Fanfic: A dama da noite {DyC} [terminada]

Dulce gemeu e desejou que fosse capaz de chutar seu próprio traseiro. Doía saber que tinha dado as costas para ele e sua reputação.

— Ah, ouvi falar disso tudo, mas e se for verdade? Ele não se interessaria por mim.

Pela primeira vez desde que sua relação com Anahí começara, Dulce admitiu que era uma fraude. Seu olhar cruzou o olhar de conhecimento de Anahí.

— Não realmente por mim.

— Existe mais Amber na verdadeira Dulce do que você pensa em admitir — disse Anahí. sorrindo.

Dulce riu da honestidade da amiga, enquanto ficava descontente consigo mesma por não ser sincera. Estava louca para sair com Christopher, apesar do fato de ele poder reconhecê-la. Ela também sabia que não era o medo de ser reconhecida que a afastava dele. Era medo do que ela poderia perder se o aceitasse. Ele era o tipo de homem que tomava os corações das mulheres e os levava com ele.

— Vamos embora, querida. Acabou a noite.

— Obrigada pela carona, nos vemos amanhã.

— Querida, já é amanhã — disse Anahí, bocejando.

— É verdade — Dulce disse, pulando do carro e trocando a calçada pelo beco escuro do caminho até sua casa.

Mais uma vez, outra noite de mentiras passou sem ser revelada.

Mas, sua consciência não a deixaria esquecer que naquela noite, por um momento, ela pensou que a fraude acabaria. Por causa disso, o homem com o qual sonhara por anos a tinha convidado para sair e ela teve que dizer não.

Mas ele não me convidou, Dulce enfureceu-se. Ele convidou a maldita Amber.

Ela sequer pensou na futilidade de ter ciúmes de si mesma. Estava tão frustrada e exausta! Havia uma estranha dor rondando seu coração.

Anahí engasgou e cutucou Dulce:

— Oh, Deus. Você pode olhar para isso? Ele voltou! Você vai ter que arrebentar e tirar este homem da miséria, menina. Esta é a... quarta, quinta vez que ele volta?

Dulce suspirou, tentando ignorar como seu coração batia a cada vez que aquele homem entrava na boate.

— Sexta — Dulce murmurou. — E adivinha? Ele está em uma das minhas mesas novamente.

— Bem, querida. Por que você acha que ele vem aqui? Não pode ser pela companhia. Ele senta àquela mesa sozinho a noite toda e observa você andar. Então vá lá e ofereça algo memorável.

Dulce olhou para a amiga e tentou não menear enquanto cruzava o salão para anotar o pedido dele. Mas era impossível controlar o movimento em que seu corpo estava envolvido. O que não balançava sacudia.

— O que deseja? — ela perguntou.

— Você sabe o que desejo — ele disse. — Mas, por enquanto, pode trazer refrigerante.

— Você pode tomar refrigerante em qualquer posto.

— É, mas nem de longe o atendente é tão lindo. Hank está sem dois dentes, e a roupa dele não cai tão bem quanto a sua. Tenho uma certa queda por uma rede preta... curta, justa... vermelho cintilante...

Dulce foi para o bar em linha reta.

Ouvir aquela cantada estava sendo doloroso. A voz dele invadia lugares secretos de seu ventre. Ele a estava desarmando e os dois sabiam disso.

Ela colocou a bandeja no balcão e quase berrou os pedidos.

Em seguida, levantou a bandeja e virou, olhando para a mesa dos fundos. E refletiu. É isso que dá. Ele está me enlouquecendo! Não posso mais agüentar. Vou pôr um ponto final nisso... agora!

Caminhou com a bandeja no alto, driblando mãos e comentários, enquanto servia rapidamente as mesas, deixando o pedido de Christopher por último.

— Aqui está seu refrigerante. E você venceu!

— Venci? — ele perguntou, quase sem respiração.

Dulce olhou-o de forma penetrante:

— Você sabe o que quero dizer. Não venha bancar o tímido comigo nesse encontro atrasado, senhor.

Ela se inclinou para frente para ratificar o que dizia.

Ele colocou a bebida de lado e levantou. Os rostos deles estavam a centímetros de distância, suas respirações acariciavam as respectivas bochechas.

— Quando?

Ela virou os olhos e colocou a bandeja sobre os seios, inconscientemente usando-a como escudo entre eles.

— Quanto mais cedo melhor. Então talvez você me tire do seu caminho e eu consiga voltar a trabalhar. — Mas o problema será como eu vou tirar você do meu caminho mais tarde, ela pensou.

— Que tal amanhã à noite?

Dulce pensou por um momento e concordou com a cabeça. Ela começou a se afastar quando a voz dele interrompeu sua frieza.

— Amber?

Ela virou.

— Tenho um pequeno problema. Ela esperou que ele continuasse.

— Não sei seu sobrenome... ou onde você mora.

Oh Deus!

— Hum, é Champion. E não se incomode em me buscar. Apenas encontre-me aqui às nove.

— Tão tarde?

— É isso ou nada. Tenho dois empregos. E impossível vir mais cedo.

— Está certo. E ficarei com você. Em qualquer lugar...

— Certo. Tenho que voltar a trabalhar.