Fanfics Brasil - 17 A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada)

Fanfic: A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada) | Tema: AyA


Capítulo: 17

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***




 




  
Anahí tremeu em suas mãos; seus esbeltos ombros nada podiam fazer contra 
a excepcional força do monstro. Tinha querido assegurar-se de que era um homem 
de verdade, feito de carne e osso, e não o mítico demônio que viera a caçá-la. 
O homem que a tocava podia ser tanto homem como criatura; seu apertão era 
firme. Gemeu de dor ante a pressão que exercia em seus braços, pois ainda não 
estava de todo curada.




  
A fibra endurecida do corpo do monstro se forjava com ousadia contra 
ela. Sua imensa coxa se abriu passagem obscenamente entre suas pernas, para 
situar-se contra seu sexo. O calor de seu corpo a envolveu; seu masculino aroma 
não fazia mais que incrementar o desejo que sentia. Suas coxas se umedeceram; 
uma reação estranha para ela. Fechou os olhos e respirou seu aroma.




  
Apertou as pernas juntas para tratar de lhe afastar, mas era muito 
forte. Apertou a perna contra seu sexo, fazendo que seu corpo respondesse da 
única forma que sabia: empapando-se de seu cálido leite. Apesar de que voltou a 
tentar lhe afastar, curiosamente desejava explorar as sensações que sua 
indecente massagem lhe provocavam na boca do estômago.




  
O calor de suas mãos a enjoava; embora sabia que deveria querer partir, 
encontrou-se surpreendentemente empurrada a ficar para ver o que acontecia.




  
Apertou-se contra ele, querendo deter as palpitações que lhe provocava. 
Lhe acelerou o coração, marcando um ritmo violento, e abriu os olhos 
surpreendida, lhe buscando na escuridão. Lambeu o quente sabor de seus lábios e 
se estremeceu. Seu sexo palpitava como nunca antes, zangado por que lhe 
castigara sem suas carícias.




  Estavam 
empapados do sangue que caía do céu, mas não lhe importava. Aproximando-a mais 
a ele, tomou seu lábio inferior com os dentes e o mordeu com suavidade. Anahí 
ofegou, surpreendida, e ele se aproveitou sua boca entreabierta. Pinçou a borda 
de seus lábios com a língua e a lambeu cuidadosamente, fazendo com que ofegasse 
com mais força. Não era um ofego de dor, mas sim de confusão.




  
Sim, meu senhor, toma-me...




  
Anahí afogou um grito de surpresa e abriu os olhos. Só era um sonho. 
Não, não era só um sonho; era o sonho, o mesmo que tinha cada vez que fechava 
os olhos. Tinham passado dois longos dias desde que despertara, e o monstro não 
havia tornado a visitá-la. Estremecia-se cada vez que se lembrava de seu acento 
estrangeiro, devido aos sonhos incrivelmente eróticos que tinha tido com ele. 
Seu beijo tinha sido um sonho, verdade?  
O sangue que lhe caía de um céu diabólico? Seus lábios envolvendo seu 
peito, chupando-a e tocando-a?




  
Nada da vida real podia fazer que se excitara tanto.




  
Verdade?




  
A chuva, que seguia caindo fora das paredes de sua tenebrosa prisão e 
cujo som repicava sem cessar lá fora, era seu único visitante na maior parte do 
tempo. Tinha ido recuperando um pouco de visão ao longo desses dias. Salvo o 
fato de que lhe nublasse a vista de vez em quando, era um bom sinal. 
Suspirando, voltou a olhar a habitação. Sua melhorada visão não fazia mais que 
afundá-la ainda mais na miséria, pois agora podia ver a infernal prisão em que 
a mantinha encerrada.




  
Alfonso. Chama-se Alfonso de Herrera e pode que não seja um monstro, a 
não ser um homem, e aos homens lhes pode convencer. Devia ter tido muchísima 
febre para dizer as coisas que disse. Sou uma pessoa crescida, e não acredito 
nas estúpidas superstições dos camponeses. Não acredito em monstros!




