Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon

Liz

Eram exatamente onze da manha e nós quatro já estávamos tomando café. Não dormimos quase nada, na verdade só demos uma cochilada né?! Porque para quem chega em casa com o dia amanhecendo e vai dormir com o dia claro e acorda algumas horas depois não teve descanso algum, dormimos apenas o álcool… Minha mãe, Dulce, Christian e Poncho ainda dormiam. Maite e Ronald estavam na piscina com Enzo e Betina. Já Ucker, Felix, Pietra e Silas estavam jogando bola no gramado. Tomamos nosso café sem pressa alguma, depois subimos novamente, trocamos de roupa colocando nossos trajes de banho e descemos para perguntar a Maite onde era a praia mais próxima. Não ia embora sem conhecer a praia daqui. Perguntamos como fazíamos para chegar ao tal lugar e ela nos explicou da melhor maneira possível, pelo que ela disse não era longe e nem difícil de chegar. Caminhamos cerca de trinta minutos por uma rua de terra assim que saímos do condomínio. Não tinha ninguém andando por ali e confesso que tive um pouco de medo. Chegamos a praia que na verdade não era uma praia. Era um enorme lagoa, grande de verdade. A areia não era extensa tinha no máximo uns dez metros até chegar à água cristalina. O vento fazia um barulho relaxante nas arvores altas. Alguns bancos e mesas improvisadas em madeiras estavam espalhadas pelo local, a maioria em baixo das arvores. Uma paisagem realmente esplêndida, nunca havia visto algo tão lindo e tranqüilizante. Colocamos nossas coisas em cima de umas das mesas de madeira e já fomos tirando as roupas, ficando é claro apenas com os trajes de banho. Mergulhamos na água quente e cristalina da lagoa, ficamos ali, conversando, boiando, brincando e admirando aquele lugar tão lindo. Eu e Sophia saímos da água deixando-os por lá, não tinha mesmo ninguém por ali, aquele lugar era nosso então eu a beijei, a beijei intensamente ainda com os pés na água morna. O som das arvores, dos pássaros e da água faziam um lindo fundo musical para o nosso amor. Paramos de nos beijar e fomos até a mesa onde estavam as nossas coisas. Nos sentamos e ficamos de mãos dadas, caladas apenas olhando para tudo em nossa volta. Eu não precisava mais de nada aquele momento, tinha o amor da minha vida em meu lado, um lugar maravilhoso e toda a liberdade do mundo. Dei um beijo selado em Sophia e me levantei com um sorriso nos lábios e uma idéia na cabeça.

Sophia: O que foi? – Ela perguntou-me ainda segurando uma de minhas mãos.

Liz: Calma, eu tive uma idéia. – Soltei-me dela e mexi na bolsa que estava em cima da mesa a procura de algo que servisse.

Sophia: O que você esta pensando em fazer Liz? – Ela me olhou um pouco preocupada.

Liz: Relaxa, não é nada de mais. – Eu achei o que procurada. – Vem, vamos dar uma volta. – A puxei pela mão fazendo-a levantar e ir caminhando comigo.

Sophia: Para onde sua maluca?

Liz: Apenas fique olhando e me acompanhe.

Fui olhando todas as arvores em que passei, queria achar alguma bem bonita para marcamos o nosso amor. Aquela coisa bem clichê de escrever nossos nomes nas arvores. Para falar a verdade sempre quis fazer isso. Uma vez eu li em algum lugar que quando escrevemos dois nomes em uma arvore o amor entre essas duas pessoas se torna imortal, sei que essas coisas são mitos, que para o amor ser imortal só depende da gente mesmo. Mas mesmo assim eu quero ter nossos nomes gravados em uma dessas arvores desse local lindo, quero poder voltar aqui um dia talvez como minha mãe depois de quase vinte anos e olhar os nossos nomes em alguma daquelas arvores. Um pouco mais a frente vi a arvore perfeita.

