Fanfic: A dama da noite {DyC} [terminada]
CAPITULO 7
Dulce prendeu a respiração enquanto as tias saíram pelo portão. O sorriso de prazer de Rosemary era esperado, assim como a carranca de Wilhemina. Ela saiu do carro timidamente.
O que significa isso? — perguntou Wilhemina.
É minha surpresa. Estou economizando dinheiro há tempos. Está quitado. Não devo nada a ninguém e é muito econômico.
Nosso carro está bem rodado — disse Wilhemina.
Rosemary estava extasiada. Sempre quis algo vermelho.
Por isso nunca saio de Tulip.
Então era por isso que precisava da ajuda daquele homem.
Em parte sim, tia Witty. Mas gosto dele como amigo. Ele é legal e tem coração generoso.
Ah! — Foi tudo o que Wilhemina conseguiu exprimir.
Acho ele bonitão! — anunciou Rosemary. — E quero uma carona. Podemos passear, Dulce? Eu vou na frente. Afinal, lembrem-se que sofro de enjôo.
Você não sofre de nada — retrucou Wilhemina.
Mas irmã, sofro. Lembra quando fiquei enjoada e vomitei...
Você tinha acabado de comer três brownies e uma taça de sorvete de creme no piquenique da igreja, por isso ficou enjoada.
Dulce interrompeu a discussão antes que ela fosse adiante.
— Entrem as duas. Tia Rosie vem na frente desta vez. Na próxima vez será tia Witty.
Dulce colocou uma caixa de passas no carrinho e tentou ignorar o sorriso que o rapaz lançou ao repor as caixas na prateleira. Não era a primeira vez que passava por isso. E tudo começou cinco dias antes, quando chegou em casa com o novo carro.
Desde então, vinha recebendo estes olhares estranhos. No posto de gasolina, ela ouviu sussurros que pararam quando se aproximou e recebeu sorrisos de homens que jamais deram atenção a ela.
Ela tinha a sensação de que as coisas piorariam. E sabia a quem agradecer pelos rumores que corriam em Tulip sobre ela. Somente uma pessoa além de Anahí a vira à noite. Srta. Effie! E não havia outra pessoa mais boca mole em Tulip.
Ela suspirou, ignorou o assobio discreto que acompanhou o sorriso do rapaz e empurrou o carrinho na direção do caixa.
— É tudo? — perguntou a atendente, olhando Dulce de cima a baixo.
Dulce balançou a cabeça e pegou a bolsa. O rapaz ensacou suas compras, levou-as para o carro e deu um tapinha em seu traseiro quando acabou. Dulce ficou tão impressionada que não sabia se o esbofeteava ou corria. Não fez uma coisa nem outra. Em vez disso, sentou no banco do seu carro, apoiou a testa no volante e lutou contra as lágrimas. Algo inocente como desejar um novo carro se transformou em um pesadelo.
Ligou o carro. Não se importava mais em fingir. E havia duas pessoas que precisavam saber a verdade antes que os rumores chegassem aos seus ouvidos.
Carregou as compras para a casa e foi em busca das tias, encontrando-as na sala de estar enquanto disputavam o jogo do programa de televisão. Normalmente isso a teria feito sorrir. Hoje, entretanto, tinha medo de que quando acabasse elas disputassem sobre se a expulsavam ou não de casa.
Quando parou em frente à televisão e a desligou, o estardalhaço acabou imediatamente. O comportamento estranho de Dulce e sua palidez chamaram a atenção.
O que está errado, querida? — Wilhemina foi a primeira a falar.
Você está doente? — perguntou Rosemary.
Dulce balançou a cabeça, despencou na cadeira ao lado delas e caiu em lágrimas.
Wilhemina teve medo. Em todos os anos com Dulce, ela jamais se comportara assim. Devia ser culpa de Christopher:
— É aquele homem! Sabia que isso não ia acabar bem!
Dulce chorou mais.
De repente, Rosemary assumiu o controle. Ela podia dizer que Wilhemina só avaliaria o culpado, e não a razão do problema. Sentou-se ao lado de Dulce e abraçou os ombros trêmulos da sobrinha, dando tapinhas amorosos nela.
— O que houve de errado, querida? Você pode nos contar tudo. Amamos você.
