Fanfic: Entre Acasos -Portiñón- (Finalizada) | Tema: portinõn

Dulce

Entrei no carro e fui em direção a casa de Anahí. Chegando lá o porteiro novato não me deixou entrar, dizendo que a senhora Anahí tinha que me autorizar. Estava impaciente. Depois de longos minutos o porteiro voltou, avisando que eu poderia entrar.
Respirei aliviada por ela não ter me mandado voltar para trás. Estacionei o carro e fui em direção a porta. Estranhei por ela não estar me esperando do lado de fora como sempre fazia, mas constatei que deveria ser por causa da nossa ultima conversa.

Bati e esperei.

Para minha surpresa, quem atendeu foi o pai de Anahí.

- Boa noite, senhor Diego. Será que eu poderia falar com a Anahí?

- Oi, Dulce! A Anahí não está.

- Não?

- Não... Deve ter saído com o Poncho! – senti a preocupação tomar conta de mim. “Ai, meu Deus, onde você se meteu, Anahí?”

- Obrigada senhor Diego! Quando ela chegar você pode avisar que eu estive aqui?

- Claro, Dul!

Sai apressada do condomínio, pensando onde Anahí poderia ter ido. Liguei para seu celular diversas vezes. Desligado.

Liguei para Poncho, por desencargo de consciência.

- Oi, Poncho, tudo bem?

- Tudo, Dul! E você?

- Bem, também. Aqui, por acaso a Anahí está com você?

- Não... Acredito que ela esteja em casa. Tivemos uma pequena discussão e ela pediu para ficar na portaria mesmo. A Anahí anda meio temperamental...

- Obrigada, Poncho. Caso você fale com ela, diga que eu estou precisando falar com ela urgente, ok?

- Sim, mas o que está acon...

- Obrigada! – desliguei antes que a conversa se estendesse e minha preocupação se tornasse aparente.

“Por favor, Anahí, aparece... Não faz isso...”

Enquanto pensava na nossa última conversa, lembrava de cada detalhe daquela mulher que mais se parecia com uma menina. Relembrei nossa primeira conversa, o modo como seus olhos cor de avelã me deixaram boquiaberta e o sorriso maravilhoso... O jeito como me fazia sorrir sempre que tirava alguma nota baixa e suas explicações milagrosas sobre os fatores da natureza...

“Anda, anahí, da sinal de vida!!!”. Peguei o celular para ver se havia alguma chamada ou mensagem. Inutilmente porque meu celular não estava no silencioso. Assim que coloquei no painel, ele tocou.

Sem olhar, atendi.

- Alô!

- Dul...

- Ah, é você, Maite... – disse desanimada. – Olha, me liga depois tá? Agora estou ocupada.

- Dul, a Any está aqui no Seven... Um tanto quanto tonta, pra não dizer bêbada! Ah, tem uma morena com ela... Acho que você deveria vir pra cá... Ou se quiser, eu posso ir até lá.

- Não, eu to indo para ai. Só não deixa ela sair do bar.