Fanfics Brasil - A dama da noite {DyC} [terminada]

Fanfic: A dama da noite {DyC} [terminada]


Capítulo: 8? Capítulo

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CAPÍTULO 4


 


— Corram! — Dulce chamava. — Vamos nos atrasar para a missa.


Suas tias desceram as escadas em uma onda de lavanda, segurando suas bíblias contra o peito, os cabelos penteados com perfeição.


Wilhemina olhou a escolha de roupa de Dulce e fungou em aprovação quando a sobrinha colocou a blusa amarela para dentro da saia pregueada branca:


Você está com sua bíblia?


Sim — ela apontou para a mesa do corredor onde a bíblia e sua bolsa esperavam para sair. — Vamos, tia Rosie. Não quero chegar atrasada novamente, como domingo passado.


O banco das Saviñon era o segundo do lado esquerdo, desde 1899, quando a Igreja Batista do Sul de Tulip foi criada. Naquela época, Wilbur Saviñon era um jovem de 16 anos, e jamais imaginaria que mais tarde seria pai das duas senhoras que agora estavam atrasadas no quarto de vestir da antiga casa da família.


Não encontro meu chapéu — Rosemary resmungava. — Eu estava com ele outro dia. Será que deixei...


Está no aparador da sala de jantar — disse Wilhemina, com um suspiro longo. — Querida irmã, se você tivesse cérebro, seria muito perigosa.


Dulce pegou o chapéu florido e elegante e colocou sobre o penteado de tia Rosie. Ela piscou diante do sorriso de complacência da pequena senhora enquanto colocava a bolsa a tiracolo.


Nos três últimos anos, Rosemary vinha se tornando incrivelmente esquecida. Dulce não queria pensar nas implicações de tal comportamento. Agora, simplesmente queria sentar em frente ao pastor antes de ele começar a pregar.


Espero no carro — Wilhemina anunciou, e caminhou pela porta como se fosse para a guerra.


Acho que vou dirigir — resmungou Rosemary.


Dulce tentou não se impressionar enquanto empurrava a tia pelo portão:


— Por que não me deixa dirigir, querida? Estamos meio apressadas esta manhã, não acha?


Ignorando completamente o fato de que não dirigia há mais de 15 anos, Rosemary considerou a sugestão e finalmente concordou.


— Acho que tem razão, querida.


Ao chegarem à Igreja, a música do órgão soava maravilhosamente, passando pela entrada e invadindo a rua. Effie Dettenberg estava em plena forma. Effie podia ser a fofoqueira não-oficial da cidade, mas era a organista oficial da Igreja.


Dulce lutou para ajudar as tias a subirem os degraus. Com a mão firme sob cada cotovelo ossudo, ela as guiava. Porém, Rosemary virou repentinamente, como se tivesse oito anos e não oitenta, e começou a descer os degraus.


Esqueci minha bíblia! — ela disse. — Não vou demorar nada.


Oh, Deus — Dulce lamentou, quando a pegou pelo braço a tempo de evitar um tombo. — Espere, tia Rosie. Deixe que eu pego.


Wilhemina engasgou e lançou um olhar arregalado, certa de que elas estariam sendo ouvidas e que sua reputação estaria ameaçada.


— Dulce! Hoje é domingo. Não fale o nome de Deus em vão!


Dulce sorriu e pediu desculpas, detendo o impulso da outra tia, e correu, deparando-se com aquela parede de músculo com colônia de almíscar familiar. Mãos fortes a pegaram, impendido que caísse. Ela murmurou um obrigado inaudível e tentou não se apavorar.


Ah não! É Christopher! Ele veio à igreja!


Christopher sorriu para si mesmo ao observar marcas vermelhas de pincelada nas bochechas da moça. A sobrinha das Saviñon era uma mulher estranha, essa era a verdade.


— Bom dia, Christopher Dean! — Rosemary berrou, passando a mão pelo braço dele. — Como estão seu pai e sua mãe na Flórida? Estou quase me decidindo a ir para lá. Não suporto mais estes invernos como antes.


Dulce abaixou a cabeça e correu pelos degraus. Com o coração batendo em ritmo de pavor, ela seguiu até o carro para pegar a bíblia.


Agarrar a mulher que tinha ido de encontro ao seu peito foi reflexo, mas a curiosidade fez com que ele olhasse quando ela voou pelos degraus da escada abaixo.


