Fanfics Brasil - Capítulo 30 Um passado no presente -Portinon- (Finalizada)

Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 30

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Anahí


 


 


 


Eu tinha acabado de colocar Enzo para dormir no carro junto com Christian que também colocou Betina. O Luau estava verdadeiramente lindo, tudo harmonioso de mais. Aquele lugar ainda era o mesmo, nada mudou, os banquinhos de madeira, a lua refletindo na água serena, o vento cantando nas árvores, as luzes meio fracas, o cheiro de natureza… Tudo aquilo me trazia ótimas lembranças, mas confesso que dói de mais lembrar essas coisas. Poncho e Christopher estavam animadíssimos tocando no violão, estávamos cantando à horas já. Já havíamos cantando de tudo, até musicas da nossa antiga banda cantamos, um verdadeiro desastre, quando mal se lembra das letras. Dulce estava cantando a ultima frase de ‘No pares’ quando minha filha e Sophia levantaram e saíram andando, nem dei atenção a elas, na verdade nem vi para onde elas foram. Eu estava mais interessada em fuzilar Dulce com os olhos e beber minha cerveja super gelada. Não se passaram nem meio minuto direito e Nina e Manuel também saíram andando, devem ter ido atrás das meninas…


 


Maite: Nossa Dulce, essa você lembra toda! – Ela estava sentada ao meu lado.


Dulce: Na verdade quase toda, errei alguns pedaços. – Já Dulce estava no outro lado de frente para mim ao lado de Christopher.


Poncho: Qual vai ser a próxima?


Felix: Todas as minhas musicas já foram tocadas essa noite! – Ele riu, tomando um gole de sua bebida.


Ronald: As musicas que eu conheço ninguém nunca sabe tocar.


Anahí: Não sei, deixa eu pensar.


Ucker: Já sei, já sei! – Ele sorriu contente e falou no ouvido de poncho que estava do seu outro lado.


Poncho: Boa, boa garoto! – Ele sorriu contente também.


Ucker: Vamos lá, quero só as mulheres cantando em! – Ele posicionou o violão e logo começou a tocar junto a poncho.


Maite: Mas qual é a musica? – Ela perguntou curiosa tentando ouvir as primeiras notas, mas Dulce logo começou a cantar.


Dulce: Quando eu digo que deixei de te amar, é porque eu te amo. – Ela me olhou no fundo dos meus olhos, e eu gelei ao ouvir qual era a musica. - Quando eu digo que não quero mais você, é porque eu te quero. – Ela mordeu o lábio ainda olhando para mim, me provocando. - Eu tenho medo de te dar meu coração e confessar que eu estou nas tuas mãos, mas não posso imaginar o que vai ser de mim se eu te perder um dia. – Ela fez aquela típica cara de ‘já te perdi’. - Me afasto e me defendo de você, mas depois me entrego. – Ela sorriu de canto, aquele sorriso safado que só ela sabe dar. - Faço tipo, falo coisas que eu não sou, mas depois eu nego. – Eu estava suando frio, meu dia já havia sido confuso de mais, não precisava disso agora. Eu estava era quase levantando dali e saindo correndo para bem longe. - Mas a verdade é que eu sou louca por você e tenho medo de pensar em te perder, eu preciso aceitar que não dá mais para separar as nossas vidas…


 


Tava todo mundo cantando, mas eu só conseguia ver a vadia da Dulce, só conseguia ouvi-la, tentei olhar para os lados, mas não consegui, meus olhos estavam fixos nos dela, como se eu tivesse hipnotizada. Meu coração acelerado, meu suor escorria pelas minhas costas, eu estava dura, não sei dizer bem o porque, mas eu estava.


 


Maite: Canta Anahí! – Ela me deu um cotovelada enquanto batia palmas. Foi só naquele momento que eu consegui voltar ao meu estado normal.


Todos cantando: E nessa loucura de dizer que não te quero, vou negando as aparências, disfarçando as evidências, mas para que viver fingindo se eu não posso enganar meu coração… – Eu olhei cada pessoa, que cantava animadamente e parei meus olhos novamente nos olhos dela, que ainda cantava me mirando.


Dulce: Eu sei que te amo, chega de mentiras, de negar o meu desejo, eu te quero mais do que tudo, eu preciso do seu beijo… – Eu me levantei, não dava mais para ficar ali precisava ir para algum lugar. - Eu entrego a minha vida para você fazer o que quiser de mim… Só quero ouvir você dizer que sim…


 


Olhei para os lados, olhei para todos que ainda cantava animadamente, pulei o tronco que estava sentada e sai andando sem dizer nada, nem ao menos olhei para trás quando Maite chamou por meu nome, sai andando, na verdade quase correndo, ainda podia ouvi-los cantar…


 


Todos: Diz que é verdade, que tem saudade, que ainda você pensa muito em mim, diz que é verdade, que tem saudade… Que ainda você quer viver pra mim…


 


Nossa, uma péssima musica para esse lugar, não poderiam ter cantado uma musica velha qualquer, tinha que ser essa? Logo essa? Já disse o quanto o universo parece me odiar? Parece que ele quer me ver o tempo todo mal, irritada, triste… Já não agüento mais isso, não agüento mais ter que fugir das cosias e enganar a mim mesma. Queria mesmo era poder apagar minha memória, pois ela é uma das que me faz mais mal… A noite estava tão linda para ser estragada assim, a lua e as estrelas refletindo na água é uma das coisas mais lindas que eu já vi. Continuei andando em direção o nada, já nem dava mais para ouvi-los cantar, só um murmúrio ao fundo… Já não estava mais correndo, meu coração começava a se acalmar, a areia meio úmida pelo sereno entrava entre meus dedos e me dava uma sensação de leveza. Olhei para a água e me lembrei de quando Maite e eu arrancamos a sunga de Ucker e o deixamos pelado dentro da lagoa, sorri sozinha ao ver aquela cena deprimente se repetir em minha cabeça. Olhei para as árvores e lembrei de que eu Dulce já havíamos batizado praticamente todas elas. Caminhei mais alguns quatro passos até segurarem em meu braço com força e me virarem para trás.


