Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon

Anahí

Ela me olhou incrédula… Apertei sua cintura e a beijei novamente sem a deixar falar, eu sabia que ela também queria mais, eu sabia que de uma maneira ou de outra ela ia ceder. Se é que já não havia cedido… Parei o beijo com um pouco de dificuldade, não queria de jeito algum largar aquela boca. Mas precisava sair daquele banheiro, para poder ter o que queria de verdade. Soltei-me dos braços de Dulce que também me abraçavam, virei às costas com dificuldade, abri a porta do banheiro e sai sem dizer mais nada. Ajeitei o cabelo e a roupa ao me olhar no espelho, e sorri ao ver o reflexo de Dulce ao meu lado fazendo o mesmo. Ambas sabíamos o que iria acontecer depois, então não precisávamos mais de palavras… Saímos do banheiro e fomos direto para a mesa, todos nos olharam assustados, mas ninguém ousou fazer nenhuma pergunta, voltaram a falar do que estavam falando na mesma hora em que nos sentamos. Tomei o resto da minha cerveja que já estava quente e coloquei uma geladinha do meu copo. A conversa estava engraçadíssima, mas minha mente não conseguia se concentrar, porque na verdade ela estava naquele banheiro, e na loucura que ainda estava por vir. É incrível como eu esquecia verdadeiramente de tudo quando estava ao lado dela. Aos poucos eu me lembrava porque não mantive um contato com ela mesmo depois de anos, aos poucos eu me lembrava que era daquilo que eu tinha medo, de não resistir quando estivesse perto de mais. Entre risadas com meus velhos amigos e viagens em meus pensamentos, me veio meus filhos em minha cabeça… No mesmo instante peguei meu celular com pressa quase o deixando cair no chão… Inútil a tentativa de falar com Liz pelo telefone, já que meu celular estava descarregado… Busquei rapidamente um celular qualquer em cima da mesa para ver o horário, já se passavam das dez da noite e eu havia prometido a ela que chegaria ao máximo as oito para que minha filha pudesse sair.

Anahí: Gente, já são dez e trinta e quarto, eu tenho que ir para casa, Liz esta me esperando coitada, eu disse que ia chegar as oito, e acabei perdendo a hora.

Maite: Só a hora que você perdeu? – Ela disse isso olhando para Dulce.

Anahí: Sem piadinhas Maite! – Eu revirei os olhos. – Vocês vão continuar aqui ou vão embora?

Dulce: Eu vou embora, o Benedito viajou essa manha, eu acordei cedo de mais para ir com ele até o aeroporto, estou cansada. – Ela disse tirando a carteira de dentro da bolsa.

Maite: Sei, cansada porque acordou cedo! – Ela disse isso olhando para mim.

Dulce: Acho que a Anahí já disse isso, mas eu vou dizer também! Sem piadinhas Maite. – Ela praticamente fuzilou Maite com os olhos.

Poncho: Falei para ficar calada! – Ele disse sorrindo.

Anahí: Enfim, só eu e Dulce vamos embora? – Eu já estava com uma certa quantia em dinheiro na mão.

Christian: Sim mulher, meu homem disse que posso ficar até tarde na rua hoje, que ele foi para casa dos pais com a Betina.

Maite: Meu marido e meu filho já devem estar dormindo e eu já disse que iria chegar mais tarde hoje.

Ucker: Eu moro sozinho, e minha filha mora com a mãe. – Ele sorriu.

Poncho: Eu moro sozinho e meu filho mora com a mãe também. – Ele riu achando graça de todo mundo falar de seu casamento e seus filhos.

Anahí: Ótimo, então toma aqui. – Coloquei o dinheiro na mão de Maite. – Acho que tem o suficiente, mas caso falte sei lá, depois eu te dou.

Maite: Esta bem. – Ela pegou o dinheiro e eu me levantei. – Você vem comigo Dulce? – O olhar que coloquei em cima de Dulce foi quase ameaçador.

