Fanfics Brasil - Capítulo 37 Um passado no presente -Portinon- (Finalizada)

Fanfic: Um passado no presente -Portinon- (Finalizada) | Tema: Portinon


Capítulo: Capítulo 37

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Liz


 


 


Minha noite foi perfeita, e ainda acordei com Sophia em meus braços. Cheguei em casa de manha um pouco cansada ainda, deitei em minha cama e apaguei. Acordei à tarde, tomei meu banho, me arrumei, peguei minhas coisas enfiando-as nos bolsos da minha calça e fui para sala a procura de minha mãe. Sim eu já ia sair de novo, queria ver minha namorada, já estava com saudades… Enzo estava vendo televisão todo concentrado enquanto eu ouvia uma certa discussão na cozinha. Fui me aproximando para ouvir quem era e assim que me aproximei o bastante eu pude ouvir.


 


Dulce: Sophia esta grávida! – Eu acho que não ouvi direito.


Anahí: Que? – Gritei tão alto em meus pensamentos como minha mãe.


Dulce: Hoje eu estava na sala lendo um livro. – Eu estava estática ouvindo tudo perto da porta. - Quando Sophia passou branca por mim sem dizer nada, perguntei aonde ela ia que logo me disse que ia à farmácia e já voltava, perguntei também se alguma coisa havia acontecido e ela disse que nada. Mas ela estava tensa de mais, nervosa… Assim que ela saiu eu fiquei com aquilo na cabeça, e fui direto para o quarto dela, sei la, achei que poderia ser mil coisas. Olhei no quarto e não achei nada, ai fui até o banheiro. – Eu já estava tremendo. - Olhei por cima e nada de diferente, até que olhei dentro da lixeira e lá estava, um teste de gravidez positivo.


 


Depois disso eu não ouvi mais nada. Eu não estava entendo, como, como isso poderia ser possível? Meu mundo caiu, eu tive vontade de morrer naquele momento. Eu senti que estava morta, como se alguém tivesse arrancado meu coração com a mão. Meu rosto estava quente, lagrimas e lagrimas escorriam por ele. Eu não sabia o que fazer, a única coisa que veio em minha mente era correr, correr e correr, para ver se essa dor tão grande e amenizada um pouco. Sair correndo, abri a porta do meu apartamento batendo com toda a força atrás de mim. Eu estava cega, as lagrimas não me deixavam ver absolutamente nada, minha cabeça girava tanto que a qualquer momento eu iria vomitar. Desci as escadas como um furação, não sei como não capotei. Sai do prédio e fiquei parada sem saber para que lado eu ia. Não sabia se respirava, se chorava, se corria… Eu não estava conseguindo pensar… Não sei quanto tempo fiquei parada ali, se foram dez minutos ou dez segundos. Eu ainda estava em prantos quando alguém me puxou pelo braço e me abraçou com força, só soube que era minha mãe pelo cheiro, porque eu não estava vendo absolutamente nada.


 


Anahí: Filha, calma, filha, calma! – Eu ainda chorava em seu abraço forte. – Eu to aqui com você meu amor, eu to aqui. – Ela me soltou tentando limpar minhas lagrimas que não pararam nem por um segundo. – Vai ficar tudo bem filha!


Liz: Nã…oo… va..ai não. – Foi a única coisa que eu consegui falar.


Anahí: Vai sim meu amor, eu sei que vai! – Ela tentou me abraçar, mas eu recuei.


Liz: Não vai! – Eu gritei.


Anahí: Eu entendo sua dor minha filha, mas tudo vai passar depois. – Ela tentou passar a mão em meus cabelos, mas eu recuei novamente, eu agora estava com ódio enorme.


Liz: Você não sabe de nada, eu fui traída, minha namorada esta grávida, você nem imagina a dor que eu to sentindo. – Eu estava gritando na portaria do prédio.


Anahí: Calma Liz!


Liz: Calma nada! – Eu dei dois passos atrás… E mais uma vez eu só pensava em uma cosia, em correr. – Esquece que eu existo!


 


Eu sai correndo, ouvi minha mãe gritar por mim e até senti que ela tentou me impedir de fugir desse jeito, mas foi em vão. Eu logo entrei em um taxi e pedi para ele me levasse para qualquer lugar que fosse. Eu desabei ainda mais, é incrível que quando estamos muito tristes ou muito felizes o tempo parece passar com uma freqüência diferente ou muito lento ou muito rápido, nunca temos certeza o quanto que passou de verdade. Olhei para tentando enxergar alguma coisa, mas meus olhos estavam cobertos de lagrimas, o carro estava parado no sinal vermelho. Passei a mão em meu rosto e pude ver que estávamos em frente a uma praça com vários bares, gente jovem reunida em um final de tarde. Eu poderia estar aqui com o meu amor se nada disso tivesse acontecido… Tirei dinheiro de dentro do bolso da calça e joguei no banco da frente, era mais do que precisava, mas eu não estava dando a mínima para aquilo. Desci do taxi com os olhos vermelhos e inchados. Caminhei em direção ao bar mais perto decidida a tomar o maior porre da minha vida e tentar ter uma amnésia louca. Mas algumas meninas de doze ou treze anos vieram na minha direção. Falando meu nome, dizendo que queriam tirar uma foto, perguntando porque eu estava chorando. Não consegui captar direito o que elas queriam de mim. A única coisa que eu consegui dizer foi ‘Agora não, agora não!’ Nunca foi de negar nada a quem admira meu trabalho, mas não dava para sair em uma foto no estado que eu estava. Sentei à mesa do bar e logo fui atendida por um rapaz que já veio me perguntando se eu precisava de ajuda. Olhei para ele tão solidário, olhei para as meninas que ainda me olhavam de longe e mais algumas pessoas que eu tinha certeza que estavam falando de mim e já não tinha certeza se queria tomar um porre daqueles ali. Eu queria esquecer é claro que queria, mas minha mãe sempre me ensinou desde pequena que tenho que zelar por minha imagem, que mesmo que eu esteja em prantos que não posso dar vexame em lugares públicos. Pensei em minha mãe em como ela reagiria a uma situação dessas, queria ser forte como ela, queria ter a coragem dela. Minha mãe superou tão bem a morte do meu pai, cuida de mim e do Enzo da melhor maneira possível. Se quero ser como ela, uma mulher forte tenho que agir como ela. Pensei por alguns segundos no que fazer ali naquele momento e tentei dar o melhor de mim.