Liz: Achei! – Eu disse empolgada.

Sophia: Achou o que? – Ela parecia curiosa e ao mesmo tempo um pouco irritada com tanto suspense.

Fiquei até feliz em finalmente ter encontrado uma a altura, mas assim que chegamos perto pude ver que já tiveram essa grande e clichê idéia e escreveram exatamente na arvore eu que eu havia escolhido a dedo…

Sophia: Achou o que Liz, pode me dizer? – Ela me olhava esperando por uma resposta enquanto eu passava a mão na arvore que havia escolhido.

Liz: A árvore! – Eu disse tentando ler o que estava escrito.

Sophia: Sim e o que tem ela?

Liz: Eu gostei dessa, mas já tem dono. – Eu olhei triste para ela mostrando-a. – Quero escrever nossos nomes em alguma dessas árvores para nosso amor jamais morrer. – Sorri para ela.

Sophia: Ai que lindo meu amor. – Ela me deu um beijo rápido no canto da boca. – Te amo muito e você é perfeita de mais!

Liz: Eu também te amo! – Dei-lhe também um beijo de canto. - Mas essa era a arvore perfeita, olha para ela!

Era a maior que tinha por perto, seu tronco largo com sua casca bem mais lisa que as outras, isso facilitaria muito em escrever ali… Olhando em nossa volta e não vimos nenhuma parecida com aquela.

Sophia: O que esta escrito? – Ela se interessou em saber, chegando mais perto.

Liz: Não sei. – Olhei junto a ela. – Devem ter escrito a muitos anos, esta um pouco apagado.

Sophia: Mas da para entender. – Ela passava a mão nos riscos. – São duas iniciais… Esta escrito ‘A&D’.

Liz: Ah ta, não estava entendendo esse ‘&’ direito. – Eu disse passando a mão nas iniciais e no coração em volta das letras.

Sophia: O que será que quer dizer? – Ela pensou um minuto. – Ana e Davi?

Liz: Porque não Ana e Duda?

Sophia: Ou Antonio e Davi?

Liz: O que seja, esses A&D pegaram a nossa arvore.

Sophia: Porque não escrevemos do outro lado? – Ela disse indo para o outro lado da arvore.

Liz: Sei lá. O que você acha?

Sophia: Se eu fosse essa arvore ficaria lisonjeada em ter dois casais eternamente marcados em mim.

Liz: Então vamos nessa mesmo. – A abracei de lado. – Porque eu te amo tanto em? Você é chata, briga comigo por nada, mas mesmo assim te acho a pessoa mais perfeita do mundo, você pode me explicar porque?!

Sophia: Porque eu sou encantadora de mais e ninguém resiste ao meu charme. – Ela sorriu vitoriosa.

Liz: Não… não… – Larguei ela. – Muito convencida, acabou com o clima… – Eu disse virando os olhos.

Sophia: Eu amo quando você vira os olhos assim e faz essa cara de que sabe de tudo. – Me abraçou quase colando seu rosto no meu,

Liz: Eu sei, também sou irresistível por isso não consegue ficar um minuto se quer longe de mim.

Sophia: Mas é verdade! – Ela sorriu. – Você é irresistível e eu não vivo sem você, acho que sem você eu não respiro, não como, não durmo…

Liz: Também não vivo sem você minha Sophia. – Segurei em seu rosto e beijei seus lábios por alguns segundos. – Que nosso amor dure a eternidade. – Sorri para ela e a beijei de verdade.

Depois de nos beijarmos serenamente, com todo o amor que possamos sentir escrevemos nossas iniciais na árvore, no mesmo jeito em que haviam escrito antes. Ela escreveu a minha inicia ‘L’ e o ‘&’, já eu escrevi a sua inicial ‘S’ e fiz o coração em volta de nossas letras. Ficou perfeito, como se nossas iniciais tivessem nascido junto com aquela linda arvore.