Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon

 Anahí

Maria: Desculpa… – Ela nos olhava envergonha, Dulce com ódio e eu com vontade de rir. – Pensei que estivesse sozinha. – Ela disse já se retirando e fechando a porta de novo.

Anahí: Maria? – Eu a chamei e ela voltou a abrir a porta, mas sem entrar. – Fala o que você quer…

Maria: É que a Babá disse que você já tinha acordado, e como acordei agora, vim ver se você queria comer. Mas não sabia que estava ocupada.

Dulce: Ela vai comer comigo. – Ela disse como se fosse minha dona. Eu e Maria rimos.

Anahí: Desculpa Maria, mas eu vou sair com a Dulce.

Maria: Tudo bem! – Ela disse sorrindo.

Anahí: Então, se alguém perguntar diz simplesmente que eu sai, que não disse a onde ia, nem com quem ia e nem que horas eu volto.

Maria: Eu digo!

Anahí: E mais, a babá vai ficar aqui, mas qualquer problema com o Enzo ou com a Liz você me liga, só vou atender se for você porque sei que será uma emergência.

Maria: Sim senhora. – Seus olhos me chamaram de ‘safada’ – Vai voltar hoje?

Anahí: Vamos né?! – Perguntei a Dulce.

Dulce: Vamos!

Maria: Então, tenham um ótimo dia. – Saiu fechando a porta.

Dulce: Ela sabia da gente? – Ela me olhou meio irritada.

Anahí: Ela sempre soube assim como Maite e todos os outros.

Dulce: Não, eu to falando de agora!

Anahí: Sim, porque?

Dulce: Não sei, não gosto dela…

Anahí: Para com isso! – Revirei os olhos e fui em direção ao closet. – O que eu visto?

Dulce: Nada. – Ela sorriu safada para mim.

Anahí: Se ficar me olhando assim, vamos acabar passando o dia aqui no meu quarto.

Dulce: Não seria uma má idéia. – Ela foi se aproximando de mim.

Anahí: Claro que não seria, se meu filho não estivesse ai, se a Liz não fosse chegar a qualquer momento.

Dulce: Então se veste logo antes que eu enlouqueça… – Ela sorriu e se afastou. – Vou esperar na sala, se não vou acabar ficando por aqui o dia todo.

Anahí: Ta, mas eu visto o que?

Dulce: Uma roupa confortável.

Anahí: Aonde vamos?

Dulce: Você vai ver! – E saiu do quarto me deixando super curiosa.

Estávamos em seu carro já havia uns quarenta minutos. Que lugar mais longe ela foi arrumar de ir. Já havia perguntando onde era umas mil vezes, mas ela insistia em fazer mistério, eu já estava era ficando irritada com tanto suspense.

Anahí: Você ta é me raptando isso sim! – Disse olhando pela janela, era um lugar bonito com muito verde, algumas casas e fazendas se passavam pela gente na estrada.

Dulce: Claro, agora sim você descobriu o segredo. – Ela riu me olhando de canto e logo voltou a olhar para a estrada.

Anahí: Ainda falta muito?

Dulce: Nossa, mas que impaciência, ta parecendo uma criança. – Ela riu mais uma vez. – Mas relaxa que já estamos chegando.

Logo chegamos a uma cidade pequena, entramos em uma rua de terra e fomos até o final dela. Onde havia uma linda fazenda, na verdade um sitio. Um terreno grande, gramado, com arvores, um balanço, alguns banquinhos e uma casa de dois andares que parecia meio abandonada, mas isso não quer dizer que estava acabada e sim fechada a anos.

Dulce: Chegamos! – Ela disse parando o carro em baixo de uma árvore.

Anahí: Que lugar é esse Dulce? – Eu disse ainda olhando ao redor.

Dulce: Era a casa dos meus avós, passei boa parte da infância aqui nas férias. Mas depois que eles morreram nunca mais vim aqui e isso já se faz muitos anos. – Ela olhava para a casa com um olhar meio triste.

Anahí: Acho que me lembro de você ter falado dessa casa há muito tempo para mim. – Eu olhei para ela.

Dulce: Claro que falei, mas nunca pude te trazer aqui. – Ela se virou para mim sorrindo.

Anahí: Ta fechada há quanto tempo?

Dulce: Não sei ao certo. Mas antes de morrer minha vó deixou ordens expressas para o caseiro vir aqui uma vez por semana regar as plantas e fazer uma faxina geral na casa pelo menos uma vez por mês. Minha mãe que vem sempre aqui.

Anahí: Então, vamos entrar?

Dulce: Vamos, quero te mostrar onde era meu quarto, depois a minha casinha na arvore e por final o lugar que eu mais gostava de ficar.

Dulce me mostrou a casa toda, o quarto dela ainda era um quarto de criança. Todo rosa, com ursinhos de pelúcia, fotos dela pequena, bonecas, até uma caixinha de musica tinha. Ela me disse que a avó dela nunca deixou que ela mudasse a decoração do quarto, mesmo depois de grande, e para não contrariar ela deixou como era. Depois descemos e fomos até a parte de trás da casa onde tinha uma árvore bem grande com uma casinha em cima, essa sim estava caindo aos pedaços. E por ultimo fomos até um pequeno lago que ainda tinha peixes e pato.

Dulce: Era esse o lugar que eu sempre mais gostei. Deitava aqui ao lado no gramado nas noites quentes, as estrelas aqui são lindas. As vezes tinha a sorte de ver estrelas cadentes e sempre fazia o mesmo pedido. – Ela sorriu para mim lembrando. – Isso quando adolescente é claro.

Anahí: Nossa, esse lugar é lindo, parece que estou dentro de um desses filmes gostosos de cidade pequena.

Dulce: É assim que sempre me senti aqui – Ela segurou em minha mão e me puxou ficando abraçada comigo. – Esta com fome?

Anahí: Um pouco. – Eu sorria olhando em seus olhos.

Dulce: Ótimo. Então fica aqui que eu já volto! – Ela sorriu, beijou o cantinho da minha boca e se separou de mim .

Anahí: Calma! – Segurei em sua mão. – Onde você vai?

Dulce: Eu já volto Anahí. – Sorriu mais uma vez como se me pedisse para confiar. – Não sai daqui.