Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon

Anahí

Pedro começou a falar, a agradecer, e depois um monte de gente falou, agradeceu, vi que tinha até gente chorando. Ou esse povo tava sensível de mais ou eu que estou totalmente sem sensibilidade. Vimos o primeiro capitulo da novela e depois finalmente eu fui curtir a festa. Eu estava conversando com algumas pessoas, bebendo cerveja agora, quando Maite me puxou delicadamente me chamando para conversar. Fomos até um local mais afastado e ela já foi perguntando sem rodeios.

Maite: Você ta com a Maria? – Ela me perguntou séria.

Anahí: Não, claro que não. – Eu ri.

Maite: Não é o que parece… – Ela parou por alguns segundos. – Ah, já entendi tudo… – Ela me olhou com aquele olhar de reprovação que eu tanto odeio. – Não acha que esse joguinho só vai machucar mais vocês?

Anahí: Do que você ta falando? – Eu sabia perfeitamente do que ela estava falando.

Maite: Nós éramos tão amigas Anahí, a gente se ajudava tanto, você confiava em mim. – Ela parecia meio triste.

Anahí: Ainda somos amigas, e eu ainda confio em você! Porque ta dizendo essas coisas agora? – Era verdade o que eu disse, mas eu não conseguia mais dizer a verdade, acho que como mal consigo falá-la para mim, é ainda mais difícil falar para ela.

Maite: Você sabe do que eu to falando e porque eu to falando isso. Você e a Dulce só tem se machucado ultimamente, vocês duas, só tem feito burrada em cima de burrada. Não perceberam que nem o tempo fez com que o amor de vocês morressem, não percebem que para vocês duas serem felizes de verdade vão ter que estar juntas. E que o passado já passou, mais nada pode ser feito a não ser se entenderem… – Maite sabia como tocar meu coração na maneira mais profunda.

Anahí: Não Maite, não quero falar sobre isso. – Eu não conseguia mesmo falar. – Você nunca vai entender o que eu passei, então, por favor, não me diga o que fazer e nem como ser feliz. – Ela só disse a verdade, e aquilo doeu muito. Não tive mais cara de ficar ali, sai sem dizer mais nada.

Sai andando pela festa a procura de Maria, que no momento era a única pessoa em que eu confiava falar sobre Dulce. Parei em um dos bares da festa e tomei uma dose de tequila já pegando outra cerveja. Encontrei Maria conversando com Christian. Disse que queria falar com ela a sós e fomos para um lugar bem afastado, onde não tinha ninguém e estava bem escuro também. Olhei para ela a minha frente e não consegui segurar, chorei e a abracei com força. Não estava sóbria e nem bêbada, mas estava no estagio em que toda a minha vontade vinha a tona.

Maria: Calma Anahí, calma. – Ela passava a mão em meu cabelo. – O que a Dulce fez dessa vez?

Anahí: Nada, ela não fez nada, só que a Maite veio falar comigo… – Eu enxuguei minhas lagrimas. – Ela veio dizer algumas coisas sobre eu e ela.

Maria: Mas o que ela disse para você ficar assim, foi alguma coisa ruim?

Anahí: Não, ela disse as mesmas coisas que você, que temos que ficar juntas… Mas não da, não é possível, eu não sei se quero ela, eu não sei se to disposta a sofrer de novo. Não acredito nela, e quando não se tem confiança, não se tem nada!

Maria: Você não acha melhor parar de beber um pouco, relaxar e deixar para tentar resolver isso depois?

Anahí: Não Maria, só me escuta, deixa eu desabafar, mas que saco! – Eu quase gritei.

Maria: Calma, fica calma. – Ela segurou em meu rosto com as duas mãos, seu rosto estava bem próximo ao meu.

Anahí: Você vai deixar eu falar? – Uma lagrima escapou do meu olhar.

Maria: Claro que vou, mas antes pare de chorar como uma adolescente boba. – Ela ainda segurava em meu rosto.

Anahí: Ta então me escuta. – eu segurei em suas mãos que estavam sobre o meu rosto.

Maria: Sou toda ouvi… – Fomos interrompidas por alguém que saiu do meio do nada e do caminho nenhum.

Dulce: Que ceninha mais linda. – Ela se aproximou nos aplaudindo fazendo com que nos separássemos na mesma hora. – Continuem, por favor, não parem porque eu estou aqui. – Seu ar era totalmente irônico.

Anahí: O que você esta fazendo aqui? – Eu disse meio irritada passando a mão em meu rosto tentando limpas minhas lagrimas.

Dulce: Eu? Nada de mais, só vim conferir o quanto santa você diz que é. – Ela sorriu ainda ironicamente.

Anahí: Faça-me o favor né Dulce. – Eu revirei os olhos. – Porque não vai cuidar do seu marido que ta lá na festa e deixa eu cuidar da minha vida em paz?

Dulce: Que isso Anahí, vim aqui disposta a presenciar essa cena linda de vocês e você me trata assim? – Ela estava me irritando fazendo aquela ceninha.

Anahí: Me deixa Dulce.

Maria: É Dulce, se não percebeu, vocês nos atrapalhou! – Ela falou com Dulce pela primeira vez.

Dulce: Hey? – Ela disse abismada. – Eu não falei com você, então, por favor, não se dirija a mim. – Ela voltou a me olhar após terminar a frase. –

Anahí: Você esta proibida de falar assim com a Maria ouviu?

Dulce: Ai que lindo, defendendo a namoradinha… – Ela disse seria. - Pensando bem… Na verdade tendo toda certeza agora. Você não é nem um pouco diferente do que diz que eu sou.

Anahí: O que você quer dizer com isso? – Minha vontade de chorar já tinha se transformado em vontade de da na cara dela.

Dulce: Ué, Anahí… – Ela andou de um lado a outro parando novamente a minha frente em uma pose de superior. – Não se lembra das lindas conversas que tivemos inúmeras vezes? Em que você me chamava graciosamente de vadia, piranha, falando que eu não prestava. – Ela enumerava com os dedos - Que não sabia nada sobre a vida, sobre o que é sofrer. – Ela sorria tão ironicamente que eu estava começando a perder o controle.

Anahí: E o que isso tem haver? – Eu tive que espirar fundo para não começar a gritar.

Dulce: Olha para vocês. – Ela apontou sutilmente com as duas mãos para nós. – Lindas ai juntas… – Ela fez cara de nojo. – Sabia que eu acreditei em você, por um momento achei mesmo que aquelas coisas que você me dizia era verdade. Mas é claro que não era, é claro que quem tava usando quem aqui era você. Fala serio né?! Você nunca quis me ouvir porque sempre teve medo de saber a verdade. Porque se me ouvisse talvez deixaria de ser a pobre coitada da historia, e passaria ser a verdadeira filha da puta. De verdade, não sei como pude acreditar em você e ainda me culpar por algumas coisas. Se eu não presto, você menos ainda. – E saiu sem dizer mais nada, me deixando ainda pior do que eu já estava.