Fanfic: Relatos de um Caçador de Relíquias

 Era uma noite chuvosa em um bar repleto de pessoas violentas e desmotivadas porém felizes devido a quase inesgotavel quantidade de bebida ,entre eles se destacava um jovem oportunista e trapaceiro conhecido como Edwin Joel.
ele estava em uma mesa de apostas com outros caras mais mal encarados e perigosos da região .
 Por mais altas que fossem as apostas Edwin as vencia tendo sempre as melhores cartas na mão,um cavalheiro misterioso já havia perdido a ultima rodada e todo seu dinheiro nas apostas e pensou em abandonar o jogo até que Edwin o impediu.

- Hey! senhor,você acaba de perder mais uma rodada e eu não vou te deixar ir embora até que pague o que me deve.
Então o cavalheiro respondeu:
-Sim, meu caro, eu não pretendia sair sem pagar minha aposta,mas eu quero que você fique com isso como promessa de que em breve eu irei te pagar.
 Ele tirou do seu bolso uma pequena estátua dourada e colocou sobre a mesa.
-Vái me pagar com um bonequinho?da proxima vez eu vou jogar contra a turma do jardim de infancia. eles devem ter mais dinheiro do que você!

Edwin  então pegou o boneco junto com todo dinheiro e foi em direção á saida do bar, até que uma das mulheres o segura pela mão para se despedir. Edwin  sem perceber continua andando até que sua luva cai,junto com todas as cartas que ele havia escondido.

-Caramba! como elas vieram parar aqui?...essas cartas estão ficando mais leves á cada dia, já nem sinto mais quando elas se escorregam para dentro da minha manga...

Todos olham indignados para Edwin .ele tenta correr mas percebe que é tarde demais.

"Trapaceiro!! ".um dos homens grita para impedir que Edwin  fuja,então o outro lança sua mão mecanica em direção á ele e o segura pelo braço.

Edwin  então olha pra ele,e dá uma risada
-Você não consegue me pegar sem essas malditas armas?não é homem suficiente para me vencer com as proprias mãos?
 O estranho então responde:
-Vejam só...um ladrãozinho me dizendo como agir...hahaha
 Ele então dá um soco em Edwin  com sua mão esquerda.
Edwin  caí no chão e diz
-Uh...é assim que você bate?já vi freiras brigando melhor do que você !
sem contar que você não toma banho há decadas e fica ridiculo com essas botas!
O homem fica extremamente ofendido com as palavras de Edwin  e enquanto ele olhava para as botas,Edwin  joga um copo de bebida em seus olhos.
"ahhhgghr...seu desgraçado!"o homem espragueja enquanto Edwin  saí correndo pela porta da frente.
 
 Então Edwin  entra escondido na primeira carruagem que estava de passagem por alí, mas isso chama a atenção de um guarda que estava passando no local.
Ele então olha para dentro do bar e se depara com a bagunça que ainda acontecia lá
"Eu preciso prender esse cara! ele é o criminoso perfeito para minha carreira, não é tão violento o suficiente para me perseguir e nem tão fraco para me fazer virar motivo de piada..."pensou o guarda ao ver Edwin ser jogado para fora da carruagem.

-Volte aqui! seu muleque!
gritou o guarda com a voz tremula com medo da reação de Edwin
Ele olha de volta e responde;
-Me chamou senhor?
-S...sim... pare aí onde est-tá
-Sinto muito mas eu não posso obedece-lo,me prenda em outra hora porque agora eu tenho mais o que fazer  

