Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon
Sophia
Depois que nosso namoro virou noticia junto com o relacionamento de nossas mães, minha vida virou um inferno. De inicio achei bem divertido, porque a todo lugar que íamos tinham meninas chegando na gente, tinham pessoas dizendo que sempre souberam, e até descobrimos um fã clube que sempre acharam que tínhamos um caso. Naquele mesmo dia eu fui aceita para fazer a nova novela, adorei já que eu seria umas das principais. Na semana seguinte Liz foi quase intimada a ser a protagonista de uma mini serie, da qual ela será uma jovem menina que não sabe se ama o amigo de infância ou a nova garota da cidade. Foi ai que meu inferno começou. Mabelle a outra protagonista da serie que será a tal garota nova da cidade, resolveu dar em cima da minha namorada, descaradamente na minha frente. De inicio até pensei que fosse coisa da minha cabeça, porque Liz disse que ela era assim mesmo, desse jeito dado e que não tinha nada haver. Mas depois das coisas que vi e presenciei, não teve como, ela queria Liz de qualquer jeito. Cheguei a conversar com minha namorada pedindo que não mantivesse muito contato com ela além do trabalho, mas acabamos discutindo e ainda fui chamada de ciumenta e paranoica. Eu não sou assim, não sou de sentir ciúmes a toa, mas essa tal de Mabelle ta ferrando com meu relacionamento.
Já faziam alguns dias que não estava muito bem com Liz, a tal viagem que iríamos fazer com todos, talvez seria um bom momento de me acertar com ela. Por um lado eu tenho certeza que a talzinha lá esta se jogando em cima dela, mas por outro eu posso sim esta sendo uma ciumenta paranóica.
Depois das gravações da minha novela, que haviam começado na semana passada. Eu resolvi ir até o estúdio da serie que ela estava fazendo, fui determinada a fazer as pazes antes de viajarmos. Assim que cheguei, ela não estava no sete de filmagem, logo perguntei ao diretor que me disse que havia acabado de gravar a ultima cena e que minha namorada tinha ido para o camarim. Fui toda feliz, já pensando nas minhas desculpas, e em como seria a nossa noite de reconciliação. Respirei fundo antes de entrar e assim que abri a porta e vi aquela cena nojenta, senti como se o mundo tivesse caído sobre minha cabeça.
Mabelle estava apenas de short e sutiã, seu cabelo negro e escorrido até o ombro, estavam jogados de lado. Minha namorada encostada a parede com a tal quase colada em seu corpo, a mão dela apoiada ao lado da cabeça de Liz como se estivesse pronta para beijá-la. Ela sorria meio tímida enquanto a outrazinha dizia alguma coisa em seu ouvido.
Não consegui ver mais nada, as lagrimas me cegaram por completa, nem entender o que Liz disse ao me ver eu consegui. Sai de lá correndo, corri tanto, mas tanto que quando me dei conta já estava no estacionamento. Sentei-me ao lado de um carro e senti como se o mundo não tivesse mais sentido. Eu tinha razão, aquela vadia queria a minha mulher, e o pior de tudo é que Liz estava dando papo para ela. Me dizia que não tinha nada haver, que eram apenas colegas e que esse era o jeito dela… Como fui idiota, ninguém é perfeito nesse mundo, como pude acreditar em uma sanidade dessas. Confesso que não cheguei a ver um beijo e nem nada de mais, mas aquilo foi a pior visão que já tive em minha vida. Outra pessoa tão perto dela, falando em seu ouvido, fazendo-a ficar com vergonha e sabe lá Deus mais o que. E se eu tivesse chegado um pouco depois, o que será que eu veria? E se eu não chegasse, será que ela me contaria? Será que elas já ficaram?
Estava sentido dor, uma dor tão estranha que a minha maior vontade naquele momento era de arrancar
meu coração para fora e deixá-lo ali mesmo. Minhas lagrimas saiam com tanta facilidade que nem força eu estava fazendo. Eu abraçava minhas pernas com tanta força que por um instante eu me senti acolhida. Eu queria minha mãe, precisava abraçá-la, sentir-me amada e que de um jeito ou de outro eu tinha alguém para esta ao meu lado sempre.
