Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon
Anahí
A sexta-feira chegou corrida, cheguei a televisa no horário marcado, uma coisa muito difícil para mim. Fui diretamente encontrar com eles na praça de alimentação. E mesmo tendo chegado no horário eu fui a ultima como sempre. Sentei-me ao lado de Dulce trocando um olhar super gostoso. Dei bom dia a todos e logo começamos a falar sobre o show.
Christian: Eu pensei em algumas musicas. – Ele disse com um caderno em mãos.
Dulce: É eu também. - Ela estava tão linda.
Anahí: Ótimo, eu não consegui pensar em nada, na verdade nem tentei, cheguei em casa morta e fui dormir.
Dulce: Fala as que você pensou que depois eu digo as minhas. – Ela tirou um bloco e uma caneta de dentro da bolsa.
Christian: Pensei em abrirmos o show com Fui la niña. – Ele estava olhando no papel. – Depois podemos cantar Un poco de tú amor, em seguida Aún hay algo. – Ele falava rabiscando alguma coisa em seu carderno. – Ai podemos fazer um medley com Quizá, A tú lado e Quererte, ai finalizamos o show com Inalcanzable, Trás de mi e por fim Rebelde.
Anahí: De nome quase não me lembro, mas para mim já esta feito. – Ele fez todo o trabalho pesado de ficar pensando nas musicas.
Poncho: Olha, gostei, mas acho que podemos fazer uma pequena troca. – Ele disse olhando para o caderno de Christian. – Podemos trocar Un poco de tú amor por Que hay detrás.
Dulce: Eu tinha pensando em algumas, você falou quase todas, mas tem uma que quero muito cantar. – Ela disse anotando em seu bloquinho. – Que é Más tuya que mia. Acho que podemos trocar por Trás de mi.
Maite: Essa não é a musica que você escreveu pra… – Ela parou de falar na mesma hora que viu que estava falando besteira, olhando para Dulce e para mim como se pedisse desculpas.
Ucker: É essa mesma Maite. – Ele disse como se soubesse o que ela ia dizer.
Maite: Desculpa, falei sem pensar.
Dulce: Tudo bem, mas convenhamos que não é novidade para ninguém aqui, que escrevi essa musica naquela época para Anahí. – Ela disse com naturalidade e eu fiquei feliz nem sei porque. E sim eu sabia, é claro que sabia que foi feita para mim. Mas confesso que nunca consegui ouvir direito, porque ela foi feita depois da traição. E cantar? Só cantei uma vez que foi para gravar o cd. E para falar a verdade foi uma experiência horrível.
Christian: Então pode ficar assim? – Ele disse perguntando a todos. – 1. Fui la niña, 2. Que hay detrás, 3. Aún hay algo, 4.Medley com: Quizá, A tu lado e Quererte, 5. Inalcanzable, 6. Más tuya que mia e por final 7. Rebelde.
Ucker: Perfeito, acho que agora temos que ir ensaiar né?! – Ele parecia indisposto.
Maite: Sim, vamos ter que reaprender as letras e ver como vamos fazer isso.
Dulce: Nada de dançar, já estou velha de mais para essas coisas de coreografias.
Poncho: Podemos fazer algo meio que acústico.
Anahí: Perfeito.
