Fanfic: A Donzela e o Monstro AyA (Finalizada) | Tema: AyA
O coração lhe encolheu. Isto não
podia estar acontecendo! Jogou uma olhada a lúgubre habitação, com seu
poeirento chão de pedra, a tapeçaria putrefata, o decadente colchão de palha, a
colcha furada... e chorou.
Mas Anahí não se compadeceu de si mesma durante muito momento com
lágrimas nos olhos ainda, caiu em um agitado sonho. Despertou já entrada a
noite; alguém tinha deixado uma terrina com papa de peixe frito sobre a velha
cadeira. Comeu-se o exíguo prato enrugando o nariz e sem saborear a insípida
comida. Eram as mesmas papas que lhe tinham servido em todas as comidas.
Anahí suspirou com força e se disse a si mesma que devia ser forte, tal
e como seu pai lhe tinha ensinado. Sabia que o conde não iria resgatá-la, pois
não sabia onde estava, assim não albergava falsas esperanças a respeito. Se,
por qualquer milagre, de verdade a acudisse seu pai, não estava segura de
querer voltar com ele. O convento era sua única opção, e deveria arrumar-se só
para chegar até ali.
Sentindo-se com forças suficientes para ficar em pé, Anahí caminhou até
a grosa porta de madeira de sua prisão. Surpreendeu-lhe ver que a porta não
estava fechada, e que fora não havia ninguém montando guarda. Teve uma escura
premonição, mas a apagou de sua mente.
Ao escuro monstro que habita estes territórios lhe dá no mesmo que me
escape. Ou isso, ou sabe que não há forma de sair destas paredes negras.
Anahí descobriu uma velha tocha no chão, junto à porta de sua prisão, e
voltou correndo a seu quarto a acendê-la com o fogo da chaminé. Respirou
profundamente e saiu ao corredor, andado com passo vacilante à medida que
avançava. O corredor era muito parecido a seu quarto. Apesar de que a tocha não dava mais que uma
fraca chama, agradeceu a luz que lhe proporcionava; mas era tão pouca que não
via mais que um par de metros diante dele.
As pedras negras das paredes estavam estilhaçadas e pareciam inacabadas,
e as tapeçarias que penduravam delas estavam tão destroçadas que apenas se
reconheciam os desenhos. As aranhas levavam anos tecendo suas teias livremente
pelo teto, sem que nenhum criado se incomodasse de as afastar. As enegrecidas
paredes não refletiam nada, e absorviam a luz da tocha em suas escuras
profundidades. O solo estava cheio de calhaus quebrados das paredes, que
rangiam sob seus pés e cujo ruído era a única coisa que se ouvia. Não se ouvia
nenhum inseto, nem sinal algum de vida, além de seus trementes movimentos.
Estará me vendo o monstro agora? Estará à espreita, um pouco além da luz
de minha tocha? Só pode ser um monstro,
pois me retém prisioneira sem que eu lhe tenha ofendido.
Sabia, pela janelinha que tinha em seu quarto, que estava muito acima do
nível do chão assim que, embora encontrasse uma abertura o suficientemente
grande para que pudesse passar, não poderia saltar. Perguntou-se se o monstro
só sairia de noite e se não seria melhor que tratasse de escapar durante o dia.
Mas deduziu que, à luz do dia, os serventes leais da besta estariam acordados,
e não poderia lutar contra todos eles. Talvez na escuridão a besta não a visse
e conseguisse escapar. Ou, ao menos, poderia rondar um pouco para conhecer o
castelo.
Ao longo da parede, incrustadas nas pedras, havia pequenas entradas
esculpidas para colocar tochas, mas não havia nenhuma tocha. Anahí se
estremeceu enquanto avançava. Era como se ninguém vivesse naquela parte do
castelo. Arrastava os pés com cuidado pelo duro chão. Estava a ponto de apertar
o passo quando ouviu que uma espantosa voz lhe sussurrava da escuridão.
-O que fazes fora de seu quarto, minha senhora?
Anahí afogou um grito e deixou cair a tocha; suas brasas caíram ao chão
e se dispersaram até que não ficou mais que uma pequena chama na base. O
coração lhe acelerou e se separou do lugar de onde provinha a voz. Obrigou-se a
mover-se e respirou entrecortadamente. A silhueta estava justo fora do feixe de
luz. Um raio prateado se iluminou momentaneamente sobre uma manga negra, antes
de desaparecer na escuridão.
-Segues... aí? -Anahí tratou de inclinar-se para recolher a tocha caída,
mas seus quadris não queriam obedecê-la.
-Não me respondestes. -A voz do duque se fez mais alta e suave, como se
a rodeasse por todos os lados. Estava atrás dela, em frente, debaixo. Elevou a
vista para lhe buscar entre as teias de aranhas do teto, mas não vislumbrou
mais que escuridão.