As pregas brancas e engomadas quase ocultavam suas pernas longas. E a blusa larga colocada de forma descuidada para dentro da saia quase disfarçava uma figura muito voluptuosa. Ele se perguntava por que nunca havia notado isso na sobrinha das Saviñon.


A subida das escadas não foi nem de perto tão veloz quanto a descida. E isso não ocorreu por ela estar sem fôlego, e sim porque Christopher Uckermann estava no topo da escadaria, entre suas tias, observando-a com aqueles olhos azuis-claros.


Srta. Saviñon — ele disse cordialmente, sorrindo para si mesmo dada a forma com que Dulce abaixava a cabeça enquanto passava. Ele imaginava por que ela enrolava os cabelos bem no topo da cabeça e depois pensou por que se importava com isso.


Sr. Uckermann — Dulce respondeu. Para sua sorte, tia Witty estava ainda mais ansiosa para entrar do que ela. Afinal de contas, elas tinham uma reputação a zelar.


Dulce sentou-se no banco e suspirou de alívio, agradecida por ter escapado. Mas logo percebeu que Christopher Uckermann estava demorando mais tempo do que precisava olhando para ela com aquele olhar aguçado. Uma vez, ela chegou a ver os olhos dele arregalando e suas narinas incendiando, como se algo chocante o tivesse acometido. Ela prendeu a respiração, fechou os olhos e rezou como nunca. Quando olhou novamente, ele tinha virado, parecendo não dar importância à sua existência.


Obrigada, Senhor — ela sussurrou, sentando-se novamente, quando a música foi encerrada.


Que legal! — murmurou Rosemary, dando um tapinha no joelho de Dulce.


O que é legal, tia Rosie? — ela perguntou.


Você agradecendo a Deus. — O sorriso do rosto de Rosemary desapareceu quando Wilhemina deu uma cutucada em suas costelas.


— Ui — gemeu Rosemary, olhando indignada para a irmã.


— Sshhh! — exclamou Wilhemina.


Elas obedeceram, esquecendo todo o resto.


De onde Christopher estava sentado, tinha uma visão privilegiada da sobrinha das Saviñon e estava confuso. Havia algo familiar...!


Meu Deus! Ela lembrava Amber!


O suor brotava em sua nuca quando ele fechou os olhos e respirou calmamente. A Igreja não era local para pensar naquela mulher. Agora enlouqueceria de vez. Não podia controlar o pensamento sobre como aquela sobrinha solteirona se parecia com Amber. Elas não podiam ser mais diametralmente opostas.


Ele olhou apenas mais uma vez para o banco das Saviñon e novamente teve a sensação de déjà-vu. Sacudiu a cabeça, pegou o livro de músicas e cantou um hino sobre a vida no Céu, Near the cross, sem saber que estava mais perto do paraíso do que podia pensar.


Do outro lado, Dulce percebeu que manter Christopher Uckermann em sua vida poderia ser impossível.


— Você terminou de fazer a lista de compras? — Dulce perguntou.


Desde o quase desastre da Igreja, estava com péssimo humor. Tinha chorado duas noites seguidas. Tinha uma dor de cabeça insuportável e sabia que se não se recompusesse e tomasse uma decisão sobre sua vida dupla, perderia a cabeça... assim como a Christopher.


— É tudo que preciso, mas se você quiser algo especial, pode comprar. Talvez algum sorvete de chocolate com calda ou biscoitos de marshmallow. Você gostava muito deles — Wilhemina respondeu!


Dulce sabia que suas tias sentiam seu estresse. Conforme os dias passavam, elas ficaram cada vez mais chateadas juntamente com ela, fazendo com que se sentisse culpada por causar tanta dor. Suspirando, envolveu a tia em um abraço apertado e a beijou na bochecha.


— Oh, tia Witty eu amo você. E estou bem. Não preciso de sorvete ou daqueles biscoitos de marshmallow. Só preciso de um abraço.


Wilhemina retribuiu o abraço, juntamente com um olhar de culpa.


Sei que nem sempre demonstramos tanto nossos sentimentos quanto você gostaria, mas...


Aquiete-se agora. Vocês são ótimas. Não quero que você nem tia Rosie mudem um fio de cabelo. Está claro?


Embaraçada com a demonstração não usual de afeição, Wilhemina resmungou:


Está certo, mas você não deve se apressar. Não preciso das compras antes do jantar.


Está certo. Vejo vocês mais tarde.


Ela saiu da casa com o coração mais leve e a determinação de não remoer mais as idéias. Estava claro que sua tristeza tinha preocupado as tias desnecessariamente. O que quer que estivesse errado em sua vida era culpa dela mesma, de ninguém mais. Não havia razão para chatear outras pessoas com o que fazia.