Terminamos de combinar como seria o show e fomos direto para o auditório que marcamos de ensaiar, chegando lá os músicos já estavam posicionados a nossa espera. Poncho foi buscar as musicas e chegou em menos de dez minutos com tudo pronto, demos as letras com as partituras para os músicos e já começamos a ensaiar. De inicio foi mais brincadeira do que qualquer coisa. Quase ninguém sabia as letras e tivemos que aprende-las de novo. As vezes vinha uns flashs em minha cabeça e eu me lembrava da coreografia e ficava dançando, na verdade aconteceu com todo mundo, porque toda hora alguém começava a rir e a dançar um pedaço de uma musica. Dulce e eu éramos só olhares e insinuações. Fiquei me lembrando da época em que a banda existia. Era tudo mais na cara. Todos da banda sabiam que éramos um casal então vivíamos fazendo gracinhas nos ensaios. Era delicioso, nas partes em que cantava com Poncho, que tínhamos que fazer aquele teatrinho de que éramos mais que amigos, eu sempre fazia com Dulce e a beijava de verdade no final, já que no palco eu não podia fazer. Lembrei também das vezes que tivemos aquelas briguinhas bobas atrás dos palcos, que não nos falávamos durando o show e sempre tinha algum fã comentando que nos odiávamos… Muitas vezes durante o ensaio eu ri sozinha lembrando da juventude, mas posso dizer também que foi bem cansativo, ensaiamos, cantamos, brincamos, rimos, dançamos, até não aguentarmos mais. Fizemos apenas uma pequena pausa para comer, mas logo voltamos a ensaiar com tudo. Só tínhamos hoje e amanha para isso, já que o evento era no domingo. O ensaio estava chegando ao fim, e eu já estava morrendo de fome de novo. Confesso que depois de tantos olhares entre eu e Dulce minha maior vontade era de poder ficar a sós com ela, poder beijá-la, abraçá-la e sentir seu corpo junto ao meu… Eu estava feliz, cantando Inalcanzable, imaginando os beijos de Dulce em meu corpo, quando uma assombração apareceu. Ele ficou de pé sorrindo para ela, nós olhando cantar e quando acabamos a musica ele veio para cima do palco.
Dulce: Benedito! – Ela disse indo em sua direção. Nesse momento todos os meus planos foram por água a baixo trazendo para mim um ciúme enorme.
Benedito: Meu amor. – Ele disse abraçando ela pela cintura e lhe dando um beijo selado. Eu senti nojo, muito nojo e virei à cara. – Boa noite! – Ele cumprimentou a todos, mas eu nem me dei ao trabalho de responder. – Vim buscar você meu amor. Estava com saudades. – Ele disse para ela. Todos estavam prestando atenção ao dialogo deles.
Dulce: Mas eu estou ensaiando, não sei que horas vai acabar. – Ela virou para me olhar, mas eu virei o rosto mais uma vez.
Benedito: Não tem problema, eu sento ali e te espero. – Ele apontou para uma cadeira. – É bom que eu vejo você cantar, eu amo te ver cantando. – Ele abraçou ela mais uma vez.
Dulce: Você esta bem? – Ela disse estranhando. – Aconteceu alguma coisa?
Benedito: Não, só me dei conta que de uns tempos para cá andamos meio distante um do outro, muito trabalho para você e para mim. E não quero me distanciar de você por besteirinhas. – Ele sorria para ela e eu tinha vontade de socar a cara dele. Mas que infame, ficar falando isso para a mulher alheia.
Maite: Calma Anahí. – Ela disse em meu ouvido e eu revirei os olhos já bufando.
Ucker: Olha. – Ele disse indo em direção aos dois. – Acho que já deu por hoje. Amanha a gente ensaia mais. Vocês podem ir.
Benedito: Ótimo, vou te levar para jantar fora e depois podemos passar a noite em algum lugar especial. – Nesse momento Maite me segurou porque sem perceber eu já estava indo na direção dele.
Dulce: Por favor Bene… – Sua voz era de alguém muito cansada. – Eu estou exausta, vamos para nossa casa, pedimos alguma coisa gostosa e deixamos o passeio para depois ok?
Benedito: Tem certeza? – Ele piscou para ela e minhas mãos já estavam fechadas, prontas para socarem a cara dele.
Maite: Para Anahí, para! – Ela disse baixinho ficando a minha frente olhando em meus olhos. – Desse jeito você não vai chegar a lugar nenhum.
Anahí: Eu vou bater nesse cara! – Todo meu corpo estava fervendo, só de imaginar eles dois juntos, ele se esfregando nela. Eu estava querendo vomitar.
Christian: Então Dulce, vai logo, aproveita seu maridinho… – Ele disse chegando perto dos dois e meio que os empurrando para a escada. Esse era outro que também só podia esta me provocando. – Vão para casa que amanha o dia é longo.