-Por favor, não me faças mal; não tenho feito nada. -Anahí estendeu a
mão em sinal de paz. Esperava encontrar-se com ele, mas não tocou mais que ar.
Deu um passo para trás-. Levo dias aí encerrada, só queria andar um pouco.
Queres que me volte louca de não fazer nada? Não há algo que possa fazer?
Riu entre dentes.
-Segues pensando que sou um monstro?
-Não sei. -Anahí deslizou a mão até o quadril, rogando à escuridão que
se clareasse, mas não conseguiu nada-. O és?
Não lhe respondeu.
Anahí se afastou um passo mais, e logo outro. Roçou uma pedra solta com
a sola do sapato, chiou e caiu ao chão.
Alfonso se equilibrou para frente, estirando a mão para ajudá-la. Anahí
ofegou e se afastou. À luz da tocha, seus dedos eram pálidos em contraste com o
anel nobiliário. Tinha a pele da mão enrugada em uma cicatriz. Suas cuidadas
unhas eram muito longas, muito mais que as de qualquer nobre normal e corrente.
Ia vestido inteiro de negro, salvo o fio prateado que cobria o pescoço
de sua túnica de lã. Levava uma mecha de cabelo negro preso com um fio de couro
marrom na têmpora, que lhe caía além das costas, quase até a cintura. Algumas
das mechas da frente eram mais curtas e lhe caíam justo por debaixo das
sobrancelhas.
Mas não eram suas vestimentas nem seu cabelo o que assustava a Anahí;
nem a vista de sua mão abrasada, e sim seus olhos. Eram tão enigmáticos e
luminosos como o resto de seu ser, mas brilhavam com uma luz horripilante que
nunca tinha visto antes. Eram escuros como uma noite sem lua, exatamente igual
em seus sonhos.
Obrigou-se a afastar o olhar de suas místicas órbitas e, em seu lugar
passeou a vista por seu rosto e até um lado do pescoço. De seu queixo saía uma
ardente cicatriz que desaparecia pelo pescoço da túnica.
Aí lhe toquei.
Ardeu-lhe a mão ao recordá-lo, ansiosa por voltar a fazê-lo. Deu um
passo para trás, negando-se a cair em seu diabólico enfeitiço. Se sua lembrança
era real, possivelmente o resto também o fora? O corpo lhe acendeu em só
pensá-lo. Havia-lhe tocado o peito de verdade, massageando-os com a palma da
mão e mordiscando-os. Os mamilos lhe dispararam imediatamente, a modo de
resposta. As coxas lhe esticaram e, para sua vergonha, encontrou-se desejando
que voltasse a tocá-la. Alguém quer mais ?
Autor(a): JuHerrera
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Comentários da Fanfic 98
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ilusAovondy Postado em 10/12/2015 - 11:56:37
Você gosta de fanfics vondy? De romance e com hots? Vou te indicar uma que eu amo e acho perfeita, e acho que você iria gostar. http://fanfics.com.br/fanfic/51129/por-voce-adaptada-vondy . Leia e se gostar fav.. Beijos.
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daninha_ponny Postado em 31/01/2014 - 14:28:36
É lindaaaaaaa ameiiiiiiiiiiiiii......ameiiiiii
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franmarmentini Postado em 31/01/2014 - 08:41:04
AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI. ..AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...A MEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI ...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI... AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AME I...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI.. .AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AM EI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...AMEI...ESSA FIC FOI MARAVILHOSA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! MUITO LINDA MESMO!!!!!!!! vou ficar aguardando vc postar a outra fic* e já te add. no face e no TT bjus!!!
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lyu Postado em 30/01/2014 - 00:08:02
to ficando sem cabelo! de tanto puxa-los! ele não pode ter morrido. não pode
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daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 23:59:32
Pelo amor de Deus.....ele no pode ter morrido... To chorando ate agora....q aperto no coração.... Isso é maldade....
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franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:53:58
ainda to chorrando...poxa não faz isso comigo pelo amor de deus!!!!!!!!!!!!ele não pode ter morrido por favor por favor!!!!!!!!!!! há na outra fic vc postou repetido to ansiosa pra ler lá também bjus
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franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 22:44:25
poxa eu to chorrando muito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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lyu Postado em 29/01/2014 - 16:03:44
eu vou pirar se ele morrer!
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daninha_ponny Postado em 29/01/2014 - 00:16:03
Aiii ele no pode morrer......tendo infarto m 3.....2...1.....
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iza2500 Postado em 28/01/2014 - 22:37:02
Ai o Poncho não pode morrer, aff! esse rei. posta mais!