  
Já tinha explorado cada rincão da lúgubre habitação e não tinha 
descoberto nada interessante. Havia teias de aranhas no teto, embora as aranhas 
pareciam ter abandonado suas mofadas casas fazia tempo. A habitação tinha a 
cama, uma cadeira tosca e a linda chaminé. Parecia que ninguém, antes dela, 
tivera ocupado a habitação desde que a construíram. A cama era poeirenta, 
pequena e cheirava a mofo. Ao menos era uma cama, e não um montão de palha no 
chão,  embora o colchão parecesse cheio 
de lã empapada em lugar de palha.




  
A única visita que recebia muito de vez em quando, na habitação que já 
considerava própria, era Haldana. A criada era amável com ela, embora tinha a 
habilidade de interrompê-la ao falar. A compaixão da mulher acabou de convencer 
a Anahí de que não tinha estado em seus cabáis para ouvir a monstruosa voz, e 
Haldana se negava gentilmente a lhe recordar suas tolices de doente.




  
Porque os monstros não podem existir!




  
Quando Anahí pôde levantar-se sem que a cabeça lhe desse voltas, a 
criada ordenou que lhe levassem um banho, mas não lhe permitiu a passagem a 
nenhuma das curiosas criadas que levavam os vaporosos baldes de água. A própria 
Haldana dispôs o banho e devolvia o balde às criadas para que trouxessem mais. 
A Anahí não importou, de fato, agradecia a privacidade. Não teria sido capaz de 
concentrar-se o suficiente para fazer frente aos olhares inquisitivos das 
demais criadas. A água vaporosa sentou às mil maravilhas; pôde lavar a imunda 
pele e se alegrou de poder desfazer-se por fim dos embaraços de seu cabelo.




  
Anahí era consciente de que, a não ser pelas periódicas visitas de 
Haldana, teria se tornado louca de medo. Confiava em que Alfonso trocara de 
opinião e a deixasse partir, ou ao menos sair de sua prisão. A habitação 
tampouco lhe pareceu tão mal quando dormia durante todo o dia, mas agora que se 
encontrava acordada durante mais tempo, começava a aborrecer-se. De momento 
ainda não a tinha tratado como a uma prisioneira, apesar que não lhe deixavam 
sair de sua habitação, mas a tinham cuidado e alimentado.




  
Anahí sorriu para ouvir que golpeavam brandamente à porta. Haldana era 
sempre tão cortês... Só que, à medida que se foi abrindo a porta, deu-se conta 
de que não era uma mulher quem chamava.




  
Baixou a vista, agradecida de levar suas velhas roupas, apesar a que 
parecessem farrapos com as costuras que lhe tinham feito para repará-la. 
Tinham-lhe rasgado o vestido pela frente de forma que, ao costurá-lo de volta, 
o corpete lhe pegava mais ao corpo, fazendo que seus peitos estivessem muito 
próximos para que fora cômodo. O tecido era mais baixa pela parte do pescoço, 
de maneira que se olhava para baixo, via-se o decote.




  
-Minha senhora? -perguntou o ancião, dando-se tapinhas na careca com a 
manga e sorrindo a ela com seu amável rosto. Levava uma túnica marrom 
avermelhada e um colete marrom solto, unidos na cintura com um cinturão 
vermelho. Ia vestido como um pagão, mas deduziu por seu porte que gozava de 
grande autoridade no castelo. Como se para demonstrar que estava certa, 
fixou-se no molho de chaves que pendurava de seu cinturão e que tilintava com 
seus movimentos.




  
Passou as mãos ociosamente pela colcha de pele, enquanto tratava de 
recordar seu nome. Recordava sua voz, mas não conseguia lembrar-se de onde a 
tinha escutado.




  
-Sou Ulric -disse, ao ver que não lhe respondia. Anahí levou a mão à 
cara e notou que lhe tinha baixado o inchaço. A última vez que se olhou, os 
círculos brancos ao redor de suas pupilas marrons já não eram tão vermelhos. 
Ainda assim, devia seguir horrorosa.




