Fanfics Brasil - Capítulo 59 Parte 2 Um passado no presente -Portinon- (Finalizada)

Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 59 Parte 2

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Anahí


 


 


 


 


Senti como se o mundo tivesse parado, nem respirar eu estava conseguindo. Eu estava tão estática que continuei abraçada em Dulce, sem mover um só dedo. Se não fosse ela me soltando e indo na direção dele eu não sei o que iria fazer. A minha cara de espanto deveria esta pior do que a dele. Eu nem sei explicar direito o que senti naquele momento, além de pavor e vergonha.


 


Dulce: Benedito, eu posso explicar. – A famosa frase feita para esse tipo de ocasião.


Benedito: Não acredito na nojeira que acabei de ver. – Seus olhos eram puro ódio.


Dulce: Não Benedito, calma! – Ela tentou segurar em seu braço, mas ele não deixou. – Deixa eu explicar.


Benedito: Não encosta em mim! Estou com nojo de você! – Ele respirou fundo, parecia tentar absorver o que acabou de ver. - Então era por isso? Por isso que você do nada resolveu me pedir o divorcio? E eu todo preocupado achando que era por causa da minha ausência, achando que estava sendo um péssimo marido, e você transando com a velha amiga. – Dulce ficou calada, não sabia o que dizer. – Eu pensei que você fosse diferente, mas não você é pior…


Dulce: Desculpa… – Sua voz tremula denunciou o choro. – Não era para ser assim, não era para você ver isso…


Benedito: É claro que não, desde quando o corno tem que ver a mulher beijando a amante? – Ele estava alterado, muito nervoso. – Só em pensar que essa mulher também te beijava e te tocava eu sinto nojo de mim, nojo de você… – Só faltou ele cuspir no chão.


Dulce: Por favor Benedito, me escuta, deixa eu te explicar… – Ela queria dizer algo, mas estava tão apavorada que nada saia.


Benedito: Não precisa me dizer o que eu vi, nem me explicar nada. É o divorcio que você quer? É com essazinha ai que você quer ficar? Então que seja feita a sua vontade. – Nesse momento Alejandro pai de Nina e o autor da traição de anos atrás, entrou na cozinha um pouco assustado com a discussão, mas não disse uma palavra


Dulce: Não Benedito, não é assim que tinha que ser, não era para você ter visto. – Ela apenas repetia a mesma coisa. – Era para ser algo muito mais passional. – Ela ainda chorava. – Me desculpa por favor…


Benedito: Pensasse isso antes de beijar sua amante aqui, na cozinha, da casa onde eu moro, onde esta acontecendo uma comemoração… – Alejandro o interrompeu.


Alejandro: Calma ai… – Ele se pronunciou meio assustado. – Você esta falando que elas se beijaram aqui? – Ele perguntou a Benedito.


Dulce: Não se mete nisso Alejandro! – Ela disse com raiva.


Benedito: E porque não? Ele é pai da Nina, tem direito de saber que a mãe dela é uma vadia lésbica. – Ele disse com muito ódio.


Alejandro: Então quer dizer que vocês ainda mantêm o relacionamento? – Ele estava mesmo assustado.


Benedito: Como assim ainda mantêm um relacionamento? Desde quando isso acontece? – O ódio dele só ficava ainda maior a cada segundo. – Isso vem desde a época daquela bandinha? – Ele não deixou ele responder. – Meu deus é pior do que eu imaginei, você é mesmo uma vadia Dulce, todo esse tempo me fazendo de idiota, e eu acreditei que você me amava… – Ele estava transtornado.


Anahí: Não fala assim com ela. – Consegui dizer algo pela primeira vez.


Bendito: Cala a boca que você é tão vadia quanto ela, se não é pior… E eu achando que era mais seguro deixar Dulce com você do que sozinha. Foi como entregar o dinheiro ao ladrão…


Dulce: Olha, eu tolero qualquer coisa, mas não tolero que você fale assim com a Anahí, ouviu? – Dessa vez era ela que parecia ter raiva. – Deixa ela de lado que meu problema é com você.


Benedito: Não tem problemas entre eu e você Dulce. Tudo esta resolvido, fica ai com sua amante, ou seja lá o que for e por favor, seja muito infeliz na sua vida, porque o que você fez comigo, é coisa de gente ruim, e pessoas como você merecem sofrer… – Ele disse e se retirou da cozinha sem dizer mais nada.


 


Dulce, Alejandro e eu ficamos parados, olhando para porta, sem nenhuma reação. Eu queria consolá-la, queria dizer que tudo ia ficar bem, abraçá-la e tentar acalmá-la, mas eu não conseguir mover um músculos, estava extasiada, como se tivesse me petrificado. Dulce chorava como uma criança, seus olhos estavam vermelhos e arrependidos. Tive medo dela não me querer mais depois de tudo que aconteceu ali, naquele momento.


 


Dulce: Eu vou atrás dele… – Ela se moveu em direção a porta, mas Alejandro a segurou pelo braço.


Alejandro: Não, eu tenho que falar com vocês. – Ele estava serio.