Dulce: É eu vou, até amanha a todos. – Ela me olhou nos olhos, eu estava sentindo ódio e ela parecia sentir dor.
Dulce pegou sua bolsa e foi caminhando até a porta com Benedito, que segurava em sua cintura. Eu quis ir atrás, dar na cara dele e na dela também por não ter se separado ainda, pode me fazer de idiota, por me fazer sentir ódio e por me fazer amá-la tanto.
Respirei fundo e voltei a mim. Todos me olhavam como se quisessem dizer alguma coisa, mas eu não queria ouvir. Eu sei que estava me relacionando secretamente com Dulce, mas sei também que eles não eram idiotas e já deveriam saber disso há um tempo. Maite veio em minha direção, eu sabia que ela ia falar alguma coisa, mas cortei dizendo que ia para casa e que estava muito cansada. Peguei minha bolsa e nem troquei de roupa, fui ao estacionamento pensando em como foi os meus últimos três meses. Eu tinha Dulce sempre que queria, mas não a tinha por completo, ela não era totalmente minha. As vezes tinha que ficar em casa por causa do Benedito e as vezes levava ele para os lugares que íamos, era sempre a mesma coisa, eu sendo a segunda opção. Eu sou uma pessoa paciente, pelo menos acho que sou, tenho esperado há tanto tempo que às vezes acho que tê-la só para mim de novo é algo de outro mundo. Entrei em meu carro jogando minha bolsa ao lado do carona, encostei minha cabeça ao volante e as lagrimas vieram sem força alguma. Até quando eu iria suportar ser a outra, até quando eu teria que esperar. Estava ótimo tê-la daquele jeito, mas eu queria mais, eu precisava de mais. Chorei lembrando-me de quanto tudo era tão mais simples, onde só nossas mães implicavam com nosso namoro, de quando não tínhamos problemas grandes para resolver. Chorei por ter deixado passar quase vinte anos da minha vida, por não ter tido a coragem de minha filha e aceitar o filho de Dulce. Chorei pela dor de vê-la e imaginar nos braços de outro. Chorei por ama-la, por odia-la, pelo tempo não tê-la tirado de minha cabeça e nem do coração. Encostei a cabeça no banco do carro ainda chorando, limpei algumas de minhas lagrimas, respirei fundo e dei partida no carro.
Cheguei ao meu prédio com os olhos vermelhos e inchados. Quantas vezes eu desejei voltar no tempo e nunca ter conhecido ela, quantas vezes eu desejei morrer de uma vez para essa dor parar. Só eu sei o quanto dói e o quanto é difícil suportar esse buraco aqui dentro. Subi o elevador tentando prender o choro, não queria chegar assim em casa, meus filhos não precisavam ver-me desse jeito. Passei a mão no rosto mais uma vez tentando aparentar normalidade, abri a porta do meu apartamento e dei de cara com Liz assistindo televisão sozinha. Ela me olhou assustada, acho que fracassei tentando disfarçar a minha cara de choro.
Liz: Mãe, que cara é essa? – Ela estava quase ditada e ao me ver se sentou correndo. Eu simplesmente não consegui segurar, desabei em chorar na frente de minha filha. – Mãe… Mãe… – Ela se levantou preocupada e me abraçou com força. – Porque esta chorando? O que aconteceu? – Eu a abracei também, chorando ainda mais, eu só precisava disso, chorar no colo de alguém. – Calma, calma respira… – Ela acariciava meus cabelos e costas. - Vem cá mãe… – Ela soltou do abraço me puxando para o sofá. – Deita aqui no meu colo e se acalma. – Eu estava me sentindo a filha naquele momento e não a mãe. Ela se sentou e eu deitei em seu colo largando minha bolsa no chão. – Eu estou preocupada mãe, me conta o que aconteceu? – Ela acariciava minha cabeça e tentava limpar algumas lagrimas que escorriam. – Se você não me contar eu não posso te ajudar.
