Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon

Anahí

O dia passou arrastado, eu estava irritadíssima, mas com um leve sentimento de vitoria. Fui chamada atenção varias vezes durante a gravação, eu estava distraída de mais. E graças a deus eu não tive nenhuma cena com a Dulce. Para falar a verdade eu nem a vi depois do incidente no camarim. Já estava de noite e eu não via a hora de ver minha querida amiga Maria. Liguei para Liz, dei a noticia de que teríamos uma hospede por um tempo em casa e falei que era para ela ir direto para casa ficar com o Enzo, já que não gosto de deixar ele o tempo todo com a babá. Sai da televisa e nem se quer dei tchau para as pessoas direito, fui correndo para o aeroporto e Maria já me esperava no portão de desembarque.

Anahí: Maria! – Eu disse já abraçando-a. – Que saudades!

Maria: Poe saudades nisso! – Ela soltou do abraço. – Deixa eu olhar para você! – Ela se afastou um pouco de mim. – Nossa, mas continua maravilhosa, linda, esplêndida, nem parece que fez quarenta esse ano!

Anahí: A para com isso! – Sorri. – Você também não mudou nada, continua com essa carinha de moleca!

Maria: É serio Anahí, eu não te vejo pessoalmente a quanto tempo? Cinco anos?

Anahí: Vai fazer seis em dezembro. – Fomos andando em direção a saída do aeroporto.

Maria: Como o tempo voa né?! Mas me fala como estão seus filhos? Estou louca para conhecer o Enzo! E a Liz meu deus, deve esta uma mulher já!

Anahí: Ai Maria, eu tenho tanta coisa para te contar! Aconteceram tantas coisas nos últimos meses – Eu respirei fundo ao lembrar dos últimos meses.

Maria: Então pode começando, porque sei que não nos falamos desde o seu aniversario, então pode ir começando agora!

Anahí: Não, vamos sentar em um restaurante que eu conto tudo. Mas me diga, fez boa viagem?

Pegamos o carro e paramos em um restaurante qualquer, estávamos com fome e não queríamos ficar escolhendo muito. Sentamos em uma mesa na parte externa no restaurante, fizemos o pedido, pedimos umas bebidas e como sempre ascendendo os nossos cigarros.

Maria: Ué, mas você não disse que tinha parado? – Ela estava sentada a minha frente em uma mesa de dois lugares, típica de encontro.

Anahí: Eu parei, mas já voltei!

Maria: Então, agora me fale o que tem acontecido, porque de verdade você esta com uma cara péssima.

Anahí: Pedro chamou eu, Maite, Poncho, Christian, Ucker e Dulce para fazer uma novela.

Maria: É eu vi na internet o comercial e algumas entrevistas. Vai estrear no final do ano né?!

Anahí: Isso, em dezembro. Mês que vem já! – Dei um trago no cigarro. - Mas então, você sabe que desde que houve aquilo tudo com a Dulce quando éramos jovens, eu nunca mais conversei com ela, trocava algumas palavras essas coisas, mas nunca mais tivemos contato como antes.

Maria: Hum, acho que já to sacando, ela tem haver com esse chupão ai no seu pescoço? – Ela riu da cara que eu fiz ao tampar o pescoço.

Anahí: Ai, não acredito, a maquiagem já saiu? – Eu revirei os olhos.

Maria: Tem ou não tem haver? – Ela perguntou de novo.

Anahí: Tem! – Eu disse meio tristonha.

Maria: Meu deus Anahí, mas ela não ta casada? Me conta essa historia todinha, desde o inicio! Quero detalhes!

Comecei a contar com um pouco de medo e claro com tristeza de lembrar das coisas que estavam acontecendo. Era a primeira vez que eu falava disso com alguém, e de verdade eu não sabia que ia doer tanto ficar falando das coisas que aconteceram, das coisas que ela disse, das coisas que fizemos. Sem a menor vergonha eu falava e também chorava às vezes. Maria estava ouvindo tudo de boca aberta e tentando me consolar da melhor maneira possível. Segurava minha mão, limpava minhas lagrimas, me pedia calma. É incrível como ela faz com que eu me sinta bem mesmo com toda essa situação em minha vida.

Anahí: Não… Ai quando chegamos perto e vimos que eram Sophia e Liz se agarrando eu não tive reação Maria!

Maria: Para tudo! Sophia filha da Dulce com a sua filha Liz? – Ela ia dar uma garfada em sua comida, mas desistiu.

Anahí: Sim, Liz e Sophia namoram a mais de um ano, acho que um ano e seis meses se não me engano. Descobrimos tudo aquele dia!

Maria: Olha só que ironia do destino em! – Ela ria olhando para mim.

Anahí: Como assim? – Fiquei confusa.

Maria: Ele separou vocês quando jovens, e de uma maneira muito estúpida, ai vocês foram viver suas vidas, se reencontram depois de quase vinte anos, com cabeças totalmente diferentes, novas mulheres para falar a verdade. Mas ainda com o mesmo amor que sentiam uma pela outra! E para ficar ainda mais forte a filha de vocês namoram. Isso é o destino gritando com vocês que não acabou ainda!

Anahí: Pelo amor de deus Maria, você ta é falando merda! Quem disse que eu ainda amo a Dulce? E você não entendeu o que eu disse? Ela é uma vadia, só quer me usar! Ela não sabe o que é amar alguém!

Maria: Merda esta falando você! Porque você não precisa dizer nada, esta estampado na sua cara que você ainda a ama, que nunca esqueceu, e que nunca vai esquecer! E tenho certeza que Dulce também te ama tanto quanto!

Anahí: É… – Eu parei para pensar um pouco, em muitos anos que eu não dizia nem em pensamentos que a amava. – Eu acho que a amo mesmo. – Disse quase chorando de novo.

Continuei a contar, falamos bastante de Sophia e Liz também. Ela estava dizendo cada coisa, mostrando cada atitude de Dulce de uma maneira totalmente diferente da que eu via. Que tudo estava começando a fazer sentido, mas mesmo assim, é fácil falar quero ver fazer passando pelo o que eu estou passando. Terminei a historia exatamente onde tinha começado, no meu chupão.

Maira: Então quer dizer que ela tem ciúmes de mim? – Ela sorriu maliciosamente. – Acho que tive uma grande idéia!

Anahí: Outra idéia maluca? Não, não, por favor vamos deixar como esta, nada de idéia! – Já estava ficando cansada mentalmente.

Maria: Relaxa, essa é boa e você não vai ter que fazer quase nada. – Ela parecia mesmo decidida.

Anahí: Fala Maria, fala… – Já eu estava sem fé.

Maria: Vou ter que ficar uns tempos na sua casa, podemos dar a entender apena para Dulce que estamos tendo um relacionamento.

Foi nesse momento em que vi uma luz no fim do túnel, dei um sorriso tão gostoso que senti até esperança de conseguir ter Dulce para mim… Como assim ter Dulce para mim? Olha só o que essa Maria ta fazendo com a minha cabeça! Eu quero é ficar longe dela, quero que ela se mude para bem longe de mim e nunca mais aparece. Chega de ser otaria! Consegui desandar desse assunto e fomos para minha casa, já estava mais que tarde. Chegamos em casa e meus filhos já estavam dormindo. Disse que ela poderia ficar com o quarto de hospedes e que se sentisse a vontade. Tomei um banho bem quente e apaguei na minha cama só de calcinha.