Fanfic: A dama da noite {DyC} [terminada]
— Sente-se, menina — mandou Wilhemina, enquanto colocava um prato diante de Dulce e empurrava uma bandeja de biscoitos em sua direção.
Com a intenção de tomar somente suco, Dulce colocou o prato e lado.
— Não, obrigada, tia Witty. Não tenho fome.
Wilhemina Saviñon ergueu uma sobrancelha. Foi o bastante para convencer Dulce a recolocar o prato no lugar e a se sentar, enquanto pegava um biscoito, sorriu para tia Rosie, que bebia sua segunda xícara de café, sonhando acordada ao olhar pela janela as borboletas pousarem em botões de flores no jardim.
— Bom dia, tia Rosie — disse, enquanto mastigava.
Rosemary piscou, depois da intromissão em seus sonhos, e sorriu quando notou que a sobrinha já tinha descido para o café.
Wilhemina examinou o vestido e os cabelos de Dulce e chamou atenção da sobrinha pelas más maneiras.
— Não fale de boca cheia!
— Cale-se, Willy! — Rosemary murmurou, dando um tapinha no braço da sobrinha amada. — Pelo menos uma vez deixe a menina comer em paz.
— Já falei milhares de vezes que meu nome não é Willy.
O lábio inferior de Rosemary caiu.
— Mas Dulce chama você...
— Eu sei como ela me chama — disse Wilhemina. — Quando era pequena, meu nome era tão difícil que eu deixei que ela encurtasse. E a culpa foi toda sua, você sabe. Ela sempre pensou que você me chamasse de Witty, e não Willy. Agora é tarde. Hábitos são difíceis de mudar.
Dulce já tivera o bastante, tanto de biscoitos quanto de discussão. Afastou a cadeira e jogou um beijo sem direção.
— Vejo vocês à noite.
A Biblioteca Pública de Tulip a aguardava.
Uma pequena faísca de empolgação fazia cócegas em seu rosto enquanto ela dirigia para a biblioteca. Estava dando os primeiros passos na direção da mudança de seu futuro. Não se dava conta de que trabalhar em uma boate não era um passo, mas um salto. Para e1a, o mais difícil neste novo trabalho era vestir aquela pequena peça vermelha três noites por semana. Mas o dinheiro que estava economizando era o bastante para superar o constrangimento.
Christopher Uckermann virou na rua principal e se dirigiu à Avenida Magnólia, para o correio. Suas mãos bronzeadas eram fortes e seguras enquanto pegavam o volante da picape. Graças à ajuda de Raymond Earl, ele estava voltando ao trabalho, quando fora forçado a frear bruscamente e parar.
Ignorando o fato de ter atravessado uma rua preferencial sem olhar para os lados, a Srta. Effie Dettenberg passou na frente da picape de Christopher parando para olhar para trás somente depois de chegar ao meio-fio. Consciente de sua fama de "mau" e do que alguns dos membros mais sérios da sociedade de Tulip pensavam dele, Christopher sorriu e pestanejou, acenando enquanto se afastava, sem saber que outra pessoa, além de Effie, o observava.
Dulce empilhou uns livros e tentou não fitar o homem que estava no volante. Ela sabia que não era adequado, mas Christopher Uckermann pedia mais do que um olhar passageiro.
Ele era o pedaço de mau caminho mais cobiçado de Tulip. Cabelos lisos, pretos, tão rebeldes quanto sua reputação; olhos azuis que sorriam constantemente, mesmo quando sua boca sexy não sorria. Desde que ela amadurecera o bastante para notar, Christopher e sua imagem de menino mau jamais estiveram longe de seus sonhos.
Ela suspirou. Por que todos os homens atraentes são tão libertinos? Mas não havia ninguém para responder a essa pergunta, e não importava. Homens como Christopher Uckermann não reparavam em mulheres como Dulce Saviñon.
Ela pegou os livros, colocando-os em uma posição mais satisfatória, e sorriu para Effie Dettenberg enquanto ela caminhava em segurança pela calçada.
