Fanfic: A dama da noite {DyC} [terminada]
CAPÍTULO 12
— Christopher! Se você tivesse chegado alguns minutos antes, teria falado com seu amigo de Atlanta. — Rosemary correu para contar a novidade.
— Vocês venderam o carro? — ele perguntou, se esforçando para não rir da expressão de tristeza no olhar de Rosemary.
Wilhemina enraiveceu ao ver a irmã aceitar a intimidade dele. Era melhor que ele nem tentasse algo assim com ela! Não era do tipo que gostava de beijos.
Christopher olhou para a irmã mais velha parada na varanda, ciente de que dera a ela tempo suficiente para aceitar sua presença na propriedade.
Srta. Wilhemina.
Dulce não está — ela disse.
— Sim, senhora. Não vim para vê-la. Vim para ver vocês.
Ela corou. Odiava confrontos:
— Como você já está aqui, é melhor entrar — ela disse de má vontade.
Ela não tinha a menor intenção de discutir na frente de Effie, que agora visitava-as.
— Se a senhora não se importa, preferia sentar na varanda. Como pode ver, não estou muito limpo para sentar no seu sofá. Vim direto do campo para pegar uma peça que estava no conserto. Venho querendo falar com vocês sem que fôssemos interrompidos, e este me parece o momento ideal.
Rosemary bateu palmas:
— Trarei algo para bebermos. Você e Witty sentem-se. Não vou demorar.
Wilhemina sentou-se em uma das cadeiras de vime e então franziu o cenho quando Christopher escolheu o balanço da varanda. Homens eram estranhos. Papai sempre se recusara a sentar na cadeira de vime, dizendo que não era máscula. Agora ali estava este homem, duas gerações mais novo, fazendo o mesmo.
Não havia por que fazer rodeios. Era óbvio que ele não gostava dela. Nenhum homem gostava. E tudo bem, ela pensava, porque ela também não gostava deles:
Então o que o traz aqui?
A senhora.
Os olhos azuis dele penetraram na consciência dela enquanto o observava apertando a boca, mas ela esperou que ele continuasse.
— A senhora sabe que, juntamente com a Srta. Rosemary, é a pessoa mais importante na vida de Dulce. Pessoalmente, acho que vocês têm muita sorte. É raro três mulheres viverem juntas em uma casa e permanecerem amigas, assim como uma família.
Wilhemina piscou. Nunca considerara isso. De má vontade, ela foi forçada a admitir que ele estava certo:
— Acredito que sim, mas Rosemary e eu nunca estamos de acordo.
Ele sorriu.
— Pode ser. Mas eu posso garantir que isso não afeta o amor de uma pela outra, certo?
Ela olhou para o jardim e refletiu sobre o que ele dizia e finalmente balançou a cabeça.
— Então onde você quer chegar, Christopher Dean, e não pense que não sei que você quer nos tomar Dulce.
A palpitação na voz dela o entristecia. Ele podia ver o quão profundamente ela lutava contra os sentimentos.
Ele parou o movimento do balanço e se inclinou para frente, pegando as mãos trêmulas gentilmente:
— Não, querida. Não quero tomá-la de vocês. Quero que vocês a dividam comigo.
Quarenta anos de lágrimas sufocadas explodiram. Ela piscou e tentou se esquivar dele. Em vez disso, ele colocou um lenço limpo e dobrado na mão dela, virando-se para dar tempo para ela se refazer.
— Obrigada — ela disse, manchando os olhos e resistindo à necessidade de assoar o nariz.
Não seria decente devolver um lenço em tais condições, então ela se restringiu a um soluço. As palavras dele a tocaram profundamente. Era hora de enfrentar os fatos.
No seu coração, ela sabia que, apesar da má fama do rapaz, ele só fizera erguer Dulce. Também sabia, sem sombra de dúvida, que a aparição dele na casa delas no meio da fofoca que rondava Tulip atuou como uma mordaça. Também sabia que ele trabalhava duro e era próspero, e apesar de ser um homem, era um membro respeitado da sociedade de Tulip. O que ele fizera para elas depois da tempestade não foi pouco. Com um suspiro de derrota, ela se recostou na cadeira e fitou o gramado.
Christopher a observava com o canto dos olhos. Podia ver que as emoções dela estavam em convulsão. Seu senso de eqüidade lutava contra sua opinião sobre a espécie masculina. Era óbvio. E as lágrimas em seus olhos diziam a ele que ela realmente amava Dulce e queria o melhor para ela. Foi o primeiro sinal de esperança que Christopher obteve.
— Então, o que a senhora acha? — ele perguntou, prendendo a respiração e rezando para que ela desse a resposta certa. Ela estava em silêncio há algum tempo.