Dulce: Não Alejandro, agora não… – Ela disse com raiva, tentando se saltar. – Me larga, eu vou falar com ele.


Alejandro: Não, já disse, eu tenho que falar com vocês duas. – Ele insistiu. – Ele esta com a cabeça quente agora, falar com ele nesse estagio só vai piorar as cosias…


Anahí: Ele tem razão Dulce. – Eu também tentei impedi-la


Dulce: Eu disse Anahí, disse que não era o local para falarmos do assunto, eu te falei. – Ela me olhou com certa raiva.


Anahí: Desculpa, mas não tem mais como voltar atrás. – Eu não queria brigar com ela, não naquele momento.


Dulce: Você diz isso porque não é com você. – Seus olhos transmitiam muita raiva.


Anahí: Só estou tentando ajudar. – Eu disse meio triste.


Dulce: Desculpa… – Ela fechou os olhos passando a mão em seu rosto. – Não quero brigar com você…


Alejandro: Por favor, depois você conversa com ele Dulce, agora me escutem, o que tenho para dizer é algo muito importante. – Ele estava bem tenso.


Dulce: Fala, então fala logo. – Ela se encostou a bancada cruzando os braços.


Alejandro: Eu mudei, mudei de verdade e para melhor. – Ele estava mesmo bem tenso. – A muito tempo já não sou aquele cara cafajeste que faz tudo para ter o que quer. Não sou mais uma pessoa que só pensa em si… – Dulce o interrompeu.


Dulce: Isso eu já sei, vá logo ao ponto. – Sua voz era de pura irritação.


Alejandro: Deixa eu falar… – Ela disse que sim com a cabeça e ele prosseguiu revezando o olhar entre eu e ela. – Como eu disse, eu mudei. Eu amo minha mulher, amo meus filhos, amo meu neto que esta por vir e amo a vida que tenho. Mas eu guardo um segredo comigo que me faz muito mal, um segredo que jamais deveria ter guardado em minha vida. – Ele falava com calma e isso me deixava cada vez mais nervosa, não só que como Dulce. – Na verdade nunca nem deveria ter feito.


Dulce: Você ta me deixando preocupada, fala logo. – Ela disse com impaciência, mas ele continuou com a mesma calma.


Alejandro: Hoje, vendo vocês duas, vendo que ainda se amam. Eu me pergunto e me condeno porque fiz aquilo. – Ele fez uma pausa.


Dulce: Do que você esta falando Alejandro? Eu não to entendo. – Sua expressão era de pura aflição, já a minha de confusão.


Alejandro: Se me deixar terminar você vai entender. – Ele perguntou com os olhos se poderia prosseguir e ela disse que sim com a mão. – Você pode me odiar para sempre depois que eu te contar isso, mas pelo menos eu me livro desse peso enorme que tenho dentro de mim. – Ele respirou fundo e continuou. – Naquele dia em que você engravidou da Nina… – Dessa vez foi eu quem interrompeu.


Anahí: Não quero ouvir isso. Vou para a festa. – Eu disse me desencostando da mesa.


Alejandro: De jeito nenhum, você também fica. – Ele disse tão serio que voltei a minha posição na mesma hora. – É para duas ouvirem.


Anahí: Não acredito que vai fazer com que eu me lembre disso. – Eu disse irritada.


Alejandro: É preciso. Por favor, me deixe contar. – Ele estava quase implorando.


Anahí: Prossiga. – Disse bufando e cruzando os braços.


Alejandro: Então… Naquele dia em que você engravidou da Nina. – Ele pareceu tomar coragem para continuar. – Sua mãe me procurou mais cedo… – Ela fez pequena pausa.- Ela sabia que eu era apaixonado por você, sabia que você não dava a mínima para mim e me propôs uma coisa, da qual se eu aceitasse eu teria você para sempre. – Dulce ia interrompê-lo, mas o mesmo não deixou. – Ela me mostrou um vidrinho que havia um sonífero muito forte dentro, que com apenas quatro gotas a pessoa entra em um sono profundo. Disse que era para eu colocar aquilo em uma bebida sua e te engravidar, que essa era a passagem para a minha felicidade com você. – Eu não acreditei no que estava ouvindo, a cara de Dulce era de tão assustada quanto a minha. – Eu disse não na mesma hora, sempre fui um canalha, mas não a ponto de dar um “boa noite cinderela” em alguém… Que se você fosse ser minha ia ser por mérito e não por uma gravidez forçada. – Dava para sentir a tenção dele em casa palavra. – Mas ela insistiu, me deu o sonífero e pediu que eu pensasse no assunto, sai do local de encontro com ela, fui direto a festa na casa de um amigo que você também estaria e para minha surpresa a Anahí não estava. – Ele olhou para mim como se me pedisse desculpas. – Bebida vai bebida vem e eu tentei chegar em você como sempre fazia, mas você negou e disse que era para eu desistir, que jamais iria ficar comigo, que na sua vida só tinha lugar para uma pessoa, que era a Anahí. – Eu sorri ou ouvir aquilo, mas senti uma dor estranha no peito – Fiquei irritado de mais, pensei no que a Anahí tinha e eu não tinha, porque você preferia ficar com uma mulher do que comigo. – Ele respirou fundo e prosseguiu. – Ai eu coloquei a mão no bolso do casaco e senti algo de diferente, tirei o vidrinho de dentro e lembrei-me da proposta de sua mãe. Pensei duas ou três vezes e fui até a cozinha, peguei um copo coloquei bebida nele pinguei as quatro gotinhas e te dei a bebida, no terceiro gole você já estava tonta a ponto de mal conseguir ficar em pé. – A cara de Dulce estava uma mistura de tristeza, pavor e raiva, mas ela estava estática, parecia querer dizer algo, mas nada saia. Eu estava na mesma situação, mas também sentia culpa, muita culpa. – Te levei até o quarto mais próximo, tranquei a porta com a chave e fiz o que tinha que ser feito. – Uma lagrima correu no rosto de Dulce ela estava de boca aberta como se sentasse buscar alguma palavra. – Acordei pela manha me sentindo a pior pessoa do mundo, como se tivesse matado alguém, mas a merda já havia sido feita, não tinha como voltar atrás, eu simplesmente continuei com o teatrinho…


