- Obrigada.

Cheguei em frente a porta do apartamento e com uma ponta de dúvida antes de
bater. “A dúvida do instante final!” Pensei. Lorena abriu a porta.


- Pensando em desistir?



Lorena estava usando uma blusa azul, bem clara, de gola mais alta, calça jeans
justa e de cor escura e um scarpan que parecia da mesma tonalidade. Os cabelos
presos em um coque, com alguns cachos caídos por seu rosto. Não pude deixar de
olhá-la de cima a baixo. Estava simplesmente linda!



- Você está linda, sabia? – abraçou-me, tomando os meus lábios em um selinho
rápido. – E chegou na hora certa! – Pegou minha mão e foi me puxando para
dentro do apartamento, apontando o sofá para que me sentasse. – Espero que você
goste do jantar!


- Vamos jantar aqui? – Acho que perguntei em um tom assustado, pois Lorena me
olhou de forma seria, parecendo insegura.

- Pretendia... Você não quer?


- Não! Não é isso... Eu não trouxe nem uma sobremesa, nem um vinho para nós!
Você deveria ter me avisado! – seu rosto suavizou e um sorriso apareceu.


- Não era para você trazer nada! Apenas a maravilhosa companhia e seu apetite!
– disse apertando minha bochecha e se dirigindo para um pequeno bar que ficava
a esquerda da sala. – Vinho?


- Sim... Seu apartamento é lindo!



Olhei ao redor observando a decoração da sala. Um ambiente com paredes claras,
uma iluminação baixa, saindo de algumas luminárias espalhadas pelas paredes. As
pequenas lâmpadas incrustadas no teto estavam apagadas, deixando o ambiente
numa suave penumbra. Os móveis, exceto os sofás, eram rústicos, de madeira
trabalhada. O sofá era largo e macio, na cor branca. No som, Zeca Baleiro
cantava bem baixinho.



- Que bom que gostou. Tomei o cuidado de arrumar ele hoje! – gargalhou
sentando-se ao meu lado no sofá, me entregando uma taça com vinho. – Ao nosso
jantar! – ergueu sua taça.



Nossas taças se tocaram e experimentamos o vinho. Suave e doce, como eu
gostava. Ainda me sentia meio “travada” e o vinho iria me ajudar a relaxar.


- Achei que talvez tu não viesse...

- Por quê?

- Cheguei no seu apartamento e o porteiro disse que tu havia saído bem cedo...
Fiquei com medo que não visse o bilhete a tempo ou que não fosse dormir em
casa.

- Fui na casa da Maite. – Tomei um bom gole de vinho, sentindo meu corpo
esquentar de uma vez por causa da bebida e por causa da mão de Lorena em minha
perna.

- Hum... – Colocou a taça sobre a mesinha de centro e sentou-se mais próxima de
mim. – Gostei de você ter me ligado naquela noite.

- Me senti meio culpada de ter te acordado... Mas é verdade que nem olhei a
hora... Só senti vontade de ouvir sua voz.

- Senti saudades de ti durante a semana...



“Quer saber? Que se dane! Quero estar aqui, quero a companhia de Lorena, quero
tudo o que pode acontecer hoje!”



- Eu também... Muita saudade!


Toquei seu rosto. Seus olhos se fecharam e um sorriso bailou em seus lábios.
Deslizei meus dedos sobre seus lábios, desenhando o contorno de seu sorriso e
sentindo sua respiração sobre eles.
Coloquei minha taça em cima da mesa e tomei o rosto de Lorena entre minhas mãos
suavemente. Olhei em seus olhos e sorri. Meu coração quase saia pela minha
boca, mas, ao mesmo tempo, uma paz pairava naqueles olhos. Não sei o efeito do
vinho ou simplesmente minha consciência, mas tive certeza: queria aquela mulher.
Novamente, queria aquela mulher.