Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon

Dulce estava com o mesmo tipo de roupa apertada que eu estava, um vestido curtíssimo tomara que caia vermelho que deixava suas curvas ainda mais visíveis… Ela ficou olhando fixamente para meus lábios enquanto segurava minha bolsa na mão esquerda. Eu também não disse nada, meu coração estava celerado e o que eu mais queria naquele momento era poder beijá-la e acariciá-la. Minha mente não estava mais registrando o que eu deveria fazer, apenas o que meu corpo implorava e meu coração berrava. Ficamos ali, nos encarando como duas crianças antes de dar o primeiro beijo. Não entendo porque sempre é assim, não consigo compreender o porque de sempre ficar nervosa, com falta de ar, com aquele bloqueio mental… Com calma, quase em câmera lenta sem parar de olhá-la eu levantei minha mão até a bolsa e pegando. Dulce acompanhou meu gesto com os olhos me deixando ainda mais nervosa. Larguei a bolsa em cima do sofá fazendo-a olhar para mim novamente. Foi inevitável não sorri para ela quando seus olhos se encontraram nos meus e me disseram que me queria. A puxei pela cintura sem pensar duas vezes colando nossos corpos me fazendo ferver por dentro. Respirei fundo ao encarar seus lábios e sorri pela ultima vez antes de beijá-la como louca. Nossas línguas se encontraram em perfeita sintonia fazendo-me sorri entre beijos. Suas mãos percorriam minhas costas nuas deixando-me arrepiada. A velocidade do beijo variava conforme as nossas respirações que ia acelerando a casa segundo. Minhas mãos passeavam por baixo do seu vestido, entre a coxa, a bunda e a virilha… Ágil como sempre desabotôo meu sutiã com apenas uma mão jogando o mesmo no chão. Apertou meus seios me tirando leves gemidos. E com rapidez me jogou no sofá ficando por cima de mim. Seu corpo encaixou no meu perfeitamente, suas pernas entre as minhas, seus seios cobertos por aquele maldito vestido roçando nos meus nus. E com vontade ela beijava, mordia e chupava meu pescoço como louca, me deixando completamente excitada e cada vez mais cega de prazer. Uma de minhas mãos segurava em seu cabelo e a outra fazia de tudo para levantar seu vestido. Suas mãos percorriam a lateral de meu corpo até chegarem em meus seios. Seus beijos desceram rapidamente até meus seios os beijando em volta, me torturando com seus toques. Não resisti por muito tempo e empurrei sua cabeça para meu seio esquerdo que foi recusado de imediato. A olhei tentando entender que me olhou sorrindo, com aquele sorriso malicioso que eu tanto amo, com aqueles olhos dizendo que seria da maneira dela e não da minha. Bati de leve em suas costas e antes mesmo de eu reclamar de alguma coisa ela imprensou seus lábios nos meus me beijando com todo o desejo do mundo. Seus dedos brincaram com meus mamilos enquanto nos beijávamos vorazmente. Sua coxa roçava no meu sexo molhado enquanto a minha fazia o mesmo no dela. Seu vestido se encontrava na cintura e minhas mãos apertavam sua bunda fazendo aquela pressão em meu corpo… Estava tudo maravilhoso, tudo delicioso, era para ser mais um sexo esplêndido… Estávamos cegas de paixão e nem sequer ouvimos a porta do camarim bater, só nos demos conta que tinha alguém conosco quando esse alguém disse: [b]Eu sempre tenho razão![/b] Foi inevitável não empurrar Dulce de cima de mim e olhar para Maite sem acreditar que ela estava mesmo ali. Dulce ficou estática meio em cima de mim, meio em pé… Ela não sabia o que fazer assim como eu também não sabia. Queria sumir, ou simplesmente ter trancado a merda da porta do camarim… Eu sabia que a partir dali, a partir daquele exato momento em que Maite nos pegou numa situação critica, aquele sonho iria virar meu pior pesadelo. Não que eu não confie na Maite, mas Dulce é casada e mais ninguém precisava saber que o marido dela é corno.

Dulce: Não Maite… – Ela queria muito se explicar e eu podia ver a decepção nos olhos dela. 

Maite: Não, não venha querer explicar nada. Eu já sabia, antes mesmo de vocês pensarem em se agarrar novamente eu já sabia que isso ia acontecer, na verdade eu sempre soube. Acho até que demorou de mais.

Dulce: Não, não é isso que esta pensado! – Essa é a pior frase para se usar nessas horas.

Maite: Faça-me o favor né Dulce? – Ela riu. – Conheço vocês, e muito bem… Mas então, não acham que estão se arriscando de mais? Estão loucas ou algo assim? Isso aqui é a televisa gente não um quarto de motel! Qualquer um poderia ter entrado agora, poderia ser as filhas de vocês! Imagina só coitadas, ver as mães se pegando no sofá de um camarim, elas iriam ficar no mínimo traumatizadas! Pelo amor de Deus, vocês já são quarentonas não são mais aquelas meninas de 20 anos. Que sempre se pegavam por ai como loucas sempre correndo o risco de pegarem vocês no flagra! – Estávamos caladas como se estivéssemos ouvindo uma bronca da mãe. – Então, por favor, tenham cuidado. Querem ter um caso tenham, mas não sejam tão irresponsáveis e imaturas. E tranquem a porta da próxima vez. – Ela pegou a bolsa na cadeira perto da porta e saiu nos deixando sozinhas novamente.

Dulce ficou visivelmente arrasada, como eu gostaria de saber o que estava se passando na cabeça dela aquela hora. Minha vontade era de chorar, e chorar e chorar ainda mais. Eu sabia que eu ia acabar me feriando, eu sabia que tinha que parar com aquilo. Não tenho mais idade para fazer essas coisas e muito menos para a ser a ‘outra’ da Dulce. Tenho filhos a criar, e uma imagem a zelar. Mas ao mesmo tempo em que eu sabia que tinha que acabar com aquilo eu sentia que se acabasse mais uma vez meu coração que já era feito em pedaços iria virar pó.

Anahí: Calma, tudo vai ficar bem! – Tentei consolá-la afagando suas costas. – Maite é nossa amiga, nunca vai contar isso a ninguém.

Dulce: Não Anahí, não é esse o problema, eu confio nela. Mas olha para gente, esta tudo errado!

Anahí: Eu sei que esta, mas está tão bom assim não acha? – Como eu contradito as coisas meu deus.

Dulce: Esta tudo ótimo, mas não quero isso para mim, eu sou casada cara, tenho duas filhas. – Ela fez uma pausa. – Esquece isso Anahí. – Ela se levantou. – Vamos fingir que nunca aconteceu ok?! Acabou! Vamos voltar a ser como éramos antes. Não posso deixar isso seguir em frente e tomar um rumo que eu não posso controlar. – Ela ajeitou o vestido, pegou a bolsa e foi andando até a porta. – Até amanha. – E saiu batendo a porta atrás dela.