  
-Sim -respondeu Anahí, lhe olhando recatadamente através das espessas 
pestanas. De repente, recordou onde lhe tinha conhecido e olhou para a chaminé 
para ver se seu misterioso senhor aparecia. Ao ver que não havia ninguém, 
repreendeu-se por ser tão tola.




  
-Vejo que cuidaram bem de ti. Pensei que o melhor seria lhe deixar 
descansar em paz antes de voltar a lhe visitar. -Ulric retorceu a manga, a 
enrolou na mão e voltou a dobrá-la à altura da munheca-. Por favor, perdoéis 
que tenha vindo a seus aposentos, mas muito me temo que meu senhor não mudou 
que idéia a respeito ao de lhe manter prisioneira.




  
-Então, não foi um sonho? Quer me reter aqui? -Anahí se deixou cair no 
colchão abatida, e suspirou com desolação. Sua mente se revolvia ante tal 
injustiça.




  
-Sim, mas tenhas paciência, minha senhora. Conheço meu senhor a muito 
tempo, e não lhe fará mal. É um bom homem.




  
-Não me fará mal? -Anahí  observou 
ao homem, lhe rogando que lhe compreendesse-. Disse que faria um festim com meu 
corpo, que se alimentaria com minha carne. Não acredito que essas palavras 
sejam próprias de um bom homem.




  
-Não, o zangaste, isso é tudo. -Ulric olhou atrás dela-. Estou seguro de 
que não o crês nessas histórias supersticiosas que dizem que meu senhor é um 
monstro, verdade?




  
-Zanguei-lhe? -Lhe acelerou o pulso-. Como? Não fiz mais que despertar. 
Não lhe pedi que cuidasse de mim; deveria me haver deixado morrer no bosque. 
Não pedi que me salvassem; e menos ainda que me salvasse o Monstro de Lago Azul!




  
Anahí se apoiou contra a parede de pedra fazendo jarras. Inalou  com delicadeza  ao ver que as lágrimas lutavam por aflorar. 
Olhou às escondidas ao criado através das pestanas, perguntando-se se sua pena 
causaria algum efeito nele.




  
-Se essa for a causa de sua pena, então deves culpar a mim; pois eu lhe 
encontrei e lhe tirei do frio. Terias morrido se não o tivesse feito. -Ulric 
empurrou uma cadeira de uma esquina do quarto e a dispôs frente à cama. Parecia 
satisfeito de havê-la consolado tão facilmente-. Minha senhora, importa-lhe que 
me sente aqui um momento?




  
-Sim, por favor. -Distraída, Anahí lhe indicou com a mão que se 
sentasse. Mordeu-se o  lábio ao ver que 
suas lágrimas não serviam de nada. Aquele homem não lhe ajudaria a escapar.




  
-Obrigado, minha senhora. -Ulric se sentou na cadeira.




  
-Por que me retém aqui? O que fez meu pai? Que crime cometeu? Que 
ofensa? -Anahí tratava de aceitar seu novo papel de prisioneira do monstro, 
pois ali era onde deveria ficar se não encontrava a forma de escapar.




  
-Isso deveria respondê-lo sua senhoria, minha senhora. Por que preferes 
estar morta? Estou seguro de que sua família anda lhe procurando. Seu marido, 
talvez?




  
-Não estou casada -disse Anahí, enojada ante a idéia. Cruzou as mãos 
sobre o peito-. Mas ia a caminho do convento para tomar os votos. Quero ser 
monja.




  
-Mas por que? Sois muito jovem para tomar os votos. Sois viúva?




  
-Não. -Anahí escondeu suas emoções sob uma sólida máscara de gelo-. 
Minhas razões não são de sua incumbência. A única que coisa digo é que minha 
vida me pertence e que farei o que queira com ela. E desejo viver em um 
convento e, talvez, cuidar de crianças órfãs.




  
Anahí estudava ao ancião com calma. Seus olhos eram compassivos, o tipo 
de olhos que não mentiria, embora tinha a impressão de que o homem tinha vivido 
muito, e de que, sem dúvida  alguma, 
seria  leal a seu senhor. Suspirou, 
sabendo que não encontraria nenhum apoio nele.