Ela devolveu o lenço com um impulso abrupto e se acomodou na cadeira:
— Acho que o que digo não tem muita importância. Acho que ela fará o que quiser.
Não era o que ele queria ouvir. Mas não era um não.
— Então creio que a senhora não conhece Dulce tanto quanto pensa que conhece. Se a senhora se opuser, ela cederá aos seus desejos. Ela não contrariará a senhora e a Srta. Rosemary, mesmo que isso signifique passar o resto da vida sozinha.
Wilhemina estava horrorizada. Estava tão presa ao presente que não considerava o futuro. E para Dulce, seria a solidão.
Meu Deus... Não pensei nisso. Acho que você pensa que sou terrivelmente egoísta.
Não penso assim.
Ele se levantou e saiu na direção da porta. Podia ouvir Rosemary vindo. Os copos batiam uns nos outros enquanto ela cambaleava com a bandeja de bebidas. Ele caminhou para Wilhemina e então parou e virou.
Por um longo momento, ele fitou a inclinação do pescoço dela. Ela odiaria saber o quanto aparentava estar vulnerável. Ele suspirou e sorriu, e antes de ela notar, beijou sua testa.
— Não acho que seja egoísta. Acho que é uma mulher adorável, Wilhemina. Apenas me dê uma pequena brecha. Não pedirei muito... talvez umas comidinhas extra.
Ela estava muda e mais do que um pouco tocada pelo que ele dissera e fizera.
E então Christopher abriu a porta e ajudou Rosemary antes que a bandeja caísse. Ele colocou a bandeja na mesa e sentou Rosemary ao lado da irmã:
Isso parece bom, Srta. Rosemary. A senhora fez os biscoitos?
Ela riu e ajeitou o cabelo.
Misericórdia, não! Não cozinho droga nenhuma.
Wilhemina rodou os olhos.
Rosemary, não blasfeme.
Droga não é uma palavra feia — insistiu Rosemary, servindo limonada e biscoito para Christopher e para a irmã.
Ele engoliu uma risada juntamente com um grande pedaço de biscoito. Aquelas duas eram preciosas. E o melhor é que podia ver partes de Dulce em cada uma delas.
— Quem quer que tenha feito estes biscoitos, fez um ótimo trabalho — ele disse, aceitando de bom grado a outra porção que Rosemary ofereceu.
Wilhemina tentou não se envaidecer, mas em seu mundo era raro ouvir elogios.
— A Willy os cozinhou — Rosemary entregou. — Ela faz de tudo.
O olhar que ocorrera entre Wilhemina e Christopher foi lento, mas cheio de aceitação e compreensão. Ele levantou a sobrancelha e sorriu.
— Se Dulce conseguir cozinhar pelo menos a metade do que a senhora cozinha, não morrerei de fome.
Rosemary sorriu e ficou impressionada com a expressão da irmã. Wilhemina estava sorrindo!
Dulce tentou não se recostar no banco de couro quente do carro enquanto baixava o vidro. Não seria necessário ligar o ar-condicionado, pois não gelaria antes de chegar em casa.
O carro deu partida com um barulho suave e ela sorriu para si enquanto ia para casa. Pelo menos algo em sua vida estava em perfeitas condições. Mas quando virou a esquina da rua e viu uma picape vermelha e branca, teve certeza de que o que ainda estava em ordem em sua vida estava prestes a acabar.
A visão de Christopher comendo biscoitos com as tias a deixou muda. Sentiu medo. Sobre o que estariam conversando?
Oh, Deus, eu nunca disse a elas que Christopher não sabe sobre Amber. E não pedi que não contassem. Sabia que devia ter esclarecido tudo. Ela saiu do carro receosa, sua voz estava um pouco hesitante.
— Olá, pessoal.
Christopher foi para o seu lado em um instante. Com a mão sob o cotovelo dela para ajudá-la, ele pegou sua pasta e sua bolsa e sentou-a ao seu lado no balanço antes que ela tivesse tempo de se apavorar. Ela olhou para ele e então para tia Witty e captou um olhar entre os dois. Eles estariam discutindo? Oh, Deus, por favor, isso não:
— Que surpresa inesperada, Christopher. Não sabia que você vinha para a cidade.
Ele sorriu:
— Não planejei, mas quando passei por aqui, não pude deixar de parar. E então me ofereceram os melhores biscoitos da cidade. Depois disso... — Ele deu de ombros, pegando outro biscoito.
Dulce estava embasbacada por tia Witty ter se envaidecido com o elogio. O que acontecera? Ela olhou ao redor, contente.
Já sei! Estou sonhando. A qualquer momento terei que acordar e tomar banho e me vestir para ir para o trabalho. Isso não está acontecendo, pois vi tia Witty sorrir.