Anahí: Só fica aqui Liz, só fica aqui… – Eu ainda chorava, como uma criança idiota, era exatamente assim que eu estava me sentindo uma idiota.
Liz: Eu fico é claro que eu fico… – Ela fazia carinho em minha mão e em meu rosto, aquilo me confortava muito. – Olha mãe, seja lá o porquê de você esta chorando, se quiser me contar eu to aqui se não quiser tudo bem, mas acho que chorando você não vai resolver nada. – Cada palavra que ela dizia era mais que confortante para mim. – Você me ensinou a ser forte. A encarar meus problemas de frente, sem medo de errar, me ensinou que para resolver um problema temos que seguir adiante, conversar e defender aquilo que acreditamos. Acho que seja lá o motivo que você esta triste e chorando agora, você tem que resolver isso, ser forte como sempre me ensinou e lutar pela sua felicidade, seja ela onde estiver. – Não acreditei naquilo que estava ouvindo, minha filha de apenas dezoito anos falando como gente grande, me dizendo que eu a ensinei a ser forte. Aquelas palavras foram como um choque dentro de mim. – Eu me orgulho de você mãe, sei que você é a pessoa mais forte que eu conheço e sei que resolver esse problema como sempre fez. – Ela falava com sinceridade e eu me orgulhei da filha que tenho e da mãe que sou, porque por mais ausente eu tivesse sido durante toda a vida dela, eu fiz um ótimo trabalho. Passei a mão no rosto e me sentei ao seu lado. Sorri para ela olhando a mulher madura em que minha filha se tornou.
Anahí: Eu é que me orgulho de você! – Peguei em sua mão e a beijei. – Obrigada minha filha, muito obrigada, você tem toda a razão, chorar não vai me levar a lugar algum. – Me levantei pegando minha bolsa, disposta a resolver meus problemas para ontem.
Liz: Aonde você vai? – Ela perguntou meio assustada.
Anahí: Fazer exatamente o que você disse, resolver meus problemas, ou pelo menos tentar resolve-los. – Caminhei em direção a porta da sala. – Me deseje sorte Liz!
Liz: Mas mãe já esta meio tarde, vão dar dez da noite! – Eu já estava com a mão na maçaneta.
Anahí: Nunca é tarde para resolver os problema, eu te amo filha! – Abri a porta.
Liz: Também te amo mãe, boa sorte. – Sai batendo a porta bem atrás de mim.
Autor(a): portinons2vondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 44
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tryciarg89 Postado em 05/07/2023 - 23:13:55
Aí gente tem vários ciscos no meu olho, simplesmente linda e perfeita essa fic. Ameiiii
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..Peekena.. Postado em 03/01/2018 - 11:06:35
Amei fanfic ja li 2 ves haha.. Parabéns
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portisavirroni_forever Postado em 28/01/2016 - 13:13:08
Sempre que me perguntarem sobre fanfic, eu vou indicar essa porque é uma das melhores que já li, e olha que já li muitas! PORTINON ETERNAMENTE!
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vverg Postado em 10/04/2014 - 00:35:51
Oiii. Li e adorei... foi muito boa.. =) Parabens pela fic =)
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brunamachado Postado em 05/11/2013 - 02:37:16
Parabéns muito lindo,AMEI o fim
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brunamachado Postado em 24/10/2013 - 16:35:22
Posta maaais
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brunamachado Postado em 23/10/2013 - 21:35:13
Posta mais..o bicho tá pegando,aposto que foi a mãe da Dulce,essa jararaca
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brunamachado Postado em 21/10/2013 - 20:02:59
Essa mãe da Dulce é uma jararaca mesmo hein,credo..... A web já está na metade né amore? Posta mais,muito boa
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juju_simoess_ Postado em 21/10/2013 - 01:41:03
Ai que lindooo! Muito diva essa historia! Estou amando!!! Posta mais!
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brunamachado Postado em 20/10/2013 - 02:57:32
Sua fic é muito boa,posta mais