Fanfic: A dama da noite {DyC} [terminada]

CAPITULO 5

Christopher passou o dia todo atordoado com sua descoberta. A bruxinha pela qual tinha se apaixonado estava se disfarçando de uma bibliotecária azeda... ou vice-versa. Ainda não descobrira qual das hipóteses era a verdadeira.

Dulce estava passando mal de nervoso. Não via Christopher há dias. Pelo menos... Amber não o via. Aquela manhã na igreja e a saída do mercado de hoje não contavam. Ali ela era Dulce, e aquilo foi um desastre. Ainda se considerava com sorte por ele não tê-la reconhecido. Se a tivesse descoberto, ela não tinha dúvidas de que ele teria um ataque ali mesmo, no estacionamento. A Srta. Effie teria um dia completo com isso.

Dulce franziu a testa enquanto esperava o atendente do bar trazer seu pedido.

Menina... você gostaria disso? — Anahí sibilou, cutucando Dulce para chamar sua atenção.

O quê?

E então o homem parado perto da porta tirou seu ar. Ele vestia calça branca e uma camisa azul-clara que realçava seus olhos. Estava lindo e carregava flores que Dulce sabia que eram para ela. Seu coração acelerou. Christopher!

— Anda — Anahí apressou. — Eu levo as bebidas de sua mesa. Vá ver o que este pedaço de mau caminho quer.

Dulce sorriu. Anahí tinha uma tendência a usar frases engraçadas de vez em quando.

— Parece que é melhor eu levar algo para apagar o fogo dele.

Anahí a pegou pelo braço, levantou a sobrancelha e sussurrou ao lado da boca:

— Não, querida. Não apague... incendeie! Você pode. Eu vi no seu modo de agir.

Graças à obscuridade do lugar que ocultava seu rubor, Dulce foi na direção da mesa de Christopher.

Ele parou enquanto ela caminhava.

— Boa noite, querida — ele disse, dando um beijo muito discreto mas inesquecível no canto de sua boca.

— Boa noite, Christopher — ela disse, desejando que estivesse em qualquer outro lugar e com qualquer outra roupa, e não ali, onde faltavam três horas para acabar o turno.

Ele entregou o buquê e observou quando lágrimas brotaram dos olhos dela:

Você está bem?

Estou bem. É que nunca recebi flores antes.

Mas devia ter recebido — ele retrucou, puxando-a para as sombras do corredor que levava aos camarins. — Mas não posso me desculpar por ser o primeiro. Quero ser especial.

— Você já é. Christopher. Não sabe o quanto.

Bem, querida, talvez eu saiba, ele pensou.

— É ótimo ouvir isso — ele sussurrou, deixando que suas mãos envolvessem a cintura dela só para apertá-la mais por trás. — Afaste as flores, Amber. Tenho uma necessidade.

O braço dela pendeu um pouco para o lado, as flores caindo ao longo das pernas, enquanto a boca de Christopher surpreendia seus lábios. Firmemente mas com suavidade, ele começou com os cantos, movendo na direção do meio e então indo para o outro canto, permitindo que sua boca traçasse o caminho que tomava por instinto.

Dulce estremeceu, e então ofegou quando ele centralizou a boca em sua boca, seu corpo no corpo dela. Com a parede atrás dela e Christopher na frente, não tinha para onde ir a não ser à loucura. E quando suas línguas se encontraram e suas mãos estavam no seu corpo, ela apenas deixou-se levar.

Christopher não tinha a intenção de perder tanto o controle sobre os sentimentos. Ele gemeu quando Amber deixou suas rosas caírem e o envolveu com seu corpo, retribuindo tanto ou mais do que estava recebendo. No momento, ele esqueceu suas intenções e desejou estar em qualquer outro lugar, e não no corredor escuro da The Old South.

— Diabos, querida — ele disse, recuperando um pouco de sua sanidade quando eles pararam para respirar. — Não tinha a intenção de que isso fosse tão longe.

E então ele sorriu diante da expressão desnorteada daqueles olhos que tanto amava.

— Digo... isso não é totalmente verdade. Eu tinha todas as intenções de que as coisas avançassem além disso entre a gente, mas não aqui.

Dulce enrubesceu, ocultando seu rosto na camisa dele. Desde que Christopher Uckermann entrou na boate, ela perdera qualquer bom senso que Wilhemina jogara em sua cabeça nos últimos vinte anos.

— Tenha misericórdia, Christopher. Você está me enlouquecendo.

Christopher respirou fundo. Aquela era a hora de lançar a bomba. Ele quase odiava ter que fazer isso, pois sabia que quando o fizesse ela se retiraria, e perder aquela mulher, ainda que temporariamente, era mais do que podia suportar.

Christopher rangeu os dentes enquanto tomava uma posição. Um homem deve fazer o que deve ser feito. E tenho que descobrir se estou enlouquecendo também. Se você for Amber Champion, querida, continuaremos isso um dia. Mas se você também for Dulce, farei você me pagar pelas noites mal dormidas. E depois, só depois, poderemos ficar juntos para sempre.

Ele sussurrou no canto da orelha dela:

Amber?

Humm?

— Sei que The Old South não abre aos domingos de manhã, então tive esta idéia.

Dulce ficou tensa. Ela não gostava do tom dele.

— Que tal ir à missa comigo? Quero que você conheça meus amigos, exibi-la um pouco. O que você acha? Freqüento a igreja de Tulip e sei que você gosta da missa. Depois, podemos ir para a minha fazenda, talvez fazer um piquenique. Posso mostrar-lhe a fazenda e as plantações e tudo que você queira ver.

Ele sorriu, esperando que o que acabara de dizer fizesse efeito. O choque no rosto dela indicava a recepção de sinais da indireta sexual. O pânico em seus olhos diziam que o resto de sua proposta fora aceito também.