Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon

Anahí

Acho que ninguém reparou nossa ausência. Estavam todos alegres de mais, e bêbados também. Acho que se algum dia formos a alguma festa ou fizermos alguma e ninguém beber é sinal de que o mundo esta acabando. Ou não, porque se o mundo tivesse acabando ai sim que essas pessoas iam beber e muito… Estavam todos rindo alto e falando tudo junto, foi difícil de conseguir entender do que exatamente eles falavam.

Maite: Ah ta bom que você com dezoito anos não fazia essas coisas. – Ela estava falando com Maria.

Maria: Não to dizendo que não fazia, mas que eles deveriam ter se cuidado mais. – Foi ai que entendi que falavam de Nina e Manuel.

Christian: Pensei que ia dar uma de santa Maria, porque santa eu sei que você nunca foi!

Liz: Ainda bem que não tenho esses problemas.

Sophia: Olha eu sou uma boa irmã sempre falei para ela usar camisinha!

Nina: Ai gente, não chega não? Agora já foi feito, minha mãe já vai ser avó e o Poncho já vai ser avô. – Ela riu da cara que Dulce fez.

Dulce: Vou ser avó aos quarenta anos, mas que tristeza! – Ela revirou os olhos rindo.

Poncho: A para Dulce, eu to achando um máximo ser avô tão cedo.

Dulce: Quem diria em Ponchito, eu e você avós do mesmo neto! Não que eu não tenha imagino que isso poderia acontecer, mas esse seu filho ai. – Ela apontou para Manuel como se tivesse reprovando-o. - não conseguiu segurar o pinto ai deu nisso, ta vendo! Eu sendo avó cedo! – Todos riram junto com Dulce.

Manuel: Você fala como se só eu fosse responsável por um filho.

Dulce: Ta falando que minha filhinha se insinuou para você, com jogo e danças eróticos e você não resistiu a ela? – Ela disse seria, mas ao mesmo tempo brincando.

Manuel: Quase isso. – Ele balançou a cabeça positivamente como se tivesse medo da reação de Dulce.

Nina: Manuel! – Ela jogou um guardanapo nele.

Dulce: O que disse rapaz? – Ela parecia seria, mas todos sabíamos que ela estava brincando.

Manuel: Brincadeira amor. – Deu um selinho em Nina. – Que isso dona Dulce. – Ele enfatizou o ‘dona’. – Sua filha é um anjo, eu que a desvirtuei, a culpa foi inteiramente minha, peço-lhe desculpas e em prova do meu arrependimento eu peço o nome da sua filha em casamento! – Ele abriu a mão mostrando a Dulce duas alianças de prata.

Todos ficaram surpresos, tanto que ficamos mudos. Só se ouvia o radio tocando uma bela musica. A cara de Nina era a mais surpresa possível, a de Dulce quase indescritível. Ela estava quase chorando, seus olhos fixos na mão de Manuel logo revezou o olhar entre ele e a filha. Estava super emocionada. Manuel ficou visivelmente sem graça já que com certeza não esperava aquela atitude de todos. [/navy]

Manuel: Então Dulce, você me concede a mão de sua filha mais velha em casamento? – Ele sorria de canto com um certo medo nos olhos.

Dulce: Claro Manuel. – Ela sorriu para ele. – Agora não tem mais jeito.

Manuel: Então Nina. – Ele se virou para ela mostrando as alianças. – Você quer ser minha, só minha mulher, daqui até a eternidade?

Nina: Eu… – Ela estava nitidamente sem palavras. – Você ainda tem duvidas sobre isso?

Manuel: Isso quer dizer que sim ou que não? – Ele fez uma cara engraçada.

Nina: Que sim é claro! – Ela o abraçou. – Eu te amo, eu te amo, eu te amo… – O beijou rapidamente.

E foi exatamente assim que Nina se tornou noiva aos dezoito anos. Grávida de quase três meses… E a noite continuou com tudo. Beijos e carinhos dos casais, crianças correndo pela casa. Olhares e sorrisos que eu e Dulce trocávamos a ponto de quase nos despirmos, olhares que me faziam suspirar e levar cutucadas de Maria. Conseguia ler exatamente o que eles diziam. Desejavam meu corpo, meu calor, meus beijos, meu suor. Sem duvidas os meus também diziam o mesmo… Ou estava mesmo todo mundo bêbado, ou ninguém estava mesmo reparando nossos olhares e sorrisos, tirando Maria é claro… Deveriam ser umas três e meia da manha e ninguém tinha dado se quer sinal de que queriam ir embora. A musica estava razoavelmente alta, conversávamos em pé, meio que espalhados próximos a piscina. Eu conversava diretamente com Christian, Felix e Maria. Dulce com Maite e Ronald. Liz, Nina, Poncho, Ucker, Manuel e Sophia conversavam entre si… Estávamos todos falando do mesmo assunto, mas meio que discutindo em cada grupo, nada de muito polemico… Olhares vão, conversas vem e do nada sinto Maite me puxar delicadamente, me tirando do papo sem que quase percebessem. Ela estava segurando Dulce com uma mão e me segurando com a outra. Nos levou até próximo a mesa de petiscos e nos olhou com aquele sorriso típico dela de ‘sei de tudo’.

Maite: Subindo as escadas, segunda porta a esquerda… O quarto esta vazio e tenho certeza que ninguém vai reparar a ausência de vocês por um tempinho. Só não demorem muito. – Ela continua com o mesmo sorriso.

Dulce: Como? – Ela se fez de desentendida.

Maite: Não se faça de idiota Dulce, é melhor irem logo antes que tirem uma a roupa outra da outra com os olhos aqui em baixo.

Dulce me olhou como se perguntasse se eu estava afim. E no mesmo instante eu respondi com o sorriso mais cafajeste possível. Maite riu da gente e Dulce sorriu para mim igualmente.

Maite: Sobe na frente Dulce. – Ela mexeu a cabeça como se dissesse ‘vai’, na mesma hora Dulce foi em direção a casa, nos deixando para trás. – E você Anahí, por favor, não se esquece de trancar a merda da porta ok? E não demorem muito para eles não darem falta. – Saiu me deixando sozinha.