Então ele entrou correndo em um beco escuro fazendo com que o guarda o seguisse até lá,desavisado ele o procura até que Edwin  lhe dá um golpe o fazendo cair desmaiado
 -Durma bem,bobão!
Edwin  seguiu pelo beco escuro como se nada tivesse acontecido. ele percorreu um longo caminho até sua moradia;uma casa abandonada ,praticamente destruida e coberta de grama.
Então ele abriu a porta,entrou em casa, comprimentou suas aranhas de estimação e foi em direção ao espelho do banheiro.
"esse foi mais um longo dia" pensou Edwin  enquanto cortava o proprio cabelo.
-Viver dando golpes está ficando cada vez mais dificil, sem contar que  estão acabando as minhas opções de desfarçes.
diz ele ao olhar seus antigos cartazes de procurado
Então ele se deita na cama e percebe que tem algo na roupa dele o encomodando.ele se lembra que havia ganhado um boneco do homem misterioso do bar,o tira do seu bolço e o joga descuidadamente no chão.
-Pois é,mais um dia passou e as coisas nunca mudam,minha vida não faz o menor sentido. Pensou ele antes de dormir.
Na manhã seguinte ele acorda e percebe que o boneco não está no lugar onde ele deixou e sim na cama dele, então ele fica meio assustado olhando para a pequena estatua até que ele vê uma sombra se movendo no chão.Edwin  sem entender o que estava acontecendo, resolve ir ao lugar de onde viu a sombra mas só encontra uma de suas aranhas
-Acho que o soco que eu levei ontem foi forte demais.
Edwin  pega a estatua e a guarda em seu bolço e diz:
-Vou ver quanto podem me pagar nisso...
Então ele procurou em todo canto da cidade por alguem que soubesse do que se tratava aquela estatua.

Ele procurou em cada canto da cidade por uma resposta,a cada casa de antiguidades que ele visitava ,sua duvida crescia,ninguem sabia a origem do artefato.até que Edwin  se cansa de tudo aquilo e se prepara pra joga lo de uma ponte,mas os olhos da estatua brilharam de um jeito mágico.então ele olha para os olhos do boneco e sente algo estranho em sua mente,e  como num estado de hipnose, ele volta pra sua casa a fim de devolver todo o dinheiro q ele tinha conseguido injustamente na noite anterior.

Voltando para o bar onde aconteceu a briga,ele pede ao dono do bar que pegue o dinheiro de volta e o coloca sobre a mesa,então ele se vira e vai embora deixando todos confusos.no caminho ele encontra o guarda que ele havia enganado naquela noite e se desculpa com ele:

-Você se lembra de mim? fui eu o cara que te deu uma surra ontem.eu cheguei a conclusão de que a vida que eu levava não era lá essas coisas e decidi me entregar.
O guarda fica confuso porém orgulhoso com a atitude de Edwin  e fala:
-Tudo bem...mais cedo ou mais tarde eu iria te pegar,entre no carro e eu te levarei até meu chefe.
Ele o algemou para e o levou até a delegacia.
chegando lá Edwin  assume tudo o que fez:
-Eu venho mentindo e trapaceando á anos,mas vocês nunca conseguem me achar porque eu sempre mudo meu nome e minha aparenciae isso sempre funciona.
O guarda fica indignado com a confissão de Edwin e antes de coloca-lo na cela.
tira a pequena estátua que estava com ele.e depois o tranca
Edwin acorda do transe sem entender muito bem o que estava acontecendo e por que estava naquela jaula.ele vê o boneco com o guarda e percebe o que poderia ter acontecido e o avisa:

-Larga logo essa estátua!,essa coisa é muito perigosa, escute o que eu estou dizendo.

O guarda o ignora e vai até o cherife.
-Eu peguei o bandido mais perigoso da cidade,ele vem matando pessoas cruelmente á anos e muda o visual a cada vez que a policia o encontra,reza a lenda que uma vez ele destruiu uma aldeia de barbaros sem derramar nenhuma gota de suor.
O cherife então pergunta:
-Como eu nunca ouvi falar nesse sujeito?
O guarda responde:
-Ele já teve varios apelidos como:punhos do diabo,olhar demoniaco,lamina das trevas e muitos outros.
O cherife meio relutante diz:
-Me leve até ele,eu preciso ver se ele é tudo que você disse
Então o guarda o acompanha até a cela.
-Aí está ele!.
o cherife olha e vê que a cela está vazia com as janelas quebradas.
-Que tipo de brincadeira é dessa vez? ele é algum  fantasma? ou um homem-minhoca que saiu rastejando entre as grades? eu já estou cansado de você, é sem duvida o pior dos meus agentes,por isso você não passa de um guarda inutil.

Ele fica magoado com as palavras do cherife,até que a estátua brilha em sua mão,o fazendo reagir.
-Guarda inutil? eu passei anos te obedecendo,tentando te agradar em troca de um pouco de reconhecimento e quando eu erro você me trata dessa maneira?
o senhor perfeito fica o dia inteiro nessa delegacia imunda sem levantar a bunda dessa cadeira enquanto eu vou lutar com bandidos perigosos de verdade.
 