  
-Menina, quem lhe bateu? É ele a razão pela qual queres desperdiçar sua 
vida em um convento? -Ulric se recostou na cadeira. Anahí não estava louca; 
sabia que informaria a seu senhor de tudo o que lhe dissesse-. Embora seja 
muito nobre que queiras ajudar a outros, esse tipo de vida é mais apropriada 
para viúvas ou criadas velhas, não para uma nobre jovem e bonita com tanto a 
oferecer a este mundo.




  
Seus olhos se inundaram de lágrimas ante seu interesse, e não pôde 
seguir muito tempo ocultando seus sentimentos.




  
-Não posso dizer por que o desejo, pois pouco importa. É a única opção 
que tenho.




  
Ulric franziu o cenho, mas não seguiu perguntando. Ficou em pé e colocou 
a cadeira em seu lugar.




  
-De verdade que devo ficar nesta habitação para sempre? O que pretende 
fazer comigo? Se lhe conhecéis, devéis saber suas razões. -Anahí elevou uma mão 
ao ver que o criado partia-. Por favor, tenho direito de saber o que fez meu 
pai.




  
-Não lhe posso dizer isso de verdade. Não me corresponde. -passou a 
manga pela careca-. Meu senhor tem muitos demônios internos, não sei o que fará 
com você.




  
Pela expressão do homem, viu que dizia a verdade, embora não lhe 
servisse de muito. Assentiu, incapaz de falar. A força com que lhe caíam as 
lágrimas lhe queimava o nariz. Afastou a vista, envergonhada de ter mostrado 
tanta debilidade frente a um criado.




  
-Tratarei de falar com ele, mas não sei se conseguirei algo. -Ulric a 
deixou sozinha na habitação e fechou a porta atrás dele.




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Autor(a): JuHerrera

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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    O coração lhe encolheu. Isto não podia estar acontecendo! Jogou uma olhada a lúgubre habitação, com seu poeirento chão de pedra, a tapeçaria putrefata, o decadente colchão de palha, a colcha furada... e chorou.   Mas Anahí não se compadeceu de si mesma ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 98



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  • ilusAovondy Postado em 10/12/2015 - 11:56:37

    Você gosta de fanfics vondy? De romance e com hots? Vou te indicar uma que eu amo e acho perfeita, e acho que você iria gostar. http://fanfics.com.br/fanfic/51129/por-voce-adaptada-vondy . Leia e se gostar fav.. Beijos.

  • daninha_ponny Postado em 31/01/2014 - 14:28:36

    É lindaaaaaaa ameiiiiiiiiiiiiii......ameiiiiii

  • franmarmentini Postado em 31/01/2014 - 08:41:04

    AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI. ..AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...A MEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI ...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI... AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...ESSA FIC FOI MARAVILHOSA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! MUITO LINDA MESMO!!!!!!!! vou ficar aguardando vc postar a outra fic* e já te add. no face e no TT bjus!!!

  • lyu Postado em 30/01/2014 - 00:08:02

    to ficando sem cabelo! de tanto puxa-los! ele não pode ter morrido. não pode

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 23:59:32

    Pelo amor de Deus.....ele no pode ter morrido... To chorando ate agora....q aperto no coração.... Isso é maldade....

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:53:58

    ainda to chorrando...poxa não faz isso comigo pelo amor de deus!!!!!!!!!!!!ele não pode ter morrido por favor por favor!!!!!!!!!!! há na outra fic vc postou repetido to ansiosa pra ler lá também bjus

  • franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:44:25

    poxa eu to chorrando muito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • lyu Postado em 29/01/2014 - 16:03:44

    eu vou pirar se ele morrer!

  • daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 00:16:03

    Aiii ele no pode morrer......tendo infarto m 3.....2...1.....

  • iza2500 Postado em 28/01/2014 - 22:37:02

    Ai o Poncho não pode morrer, aff! esse rei. posta mais!


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