Fanfic: A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada) | Tema: AyA

  
Aproximou a mão a um de seus peitos, que envolveu com a mão. Sua pele 
era suave contra seus dedos calosos. De novo, Anahí fez aquele som suave de 
aceitação. Fazia tanto tempo que não se deitava com uma mulher.

  
Tanto, tanto tempo...

  
Alfonso lhe passou a língua pelo pescoço, incrementando seus beijos e 
lhe passando a boca pela pele. Anahí conteve o fôlego. Encorajado, não podia 
parar. A mulher não lhe tocou, não lhe afastou.

  
Massageou-lhe o peito em círculos, passando o polegar por seu mamilo 
ereto. Alfonso  melhorou sua posição na 
cama, voltando-se mais enérgico. Tomou um mamilo com os lábios, chupou-o e o 
mordeu. Mas quando deslizou a mão para baixo para comprovar a umidade de suas 
coxas, ficou tensa e seu gemido de prazer se converteu em um de temor.

  
Alfonso se retirou instantaneamente, respirando com dificuldade. O que 
estava fazendo? Enrico podia estar lhe estendendo uma armadilha. Baixou a vista 
para olhar a mão; sua aspereza contrastava com a suavidade da pele de Anahí. Os 
sentimentos lhe embargavam, apesar a que preferiria não sentir nada. 
Recuperando o controle da mão, cobriu-a com a colcha, roçando de propósito um 
dos mamilos com o dorso de sua mão. Sufocou um grunhido, desejando voltar para 
seu adormecimento original. Não queria que despertassem, nem com paixão nem com 
nada e, em especial, não queria que fora a filha de Enrico quem despertasse.

  
O duque duvidava que pudesse controlar-se se ficasse de novo a sós com 
ela na habitação. Seu corpo inteiro palpitava de desejo pela jovem ferida. 
Doíam-lhe os lábios ante o desejo de voltar a mordiscar seu ereto mamilo, e 
seus dedos morriam por afundar-se na calidez de sua úmida abertura. Sua ereção 
palpitava por penetrar em seu lugar mais sagrado, como se soubesse que porra Anahí 
se aferraria a ele, forte e quente. Podia possui-la e ninguém se inteiraria 
nunca. Zangado consigo mesmo, e com ela por lhe tentar, uivou larga e 
monstruosamente.

  
Anahí ofegou ao sentir o prazer. Essa nova sensação a deixou 
boquiaberta, e o estômago lhe encolheu. Doente como estava, esses sentimentos a 
debilitavam até fazer quase que se desmaiar-se.

  
O duque estava tão perto. O som de sua voz fazia vibrar todo seu 
interior, devolvendo seu corpo à vida. Alfonso se levantou da cama. Anahí não 
podia mover-se. O tom autoritário quando lhe falava era evidente; não era um 
homem ao qual queria desobedecer.

  
Sentiu um formigamento pela pele que acreditou que lhe faria perder o 
conhecimento; a única coisa que lhe impedia de desabar era a forma em que lhe 
agarrava fortemente pelo cabelo e sua forma de reconhecê-la. Era muito 
consciente de sua presença e de quão vulnerável era ante ele. Seu fôlego lhe 
acariciou a pele; cheirava a hortelã. Respirou profundamente, paralisada ante 
sua proximidade. Cheirava a terra.

  
Como podia lutar contra o que não podia ver? Como podia lutar contra uma 
besta de fogo? Anahí sentiu que se aproximava ainda mais a ela. Estremeceu-se 
antecipando suas carícias até que lhe doeram os mamilos e lhe esticaram as 
coxas, esperando mais.

  
A textura de sua pele, quando lhe acariciava, intrigava-lhe e lhe 
aterrorizava a um tempo. Não tinha o suave rosto de qualquer ombro. Tragou com 
força, confusa, enquanto o sangue lhe percorria as veias com violência. Seu 
acento e  suas palavras lhe excitavam 
como nunca antes; mas não compreendia sua excitação. Intrigava-lhe e lhe 
aterrorizava, mas não podia fazer nada a respeito.

  
Isso é porque não é homem, e sim um monstro. É um demônio que põe a cem.

  
Talvez estivesse louca, mas não lhe dava medo. Sua proximidade o fazia 
perder o juízo e suas escuras palavras a enfeitiçavam. Esperou que seus lábios 
voltassem a posar-se sobre seu corpo com inocente antecipação. Doía-lhe a 
cabeça; fechou os olhos e deixou de tentar lhe ver, pois a luz não fazia a não 
ser piorar sua dor de cabeça.

  
Ao voltar a lhe cobrir com a colcha, acariciou-lhe a machucada pele. O 
tempo se deteve com o calor de sua proximidade. Anahí estava nervosa e morta. 
Nenhum homem, nem muito menos um monstro, tinha-a visto nunca nua, nem havia 
tocado sua nudez. Era muito consciente de onde lhe acariciava seu fôlego, de 
por onde deslizava sua mão, e queria mais. Mas mais do que?

  
-Por favor. -Retirou a mão de seu braço e tratou de cobrir-se mais com a 
colcha-. Me deixes partir. Não me queres como prisioneira, não lhe tenho feito 
nada; não têm nenhuma razão para me reter aqui.

  
-Pagaráis pelos pecados de seu pai. É tudo o que precisas saber. -Riu 
com uma risada baixa e cruel.

  
-Váis matar-me? -protegeu-se o peito com a suja colcha, tratando de 
apagar o que o fazia sentir-. Váis violar-me?

  
-O que lhe faça dependerá, em parte, de você.

  
Anahí abriu a boca para protestar, mas a porta se abriu e ouviu que 
partia. Pesavam-lhe as pálpebras. Tombou-se sobre o flanco e se encolheu, 
incapaz de desfazer-se das sensações que lhe provocavam suas carícias.

  
Quem sois e o que queréis de mim?