— Bom dia, Srta. Effie. Está adiantada.
— Você o viu?
— Viu quem, Srta. Effie?
— Aquele menino, o Uckermann! Quase me atropelou! Pessoas como ele não deveriam ter permissão para passear pela rua.
Dulce tentou não rir. Na sua opinião, aquele menino, que tinha quase trinta anos, estava na plenitude da masculinidade.
— Olhe, Srta. Effie, eu vi que ele reduziu a velocidade, a senhorita sabe disso.
— Bem! Mesmo assim ele não devia ter permissão para sair, devido à sua reputação e tudo o mais. Você sabe o que dizem sobre estes Uckermanns!
Dulce tentou ignorar a guinada que seu coração deu, mas em vão. Tudo o que dissessem sobre Christopher era de seu interesse.
— Não sei.
A voz de Effie se transformou em um suspiro.
— Dizem que o pessoal deles era contrabandista. E dizem também que viviam com os índios. Isso justifica estes cabelos pretos e as maçãs do rosto acentuadas.
— Mas Srta. Effie isso foi há cerca de duzentos anos.
— Mas ele continua sendo um vagabundo. Guarde minhas palavras, Dulce Saviñon, mantenha-se longe de homens como ele. Ele significa problema com P maiúsculo.
— Está certo — disse Dulce, ignorando a sensação de apreensão em seu estômago. — Entre na biblioteca, Srta. Effie. Acabei de receber um livro de artesanato de que a senhora gosta. Tem um xale de crochê lindo na capa.
Isso mudou o assunto e tirou Effie da rua. Mas não era tão simples assim tirar Christopher da cabeça.
O relógio bateu seis vezes enquanto Dulce mexia nervosamente o garfo. Tinha menos de três horas para colocar as tias na cama e partir para a boate com Anahí Puente. As tias teriam um ataque se soubessem que ela não somente trabalhava em um estabelecimento com as “mulheres soltas” de Tulip, mas que andava para lá e para cá para trabalhar com elas também.
Wilhemina enrugou a testa.
— Dulce, não raspe o prato! Eu certamente lhe ensinei bons modos.
— Sim, senhora.
Uma ruga apareceu na pele fina da testa de Rosemary.
— Ah, Willy, você a importuna muito com bobagens. Não é bom para a digestão. Eu li que as pessoas têm úlceras devido a refeições desagradáveis.
Wilhemina engasgou:
— Minhas refeições jamais são desagradáveis!
— Eu não disse que sua comida era... simplesmente quis dizer que às vezes você pode ser...
Dulce interrompeu, ansiosa para que aquela discussão entre irmãs acabasse, pois seu horário estava muito apertado.
— Não se importem com isso, vocês duas.
As irmãs se entreolharam enquanto Dulce se levantou e começou a juntar a louça suja da mesa.
— Eu lavo a louça. Por que vocês não vão ver televisão? Está quase na hora de seu programa favorito.
— Que bom! Eu adoro assistir ao Wheel — exclamou Rosemary.
Olhando novamente para o relógio, Dulce começou a empilhar os pratos de forma vingativa.
Algumas horas mais tarde, para o alívio de Dulce, tia Witty apareceu no topo da escada envolta em um robe.
— Dulce, você não vai subir? São quase oito e meia.
— Não, tia Witty, ainda não. Quero terminar este livro. Estou numa parte muito boa e não quero parar.
Wilhemina franziu a testa. Não precisava olhar para saber que Dulce estava lendo outro romance. Eram seus livros favoritos.
— Você precisa parar de ler estas besteiras. Só irão confundi-la.
— Está certo. Lembrarei disso — disse Dulce, virando os olhos.
A porta do quarto de tia Witty bateu e Dulce olhou para o relógio. Tinha menos de meia hora para encontrar Anahí Puente.
Ela marcou a página e colocou o livro sob as almofadas, correndo para o armário do andar de baixo. Pegou uma pequena bolsa e um par de tênis de corrida. Olhando para a escada uma última vez, apagou as luzes e fechou a porta.
