Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon

Anahí

É incrível como a presença dela me fazia sentir como se eu fosse uma adolescente apaixonada. Não que eu a amasse ainda, porque eu não a amo de jeito nenhum, só sinto… Sinto… Sinto como se tudo tivesse sido um sonho maravilhoso que se tornou meu pior pesadelo. Para falar a verdade, eu tenho é que parar de pensar nessas coisas, passado é passado e presente é presente, não posso ficar vivendo nesse Presente-Passado como se nada mais na minha vida tivesse sentido, como se só aquela época tivesse sido boa de verdade. Preciso arrumar algo de útil para ocupar minha mente, isso sim.

Mas ficar sem pensar nessas coisas com a presença dela e de todos aqueles que fizeram parte disso era muito difícil… Estávamos todos sentados na varanda, conversavam animadamente, mas minha cabeça mais uma vez estava em outro lugar, em outro tempo, minha mente estava vagando por um período maravilhoso que já se fora. Eu conseguia me lembrar de tudo, de todos os detalhes, até do cheiro daquele lindo dia, o dia em que eu Dulce ficamos pela primeira vez, mas em segundos minha mente foi forjada por uma lembrança horrível, posso até dizer que foi a pior de minha vida, a lembrança de Dulce com a mão da barriga, dizendo que estava grávida e que havia me traído…

Maite: Não é Anahí?!

Anahí: O que? – Eu fui despertada do meu pesadelo – Desculpe, eu não estava prestando atenção!

Dulce: Anahí e seu mundinho paralelo!

Poncho: É incrível né?! Os anos passam, pessoas morrem, crianças nascem e Anahí continua a mesma.

Anahí: Eu posso dizer que você Poncho também não mudou quase nada!

Maite: Pois é, tem coisas na vida que não dá para modificar!

Anahí: Mas diga Maite, o que você estava falando?!

Maite: Nada, não vou falar tudo de novo!

Christian: Não mesmo, por favor, não me faça ouvir tudo de novo!

Anahí: Então me dêem licença que eu vou ao banheiro e dar uma olhada no meu filho que esta lá dentro.

Levantei e fui direto ao banheiro, lavei o rosto tentando apagar as lembranças de minha memória, mas ao enxugar o rosto com a pequena tolha, me veio o cheiro de Dulce nela, aquele mesmo cheiro de muitos e muitos anos atrás. Agora eu me lembrava porque não entrava naquela casa há anos, porque mesmo sem Dulce por perto, eu poderia sentir seu cheiro, sua presença em pequenos objetos, fotos e outras coisas mais… Respirei fundo e abri a porta do banheiro tentando pensar em meu filho, tentando desviar minha ‘sede’ por Dulce.

Mas foi impossível, já que ela estava ali parada como se estivesse me esperando há muito tempo. Parecia impaciente e nervosa, olhou para os lados antes de me empurrar para dentro do banheiro novamente, entrando junto a mim e trancando a porta com pressa.