Fanfics Brasil - EPISÓDIO 1 - PASSAGEIRO NEGRO DEXTER: O PASSAGEIRO NEGRO

Fanfic: DEXTER: O PASSAGEIRO NEGRO


Capítulo: EPISÓDIO 1 - PASSAGEIRO NEGRO

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Algumas vezes é meio constrangedor explicar tudo outra vez. Tentar mostrar às pessoas o que sou, o que faço e como vivo.


     Bom, meu nome é Dexter Morgan, sou perito forense do distrito de Miami com especialização em espalhamento de sangue. Eu sei, muita informação para descrever uma profissão. Mas todos me chamam de “o cara do sangue”.


     Nas horas vagas, pratico o meu hobby. Sou um assassino em série, que mata pessoas consideradas culpadas, ou seja, que já tenham matado outras pessoas.


     Agora, estou a caminho da delegacia.


     Dirijo pela rua principal, passando pela mariana e sentindo o vento forte de Miami. Uma cidade praiana, boa de se viver, e praticamente pacata.


     Chego no distrito e estaciono ao lado do carro da minha irmã, Detetive Débora Morgan.


     Pego o meu cartão de identificação, a minha bolsa preta de alça e algumas pastilhas de menta. Deslizo o cartão sob o aparelho e a porta se abre.


     _ Bom dia, Morgan. – fala uma das policias.


     Aceno em troca e entro no elevador. Segundos depois, chego ao departamento de homicídios, o lugar onde meus conhecidos trabalham.


     Tudo está mais calmo. O cubículo que abriga os meus colegas de trabalho parece mais limpo e organizado. A mesa de Deb, – todos chamam minha irmã assim. – a primeira da entrada, está com um aspecto bem melhor, considerando que organização não é um dos fortes dela.


     A mesa do detetive Ramon Batista, apesar de nunca espelhar desordem, está incrivelmente lustrada.


     Maria Laguerta, nossa tenente, que possui um espaço separado dentro do cubículo - sua própria sala – transparece um ar de graça e felicidade. Quem sabe não foram as rosquinhas que trouxe semana passada?


     _ Oi, brother. – fala Deb, levantando-se da cadeirinha preta.


     _ Oi, Deb. – retruco, acenando.


     Bom, Deb é uma mulher de 30 anos, para mim uma eterna garota. Cabelos pretos e compridos, olhos verdes, como os de papai, pele branca, e corpo fino. Magro. Não sei bem como descrever...


     _ Que porra você está usando hoje? Droga, Dexter... – péssimo hábito dela de intercalar uma conversa com nomes impróprios.


     Olho para a minha blusa e vejo que ela está completamente amassada. É uma social verde-limão. Trajo uma calça branca e sapatos marrons.


     _ E esse cabelo, porra...


     Ela sorri, mostrando os belos dentes brancos, e tenta penteá-los. Os meus fios castanho-escuro voltam ao lugar, assim como meu sorriso alvo após saber que tenho uma irmã maravilhosa para cuidar de mim.


     Continuo andando e cumprimento o Detetive Ramon Batista, ou somente Batista.


     Ele é um homem de 38 anos, branco, corpulento, meio gordo, cabelos pretos e cavanhaque que pode ser considerada uma marca indissociável.


     Laguerta, a Tenente, sentada na sua sala. Uma mulher morena, de 40 anos, cabelos pretos e semblante calmo. Fibra e ambição definiriam melhor ela.


     Batista e Laguerta são cubanos, radicados nos EUA.


     Detetive Batista e Tenente Laguerta


     _ Hey, Masuka! – aperto a mão do meu parceiro e entro na minha sala.


     Masuka é analista forense, assim como eu, mas especializado em análises de DNA. Um homem de origem japonesa, constando 30 anos no máximo, e baixíssima estatura. Ele me mataria se soubesse que estou o descrevendo assim.


     _ Hora do show. HAHAHAHA – Masuka entra abruptamente na minha pequena sala e sorrir, um riso habitual, parecido com o de um monstro antes de atacar.


     Tenho ideia do que vem pela frente. Teorias malucas sobre algum caso de homicídio.


     _ Mais tarde vou ter um encontro com Geórgia Tavares. Uma linda prostituta vinda do interior da Flórida somente para mim.


     _ Cubana? – pergunto.


     Masuka entra na sala e aperta meu ombro.


     _ Não, amigo. Cubana. – imita Masuka, falando espanhol. – À propósito, você cresceu mais.


     Encaro ele e não vejo o sentindo da brincadeira. Não que eu estivesse errado em descrevê-lo como baixo, mas também sou um pouco suspeito. Tenho 1,68 de altura, apenas.


     _ Brincadeira, cara! HAHAHAHA


     Tento levantar um meio sorriso.


     Visto o jaleco, ponho as luvas de látex, pego o vidro retangular que contém a amostra de sangue e ajusto no microscópio.


     _ Hey, Dex! – Deb bate no vidro da janela. – Reunião na sala da Laguerta!


     Sigo com Masuka até lá.


     Deb e Batista chegam logo depois.


     _ Ok. Temos o caso do “Assassino do violão”. – Laguerta impões mais a voz e começa a andar, lendo os papéis que tem na mão. – Cinco corpos, femininos, abdomens comprimidos como um violão. Masuka?


     _ Descobri que o assassino usa uma espécie de máquina...


     _ Como um porra do caralho de um “homem do futuro”? – interpõe Deb.


_... uma máquina para comprimir os abdomens. Provavelmente fabricada pelo próprio. Uma escavadeira seria uma boa para o corpo de uma estrutura assim...


     Travis Mcgonagall é o nome do “Assassino do violão”. Velhos hábitos de chegar primeiro no culpado antes dos meus colegas. Por que se fosse o contrário, Travis estaria preso agora e eu não teria a oportunidade de mata-lo. De poder liquidar um culpado.


     “Passageiro sombrio”. É o nome que dou ao meu desejo de matar.


     Graças a Harry, meu pai adotivo – e biológico de Deb – pude canalizar esse desejo especialmente a pessoas más. O “código de Harry”, título criado por mim, são as regras que ele me ensinou ao... ao descobrir o que eu era: um assassino em série.


 


     _ Dex? – falou meu pai, olhando fixamente nos meus olhos.


     Estávamos no barco dele, na marina, em Miami. Eu tinha dez anos de idade.


     _ Não fiz aquilo.


     _ Dex, vou perguntar mais uma vez. – pediu Harry. – Você matou o gato da Senhora Maple?


     Curvei a cabeça e respondi baixinho.


     _ Sim.


     Harry suspirou.


     _ E gostou, Dex?


     Demorei alguns segundos.


     _ Sim.


    


     Acho que foi aí a grande descoberta de Harry. Me tornaria um psicopata nato. O meu pai lutou para me proteger. Desde essa idade, ensinou-me como usar o meu “passageiro sombrio”.


 


     _ Só pessoas culpadas, Dexter. – dizia Harry, enquanto comíamos.


     _ Ok, papai.


     _ Primeira regra?


     _ Não seja pego.


     _ Segunda regra?


     _ Pessoas culpadas. Só posso matar alguém que já fez o mesmo com outras por motivos injustos.


     Harry sorriu.


     _ Bom garoto, Dex.


     E deu uma assanhadinha no meu cabelo.


 


     Não seja pego... Primeira regra do “Código de Harry”.


     E não serei. Neste momento, imagino um jeito de pegar a minha trigésima vítima.


     Travis Mcgonagall, você é todo meu.


 


 



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Autor(a): lucasf200

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