Effie Dettenberg estava analisando os rótulos de pacotes de biscoito. Um dizia que era diet e o outro dizia que era light. Na opinião dela, nenhum dos fabricantes estava dizendo a verdade.


Estreitou os olhos quando viu uma figura familiar no fim do corredor. Se não estava enganada, acabara de ver Dulce. Com um olhar determinado, desviou o carrinho pelo corredor.


Dulce estava lendo sua lista, tentando decidir se a mensagem enigmática na parte inferior era algo que tia Rosie queria que ela comprasse ou se era apenas uma anotação para lembrete.


Effie percorreu o corredor e se colocou entre o carrinho e os galões de suco.


— Olá, Dulce.


Dulce disfarçou um suspiro:


— Srta. Effie.


Effie jamais perdia tempo com rodeios. Se alguém acreditasse em reencarnação, poderia dizer que Effie Dettenberg tinha sido assassina em outra vida, pois ela ia direto na jugular, sempre.


— Dulce, sei que não é da minha conta... Mas sou capaz de jurar que vi você andando pelo beco numa noite dessas. Sinto-me na obrigação de dizer que não é seguro para moças...


Dulce sentia todo o sangue de seu corpo descer para os pés. Todo o medo com o qual vivera desde que embarcou naquela farsa veio à tona. E com tanta gente para vê-la!


A voz dela era calma, mas seu coração estava batendo contra o peito como um passarinho preso numa gaiola:


— Huumm, tem certeza de que era eu?


Effie franziu o cenho. A safada negaria.


— Sim. Apesar de as árvores de magnólia dos Williams me atrapalharem um pouco, pude ver perfeitamente o carro em que você entrou. Sou capaz de jurar que pertence àquela prostituta. Você sabe...


Deus, estou morta! As árvores de magnólia dos Williams? Se ela me viu no carro de Anahí, isso quer dizer que estava me observando de binóculo da janela de cima de sua casa!


— Não posso imaginar o que a fez pensar que era eu. — Dulce olhou para sua lista, fingindo para si mesma estar ocupada com as compras, e então falou: — Foi ótimo tê-la encontrado, Srta. Effie. Mas tenho que terminar as compras. Tia Witty está esperando.



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Autor(a): theangelanni

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Deus, estou morta! As árvores de magnólia dos Williams? Se ela me viu no carro de Anahí, isso quer dizer que estava me observando de binóculo da janela de cima de sua casa! — Não posso imaginar o que a fez pensar que era eu. — Dulce olhou para sua lista, fingindo para si mesma estar ocupada com as compras, e então falou: ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 41



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  • anne_mx Postado em 19/02/2022 - 05:22:22

    EU AMEI! Toda mulher precisa de um Christopher desses para valorizá-la <3

  • stellabarcelos Postado em 23/09/2015 - 00:53:57

    Amei muito!!! Parabéns!

  • euvondy21 Postado em 08/11/2009 - 01:46:10

    desculpa demorar taaaaaaaaaaaaaaaanto tempo para comenta..
    mas enfim...perfaaaaaaaa...mto linda...bjjussssss

  • rebelde Postado em 01/05/2009 - 00:24:03

    e os filhos, a lua de mel??????????? ahahha mas ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, perfeita, faz mais webs desse tipo[2]

  • josii Postado em 28/04/2009 - 14:31:39

    AMEEEIII O FIM DA WEB, FOI DEMAIS!


    POSTAA MAIS WEBS DESSE TIPOO.
    BJOS

  • rebelde Postado em 24/04/2009 - 21:15:25

    leitora novaaaaaaaaaaaaaaaa
    amei tah perfeitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • josii Postado em 24/04/2009 - 15:33:22

    PERFEITAA, TOO AMANDOO . POSTAA MAIS!

  • rebelde Postado em 21/04/2009 - 19:45:58

    foi a primeira vez que leioooooooooooooo, ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ii postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • SweetcandYCandysweeT Postado em 21/04/2009 - 17:20:22

    Guria, sem nossão ! Ameiiii sua web !
    Todo dia venho ver se tem cap novo !
    Posta mais !!
    (passa na minha web nova : esperanças)

    Beijijijinhos, fã numero um ___ s.c

  • marques Postado em 21/04/2009 - 15:05:56

    PERFEITOOOO
    Adorei o capítulo!!!
    Lindo!!!
    Posta sempre!!!
    Beijos*


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