 


Dulce: Onde você esta indo?


Anahí: Não é do seu interesse! – Eu tentei me soltar, mas não consegui. – Me larga!


Dulce: Ok. – Ela me soltou. -  Seja como for, só quero falar umas coisas para você!


Anahí: Hum, que bom! – Eu fiz a cara mais debochada possível. – Você quer falar, mas eu nem quero te ouvir, sua voz me da nos nervos, volta para lá e me deixa sozinha!


 


Eu sai andando deixando ela para trás, mas pude sentir que ainda me seguia, eu simplesmente ignorei, agora eu já estava quase correndo de novo. Não posso deixá-la falar, não posso deixar que me iluda mais uma vez, eu conheço aquela mulher, vai falar um monte de coisas e ainda vai me fazer pedir desculpas. Olhei para os lados e pude reconhecer o lugar, um lugar bem familiar para falar a verdade. Não acredito que o universo me trousse até aqui e junto com ela. É castigo de mais para ser verdade. Se eu andar mais uns cinqüenta metros agente chega em nossa arvore. Na árvore que escrevemos nossas inicias a quase vinte anos atrás… Parei de andar e me virei para ela que ainda estava atrás de mim.


 


Anahí: Vai embora Dulce. Não quero te ouvir!


 


Ela não disse nada, simplesmente sorriu como um cachorro sem dono… Meu sangue subiu até a cabeça, fiquei com raiva, com muita raiva, odeio quando ela faz isso. Mas eu tentei manter a calma, dei as costas para ela novamente e continuei andando. Minha cabeça estava mil e ela ainda me seguindo sem dizer nada, mal dava para ouvir sua respiração, ela parecia calma e confiante, coisa que dificilmente vejo em seus olhos. Deve ser o álcool que ela já bebeu hoje, deve ter dado confiança para me fazer de otária mais uma vez… Pensamentos vão e vem em minha mente quando avisto nossa arvore, mas avisto também uma certa movimentação, como se tivessem pessoas nela. Estava escuro, não dava para ver direito. Mas a única coisa que pensei foi ‘Quem ousa se apossar de nosso arvore desse jeito?’. A raiva subiu mais uma vez a minha cabeça quando Dulce me segurou pelo braço pela segunda vez.


 


Dulce: Calma, não vai, tem gente ali!


Anahí: Me solta agora! – Meus olhos deveriam estar em chamas.


Dulce: E se forem dois malucos?


Anahí: Não to nem ai, eu vou lá expulsa-los de minha árvore a pontapé, aquela arvore é minha e de mais ninguém, eles não tem esse direito!


Dulce: Aquela arvore é nossa!


Anahí: Minha! – Sorri sarcasticamente.


 


Eu sai andando rapidamente para tirar aqueles vermes da minha árvore linda, e ela veio atrás de mim como um sombra indesejada. A luz da lua e dos postes fracos em poucos passos nos revelou quem eram as pessoas que estavam lá. Eu tive que parar de andar, na verdade ambas paramos de andar, meu ar até faltou ou ver aquela cena. Como meu bebezinho poderia esta fazendo algo daquele tipo? Era meio nojento ver minha filha e Sophia daquele jeito, mas ao mesmo tempo me fazia lembrar de quando eu a vadia fazíamos o mesmo… Como minha menina poderia ser capas de mentir para mim assim, mas de algum modo tudo começou a fazer sentido naquele momento… Confesso que não tive outra reação, e acho que a minha sombra irritante também não, porque ambas dissemos juntas e em alto e bom som.


 


Anahí e Dulce: Ai meu Deus!



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Autor(a): portinons2vondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 44



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  • tryciarg89 Postado em 05/07/2023 - 23:13:55

    Aí gente tem vários ciscos no meu olho, simplesmente linda e perfeita essa fic. Ameiiii

  • ..Peekena.. Postado em 03/01/2018 - 11:06:35

    Amei fanfic ja li 2 ves haha.. Parabéns

  • portisavirroni_forever Postado em 28/01/2016 - 13:13:08

    Sempre que me perguntarem sobre fanfic, eu vou indicar essa porque é uma das melhores que já li, e olha que já li muitas! PORTINON ETERNAMENTE!

  • vverg Postado em 10/04/2014 - 00:35:51

    Oiii. Li e adorei... foi muito boa.. =) Parabens pela fic =)

  • brunamachado Postado em 05/11/2013 - 02:37:16

    Parabéns muito lindo,AMEI o fim

  • brunamachado Postado em 24/10/2013 - 16:35:22

    Posta maaais

  • brunamachado Postado em 23/10/2013 - 21:35:13

    Posta mais..o bicho tá pegando,aposto que foi a mãe da Dulce,essa jararaca

  • brunamachado Postado em 21/10/2013 - 20:02:59

    Essa mãe da Dulce é uma jararaca mesmo hein,credo..... A web já está na metade né amore? Posta mais,muito boa

  • juju_simoess_ Postado em 21/10/2013 - 01:41:03

    Ai que lindooo! Muito diva essa historia! Estou amando!!! Posta mais!

  • brunamachado Postado em 20/10/2013 - 02:57:32

    Sua fic é muito boa,posta mais


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