  Ele foi até a mesa do cherife e rasgou todos os papéis que estavam lá
-Não me faça partir para a violencia.
disse o cherife enquanto o guarda quebrava todas suas coisas.
-Eu me demito! seu velho preguiçoso.
O guarda se retira do lugar até que ele é surpriendido por um soco
-Me desculpe senhor,mas acho que isto me pertence.
diz um homem misterioso ao roubar a estatua dourada.
 
   O homem usa a estátua para hipnotizar os outros guardas que estavam vigiando as celas e liberta seus companheiros encarcerados,quando o cherife tenta o impedir,o homem se vira e usa a estatua contra ele o deixando em estado de loucura.

  O guarda fica sem reação ao ver aquela cena,tudo que ele pode fazer é observar enquanto cuida de seu rosto inchado.

-É tudo culpa minha.quem mandou eu deixar isso acontecer.Ele voltou para pedir desculpas ao seu chefe
-Senhor,me desculpe pelo que eu disse á pouco,eu não estava sob controle.
o cherife respondeu:
Sem mais desculpas.depois de tudo que você causou o minimo que eu poderia fazer por você é a pena de morte mas como eu sou seu amigo vou deixar você fugir e nunca mais voltar aqui.
Só restava ao pobre guarda abaixar sua cabeça e ir embora,sem honra,sem emprego e sem entender direito o que estava acontecendo.

No seu caminho para qualquer lugar,ele novamente se encontra com Edwin .
-O que houve com você? parece abatido.perguntou ironicamente Edwin .
-Não quero falar disso agora...eu estou bem...nunca estive melhor.respondeu o ex guarda.
-Quer que eu pague uma bebida?
-Espera aí...foi você quem me botou nessa enorme encrenca,primeiro escapou da sua cela.depois me passou aquele boneco enfeitiçado,que me fez perder meu cargo e levar um soco.

-Hey! eu não fiz nada disso,se eu me lembro bem foi você que o roubou de mim. Edwin  tenta se defender das acusações do guarda.

Depois de trocar xingamentos, os dois chegam a conclusão de que a estátua dourada pode ser perigosa e que estavam em um grande problema com tantos bandidos soltos.
Edwin  decide voltar para o bar onde tudo começou,
no caminho eles se conhecem melhor e o guarda revela á ele que seu nome é Stephen Uriel.
-Se eu encontrasse o sujeito que me deu esse boneco eu poderia recuperar todo aquele dinheiro que eu devolvi,e talvez fazer você recuperar sua vida monotona de antes.
Os dois caminham até o bar, mas só encontraram as portas fechadas e uma das mulheres chorando do lado de fora da taverna.
-Aquele Homem...ele hipnotizou todos que estavam no bar usando aquela peça de ouro, roubando todos que estavam aqui inclusive o dono.nós estamos completamente falidos. a mulher lamentava a perda de suas coisas.
-E onde ele está agora? Edwin perguntou em um tom de raiva.
-Se eu me lembro bem. ele disse algo sobre soltar os presidiarios e fugir para Berberis.
 Ele ainda ficou desconfiado,mas ela poderia estar falando a verdade.
-Podem confiar em mim,eu não teria nada a ganhar os enganando.
-Será de grande ajuda,você pode reconhece-lo?
-T...Tudo bem... eu vou ajudar vocês.
-Mas não seria melhor descansarmos antes?
já está anoitecendo e não podemos lutar se estivermos cansados,sugeriu Stephen
-Em um dia esse homem sem nome destruiu este bar e esvaziou a prisão,deixar para amanhã pode ser tarde demais.Edwin não quis perder tempo
Então vendo a discussão a dama jogou uma moeda para cima. se caisse cara eles ficariam para dormir,se desse coroa eles iriam em frente.
-Antes de partirmos eu gostaria de saber seu nome,Stephen perguntou com um tom de desconfiança.
-Eu me chamo Charlotte.e sem mais delongas, vamos decidir isso agora
  Charlotte jogou a moeda que caiu com o rosto para cima,então os três decidiram ir para a cidade de Berberis naquela hora.