Era a pior coisa que poderia ouvir. Apenas aumentava a culpa com a qual vivia desde que começou sua vida dupla. Dulce chorou alto, assoando o nariz com o lenço que tia Rosie lhe dera.
— É tudo culpa minha. Mas não queria que isso fosse tão longe e nunca quis mentir para vocês. Só queria dinheiro extra para comprar o carro.
Wilhemina e Rosemary se entreolharam. Não entendiam nada.
— Continue, querida — disse Rosemary. — Estamos ouvindo.
Dulce começou a falar. Wilhemina ficou branca e aos poucos foi ficando rosa. Rosemary arregalou os olhos, enrugou a boca e então um pequeno sorriso de prazer aprofundou as rugas de suas bochechas quando ela entendeu a história.
— Você quer dizer que trabalhou em um estabelecimento que vendia bebidas e vestiu aquelas roupas curtíssimas?
Wilhemina olhou de forma penetrante para a irmã. Às vezes ela perdia a noção das coisas.
— Não importa o que vestia — disse Wilhemina. — Sabemos que Dulce jamais faria algo que nos envergonhasse ou envergonhasse a ela. A questão é que alguém aumentou essa história mais do que deveria. Alguém se fez valer do fato de Dulce ter escolhido andar com uma mulher cuja reputação, digamos, sofreu de falta de orientação com os anos. No entanto, isso não faz de Dulce farinha do mesmo saco.
Dulce lançou os braços em volta das tias:
— Eu devia saber que vocês compreenderiam. Jamais pensei em mentir para vocês. Eu ia contar tudo. Mas não contei, e quanto mais esperava, pior ficava. E nunca foi minha intenção trabalhar lá para sempre. Era apenas até conseguir dinheiro para o carro.
Rosemary fechou as mãos e as colocou no colo. Inclinou-se para frente e perguntou:
Você realmente ganhou todo este dinheiro com gorjetas?
Dulce balançou a cabeça afirmativamente.
Bem, acho isso maravilhoso! Eles teriam um lugar para mim?
Rosemary ficou parada enquanto Dulce e Wilhemina foram para seus quartos. Estava tão furiosa com aquela Effie Dettenberg que mal podia pensar. Por alguns trocados ela poderia...
Um pensamento lhe ocorreu. Se Dulce estava tendo problemas com os homens da cidade, então outro homem poderia resolver isso. Papai sempre dizia que os homens devem consertar o que quebraram.
Ela enrugou os lábios, afofou os cabelos e seguiu para a cozinha. Com determinação em cada movimento, pegou as chaves do velho carro pendurado no porta-chaves e saiu pela porta dos fundos.
Autor(a): theangelanni
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 41
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anne_mx Postado em 19/02/2022 - 05:22:22
EU AMEI! Toda mulher precisa de um Christopher desses para valorizá-la <3
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stellabarcelos Postado em 23/09/2015 - 00:53:57
Amei muito!!! Parabéns!
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euvondy21 Postado em 08/11/2009 - 01:46:10
desculpa demorar taaaaaaaaaaaaaaaanto tempo para comenta..
mas enfim...perfaaaaaaaa...mto linda...bjjussssss -
rebelde Postado em 01/05/2009 - 00:24:03
e os filhos, a lua de mel??????????? ahahha mas ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, perfeita, faz mais webs desse tipo[2]
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josii Postado em 28/04/2009 - 14:31:39
AMEEEIII O FIM DA WEB, FOI DEMAIS!
POSTAA MAIS WEBS DESSE TIPOO.
BJOS -
rebelde Postado em 24/04/2009 - 21:15:25
leitora novaaaaaaaaaaaaaaaa
amei tah perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
josii Postado em 24/04/2009 - 15:33:22
PERFEITAA, TOO AMANDOO . POSTAA MAIS!
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rebelde Postado em 21/04/2009 - 19:45:58
foi a primeira vez que leioooooooooooooo, ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ii postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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SweetcandYCandysweeT Postado em 21/04/2009 - 17:20:22
Guria, sem nossão ! Ameiiii sua web !
Todo dia venho ver se tem cap novo !
Posta mais !!
(passa na minha web nova : esperanças)
Beijijijinhos, fã numero um ___ s.c -
marques Postado em 21/04/2009 - 15:05:56
PERFEITOOOO
Adorei o capítulo!!!
Lindo!!!
Posta sempre!!!
Beijos*