Levantei meio tonta, tentei limpar minhas lagrimas e fui até a portaria mais próxima, pedi um taxi e fui chorando o caminho todo, podem achar que estou fazendo tempestade em um copo d’água, mas ninguém sabe o que eu senti ao ver aquela cena repugnante. Minha cabeça estava doendo, assim como meu corpo e meu coração. Meus olhos estavam inchados e eu quase corri para dentro procurando por minha mãe. gritei por ela e me sentei em um canto do sofá abraçando minhas pernas e apoiando minha cabeça em meus joelhos.
Dulce: Me chamou filha? – Ela disse calmamente vindo da cozinha, mas assim que me viu pareceu entrar em desespero. – O que aconteceu? Porque esta chorando? – Ela veio em minha direção e sentou ao meu lado. – Fala Sophia, o que aconteceu?! – Eu simplesmente desabei mais uma vez, deitando em seu colo, pegando seu braço o envolvendo em mim e o segurando com força.
Sophia: Me abraça mãe me abraça. – Era a única coisa que eu queria naquele momento, colo de mãe.
Dulce: Mas o que aconteceu? Você terminou com a Liz? – Chorei ainda mais ao ouvir a palavra termino e Liz na mesma frase.
Sophia: Não fala nada mãe… – Eu disse entre lagrimas. – Só fica aqui e me faz companhia. – Falei tão chorosa que mal deu para entender.
Dulce: Eu fico meu amor, eu fico. – Ela disse com a voz triste por não poder ajudar. Passou a mão em meus cabelos, beijou minha testa e meu rosto. – Eu te amo pequena, e estou aqui com você. Fico o tempo que for preciso.
Era exatamente aquilo que eu precisava ouvir, e foi o necessário para me sentir segura e protegida. Chorei até pegar no sono, acordei não sei quanto tempo depois, com minha mãe me chamando para dormir em meu quarto. Não queria ficar sozinha, não queria me sentir desprotegida, e como um bebe com medo do escuro pedi para dormir com ela, que foi aceito no mesmo instante. Cheguei ao seu quarto, tirei os sapatos e a calça ficando apenas de blusa. Me joguei na cama e abracei suas cobertas. Ela logo de deitou também, eu fui diretamente para seu colo e adormeci mais uma vez nos braços da pessoa que mais me ama nesse mundo, minha querida mãezinha.
Acordei pela manha com uma dor de cabeça horrível. E por alguns segundo eu achei que tudo não havia passado de um pesadelo, mas ao ver que estava mesmo no quarto de minha mãe eu despertei para a realidade. Fui para o meu quarto e tomei um banho quente, estava tão cansada mentalmente que chegava a esta meio zonza ainda. Desci para o café e todos estavam à mesa, incluindo Manuel que ninava Paco com amor e cuidado. Minha aparência deveria esta péssima já que todos me olharam assustados. Minha irmã foi a primeira a se pronunciar perguntando o que havia acontecido. Eu não queria falar, não queria ficar contando o que já estava me matando por dentro. Disse que não ia dizer nada, não naquele momento e todos como sempre respeitaram o meu espaço. Me sentei a mesa mas nem toquei na comida, se tomei dois goles do suco foi muito. Nina logo subiu com Manuel e Paco para o quarto, deixando eu e minha mãe a sós. Eu viajava em meus pensamentos tentando entender a cena que vi, vendo se achava uma boa desculpa para ambas estarem tão próximas e intimas. Mas nada que vinha em minha cabeça fazia com que eu me sentisse melhor. Minha mãe pegou em minha mão fazendo com que eu despertasse de meus pensamentos, olhou para mim e em seus olhos eu pude ler toda a agonia que ela estava sentindo em me ver daquele jeito.
Dulce: Ela esteve aqui ontem. – Ela me disse serenamente.
Sophia: Liz? – Eu perguntei sentindo meu coração disparar.
Dulce: Sim. – Eu tive vontade de chorar novamente.
Sophia: Em que momento que eu não vi? – Ela fez uma cara de triste como se eu fosse brigar com ela.
Dulce: Quando você estava dormindo na sala ainda, mas falei para ela voltar depois, que você tinha pegado no sono. Ela até insistiu em falar com você mesmo assim, mas disse que não era um bom momento… – Me senti feliz por ela ter vindo atrás de mim, mas também me senti irritada pelo mesmo motivo. – Não sei o que aconteceu, mas eu agi como mãe e você não estava bem, precisava descansar e relaxar um pouco.
