Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon

Dulce

Abri a porta do quarto e olhei o corredor vazio, todos ainda estavam lá em baixo, acho difícil ela ter descido. Olhei para a porta que dava para varanda e não tive duvidas que Anahí estaria lá, no mesmo lugar de sempre. Passei pela porta em silencio e caminhei até ela, que estava sentada em um banco olhando para o céu e fumando um cigarro. Ela sentiu minha presença, mas em nenhum momento se virou para mim, parei a sua frente e sorri de canto enquanto ela continuou séria. Me olhou da cabeça aos pés, mas não mudou sua expressão. Peguei o cigarro de sua mão e dei um trago mais sedutoramente possível. Molhei meus lábios olhando em seus olhos que ainda me mostravam sua raiva e dei mais um trago jogando o cigarro fora. Ela ia dizer algo, provavelmente brigar comigo, mas não deixei, disse não com a cabeça e me sentei em seu colo de frente para ela encaixando minhas pernas em seu corpo.

Anahí: Sai de cima de mim Dulce. – Ela disse seria – Me deixa sozinha! – Eu sorri de canto mais uma vez, meus olhos mostravam tudo que eu estava querendo. Segurei em sua cintura com uma mão, com a outra segurei sua nuca e aproximei meu rosto de sua orelha.

Dulce: Eu tirei e joguei fora… – Eu disse baixinho, totalmente sexy em seu ouvido. – Sinta e veja você mesma. – Olhei em seu olhos que já não estavam mais com toda aquela raiva. Peguei uma de suas mãos e coloquei em minha coxa fazendo-a me alisar vagarosamente, subindo por ela até minha bunda, depois pela lateral do meu corpo até quase meu seio, deixando boa parte do meu corpo nu à mostra. – Ainda quer que eu saia de cima de você e vá embora? – Eu disse com desejo nos olhos e mordi o cantinho da minha boca.

Anahí: Você sabe que não. – Ela não resistiu e também sorriu de canto.

Com as duas mãos ela segurou em minha bunda trazendo meu corpo para mais perto do dela. Sorriu meio sarcástica e me beijou com vontade. Nosso beijo sempre tão perfeito, tão gostoso que me fazia perder o ar facilmente. Suas mãos alisavam minhas coxas com vontade. Sei que seria ótimo irmos para o quarto naquele momento, mas estava tão bom que preferi deixar para lá. Seus beijos desceram pelo meu pescoço até o meu colo, deixando um rastro de saliva por todo ele. Abaixou as alças de minha camisola, deixando meus seios à mostra. Com vontade abocanhou um deles me tirando um gemido baixo. Suas mãos não pararam um só segundo, uma delas puxava meus cabelos de leve com a outra ia em direção a minha intimidade. Passou a mão em meu sexo nu comprovando o quanto excitada eu estava. Largou meu seio e voltou a minha boca me beijando ainda mais vorazmente. Penetrou dois dedos em minha intimidade fazendo-me gemer entre beijos. Ela riu satisfeita, puxou meu cabelo soltando de minha boca e olhando em meu rosto. Seu olhar totalmente safado só me fez ficar ainda mais excitada.

Tirou seus dedos de dentro de mim e me tocou com agilidade e perfeição. Fechei os olhos pelo prazer recebido e joguei minha cabeça para trás, rebolando em seus dedos querendo mais e mais. Voltou a chupar meu seio, me fazendo perder ainda mais o ar. Boca, dedos, respirações, tudo aquilo só fazia meu prazer ser ainda mais profundo. Eu gemia entre dente e apertava sua nuca e ombro. Sua mão rápida penetrou novamente em meu sexo, gemi ainda mais, ela tentou me calar com sua boca, mas foi inútil. Eu ainda rebolava sentido-a dentro de mim. Com tanta vontade e pratica, não ia demorar nada para me fazer gozar. E ela continuou no mesmo ritmo entre penetradas e tocadas, meu corpo tremia sobre o dela. Meus olhos fechados, a abracei tentando me controlar, mordei seu ombro em sinal de que estava chegando onde queria. Ela não parou um só segundo, ia cada vez mais ágil. Meu ar faltou completamente, minhas unhas encravaram em suas costas, senti meu sexo latejar e gozei em sua mão satisfeita naquele momento…

Voltamos para o quarto e lá vimos o dia nascer entre beijos, gemidos, arrepios e prazeres.

Meses se passaram e o grande dia chegou. O dia do nosso casamento… Uma cerimônia simples, com uma festa ao ar livre no sitio dos meus falecidos avós. Comunicamos a imprensa e até deixamos alguns irem fotografar. Convidamos os amigos, os parentes. Não ia ser nada muito grande, mas sem duvidas iria ser o evento dos tempos… Deixamos tudo na mão da organizadora, exatamente tudo. Espero que fiquei como imaginamos a decoração e as coisas mais…

Confesso que não dormir a noite inteira, fiquei revirando de um lado para o outro na cama, cheguei até a ver o nascer do sol da varanda do meu quarto. Desci tão cedo que eu mesma fiz o café. Estava tudo diferente, até o ar que eu respirava parecia distinto… Quando deu exatamente dez da amanha a equipe de filmagem e fotografia chegou junto com a equipe de maquiagem e cabelo. Subimos para o meu quarto, lá eu seria produzida e filmada para o nosso making of pessoal. Sophia e Nina também seriam produzias e filmadas junto comigo. Eu estava nervosa, ansiosa, feliz, sentindo mil coisas ao mesmo tempo. A cada momento me vinha uma lembrança diferente, que me fazia ficar ainda eufórica.

