Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon

Anahí

Nossa eu levei o maior susto da minha vida, ela estava bem atrás de mim como se fosse uma assombração, com o sorriso mais sarcástico do mundo apoiada ao sofá, quase falando ao meu ouvido. Eu estava tão entretida vendo o vídeo que nem senti ela chegar perto.

Anahí: Eu não preciso ver vídeos para lembrar, eu apenas sinto. – Eu apenas a olhava de lado. Ainda sentada ao sofá com ela atrás de mim debruçada.

Nossos olhares tinham uma conversa intima enquanto eu e ela ficávamos paradas quietas. Seus olhos sorriam para mim, mas seu semblante era serio e sua respiração estava um pouco desregulada. Aqueles segundos pareceram horas, na verdade eles sempre parecem horas quando ela não esta me beijando, me acariciando ou falando diretamente comigo, esses silêncios sempre me matam… Dulce desapoiou do sofá e caminhou lentamente pelo porão até parar de frente para mim que permaneci estática, como uma retardada. Mais uma vez nossos olhos conversaram e a única coisa que podíamos ouvir eram nossas vozes vindas do DVD, era inevitável não prestar uma mínima atenção do que Dulce dizia: “Sai Poncho, deixa agente em paz, só porque você é um mal amado, não precisa ficar atrapalhando agente.” E em seguida a minha voz rouca disse também: “Poncho e Christopher, porque vocês dois não vão se comer um pouco e deixa agente se amar em paz?”… Eu até tive vontade de olhar para a televisão, mas os olhos de Dulce me prendiam de uma forma surreal de mais… Ainda me encarando, ela sorriu de canto e com certa veracidade ela me puxou do sofá pelo braço me colocando de pé frente a ela. Nossas respirações de transformaram em apenas uma, meus olhos não sabiam para onde olhavam, se era para os seus seios ou para sua boca que gritava pela minha… Se um dia eu entender a Dulce eu escrevo um livro sobre isso tudo, na verdade acho que já posso começar a escrever porque tenho certeza que tudo isso não se passa de um joguinho, um joguinho em que ela quer ter todo mundo em suas mãos, um jogo sexual e carnal.

Anahí: O que você quer Dulce? – Eu consegui dizer dando meio passo a trás.

Dulce: Você sabe o que eu quero!

Anahí: Me comer e ir embora como você sempre faz? Me usar como uma qualquer, eu sou só mais uma de suas vadias né?! Porque você usa todo mundo Dulce, todo mundo, você me usou e ainda me usa, usa o Benedito e sei lá mais quem. Na verdade acho que a vadia não sou eu né?!

Dulce: Hum… Minha mãe já dizia ‘Diga com quem tu andas que te direi quem és’

Anahí: Você não presta Dulce! – Eu revirei os olhos. – Não presta!

Dulce: É… – Ela se aproximou ainda mais de mim e falou em meu ouvido. – E eu sei que você gosta..

Anahí: Você esta se achando muito sabia? – Eu a empurrei de leve. – Tenho que cortar esse seu barato todo.

Dulce: Você não consegue!

Anahí: Esta me desafiando?

Dulce: Tenta! – Seu olhar era desafiador.

Eu tentei empurrá-la para que eu pudesse sair dali e deixá-la sozinha, mas ela não deixou, permaneceu imóvel e assim que eu fiz um pouco mais de força ela me agarrou pela cintura colando nossos corpos e quase encostando nossos lábios. Eu fiquei sem reação é claro que fiquei, todo meu corpo derreteu e disse ‘ok eu me rendo’ assim que ela tocou em mim. Mas minha mente continuava a dizer não. Tentei me debater e me soltar, mas ela sempre foi mais forte que eu.

Anahí: Me larga agora Dulce Maria! – Eu encarava seus olhos e minha voz saiu firme.

Dulce: Não.

Anahí: Me largar, eu to mandando eu não quero que você me toque mais!

Dulce: Não. – Ela sorria sarcasticamente enquanto eu tentava me soltar. – Você também me quer, eu sei disso.

Anahí: Eu te odeio. – Eu gritei. – Te odeio!