Sophia: Não mãe, muito obrigada! – Eu tentei sorrir para lhe agradecer. – Você fez o certo, não queria mesmo falar com ela.
Dulce: Olha filha, não vou pedir que me conte, sempre te dei espaço para que resolvesse seus problemas sozinha. Mas é sempre bom por para fora, se precisar conversar com alguém eu estou aqui, você sabe que pode confiar em mim. – Ela sorriu e eu me senti segura novamente. – Mas olha… Muito problemas da minha vida foram mal resolvidos por falta de conversa, por falta de confiança. – Acho que ela estava falando da Anahí. – Então seja lá o que tenha acontecido, tente resolver esse problema, sente, converse, vai atrás e lute pelo o que é seu, pelo o que você já conquistou. – Ela finalizou sorrindo mais uma vez e beijando minha mão. – Te amo filha!
Sophia: Obrigada mãe! – Eu me levantei e a abracei com força. – Obrigada por ser a melhor mãe do mundo. Te amo muito.
Dulce: Agora meu bebe, trate de por uma maquiagem nesse rosto para disfarçar essas olheiras. – Eu a soltei e lhe dei um sorriso amarelo. - Porque você sabe que o mundo lá fora esta a nossa espera, temos que trabalhar e qualquer deslize que você dê, a poeira que esta começando a baixar vai levantar toda de novo em cima da gente. – Ela se levantou, me abraçou e beijou minha cabeça. – Faça o que sabe fazer de melhor, coloque um sorriso no rosto e mostre a todos que esta feliz.
Sophia: Esta bem.
Incrível como depois que minha mãe me descobriu tudo ficou melhor, e depois que descobrimos elas então, ficou melhor ainda. Além de ser ótima no que faz ela me entende e me apóia. Dou graças a deus de ser filha de quem sou, de ter a família que tenho e os amigos que escolhi.
Fiz exatamente o que minha mãe mandou, reforcei na maquiagem e fui para a Televisa. Por sorte não encontrei com Liz, não estava preparada para ter aquela conversa ainda. Então passei o dia todo no estúdio, não sai para nada e quando as gravações acabaram eu liguei para minha mãe pedindo para que se visse Liz não deixar que fosse lá em casa, eu ainda tinha que arrumar minhas malas e ainda precisava de tempo para pensar. Arrumei tudo, desci com as cosias e me deitei no sofá, simplesmente apaguei, não sei se dormi por dez minutos ou dez dias, só sei que acordei com minha mãe me cutucando e dizendo que já estávamos indo. Peguei minhas coisas e coloquei no carro, sentei no banco do carona já que Nina iria atrás com Paco e voltei a dormir ainda com o carro na garagem.
Autor(a): portinons2vondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 44
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tryciarg89 Postado em 05/07/2023 - 23:13:55
Aí gente tem vários ciscos no meu olho, simplesmente linda e perfeita essa fic. Ameiiii
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..Peekena.. Postado em 03/01/2018 - 11:06:35
Amei fanfic ja li 2 ves haha.. Parabéns
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portisavirroni_forever Postado em 28/01/2016 - 13:13:08
Sempre que me perguntarem sobre fanfic, eu vou indicar essa porque é uma das melhores que já li, e olha que já li muitas! PORTINON ETERNAMENTE!
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vverg Postado em 10/04/2014 - 00:35:51
Oiii. Li e adorei... foi muito boa.. =) Parabens pela fic =)
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brunamachado Postado em 05/11/2013 - 02:37:16
Parabéns muito lindo,AMEI o fim
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brunamachado Postado em 24/10/2013 - 16:35:22
Posta maaais
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brunamachado Postado em 23/10/2013 - 21:35:13
Posta mais..o bicho tá pegando,aposto que foi a mãe da Dulce,essa jararaca
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brunamachado Postado em 21/10/2013 - 20:02:59
Essa mãe da Dulce é uma jararaca mesmo hein,credo..... A web já está na metade né amore? Posta mais,muito boa
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juju_simoess_ Postado em 21/10/2013 - 01:41:03
Ai que lindooo! Muito diva essa historia! Estou amando!!! Posta mais!
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brunamachado Postado em 20/10/2013 - 02:57:32
Sua fic é muito boa,posta mais