Nina: O que acha de eu ir com o cabelo preso? – Ela disse olhando para mim com um dos cabeleireiros segurando seus cabelos em um coque.

Dulce: Acho que deve fazer uma trança embutida. – Eu disse sentada a cama.

Sophia: Isso Nina, isso! Faz uma trança embutida. – Ela disse sendo maquiada pelo maquiador.

Nina: É… Isso mesmo… Faz uma trança para mim? – Ela falou com o cabeleireiro e ele afirmou com a cabeça sorrindo.  

Dulce: Eu vou fazer um coque alto… – Eu ouvi o meu celular tocar e me levantei indo até ele. - Ia deixá-lo solto, mas vou fazer o coque mesmo. – Peguei o celular e sorri ao ver que era o meu amor, na mesma hora fiz sinal para que um dos rapazes da filmagem me filmasse. – Oi minha noiva.

Anahí: Olá noiva minha. – Ela riu do outro lado da linha. – Como andas por ai?

Dulce: Esta tudo indo perfeitamente bem… – Eu caminhei até a porta da varanda. – Estou me sentindo uma menina de vinte anos, com borboletas no estomago. Ansiosa para ver como você vai esta, como estará vestida… Mas e você, esta tudo correndo bem por ai?

Anahí: Mais que perfeito… BJ esta fazendo o cabelo da Liz agora, eu já fui maquiada, vou fazer o cabelo e os retoques daqui a pouco. E vou te falar em amor… – Sua voz soava totalmente doce do outro lado da linha. – Estou morrendo de vontade de sair daqui e ir para ai me arrumar com você…

Dulce: Seria ótimo poder me arrumar com você, mas fala vai… Um suspense também é maravilhoso! – Eu fechei os olhos tentando imaginá-la. – Mas daqui a pouco isso tudo acaba, e eu vou poder te abraçar, te beijar e te chamar de minha mulher oficialmente.

Anahí: Que os minutos passem mais de pressa. – Ela riu.

Nina: Mãe! – Ela me chamou.

Dulce: Espera um minuto Annie. – Eu tirei o celular da orelha. – Fala filha.

Nina: O Paco, acho que ele esta chorando. – Ela disse preocupada.

Dulce: Filha, o babá esta ai se esqueceu? – Eu a lembrei.

Nina: Ah é… – Ela sorriu meio tímida…

Dulce: Então Annie… – Coloquei o celular de volta a minha orelha. – Você sabe que esta marcado para as cinco horas, tente não se atrasar muito por favor.

Anahí: Pode deixar minha noiva. Vou atrasar o de sempre. – Ela riu mais uma vez do outro lado. – Vou ter que ligar para Maite agora, depois eu te ligo de novo, te amo muito está bem?

Dulce: Está bem amor… Depois nos falamos, também te amo… – Ela mandou beijos e desligou sem seguida.

Olhei para o dia lindo que fazia lá fora e suspirei sozinha ao lembrar do dia em que dormi na casa dela, aquela primeira noite depois de tantos anos. Lembrei de seus toques, suas palavras me dizendo que era tudo um sonho. Lembrei do gosto de sua boca, de seu sexo. Fazia tanto tempo que não sentia algo parecido. Ri sozinha ao lembrar de Liz e Sophia entrarem na cozinha pela manha e nos pegarem em uma situação um tanto quanto estranha…

Sophia: Esta rindo de que mãe? – Ela pergunto se levantando.

Dulce: Estava me lembrando daquele dia em que eu dormi na casa da Anahí, que você e Liz chegaram na cozinha quando eu estava ensinando-a a usar a jarra. – Ela pareceu lembrar junto a mim. – Foi muito constrangedor.

Sophia: Na verdade foi surpreendente. Porque vocês mal de falavam ai do nada voltaram a se falar e sem motivo nenhum você dormiu lá. – Ela fez uma pausa. – Na verdade nós não sabíamos o motivo na época… E para falar a verdade nem suspeitamos. – Ela sorriu.

Dulce: Sabe aquele dia da boate que pegamos vocês duas na cabine? – Eu ri ao lembrar. – Que demos aquele show falando que era errado e blá blá blá.

Sophia: Sim o que que tem?

Dulce: O casal que estava na cabine do lado da de vocês éramos eu e Anahí. – Eu ri ao lembrar da ceninha que fizemos para escapar,

Nina: Mãe!? – Ela disse constrangida. – Que vergonha dona Dulce!

Sophia: Não acredito! – Ela disse com os olhos arregalados. – Vocês fizeram um show falando que iam nos pegar e isso e aquilo… Então foi por isso que a Anahí começou a rir descontroladamente?

Dulce: Sim! – Eu ri. – Ela quase estragou tudo. Mas como boa atriz que sou consegui manter a pose.

Sophia: Vocês não prestam sabia? – Ela riu sarcasticamente. – Vou ter que ligar para Liz e contar isso para ela…

Foi esse o jeito que arrumei de passar o tempo mais rápido, lembrando das coisas que passamos em nossas vidas. Lembrando com amor e carinho, não com tristeza e saudade como foi nos anos em que ficamos separadas.