Dulce: Eu não acredito… – A voz de Dulce saiu totalmente falhada. – Não acredito que você me deixou acreditar que havia traído a pessoa mais importante de minha vida… – As lagrimas não paravam de correr, e sua cara de choque estava congelada. – Não acredito que minha mãe e você tiveram coragem de acabar com a minha vida desse jeito. – A raiva dela foi subindo por cada palavra, junto com seu tom de voz. – Não acredito que isso ta acontecendo comigo. – Ela dizia e balançava a cabeça negativamente. - Não acredito que uma pessoa que se diz mãe é capaz de fazer isso com um filho. – Suas mãos estavam fechadas como se fosse socar alguém a qualquer hora. – Não… Não… Não… – Sua respiração era ofegante. – Ela vai me ouvir. – Não teve como segurar, Dulce saiu praticamente correndo da cozinha.


 


Não só o mundo dela, como o meu também havia caído, tudo em que eu havia acredito em minha vida era mentira, toda a minha dor por ter sido traída foi substituída por uma culpa tão grande, mas tão grande que eu queria me jogar de um penhasco. Dulce foi estuprada por um filho da puta a mando da própria mãe e eu não fiquei ao lado dela para ajudá-la, eu não fiquei com ela para criar a filha, não a ajudei a superar as duvidas. A única coisa que eu soube fazer nos últimos dezoito anos foi criticá-la, chamá-la de vadia, de vagabunda. Me senti tão inferior, tão nada que eu conseguia sentir as lagrimas correrem com facilidade por minha face. Como pude ser tão egoísta, como pude nunca pensar em Dulce, sempre apenas em mim, na minha dor. Se eu tivesse tido a coragem de minha filha, se tivesse engolido meu orgulho nada disso estaria acontecendo agora. Eu estaria com Dulce desde aquela época e todas essas lagrimas, toda essa dor, todo esse tormento nunca teria existido. Se eu soubesse perdoar a falsa traição, eu não teria passado quase vinte anos chorando por uma coisa que não foi real. Espero que Dulce possa me perdoar, porque nem eu mesma sei se consigo. Só despertei de meus pensamentos torturantes quando Alejandro me puxou pela mão me levando atrás de Dulce. 


 



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Autor(a): portinons2vondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 44



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  • tryciarg89 Postado em 05/07/2023 - 23:13:55

    Aí gente tem vários ciscos no meu olho, simplesmente linda e perfeita essa fic. Ameiiii

  • ..Peekena.. Postado em 03/01/2018 - 11:06:35

    Amei fanfic ja li 2 ves haha.. Parabéns

  • portisavirroni_forever Postado em 28/01/2016 - 13:13:08

    Sempre que me perguntarem sobre fanfic, eu vou indicar essa porque é uma das melhores que já li, e olha que já li muitas! PORTINON ETERNAMENTE!

  • vverg Postado em 10/04/2014 - 00:35:51

    Oiii. Li e adorei... foi muito boa.. =) Parabens pela fic =)

  • brunamachado Postado em 05/11/2013 - 02:37:16

    Parabéns muito lindo,AMEI o fim

  • brunamachado Postado em 24/10/2013 - 16:35:22

    Posta maaais

  • brunamachado Postado em 23/10/2013 - 21:35:13

    Posta mais..o bicho tá pegando,aposto que foi a mãe da Dulce,essa jararaca

  • brunamachado Postado em 21/10/2013 - 20:02:59

    Essa mãe da Dulce é uma jararaca mesmo hein,credo..... A web já está na metade né amore? Posta mais,muito boa

  • juju_simoess_ Postado em 21/10/2013 - 01:41:03

    Ai que lindooo! Muito diva essa historia! Estou amando!!! Posta mais!

  • brunamachado Postado em 20/10/2013 - 02:57:32

    Sua fic é muito boa,posta mais


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