Fanfic: A dama da noite {DyC} [terminada]

As mãos dele apertaram os ombros dela. demorando nas curvas descobertas antes de percorrer seus braços até os cotovelos. Ele a apertou gentilmente, sacudindo-a para obter atenção.

— Você não vai se arrepender, Amber.

Já estou arrependida, ela pensou. E então sorriu. Arrependera-se pela metade de sua vida. Qual era seu problema? Queria mudar de vida. Namorar Christopher Uckermann era uma boa forma de começar. Ela se consolou pensando que se ele não a reconhecera até então, não reconheceria mais.

Christopher refletia sobre aquele pequeno sorriso que se formava sedutoramente nos lábios dela antes de desaparecer nos grandes olhos azuis-esverdeados.

Jenny Michaels tirou um lápis de trás da orelha.

— Ei, Christopher Dean. Não o vejo há um mês. Já vou atendê-lo.

— Apenas traga-me galinha frita com os acompanhamentos — ele pediu.

— Ei, cozinheiro, galinha frita com todas as guarnições — ela berrou do outro lado do salão.

Dulce entrou pela porta lateral e sentou-se em um banco do bar.

— Oi, Dulce. É melhor eu anotar seu pedido antes de o cozinheiro se afundar em hambúrgueres e batatas fritas. O que deseja?

— Oi Jenny. Quero uma salada. Ah! E não esqueça que quero...

— Eu sei. Você quer seu ovo cozido cortado em quatro. Sem presunto. Somente galinha. E molho ranch sem gordura.

— Eu sou tão previsível assim?

— Não sei. É?

— Apenas traga minha salada. Guarde as atitudes de divã de psiquiatra para quem precisa.

— Falando em divã... há alguém que eu gostaria de levar para um.

Dulce virou, seguindo com os olhos a direção do lápis de Jenny, e então quase caiu do banco quando Christopher Uckermann as fitou do outro lado do salão.

Meu Deus! Ele está aqui! O que faço? E se ele...?

— Não fique tão irrequieta — disse a si mesma. — Lembre-se: ele não sabe de nada.

Sem compreender as palavras enérgicas que Dulce dizia a si mesma, Jenny ergueu a sobrancelha alguns centímetros.

— Não é o que ouço dizer. Ouvi dizer que ele sabe muito. E se eu tivesse minhas armas, ele me ensinaria alguma coisa.

Christopher se mexia com desconforto mediante os olhares penetrantes delas. Era evidente que ele era o centro da conversa. Conhecia bem Jenny, mas não podia reconhecer a mulher no canto. Ela parecia familiar, mas não era exatamente seu tipo. Seus cabelos estavam presos em um pequeno coque no topo da cabeça. Pior, seus óculos estavam fora de moda há tempos e ela quase não se maquiava. E o vestido. Deus! Sua mãe costumava usar vestidos daquele. Se isso não fosse o bastante, a maneira que ela pediu a comida, tudo separado e em ordem, parecia meio meticuloso e, na verdade, uma grande perda de tempo, considerando que tudo iria para o mesmo lugar.

Jenny cutucou Dulce, que rapidamente virou de costas para o olhar de Christopher.

— Acho que Christopher notou que estamos falando dele.

— Ele teria que ser cego para não notar. Você estava apontando.

— Não vale a pena ser tímida, acredite em mim.

Dulce enterrou o rosto nas mãos. Não havia como ele a reconhecer como Amber. E depois, bibliotecárias não seduziam, arrumavam prateleiras.

Christopher sorriu para a garçonete quando sua comida foi servida. O aroma era atraente, assim como o pensamento sobre aquela noite. Mal podia esperar para ir a Savannah e sair com Amber.

— Precisa de algo mais? — Jenny perguntou, pestanejando. — Qualquer coisa?

Christopher riu ainda mais. Sabia que Jenny estava flertando, mas era um tipo de flerte inofensivo e para o qual ele tinha o dom.

— Se eu precisar, Jen, ligarei para você.

Jenny sorriu e se afastou.

Ele atacou a comida com satisfação. Jenny era legal. Mas não tinha o que Amber Champion tinha, incluindo um par dos olhos mais verdes que ele jamais vira. Ou seriam azuis? Mas isso não importava. Depois daquela noite, ele conheceria muito mais sobre Amber Champion do que apenas seus olhos.