 


Liz: Me vê um suco de maracujá bem forte por favor e me trás também um maço de cigarro e um isqueiro.


 


Não posso dar vexame bebendo e saindo daqui como uma louca, mas tomar um suco e fumar um maço de cigarros inteiro acho que não vai me difamar assim. Já fumei algumas vezes em minha vida, mas de verdade eu não vejo graça… Só sei que estou com vontade agora e não to nem ai. Meu suco e meu cigarro logo chegaram. Tomei aquilo em um gole só e logo pedi outro para que eu pudesse tomar mais calmamente. Eu ainda estava em choque, sentindo que nada mais nesse mundo fazia sentido, ainda estava chorando é claro, mas pelo menos não estava mais em prantos…. Fiquei tentando entender, como isso foi acontecer, tentando arrumar uma explicação lógica, tentando dar sentido a isso tudo. Como, em que momento isso foi acontecer? Não estava entrando na minha cabeça. Pensei, repensei, chorei, solucei, tomei mais uns três sucos e já estava no meu décimo terceiro cigarro. A lua cheia iluminava o resto do domingo que ainda restava. Eu estava cansada, com o rosto vermelho, confusa, fedendo a cigarro e querendo que todo esse pesadelo passasse…


Pensei mais um pouco e resolvi que iria falar com Sophia, pedir explicações. Eu não sei se iria agüentar ficar sem ela, nunca senti uma dor tão grande em minha vida ao saber dessa traição, mas só de pensar em ficar sem ela para sempre dói ainda mais. Eu não iria agüentar, eu acho que posso perdoá-la, sei que vai ser difícil no começo, mas tudo pode ficar bem depois… E se aconteceu só uma vez, e se foi em uma dessas situações em que estávamos muito bêbadas, e se ela não queria, e se forçaram ela a alguma coisa?… Eu já estava começando a ter esperança de novo. Um sorriso meio amarelo estava se formando em meu rosto… Se ela disser que ainda me ama eu fico com ela e assumo a criança. Pronto! Uma luz no final do túnel, se ela me ama, que eu sei que ama, vamos ficar e criar esse bebe juntas! Eu não tenho medo de ser mãe nova, não com ela. Sei que dói muito uma traição, mas quando se ama ficar sem a pessoa dói ainda mais. O perdão foi feito para as pessoas fortes como minha mãe. E se eu quero ser como ela, eu vou perdoá-la, porque eu sei que ela faria o mesmo. Vou mostrar a todos que sou uma mulher e não uma menina idiota. Vou mostrar que sou corajosa e digna de orgulho como minha mãe…


Paguei a conta determinada e ir em casa, contar a minha mãe o que ia fazer e depois ir diretamente falar com Sophia, dizer a ela que a amava acima de tudo, que iria perdoar sua traição e que ainda assumiria o filho dela. Nada nesse mundo acontece por acaso, se isso esta acontecendo é porque tem que acontecer, e eu não vou deixar esse primeiro tombo me derrubar assim, não vou deixar o amor da minha vida escapar por isso. 



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Autor(a): portinons2vondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 44



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  • tryciarg89 Postado em 05/07/2023 - 23:13:55

    Aí gente tem vários ciscos no meu olho, simplesmente linda e perfeita essa fic. Ameiiii

  • ..Peekena.. Postado em 03/01/2018 - 11:06:35

    Amei fanfic ja li 2 ves haha.. Parabéns

  • portisavirroni_forever Postado em 28/01/2016 - 13:13:08

    Sempre que me perguntarem sobre fanfic, eu vou indicar essa porque é uma das melhores que já li, e olha que já li muitas! PORTINON ETERNAMENTE!

  • vverg Postado em 10/04/2014 - 00:35:51

    Oiii. Li e adorei... foi muito boa.. =) Parabens pela fic =)

  • brunamachado Postado em 05/11/2013 - 02:37:16

    Parabéns muito lindo,AMEI o fim

  • brunamachado Postado em 24/10/2013 - 16:35:22

    Posta maaais

  • brunamachado Postado em 23/10/2013 - 21:35:13

    Posta mais..o bicho tá pegando,aposto que foi a mãe da Dulce,essa jararaca

  • brunamachado Postado em 21/10/2013 - 20:02:59

    Essa mãe da Dulce é uma jararaca mesmo hein,credo..... A web já está na metade né amore? Posta mais,muito boa

  • juju_simoess_ Postado em 21/10/2013 - 01:41:03

    Ai que lindooo! Muito diva essa historia! Estou amando!!! Posta mais!

  • brunamachado Postado em 20/10/2013 - 02:57:32

    Sua fic é muito boa,posta mais


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