Fanfic: A dama da noite {DyC} [terminada]

Ele se moveu novamente. Só que com mais força. Um empurrão suave entre amigos e amantes.

— Oh! — ela arregalou os olhos.

 Dizer o quê? — ele insistiu, movendo-se novamente. Só que agora ele se afastou e sorriu gentilmente.

 Dizer que você está me enlouquecendo. Que não sei como agir de um minuto para o outro. Que não consigo dormir. Não consigo comer. Eu...

Eles estavam muito próximos.

— Eu entendi a mensagem. Você entendeu a minha?

Ela começou a tremer, mas se afastar daquele homem e do que ele queria dela era impossível. O coração acelerou quando ela traçou os músculos do peito dele, demorando mais no ritmo selvagem de seu coração. Suas pálpebras se agitaram quando ela aceitou o desejo poderoso do corpo dele pressionando suas fronteiras. Então, com um suspiro profundo, ela pegou as mãos dele e colocou sobre seus seios.

Quando ela sentiu as palmas dele, ele gemeu. Momentos mais tarde, ele a levava nos braços pelo corredor, sem jamais deixar de fitá-la. Com um beijo reverente, ele a deitou na cama e se levantou. Ela abaixou os olhos, de repente envergonhada diante do homem que roubou seu coração, apesar de saber que era hora de mostrar a ele que o amava.

Christopher sentou-se ao lado dela e pegou seu queixo:

— Não, Dulce. Não vire o rosto para mim, nunca mais. Sem mais segredos entre nós enquanto estivermos juntos, certo?

Ela se sacudiu, como se ele tivesse batido nela. Segredos! Ainda havia um, horroroso, que precisava ser contado.

— Christopher, tem uma coisa que eu devo...

Mas ele tirou a blusa dela e ela esqueceu o que estava prestes a dizer, e quando estava deitada na cama dele se deliciando com as magnificências de seu corpo, perdeu a cabeça. Não existia nada mais no mundo deles além de olhares, toques e sussurros gentis que prometiam o paraíso.

O pequeno pacote preservativo que ele tirou do armário foi o último ato racional, porque quando as mãos dela envolveram seu pescoço, ele se encaixou entre as pernas dela e lutou para não morrer de prazer.

A respiração vinha na forma de um engasgo de prazer após o outro, culminando em um mundo de movimento rítmico. Não havia nada além de uma necessidade quente enquanto eles faziam amor.

Dulce se perdeu em um mundo de emoções e sensações. As mãos dele em seu corpo, a boca pressionando a cada demanda do corpo dele. Ela aceitou tudo que ele queria dar e mais. E então o ritmo mudou, intensificado ao ponto de uma paixão cega enquanto ela gritava o nome dele.

Christopher a ouviu, mas estava muito distante para falar. Ele deu a ela a única resposta que era capaz. Penetrando uma última vez, ele lançou no corpo dela uma onda de calor e prazer que fluía e refluía até que ela ficou sem energia sob ele.

Os leves tremores dela causavam prazer a ele. Ele enterrou o rosto no vale entre o seios dela para ocultar um sorriso. Podia ser tímida, mas na cama era muito mais mulher do que se podia esperar.

Com um gemido baixo, ela passou os dedos nos cabelos dele.

Christopher... Christopher...

E tudo que você consegue dizer, querida? — ele falou, sorrindo ao vê-la enrubescer.

Dulce olhou nos olhos dele, valorizando o amor que vira ali, sabendo que eles brilhavam para ela. Havia muita coisa a ser dita a este homem, mas não era hora. O que acabara de acontecer foi como um sonho. Ele roubara o coração dela há muito tempo, e agora ele a tinha. Pela primeira vez em sua vida, ela sabia o que era amar, de corpo e alma.

— Oh, Christopher. é tudo que consigo dizer. Pelo menos agora. Mas temos que conversar mais tarde.

Ele sabia o que a importunava, e para dizer a verdade, estava um pouco apreensivo com relação à confissão. Quando finalmente admitisse que vivia uma vida dupla e que o namorara como seu alter-ego e como ela mesma, ele estaria em apuros. Como explicar que sabia de tudo desde o começo sem deixá-la furiosa?

Ele gemeu e a abraçou. Droga! Amar não era fácil.

Christopher? — a voz de Dulce era hesitante, quase um sussurro contra o peito dele.

O que, querida?

Podemos repetir isso... antes de eu ir embora?

Ele começou a rir enquanto rolava com ela na cama, emaranhando braços e pernas no processo.

— Será um prazer, Dulce.

E foi.