Assim que eu terminei a ultima palavra ela me beijou, eu não retribui no começo, ainda tentava me soltar e me debatia em seus braços, mas depois de alguns segundo minhas mãos já percorriam suas costas e meu beijo era tão intenso quando o dela. Nossas respirações estavam mais que ofegantes, suas mãos apertavam meus seios e passeavam por todo meu corpo com pressa. Estava tudo sendo rápido de mais, com muita vontade e excitação. Com mais pressa ainda ela tirou minha blusa e praticamente arrancou meu sutiã caindo de boca em um de meus seios, eu gemi imediatamente segurando em seus cabelos e mordendo meu lábio, eu estava amando e odiando aquilo tudo, que por mais que eu quisesse muito aquilo, eu não deveria, ia sofrer de novo depois. Ela voltou a beijar meus lábios, me fazendo perder o ar cada vez mais, nossas línguas dançavam em nossas bocas e suas mãos deliciosas me faziam tremer de cima a baixo. Seus beijos desceram até meu pescoço enquanto ela abaixava meu short, apertando minha bunda fazendo com que nossos sexos se encontrassem. Largou meu pescoço por alguns segundos abaixando meu short junto com minha calcinha até o chão me jogando no sofá com uma velocidade ainda maior. Ela passou a mão no seu próprio rosto e depois nos cabelos os jogando para trás, me olhou de cima a baixo jogada no sofá completamente nua e entregue a ela, mais uma vez para ela me usar e abusar de mim. Ela se ajoelhou entre minhas pernas encostando seu joelho em meu sexo que já se encontrava molhado. Esfregou seu rosto no meu segurando em meus cabelos, passou a língua em minha face e depois em minha boca, voltando a me beijar intensamente. Sua boca quente, seus lábios macios e sua língua voraz me faziam praticamente gemer entre beijos. Sua mão desceu até meu sexo exposto e começou a tocá-lo lentamente, praticamente me torturando, mordi seus lábios quase dizendo para ir mais rápido, mas ela continuou no mesmo ritmo, vagaroso e gostoso, só Dulce sabe tocar uma mulher tão bem. Entre beijos e mordidas eu já não conseguia mais controlar o meu corpo, a única coisa que conseguia fazer era rebolar em seus dedos. Joguei minha cabeça para trás deixando-a devorar meu pescoço por inteiro, o lambendo, mordendo e chupando, todos os meus pelos estavam arrepiados, mostrando-a o quanto excitada eu estava. Meus gemidos estavam baixos, mas intensos, pedia mais, exigia por mais, mas era ela quem estava no comando, era ela quem fazia tudo… Num susto ela me deitou no sofá ainda com seus dedos em mim, passou a língua em meu mamilo mordendo-o no final, sua língua quente e macia foi descendo deixando um rastro de saliva por minha barriga, passou pelo umbigo e foi direto em meu sexo. Me sugou com tanta vontade que quase gozei de imediato, mas mantive o controle e me segurei um pouco, não podia acabar tão rápido, eu tinha que aproveitar… Seus dedos entraram em meu sexo me tirando um belo de um gemido, espero que ninguém tenha ouvido. Sua boca me chupava e me lambia com tanta pratica que parecia mágica. Eu rebolava o máximo que podia em seus lábios e dedos fazendo minha excitação ficar cada vez maior. Segurei até onde pude, até não agüentar mais, mas depois de um curto tempo com ela fazendo de tudo para eu chegar ao ápice eu não pude mais resisti, tive um orgasmo pleno e longo em seu domínio mais uma vez. Eu estava suada, agarrando com força o couro do sofá velho, todos meus músculos estavam contraídos e minha respiração ainda nem havia voltado. Meus olhos fechados e um sorriso enorme no rosto… Abri os olhos e olhei para Dulce que já estava de pé ajeitando sua roupa. Ela me olhou de cima a baixo novamente e saiu andando sem dizer nada.

Anahí: Ei, ei, onde você vai? – Eu sentei no sofá ainda com a respiração falhando.

Ela não disse nada, nem olhou para trás, saiu como se tivesse mesmo comido uma puta só faltou ter jogado uma grana em cima de mim. Eu respirei fundo e um ódio subiu em minha mente, ela acha que é assim, me come e vai embora? Esta enganada, muito enganada, agora vai ser do meu jeito, se ela quer fuder vai ser do meu jeito, vai ser quando eu quiser, e ela também precisa ouvir algumas boas verdades. Não sou uma qualquer não, não sou essas piranhas que ela come na rua quando bem entende, se ela me quiser vai ter que ser do jeitinho que eu quero… Coloquei minha roupa quase correndo, desliguei o DVD e a televisão sem nem ao menos tirar o cd de dentro e guardá-lo na estante, não tinha tempo para isso. Precisava falar com ela agora, nesse exato momento, isso não ia ficar assim, não ia deixar passar mais uma vez.