As ruas estavam quase vazias. Dulce rezava para que não tivesse que explicar seu estranho modo de vestir, e seguiu para a esquina dois quarteirões adiante.
Era quinta-feira à noite e estava quase na hora de Amber Champion marcar a entrada na The Old South, a boate que ficava em Savannah. Para seu total alívio, Anahí estava esperando na esquina das ruas Cinco e Delaney.
Ela riu de Dulce entrando no carro e se jogando no banco do carona:
— Até que enfim, querida, pensei que não viesse — riu Anahí, de forma afetada.
Então, ela deu a partida no carro.
Quando Dulce conseguiu o emprego na boate, sua empolgação foi apagada pela percepção de que ir para o trabalho seria um problema. Ônibus entre Tulip e Savannah eram esporádicos.
Anahí olhou para a mulher alta e de pernas longas saindo do escritório do chefe e quase engoliu seu chiclete. A bibliotecária da cidade era a última pessoa que esperava encontrar em um local como aquele.
A boate era um local para dançar. Muitos homens presumiam que só porque uma mulher trabalhava em um local daquele significava que estava disponível para mais do que servir bebidas. É claro, Anahí jamais se importara com essas suposições. Ela conheceu muitos de seus homens favoritos assim. Mas reconhecia Dulce. E jamais deixara isso transparecer quando foi apresentada a ela como Amber Champion. Simplesmente levantou a sobrancelha e ofereceu uma carona para Amber. A maneira que essa amizade começou surpreendeu a ambas.
Dulce estremeceu quando o carro cuspiu fumaça antes de suavizar na marcha regular. Era só o que faltava. Se o carro de Anahí quebrasse na rua principal de Tulip, tudo estaria arruinado.
Para seu alívio, o carro se acomodou. Era hora de Amber aparecer. Ela abaixou o tapa-sol, ajeitando o pequeno espelho sob ele, e começou a procurar em sua bolsa a maquiagem e sua lente de contato.
Autor(a): theangelanni
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Anahí olhou para os cachos castanhos avermelhados de Dulce com inveja. — Menina, não sei por que você esconde seu belo rosto por trás destes óculos. Tentei pintar meus cabelos dessa cor uma vez e ficou duro como pedra. E esses olhos! Deus tenha misericórdia, você tinha que usar lentes de contato o tempo todo. Acho q ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 41
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anne_mx Postado em 19/02/2022 - 05:22:22
EU AMEI! Toda mulher precisa de um Christopher desses para valorizá-la <3
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stellabarcelos Postado em 23/09/2015 - 00:53:57
Amei muito!!! Parabéns!
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euvondy21 Postado em 08/11/2009 - 01:46:10
desculpa demorar taaaaaaaaaaaaaaaanto tempo para comenta..
mas enfim...perfaaaaaaaa...mto linda...bjjussssss -
rebelde Postado em 01/05/2009 - 00:24:03
e os filhos, a lua de mel??????????? ahahha mas ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, perfeita, faz mais webs desse tipo[2]
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josii Postado em 28/04/2009 - 14:31:39
AMEEEIII O FIM DA WEB, FOI DEMAIS!
POSTAA MAIS WEBS DESSE TIPOO.
BJOS -
rebelde Postado em 24/04/2009 - 21:15:25
leitora novaaaaaaaaaaaaaaaa
amei tah perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
josii Postado em 24/04/2009 - 15:33:22
PERFEITAA, TOO AMANDOO . POSTAA MAIS!
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rebelde Postado em 21/04/2009 - 19:45:58
foi a primeira vez que leioooooooooooooo, ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ii postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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SweetcandYCandysweeT Postado em 21/04/2009 - 17:20:22
Guria, sem nossão ! Ameiiii sua web !
Todo dia venho ver se tem cap novo !
Posta mais !!
(passa na minha web nova : esperanças)
Beijijijinhos, fã numero um ___ s.c -
marques Postado em 21/04/2009 - 15:05:56
PERFEITOOOO
Adorei o capítulo!!!
Lindo!!!
Posta sempre!!!
Beijos*