Dulce: Vou sim. – Ela também deu o dinheiro na mão de Maite. – Toma, acho que isso paga a minha parte, mas caso falte, eu também te dou depois. – Levantou-se em seguida. – A gente se vê na segunda.

Nos despedimos de todos e assim que nós nos retiramos, eu pude ouvi suas risadas e na mesma hora eu soube que ainda falavam da gente. Eles sabiam, é claro que eles sabiam, eles sempre souberam, ainda mais na época de RBD, eram eles que nos acobertavam… Mas também não era legal eles hoje em dia suspeitarem de algo, ainda mais que Dulce é casada e eu viúva… Mas eu nem me importo sabe?! Como já havia dito a Dulce, esses incidentes não se passam de sonhos que podemos muito bem despertar deles no final, e simplesmente ficar como se nada tivesse acontecido de verdade… Não falamos absolutamente nada, ficamos como se nem nos conhecêssemos, mudas esperando um taxi vazio aparecer. Fiz sinal para uns seis taxis até encontrar um vazio, entramos no carro ainda em silencio, mas eu o quebrei dizendo ao motorista para onde nós íamos… Sim para onde nós íamos, porque ela ia sim para minha casa, ainda mais depois que fiquei sabendo que o corno do marido dela havia viajado. Olhei para as pernas de Dulce que estavam quase despidas e entreabertas… Respirei fundo e fui subindo meus olhos, sentindo meu corpo inteiro queimar apenas com aquele contato visual por cima de seu vestido. Subi mais um pouco, passei pelos seus seios e mordi meu lábio ao imaginá-lo em minha boca, sorri dos pensamentos que tive e voltei a subir parando rapidamente em sua boca, molhei meus lábios querendo os dela o mais próximo possível dos meus… Por fim encarei seus olhos que me olhavam atentamente, gostaria de decifrá-los, mas eles pareciam vazios, tão vazios que me davam medo e um aperto enorme no coração. Não consegui olhá-los por muito tempo… Foi ai que desci meus olhos mais uma vez até suas pernas e sem hesita coloquei minha mão em uma delas a acariciando até quase sua virilha. Ela estremeceu e seus pelos ficaram arrepiados, pensei que fosse tirar minha mão de sua perna por estarmos dentro de um taxi com um cara desconhecido, mas em nenhum momento Dulce demonstrou que não estava gostando, de que queria que eu parasse… Tomei coragem e olhei para seus olhos mais uma vez, que agora me olhava com tesão e bem ao longe um pouco de ternura também. Continuei a alisar sua coxa, a arranhava de leve, a dava pequenos apertões também… Sem pressa aproveitando cada pedacinho daquela perna fui levando minha mão até seu sexo. Dulce abriu mais as pernas me dando passe livre. Olhei para o taxista que dirigia atentamente pelas ruas movimentadas de um sábado à noite. Voltei a mirar suas pernas, e com facilidade cheguei a seu sexo colocando sua calcinha de lado.

Confesso que foi maravilhosamente gostoso aproveitar a adrenalina do taxi para fazer algo do tipo. Eu fui rápida e habilidosa, Dulce conseguiu agüentar calada que foi mais emocionante ainda. Suas caras e bocas só serviram para me deixar com mais tesão do que já estava. Consegui fazer Dulce gozar rapidamente e demoradamente mais uma vez em minha mão. Não sei se foi sorte, ou simplesmente acaso, mas assim que Dulce se recompôs do orgasmo cheio de adrenalina, chegamos a meu prédio.

Taxista: Chagamos senhoras. – Ele disse parando o taxi.

Anahí: Ah, muito obrigada. – Eu peguei minha carteira ainda com a mão lambuzada de Dulce, tirei a quantia do taxi e joguei no banco da frente. – Pode ficar com o troco!

Desci do taxi praticamente correndo, indo em direção a portaria do meu prédio, foi quando vi que Dulce não estava comigo, dei meia volta e corri novamente para o taxi que continuava com a porta aberta. Praticamente entrei novamente no carro e olhei fixamente para ela que estava com um olhar de duvida enorme.

Anahí: Vem Dulce! – Segurei em seu braço. – Vamos!