Christopher sabia que Dulce estava nervosa. Ela podia vê-la tremendo, e seu sorriso estava muito fixo, seus olhos brilhavam muito. Ela parecia estar perto da histeria ou de chorar, mas ele não estava com disposição para nenhuma das hipóteses.
— Está tudo bem, querida — ele disse, beijando o canto da testa ela. — Só estávamos conversando.
Foi um beijo sutil, mas foi o quão público podiam ser os beijos. Rosemary bateu palmas:
Quando será o casamento?
Wilhemina franziu o cenho:
Rosemary, você não tem modos. O que Christopher pensará de nós? Dulce quase caiu do balanço:
Tia Rosie! O que a fez dizer algo assim?
Seu coração deu um baque. Christopher iria embora. Nada como ser encurralado para afugentar um homem.
Mas Christopher apenas riu. Não um pouco, e não silenciosamente. Ele riu tanto que lhe faltou ar. Riu até brotarem lágrimas nos cantos dos olhos. Tentou parar mais de uma vez, mas sempre que olhava para a cara de choque de Dulce e a expressão de inocência de Rosemary, começava tudo outra vez.
Rosemary era uma peça e não havia dúvidas, mas para tornar as coisas piores, ele suspeitava que ela não estava tão inocente quanto fingia. Ele manteve o sorriso no rosto até Dulce atirar-se para dentro de casa.
Meu Deus! — Rosemary engasgou, tapando a boca com a mão. — Não queria ofender. Talvez eu devesse...
Não — Christopher disse, interrompendo a risada. — Deixe que eu vou.
Ele a pegou antes de ela correr escada acima.
— Dulce, querida, não fique chateada.
Ela não podia encará-lo.
Ele suspirou. Nada como dar as costas para ajustar as contas com alguém.
— Ela apenas me deu um soco no estômago, você sabe — ele disse.
Dulce se sacudiu, mas ele impediu que ela se mexesse. Sentia-se humilhada. Agora Christopher poderia retroceder no relacionamento deles ou ser forçado a tomar uma decisão para o qual podia não estar pronto. Ela seria capaz de estrangular tia Rosie.
Ele apertou os olhos.
— Está certo. Vou dar duas horas para você se recompor, Dulce Ann, depois volto e sairemos para jantar. Depois você vai para a minha casa. Entre outras coisas, conversaremos, e não quero ouvir qualquer argumento, certo?
Ela suspirou e olhou para cima.
— Está certo — disse, mas ele sequer esperou pela resposta. Já estava saindo.
Autor(a): theangelanni
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O jantar foi meio embaraçoso. Dulce não pôde dizer exatamente o que havia comido. E não tinha idéia sobre o que tinham conversado, apesar de lembrar-se vagamente de tentar manter uma conversa. Quando eles se encaminharam para a fazenda, ela começou a se preocupar. Tinha inúmeras coisas para dizer e não conseguia encontr ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 41
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anne_mx Postado em 19/02/2022 - 05:22:22
EU AMEI! Toda mulher precisa de um Christopher desses para valorizá-la <3
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stellabarcelos Postado em 23/09/2015 - 00:53:57
Amei muito!!! Parabéns!
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euvondy21 Postado em 08/11/2009 - 01:46:10
desculpa demorar taaaaaaaaaaaaaaaanto tempo para comenta..
mas enfim...perfaaaaaaaa...mto linda...bjjussssss -
rebelde Postado em 01/05/2009 - 00:24:03
e os filhos, a lua de mel??????????? ahahha mas ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, perfeita, faz mais webs desse tipo[2]
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josii Postado em 28/04/2009 - 14:31:39
AMEEEIII O FIM DA WEB, FOI DEMAIS!
POSTAA MAIS WEBS DESSE TIPOO.
BJOS -
rebelde Postado em 24/04/2009 - 21:15:25
leitora novaaaaaaaaaaaaaaaa
amei tah perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa -
josii Postado em 24/04/2009 - 15:33:22
PERFEITAA, TOO AMANDOO . POSTAA MAIS!
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rebelde Postado em 21/04/2009 - 19:45:58
foi a primeira vez que leioooooooooooooo, ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ii postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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SweetcandYCandysweeT Postado em 21/04/2009 - 17:20:22
Guria, sem nossão ! Ameiiii sua web !
Todo dia venho ver se tem cap novo !
Posta mais !!
(passa na minha web nova : esperanças)
Beijijijinhos, fã numero um ___ s.c -
marques Postado em 21/04/2009 - 15:05:56
PERFEITOOOO
Adorei o capítulo!!!
Lindo!!!
Posta sempre!!!
Beijos*