Fanfic: Entre Acasos -Portiñón- (Finalizada) | Tema: portinõn

Anahí

- O que foi, amor? Desde que saímos do
restaurante você esta calada e com essa cara de carranca.



- Nada, Poncho. Só estou com dor de cabeça.



- Dor de cabeça? Essa desculpa não cola, tá?



- Se não quiser acreditar, problema seu.



- Epa! Sabe o que eu acho? Que você tem ciúmes da Dul! Todas as vezes que vemos as duas juntas ou que eu falo delas, você fica toda retraída! Está com medo de perder a amiga?



- Poncho, eu não quero brigar hoje... Na verdade, eu não quero nem conversar.Será que você pode ir mais rápido porque eu quero chegar em casa logo?!



- Tudo bem, mas que a dor de cabeça não me convence, não me convence.



“Ai que ódio! Ela foi logo correndo pros braços daquela menina! Minha vontade era ir lá e falar poucas e boas pra ela!”



- Não precisa entrar, não. Pode me deixar aqui na portaria mesmo. Até amanha – disse beijando seu rosto.



- Anahí, Anahí! Como assim te deixar aqui na portaria? Amor, eu cheguei hoje, estou morrendo de saudade, será que não podemos passar a noite juntos?



- Hoje não, Poncho. Amanhã a gente marca algo, tá? Hoje realmente não estou bem.



Beijei seus lábios e sai do carro, deixando-o com o olhar perdido.
Entrei em casa e fui direto para o banho. Deixei a água cair em meu corpo
enquanto remoia a raiva de ver as duas juntas, aos risos.



“Será que não significou nada? Será que fui apenas uma simples diversão pra
ela? Não consigo acreditar que você é assim Dulce... Não posso acreditar. Quer saber, que se foda! Eu vou até lá! Preciso ouvir dela que não significou nada!”



Sai do banho, coloquei a primeira roupa que vi, peguei as chaves e sai
obstinada a ter todas as respostas que precisava.



Pelo caminho fui ensaiando como iria falar, o que iria falar, se iria subir ou
se pediria ela pra descer, se iríamos para outro lugar ou qual seria sua
reação.



“Não é possível que aquele sorriso, as palavras, os beijos, os olhares, não é
possível que era tudo falta do que fazer, tudo brincadeira... Não é possível
que fui passatempo. Ela não olha praquela garota do mesmo jeito que olhava pra mim... As duas juntas parecem tão... Tão... Tão sem sal! Aposto que ela não faz a Dul rir o quanto eu faço! E aquilo de chamar a menina de ‘Dulcinha’? Meu Deus,que patético!”